domingo, 23 de maio de 2021

Quarta-feira da 8ª Semana da Páscoa

 MÊS DE MARIA

São Felipe Neri, Presbítero

ORAÇÃO PREPARATÓRIA: Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.

1ª Leitura (Si 36,1.4-5a.10-17): Tende compaixão de nós, Deus do universo, e mostrai-nos a luz da vossa misericórdia Infundi o vosso temor sobre todas as nações, para que reconheçam, como nós reconhecemos, que não há outro Deus senão Vós, Senhor. Renovai os vossos milagres e fazei novos prodígios, reuni todas as tribos de Jacob e dai-lhes de novo a herança, como no princípio. Tende compaixão do povo chamado pelo vosso nome, de Israel que chamaste primogénito. Tende misericórdia da cidade do vosso santuário, de Jerusalém, o lugar onde habitais. Enchei Sião com a vossa majestade e o templo com a vossa glória. Dai testemunho das vossas primeiras criaturas e realizai as profecias feitas em vosso nome. Dai a recompensa aos que em Vós esperam, para que sejam acreditados os vossos profetas. Ouvi a oração dos vossos servos, por amor do vosso povo, e conduzi-nos pelos caminhos da justiça, e saibam todos os habitantes da terra que Vós sois o Senhor, o Deus dos séculos.

Salmo Responsorial: 78

R. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia.

Não recordeis, Senhor, contra nós as culpas dos nossos pais. Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia, porque somos tão miseráveis.

Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do vosso nome. Salvai-nos e perdoai os nossos pecados, para glória do vosso nome.

Chegue à vossa presença, Senhor, o gemido dos cativos; pela omnipotência do vosso braço, libertai os condenados à morte.

E nós, vosso povo, ovelhas do vosso rebanho, louvar-Vos-emos para sempre e de geração em geração cantaremos a vossa glória.

Aleluia. O Filho do homem veio para servir e dar a vida pela redenção de todos. Aleluia.

Evangelho (Mc 10,32-45): Estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia à frente, e eles, assombrados, seguiam com medo. Jesus, outra vez, chamou os doze de lado e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: «Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. Vão zombar dele, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo, mas três dias depois, ele ressuscitará». Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: «Mestre, queremos que faças por nós o que te vamos pedir». Ele perguntou: «Que quereis que eu vos faça?». Responderam: «Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua esquerda!». Jesus lhes disse: «Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?». Responderam: «Podemos». Jesus então lhes disse: «Sim, do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser batizado, sereis batizados. Mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado». Quando os outros dez ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Jesus então os chamou e disse: «Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos».

«Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos»

Rev. D. René PARADA Menéndez (San Salvador, El Salvador)

Hoje, o Senhor nos ensina qual deve ser nossa atitude ante a Cruz. O amor ardente à vontade de seu Pai, para consumar a salvação do gênero humano —de cada homem e mulher— lhe move ir depressa a Jerusalém, onde «Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. “Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada» (cf. Mt 10,33-34). Mesmo que às vezes não entendamos ou, inclusive, tenhamos medo ante a dor, o sofrimento ou as contradições de cada jornada, procuremos unir-nos —por amor à vontade salvadora de Deus— com o oferecimento da cruz de cada dia.

A prática constante da oração e os sacramentos, especialmente o da Confissão pessoal dos pecados e o da Eucaristia, acrescentarão em nós o amor a Deus e aos demais por Deus de modo que seremos capazes de dizer «Podemos!» (Mc 10,39), a pesar de nossas misérias, medos e pecados. Sim, poderemos abraçar a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23) por amor, com um sorriso; essa cruz que se manifesta no ordinário e cotidiano: a fatiga no trabalho, as dificuldades normais na vida, família e nas relações sociais, etc.

Só se abraçamos a cruz de cada dia, negando nossos gostos para servir aos demais, assim conseguiremos identificar-nos com Cristo, que «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mc 10,45). João Paulo II explicava que «o serviço de Jesus chega a sua plenitude com a morte na Cruz, ou seja, com o dom total de si mesmo». Imitemos, pois, a Jesus Cristo, transformando constantemente nosso amor a Ele em atos de serviço a todas as pessoas: ricos ou pobres, com muita ou pouca cultura, jovens o anciãos, sem distinção. Atos de serviço para aproximá-los a Deus e liberá-los do pecado.

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.

* O evangelho de hoje traz o terceiro anúncio da paixão e, novamente, como nas vezes anteriores, mostra a incoerência dos discípulos (cf. Mc 8,31-33 e Mc 9,30-37). Enquanto Jesus insistia no serviço e na doação entregando sua vida, eles continuavam discutindo os primeiros lugares no Reino, um à direita e outro à esquerda do trono. Ao que tudo indica, os discípulos continuavam cegos! Sinal de que a ideologia dominante da época tinha penetrado profundamente na mentalidade deles. Apesar da convivência de vários anos com Jesus, eles ainda não tinham renovado sua maneira de ver as coisas. Olhavam para Jesus com o olhar antigo. Queriam uma retribuição pelo fato de seguir a Jesus.

* Marcos 10,32-34: O terceiro anúncio da paixão - Eles estão a caminho de Jerusalém. Jesus vai na frente. Ele tem pressa. Sabe que vão matá-lo. O profeta Isaías já o tinha anunciado (Is 50,4-6; 53,1-10). Sua morte não é fruto de um destino cego ou de um plano já preestabelecido, mas é consequência do compromisso assumido com a missão que recebeu do Pai junto aos excluídos do seu tempo. Por isso, Jesus alerta os discípulos sobre a tortura e a morte que ele vai enfrentar lá em Jerusalém. Pois o discípulo deve seguir o mestre, mesmo que for para sofrer com ele. Os discípulos estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo. Não entendem o que está acontecendo. O sofrimento não combinava com a ideia que eles tinham do messias.

