quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Natal do Senhor

MISSA DA MEIA NOITE

1ª Leitura (Is 9,1-6): O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz começou a brilhar. Multiplicastes a sua alegria, aumentastes o seu contentamento. Rejubilam na vossa presença, como os que se alegram no tempo da colheita, como exultam os que repartem despojos. Vós quebrastes, como no dia de Madiã, o jugo que pesava sobre o povo, o madeiro que ele tinha sobre os ombros e o bastão do opressor. Todo o calçado ruidoso da guerra e toda a veste manchada de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão pasto das chamas. Porque um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado. Tem o poder sobre os ombros e será chamado «Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz». O seu poder será engrandecido numa paz sem fim, sobre o trono de David e sobre o seu reino, para o estabelecer e consolidar por meio do direito e da justiça, agora e para sempre. Assim o fará o Senhor do Universo.

Salmo Responsorial: 95

R. Hoje nasceu o nosso salvador, Jesus Cristo, Senhor.

Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, terra inteira, cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação, publicai entre as nações a sua glória, em todos os povos as suas maravilhas.

Alegrem-se os céus, exulte a terra, ressoe o mar e tudo o que ele contém, exultem os campos e quanto neles existe, alegrem-se as árvores das florestas.

Diante do Senhor que vem, que vem para julgar a terra: julgará o mundo com justiça e os povos com fidelidade.

2ª Leitura (Tit 2,11-14): Caríssimo: Manifestou-se a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos, para vivermos, no tempo presente, com temperança, justiça e piedade, aguardando a ditosa esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que Se entregou por nós, para nos resgatar de toda a iniquidade e preparar para Si mesmo um povo purificado, zeloso das boas obras.

Aleluia. Anuncio-vos uma grande alegria: Hoje nasceu o nosso salvador, Jesus Cristo, Senhor. Aleluia.

Evangelho (Lc 2,1-14): Naqueles dias, saiu um decreto do imperador Augusto mandando fazer o recenseamento de toda a terra — o primeiro recenseamento, feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se, cada um na sua cidade. Também José, que era da família e da descendência de Davi, subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, à cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Quando estavam ali, chegou o tempo do parto. Ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia naquela região pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do rebanho. Um anjo do Senhor lhes apareceu, e a glória do Senhor os envolveu de luz. Os pastores ficaram com muito medo. O anjo então lhes disse: «Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor! E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura» De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste cantando a Deus: «Glória a Deus no mais alto dos céus, e na terra, paz aos que são do seu agrado!».

«Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor»

Rev. D. Ramon Octavi SÁNCHEZ i Valero (Viladecans, Barcelona, Espanha)

Hoje, nasceu-nos o Salvador. Esta é a boa nova desta noite de Natal. Como em cada Natal, Jesus volta a nascer no mundo, em cada casa, no nosso coração.

Porém, contrariamente ao que a nossa sociedade consumista celebra, Jesus não nasce num ambiente de abastança, de compras, de conforto, de caprichos e de grandes refeições. Jesus nasce com a humildade de um portal e de um presépio.

E fá-lo deste modo porque é rejeitado pelos homens: ninguém quis dar-lhes guarida, nem nas casas nem nas estalagens. Maria e José, e o próprio Jesus recém-nascido, sentiram o que significa a rejeição, a falta de generosidade e de solidariedade.

Depois, as coisas mudaram, e com o anúncio do Anjo — «Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que será também a de todo o povo» (Lc 2,10) —todos correram para o presépio para adorar o Filho de Deus. Foi um pouco como a nossa sociedade, que marginaliza e rejeita muitas pessoas porque são pobres, estrangeiras ou simplesmente diferentes, e depois celebra o Natal falando de paz, solidariedade e amor.

Hoje, nós os cristãos estamos cheios de alegria, e com razão. Como afirma São Leão Magno: «Hoje não está certo que haja lugar para a tristeza, no momento em que nasceu a vida». Mas não podemos esquecer que este nascimento nos exige um compromisso: viver o Natal do modo mais parecido possível com o que viveu a Sagrada Família. Quer dizer, sem ostentações, sem gastos desnecessários, sem pôr a casa de pernas para o ar. Celebrar e fazer festa são compatíveis com austeridade e até com a pobreza.

Por outro lado, se durante estes dias não temos verdadeiros sentimentos de solidariedade para com os rejeitados, forasteiros, sem teto, é porque no fundo somos como os habitantes de Belém: não acolhemos o nosso Menino Jesus.

Os paradoxos de Deus na noite de Natal.

Pe. Antonio Rivero, L.C

Deus feito homem. O Eterno desceu no tempo. O não abarcável e Infinito cabe nos braços de Maria. A Palavra do Pai no silêncio. O Imensamente Rico deitado num presépio e envolvido em faixas. O Alimentador do gênero humano necessitado do peito de Maria para não morrer. O Fogo ardente da caridade tremendo de frio nessa noite gelada de inverno. O Desejado das nações rejeitado; e como não tinha lugar para Ele nas hospedagens deste mundo humano, teve que nascer num curral de animais.

