quinta-feira, 27 de maio de 2021

Sábado VIII do Tempo Comum

 MÊS DE MARIA

São Paulo VI, papa
Beata Elia de S. Clemente, Virgem de nossa Ordem

ORAÇÃO PREPARATÓRIA: Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.

1ª Leitura (Si 51,12-20): Eu Vos louvarei e darei graças, meu Deus, bendizendo o nome do Senhor. Na minha juventude, antes de andar errante, busquei abertamente a sabedoria na minha oração. Pedi-a diante do santuário e procurá-la-ei até ao fim da vida. Quando florescia como uva temporã, ela era a alegria do meu coração. Os meus pés andaram por caminho reto e segui na sua esteira desde a juventude. Mal lhe prestei ouvidos, logo a recebi e encontrei para mim abundante instrução. Graças a ela, fiz grandes progressos: darei glória Àquele que me deu a sabedoria. Porque eu decidi pô-la em prática, procurei zelosamente o bem e não serei confundido. A minha alma combateu corajosamente por ela e fui muito diligente na observância da Lei. Levantei as minhas mãos para o alto e compreendi os seus mistérios. Dirigi para ela a minha alma e encontrei-a na pureza de vida. Com ela, desde o princípio, adquiri inteligência; por isso não serei abandonado.

Salmo Responsorial: 18

R. Os preceitos do Senhor alegram o coração.

A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma. As ordens do Senhor são firmes e dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração. Os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos.

O temor do Senhor é puro e permanece eternamente. Os juízos do Senhor são verdadeiros, todos eles são retos.

São mais preciosos que o ouro, o ouro mais fino; são mais doces que o mel, o puro mel dos favos.

Aleluia. Habite em vós com abundância a palavra de Cristo, por Cristo cantai a Deus a vossa gratidão. Aleluia.

Evangelho (Mc 11,27-33): Jesus e os discípulos foram outra vez a Jerusalém. Enquanto andava pelo templo, os sumos sacerdotes, os escribas e os anciãos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram: «Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?». Jesus disse: «Vou fazer-vos uma só pergunta. Respondei-me, que eu vos direi com que autoridade faço isso. O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-me!”. Eles discutiam entre si: «Se respondermos: ‘Do céu’, ele dirá: ‘Por que não acreditastes em João?’ Vamos então responder: ‘Dos homens’?».— Eles tinham medo do povo, já que todos diziam que João era realmente um profeta. Responderam então a Jesus: «Não sabemos». E Jesus retrucou-lhes: «Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas!».

«Com que autoridade fazes essas coisas?»

Min. Antoni BALLESTER i Díaz (Camarasa, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho pede-nos que pensemos com que intenção vemos Jesus. Há quem vá sem fé, sem reconhecer sua autoridade: por isso, «os sumos sacerdotes, os escribas e os anciãos, lhe perguntaram: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” (Mc 11,27-28).

Se não tratamos a Deus na oração, não teremos fé. Mas, como diz São Gregório Magno, «quando insistimos na oração com toda veemência, Deus se detém no nosso coração e recobramos a vista perdida». Se tivermos boa disposição, apesar de estar no erro, vendo que a outra pessoa tem razão, acolheremos suas palavras. Se tivermos boa intenção, apesar de arrastar o peso do pecado, quando façamos oração Deus nos fará compreender nossa miséria, para que nos reconciliemos com Ele, pedindo perdão de todo coração e, por meio do sacramento da penitência.

A fé e a oração vão juntas. Diz-nos Santo Agostinho que, «se a fé falta, a oração é inútil. Depois, quando oremos, criemos e oremos para que não falte a fé. A fé produz a oração e, a oração produz também a firmeza da fé». Se tivermos boa intenção e, acudimos a Jesus, descobriremos quem é e, entenderemos sua palavra, quando nos pergunte: «O batismo de João era do céu ou dos homens?» (Mc 11,30). Pela fé, sabemos que era do céu e, que sua autoridade vem-lhe do seu Pai, que é Deus e, Dele mesmo porque é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

Porque sabemos que Jesus é o único salvador do mundo, acudimos a sua Mãe que também é nossa Mãe, para que desejando acolher a palavra e a vida de Jesus, com boa intenção e boa vontade, para ter a paz e a alegria dos filhos de Deus.

