domingo, 23 de maio de 2021

Terça-feira da 8ª Semana da Páscoa

 MÊS DE MARIA

Sta. Maria Madalena de Pazzi, Virgem de nossa Ordem

ORAÇÃO PREPARATÓRIA: Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.

1ª Leitura (Si 35,1-12): Cumprir a lei equivale a muitas oferendas, ser fiel aos mandamentos é um sacrifício de salvação. Dar graças é uma oblação de flor de farinha e a esmola é um sacrifício de louvor. O que mais agrada ao Senhor é desviar-se do mal, afastar-se da injustiça é um sacrificio de expiação. Não te apresentes diante do Senhor de mãos vazias, todos estes sacrifícios se oferecem porque são mandados por Deus. A oferenda do justo enriquece o altar e o seu agradável perfume sobe à presença do Altíssimo. O sacrifício do justo é agradável ao Senhor e o seu memorial não será esquecido. Dá glória ao Senhor com generosidade e não sejas mesquinho nas primícias que ofereces. Em todas as tuas oferendas mostra um rosto alegre e consagra o dízimo de boa vontade. Dá ao Altíssimo conforme Ele te deu, com generosidade, segundo as tuas posses. Porque o Senhor sabe retribuir e te dará sete vezes mais. Não tentes suborná-l’O com presentes, porque não os aceitará. Nem confies num sacrifício injusto, porque o Senhor é juiz e não faz acepção de pessoas.

Salmo Responsorial: 49

R. A quem segue o caminho reto darei a salvação de Deus.

Reuni os meus fiéis, que selaram a minha aliança com um sacrifício. – Os céus proclamam a sua justiça: o próprio Deus vem julgar.

Ouve, meu povo, que Eu vou falar, contra ti vou testemunhar: Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo, os teus holocaustos estão sempre na minha presença.

Oferece a Deus sacrifícios de louvor e cumpre os votos feitos ao Altíssimo. Honra-Me quem Me oferece um sacrifício de louvor, a quem segue o caminho recto darei a salvação de Deus.

Aleluia. Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Aleluia.

Evangelho (Mc 10,28-31): Pedro começou a dizer-lhe: «Olha, nós deixamos tudo e te seguimos». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida — casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, vida eterna. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros».

«Todo aquele que deixa casa, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida ,e, no mundo futuro, vida eterna»

Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, como aquele amo que ia todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc 10,29).

Não há contrapartida? Não haverá recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer: que ganharemos com tudo isto?

A promessa do Senhor é generosa: «recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta: «com perseguições». Jesus é realista e não quer enganar. Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.

Estamos sempre a tempo para revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo. Estes tempos, todo o tempo permitem-nos —através da oração e dos sacramentos— averiguar se entre os discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também qual deve ser a nossa resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais (como a dos Apóstolos) há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a amizade de Jesus Cristo e, como consequência, ser-lhe seus testemunhos perante o mundo. E isso é urgente, não achas?

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.

*  No evangelho de ontem, Jesus falava da conversão que deve ocorrer no relacionamento dos discípulos com os bens materiais: desapegar-se das coisas, vender tudo, dar para os pobres e seguir Jesus. Ou seja, como Jesus, devem viver na total gratuidade, entregando sua vida na mão de Deus e servindo aos irmãos e irmãs (Mc 10,17-27). No evangelho de hoje Jesus explica melhor como deve ser esta vida de gratuidade e de serviço dos que abandonam tudo por causa dele, Jesus, e do Evangelho (Mc 10,28-31).

*  Marcos 10,28-31: Cem vezes mais desde agora, mas com perseguições. Pedro observa: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos". É como se dissesse: “Fizemos o que o senhor pediu ao jovem rico. Deixamos tudo e te seguimos. Explica para nós como deve ser esta nossa vida?” Pedro quer que Jesus explicite um pouco mais o novo modo de viver no serviço e na gratuidade. A resposta de Jesus é bonita, profunda e simbólica: "Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, vai receber cem vezes mais. Agora, durante esta vida, vai receber casas, irmãos, irmãs, mãe, filhos e campos, junto com perseguições. E, no mundo futuro, vai receber a vida eterna”. O tipo de vida que resulta da entrega de tudo é a amostra do Reino que Jesus quer realizar: (1) Alarga a família e cria comunidade, pois aumenta cem vezes o número de irmãos e irmãs. (2) Provoca a partilha dos bens, pois todos terão cem vezes mais casas e campos. A providência divina se encarna e passa pela organização fraterna, onde tudo é de todos e já não haverá mais necessitados. Eles realizam a lei de Deus que pede “entre vocês não pode haver pobres” (Dt 15,4-11). Foi o que fizeram os primeiros cristãos (At 2,42-45). É a vivência perfeita do serviço e da gratuidade. (3) Não devem esperar nenhuma vantagem em troca, nem segurança, nem promoção de nada. Pelo contrário, nesta vida terão tudo isto, mas com perseguições. Pois os que, neste nosso mundo organizado a partir do egoísmo e dos interesses de grupos e pessoas, vivem a partir do amor gratuito e da entrega de si, estes, como Jesus, serão crucificados. (4) Serão perseguidos neste mundo, mas, no mundo futuro terão a vida eterna de que falava o jovem rico.