* Marcos 10,35-37: O pedido pelo primeiro lugar - Os discípulos não só não entendem, mas continuam com suas ambições pessoais. Tiago e João pedem um lugar na glória do Reino, um à direita e outro à esquerda de Jesus. Querem passar na frente de Pedro! Não entenderam a proposta de Jesus. Estavam preocupados só com os próprios interesses. Isto reflete a briga e as tensões que existiam nas comunidades, no tempo de Marcos, e que existem até hoje nas nossas comunidades. No evangelho de Mateus é a mãe de Tiago e João que faz o pedido pelos filhos (Mt 20,20). Provavelmente, diante da situação difícil de pobreza e desemprego crescente daquela época, a mãe intercede pelos filhos e tenta garantir um emprego para eles na vinda do Reino de que Jesus falava tanto.

* Marcos 10,38-40: A resposta de Jesus - Jesus reage com firmeza: “Vocês não sabem o que estão pedindo!” E pergunta se eles são capazes de beber o cálice que ele, Jesus, vai beber, e se estão dispostos a receber o batismo que ele vai receber. É o cálice do sofrimento, o batismo de sangue! Jesus quer saber se eles, em vez do lugar de honra, aceitam entregar a vida até à morte. Os dois respondem: “Podemos!” Parece uma resposta da boca para fora, pois, poucos dias depois, abandonaram Jesus e o deixaram sozinho na hora do sofrimento (Mc 14,50). Eles não têm muita consciência crítica, nem percebem sua realidade pessoal. Quanto ao lugar de honra no Reino ao lado de Jesus, quem o dá é o Pai. O que ele, Jesus, tem para oferecer é o cálice e o batismo, o sofrimento e a cruz.

* Marcos 10,41-44: Entre vocês não seja assim - Neste final da sua instrução sobre a Cruz, Jesus fala, novamente, sobre o exercício do poder (Mc 9,33-35). Naquele tempo, os que detinham o poder no império romano não prestavam conta ao povo. Agiam conforme bem entendiam (Mc 6,17-29). O império romano controlava o mundo e o mantinha submisso pela força das armas e, assim, através de tributos, taxas e impostos, conseguia concentrar a riqueza dos povos na mão de poucos lá em Roma. A sociedade era caracterizada pelo exercício repressivo e abusivo do poder. Jesus tem outra proposta. Ele diz: “Entre vocês não deve ser assim! Quem quiser ser o maior, seja o servidor de todos!” Ele traz ensinamentos contra os privilégios e contra a rivalidade. Inverte o sistema e insiste no serviço como remédio contra a ambição pessoal. A comunidade deve apresentar uma alternativa para a convivência humana.

* Marcos 10,45: O resumo da vida de Jesus - Jesus define a sua missão e a sua vida: “O Filho do Homem não veio para ser servido mas para servir e dar sua vida como resgate em favor de muitos”. Jesus é o Messias Servidor, anunciado pelo profeta Isaías (cf. Is 42,1-9; 49,1-6; 50,4-9; 52,13-53,12). Aprendeu de sua mãe que disse ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor!” (Lc 1,38). Proposta totalmente nova para a sociedade daquele tempo. Nesta frase em que ele define sua vida, transparecem os três títulos mais antigos, usados pelos primeiros cristãos para expressar e comunicar aos outros o que Jesus significava para eles: Filho do Homem, Servo de Javé, Resgatador dos excluídos (libertador, salvador). Humanizar a vida, Servir aos irmãos e irmãs, Acolher os excluídos.

Para um confronto pessoal

1. Tiago e João pediram o primeiro lugar no Reino. Hoje, muita gente reza a Deus pedindo dinheiro, promoção, cura, êxito. E eu, o que busco na minha relação com Deus e o que peço a Ele na oração?

2. Humanizar a vida, Servir aos irmãos e irmãs, Acolher os excluídos. É o programa de Jesus, é o nosso programa. Como estou realizando?

ORAÇÃO COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO: Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.

LADAINHA DE NOSSA SENHORA

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus, ...
Santa Virgem das virgens, ...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança, ...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada, ...
Mãe sempre virgem, ...
Mãe amável, ...
Mãe admirável, ...
Mãe do bom conselho, ...
Mãe do Criador, ...
Mãe do Salvador, ...
Virgem prudentíssima, ...
Virgem digna de honra, ...
Virgem digna de louvor, ...
Virgem poderosa, ...
Virgem clemente, ...
Virgem fiel, ...
Espelho de justiça, ...
Sede da sabedoria, ...
Causa da nossa alegria, ...
Templo do Espírito Santo, ...
Tabernáculo da eterna glória, ...
Moradia consagrada a Deus, ...
Rosa mística, ...
Torre de Davi, ...
Fortaleza inexpugnável, ...
Santuário da divina presença, ...
Arca da Aliança, ...
Porta do Céu, ...
Estrela da Manhã, ...
Saúde dos enfermos, ...
Refúgio dos pecadores, ...
Conforto dos migrantes, ...
Consoladora dos aflitos, ...
Auxílio dos cristãos, ...
Rainha dos anjos, ...
Rainha dos patriarcas, ...
Rainha dos profetas, ...
Rainha dos apóstolos, ...
Rainha dos mártires, ...
Rainha dos confessores da fé, ...
Rainha das virgens, ...
Rainha de todos os santos, ...
Rainha concebida sem pecado, ...
Rainha assunta ao Céu, ...
Rainha do sacratíssimo Rosário, ...
Rainha das famílias, ...
Rainha da paz, ...
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.
V – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R – Para que sejamos dignos da Promessa de Cristo.

ORAÇÃO - Infundi, Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO: Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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