Reflexão

* "Com que autoridade?" A palavra "autoridade" é central nesta passagem. Contém o segredo do caminho de fé e do crescimento espiritual que podemos percorrer, se nos deixamos guiar pela Palavra, na meditação deste Evangelho. A pergunta provocadora dirigida a Jesus por seus adversários leva imediatamente a entender a distância que há entre ele e os outros, por isso não pode haver uma resposta. "Autoridade", nas palavras dos sacerdotes e dos escribas, indica o "poder", "força", "domínio", "capacidade de fazer cumprir as leis e julgar". Para Jesus, no entanto, "autoridade" significa outra coisa, como podemos entender se termos presente que em hebraico esta palavra vem da raiz que significa "fazer-se igual a". Na verdade, Jesus manifesta imediata e claramente em que o horizonte Ele se move, para onde está indo e para onde quer nos conduzir: para ser iguais, para ser como o Pai, para manter uma relação de amor com Ele, como entre Pai e filho. Não é por acaso que Ele imediatamente mencione o batismo de João ...

* "O batismo de João ...". Jesus nos leva rapidamente e com clareza ao ponto de partida, à fonte, lá onde podemos reencontrar conosco mesmos, no encontro com Deus. Às margens do rio Jordão, onde ele foi batizado, é preparado um lugar para nós, porque, porque, como Ele, descemos às águas, no fogo do amor e nos deixamos marcar com o selo do Espírito Santo, nos deixamos encontrar, visitar e envolver por estas palavras: "Tu és o meu Filho amado" (Mc 1, 11). Jesus nos ensina que não há nenhuma outra autoridade, outra grandeza ou outra riqueza, mas apenas esta.

* "Do céu ou dos homens?". Queremos estar com Deus e com os homens, seguir a Ele ou a eles, entrar na luz do céu aberto (Mc 1, 10) ou permanecer na trevas da nossa solidão?

* "Respondei-me." É belíssima esta palavra de Jesus, repetida com ênfase duas vezes (vv. 29 e 30). Jesus pede uma escolha precisa, uma decisão clara, sincera e autêntica, até o fim. O verbo "responder", em grego, expressa justamente esta atitude, esta capacidade de distinguir e separa bem as coisas. O Senhor quer nos convidar para entra no mais profundo de nós mesmos para nos deixar penetrar por suas palavras e que, dessa forma, aprendemos cada vez mais e melhor, em estreita relação com Ele, a tomar as decisões importantes de nossa vida e até mesmo a todos os dias.

Mas esse verbo simples e bonito indica todavia algo mais. A raiz hebraica expressa resposta e, ao mesmo tempo, a miséria, a pobreza, tristeza e humildade. Isto é, não pode haver uma verdadeira resposta senão na humildade, no ouvir. Jesus pede aos sacerdotes e escribas, e também a nós, de entrar nesta dimensão da vida, nesta atitude da alma: fazer-se humilde diante dele, reconhecer a nossa pobreza e a necessidade que temos Dele, porque esta é a única possível resposta para suas perguntas.

* "Discutiam entre si". Estamos diante de outro verbo importante que nos ajuda a compreender melhor o nosso mundo interior. Este discutir, de fato, é um "falar através de", como se deduz da tradução literal do verbo grego usado por Marcos. As pessoas desta passagem estão quebradas por dentro, atravessadas por uma ferida; diante de Jesus, não são de uma peça. Entre eles falam por diversas razões e considerações, ao invés de entrar naquele relacionamento e diálogo com o Pai, que foi inaugurado no batismo de Jesus, continuam de fora, à distância, como o filho da parábola, que se recusa a entrar no banquete do amor cf. Lc 15, 28). Eles também não acreditam que a Palavra do Pai, que repete mais uma vez: "Tu és o meu Filho muito amado: em ti me comprazo" (Mc 1, 11), por isso continuam procurando e querendo a força da autoridade e do poder em vez da fraqueza do amor.