Jesus e a opção pelos pobres

Um duplo cativeiro marcava a situação do povo na época de Jesus: o cativeiro da política de Herodes, apoiada pelo Império Romano e mantida por todo um sistema bem organizado de exploração e de repressão, e o cativeiro da religião oficial, mantida pelas autoridades religiosas da época. Por causa disso, o clã, a família, a comunidade, estava sendo desintegrada e uma grande parte do povo vivia excluída, marginalizada, sem lugar, nem na religião, nem na sociedade. Por isso, havia vários movimentos que, como Jesus, procuravam uma nova maneira de viver e conviver em comunidade: essênios, fariseus e, mais tarde, os zelotes. Dentro da comunidade de Jesus, porém, havia algo novo que a diferenciava dos outros grupos. Era a atitude frente aos pobres e excluídos. As comunidades dos fariseus viviam separadas. A palavra “fariseu” quer dizer “separado”. Viviam separadas do povo impuro. Muitos dos fariseus consideravam o povo como ignorante e maldito (Jo 7,49), cheio de pecado (Jo 9,34). Jesus e a sua comunidade, ao contrário, viviam misturados com as pessoas excluídas, consideradas impuras: publicanos, pecadores, prostitutas, leprosos (Mc 2,16; 1,41; Lc 7,37). Jesus reconhece a riqueza e o valor que os pobres possuem (Mt 11,25-26; Lc 21,1-4). Proclama-os felizes, porque o Reino é deles, dos pobres (Lc 6,20; Mt 5,3). Define sua própria missão como “anunciar a Boa Nova aos pobres” (Lc 4, 18). Ele mesmo vive como pobre. Não possui nada para si, nem mesmo uma pedra para reclinar a cabeça (Lc 9,58). E a quem quer segui-lo para conviver com ele, manda escolher: ou Deus, ou o dinheiro! (Mt 6,24). Manda fazer opção pelos pobres! (Mc 10,21) A pobreza, que caracterizava a vida de Jesus e dos discípulos, caracterizava também a missão. Ao contrário dos outros missionários (Mt 23,15), os discípulos e as discípulas de Jesus não podiam levar nada, nem ouro, nem prata, nem duas túnicas, nem sacola, nem sandálias (Mt 10,9-10). Deviam confiar é na hospitalidade (Lc 9,4; 10,5-6). E caso fossem acolhidos pelo povo, deviam trabalhar como todo mundo e viver do que receberiam em troca (Lc 10,7-8). Além disso, deviam tratar dos doentes e necessitados (Lc 10,9; Mt 10,8). Então podiam dizer ao povo: “O Reino chegou!” (Lc 10,9).

Para um confronto pessoal

1) Como você, na sua vida, realiza a proposta de Pedro: “Deixamos tudo e te seguimos”?

2) Partilha, gratuidade, serviço, acolhida aos excluídos são sinais do Reino. Como as vivo hoje?

ORAÇÃO COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO: Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.

LADAINHA DE NOSSA SENHORA

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus, ...
Santa Virgem das virgens, ...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança, ...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada, ...
Mãe sempre virgem, ...
Mãe amável, ...
Mãe admirável, ...
Mãe do bom conselho, ...
Mãe do Criador, ...
Mãe do Salvador, ...
Virgem prudentíssima, ...
Virgem digna de honra, ...
Virgem digna de louvor, ...
Virgem poderosa, ...
Virgem clemente, ...
Virgem fiel, ...
Espelho de justiça, ...
Sede da sabedoria, ...
Causa da nossa alegria, ...
Templo do Espírito Santo, ...
Tabernáculo da eterna glória, ...
Moradia consagrada a Deus, ...
Rosa mística, ...
Torre de Davi, ...
Fortaleza inexpugnável, ...
Santuário da divina presença, ...
Arca da Aliança, ...
Porta do Céu, ...
Estrela da Manhã, ...
Saúde dos enfermos, ...
Refúgio dos pecadores, ...
Conforto dos migrantes, ...
Consoladora dos aflitos, ...
Auxílio dos cristãos, ...
Rainha dos anjos, ...
Rainha dos patriarcas, ...
Rainha dos profetas, ...
Rainha dos apóstolos, ...
Rainha dos mártires, ...
Rainha dos confessores da fé, ...
Rainha das virgens, ...
Rainha de todos os santos, ...
Rainha concebida sem pecado, ...
Rainha assunta ao Céu, ...
Rainha do sacratíssimo Rosário, ...
Rainha das famílias, ...
Rainha da paz, ...
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.
V – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R – Para que sejamos dignos da Promessa de Cristo.

ORAÇÃO - Infundi, Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO: Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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