Para um confronto pessoal

* O Senhor me ensina que a sua autoridade, também em minha existência, não é domínio nem força de opressão, mas é amor, capacidade de se assemelhar, de se fazer próximo. Eu quero aceitar essa autoridade de Jesus na minha vida, desejo realmente entrar nesta relação de semelhança a Ele? Estou disposto a tomar as medidas que esta escolha comporta? Estou determinado a ir até o fim por este caminho?

* Ao avizinhar-me desta passagem do Evangelho, talvez não suspeitasse que seria levado à passagem do Batismo e a esta experiência tão fundamental e motora de relacionamento com Deus Pai. No entanto, o Senhor quis revelar mais uma vez seu grande amor, ele não recuar diante de qualquer fadiga ou obstáculo, para me alcançar. Mas e o meu coração como está, neste momento, diante Dele? Consigo escutar a voz do Pai falando comigo e me chama de "filho", pronunciando o meu nome? Consigo acolher esta sua declaração de amor? Confio, creio, me entrego a Ele? Eu escolho o céu ou ainda a terra?

* Eu acho que deveria acabar com essa meditação, sem dar minha resposta. Jesus me pede especificamente: aquele "Respondei-me" hoje é dirigido a mim. Eu aprendi que não pode haver verdadeira resposta, sem uma verdadeira escuta, e que a verdadeira escuta só pode nascer da humildade ... Desejo dar este passo? Desejo, pelo contrário, continuar a responder guiado apenas por minhas convicções, por meus velhos modos de pensar e sentir, por minha presunção e autossuficiência?

* Uma pergunta final. Olhando meu coração por dentro, eu também me vejo um pouco dividido, como os adversários de Jesus? Tenho em mim alguma ferida que me atravessa e não me permite ser um cristão por inteiro, amigo de Cristo, um seguidor seu?

ORAÇÃO COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO: Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.

LADAINHA DE NOSSA SENHORA

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus, ...
Santa Virgem das virgens, ...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança, ...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada, ...
Mãe sempre virgem, ...
Mãe amável, ...
Mãe admirável, ...
Mãe do bom conselho, ...
Mãe do Criador, ...
Mãe do Salvador, ...
Virgem prudentíssima, ...
Virgem digna de honra, ...
Virgem digna de louvor, ...
Virgem poderosa, ...
Virgem clemente, ...
Virgem fiel, ...
Espelho de justiça, ...
Sede da sabedoria, ...
Causa da nossa alegria, ...
Templo do Espírito Santo, ...
Tabernáculo da eterna glória, ...
Moradia consagrada a Deus, ...
Rosa mística, ...
Torre de Davi, ...
Fortaleza inexpugnável, ...
Santuário da divina presença, ...
Arca da Aliança, ...
Porta do Céu, ...
Estrela da Manhã, ...
Saúde dos enfermos, ...
Refúgio dos pecadores, ...
Conforto dos migrantes, ...
Consoladora dos aflitos, ...
Auxílio dos cristãos, ...
Rainha dos anjos, ...
Rainha dos patriarcas, ...
Rainha dos profetas, ...
Rainha dos apóstolos, ...
Rainha dos mártires, ...
Rainha dos confessores da fé, ...
Rainha das virgens, ...
Rainha de todos os santos, ...
Rainha concebida sem pecado, ...
Rainha assunta ao Céu, ...
Rainha do sacratíssimo Rosário, ...
Rainha das famílias, ...
Rainha da paz, ...
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.
V – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R – Para que sejamos dignos da Promessa de Cristo.

ORAÇÃO - Infundi, Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO: Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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