Em primeiro lugar, qual o porquê e o para quê destes paradoxos? Porque se cumpriu o tempo, o “Kairòs” pensado por Deus desde toda a eternidade para reconquistar o homem caído e fazê-lo entrar na luz (primeira leitura). E tudo por pura benignidade de Deus, para nos converter em povo seu (segunda leitura), para devolver-lhe a sua glória e trazer a paz tão desejada para toda a humanidade (evangelho). Paz com essa densidade bíblica: bem-estar, prosperidade, desenvolvimento, alegria, justiça. Paz que é harmonia entre homem e homem; entre homem e cosmos; entre homem e Deus. A paz é a definição mesma de Cristo, “Príncipe da paz”. Paz que é vida, amor, salvação, doação. “Não apaguemos a chama ardente desta paz acesa por Cristo” (François Mauriac).

Em segundo lugar, como aconteceram estes paradoxos? Na simplicidade dos personagens: uma donzela humilde e pura, um casto varão, justo e sem dinheiro, e um menino indefeso que é puro candor e ternura; uns pastores pobres sem poder, sem influencias nem títulos, que viviam na intempérie e na vida seminômade. Na simplicidade do lugar: não na Jerusalém prestigiosa e religiosa, mas na pequena cidade de Belém, lugar do pão; esse pão terno de Jesus que necessitará ser cozinhado durante esses anos de vida oculta e pública, até chegar no forno do Cenáculo e do Calvário; e chegará a nós misteriosamente em cada missa. Na simplicidade da cova miserável de animais porque os humanos não lhe deram hospedagem. Na simplicidade da noite, sem barulhos de foguetes, bengalas e fogos artificiais.

Finalmente, em troca de quê estes paradoxos? De que nossos olhos olhem para Ele com ternura e lhe deem um sorriso, e assim dos nossos olhos caiam as escamas das nossas miopias. De que nossos lábios o beijem e fiquem assim purificados, livres já de mentiras e de palavras indignas. De que nossos braços o acolham, e fiquem bem fortalecidos para ajudar ao irmão que está prostrado no chão da depressão ou da tristeza. De que nossas mãos o acariciem e se abram à generosidade com os que sofrem e estão necessitados. De que nossos joelhos se dobrem e o adorem na oração como Deus e Senhor. De que nosso coração seja uma doce hospedagem, para onde convidar Jesus.

Para refletir: Com são Leão Magno refletimos: “Não pode existir lugar para a tristeza, quando nasce aquela vida que vem para destruir o temor da morte e para dar-nos a esperança de uma eternidade gozosa. Que ninguém se considere excluído desta alegria, pois o motivo deste gozo é comum para todos; nosso Senhor, de fato, vencedor do pecado e da morte, assim como não encontrou ninguém livre de culpabilidade, assim veio para salvar todos. Alegre-se, pois, o justo, porque se aproxima da recompensa; regozija-se o pecador, porque será condecorado com o perdão; anime-se o pagão, porque está chamado à vida” (Sermão I sobre o Natal, 1-3).

Para rezar: Terminemos com esta oração: “Menino do presépio, pequeno Deus Menino, irmão dos homens. A minha alma se enche de ternura e o coração de alegria, quando vos vejo assim, pequeno, pobre e humilde, débil e indefeso, deitado nas palhas do presépio. Ensinai-me, Jesus, a apreciar o que vale vossa doce Encarnação. Ajudai-me a compreender o profundo sentido da vossa presença entre nós. Fazei que o meu coração sinta a grandeza da vossa generosidade, a profundidade da vossa humildade, a maravilha da vossa bondade e do vosso amor salvador. Não vos peço entender os paradoxos de Belém, porém peço-vos saborear esses paradoxos com o coração extasiado na fé e na gratidão”.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

MISSA DA AURORA

EVANGELHO: (Lc 2,15-20)

«Encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura»

Rev. D. Bernat GIMENO i Capín (Barcelona, Espanha)

Hoje resplandece uma luz para nós: nasceu o Senhor! Do mesmo modo que o sol sai cada manhã para iluminar e dar vida ao mundo, esta missa da aurora, celebrada ainda com pouca luz, invoca a figura do Menino nascido em Belém como o sol nascente, que vem para iluminar a família humana.

Depois de Maria e José, foram estes pastores do Evangelho os primeiros que foram iluminados pela presença de Jesus Menino. Os pastores, que eram considerados como os últimos na sociedade. Temos de ser pastores para acolher o Menino e ser conscientes do nosso nada.

Que Jesus seja luz, não nos pode deixar indiferentes. Contemplemos os pastores: era tão grande o gozo que sentiam pelo que haviam visto que não deixavam de falar disso: «Todos os que ouviram os pastores ficavam admirados com aquilo que contavam» (Lc 2,19).

«Teu Salvador já está aqui», também nos diz o profeta e isso nos enche de alegria e de paz. Queridos irmãos, isto nos falta a muitos cristãos no dia de hoje: falar Dele com alegria, paz e convencimento; cada um desde a sua vocação, quer dizer, desde o desígnio eterno que Deus tem “para mim”. E isto será possível se antes estamos convencidos da nossa identidade: os laicos, religiosos e sacerdotes. Todos formamos “o povo santo” do qual nos fala o profeta Isaías.

Foi desígnio de Deus que fossem pastores a adorar ao Menino Jesus. Todos somos pastores. Todos têm de ser pobres e humildes, os últimos... Contemplando o presépio de nossa casa, com os pastores de plástico ou de barro, vemos uma imagem da Igreja, que o profeta na primeira leitura descreve como uma “cidade-não-abandonada” e como “a querida” (Is 62,12). Neste Natal façamos o propósito de amar mais a nossa Igreja... que não é nossa, senão Dele e nós a recebemos e entramos a participar nela como indignos servos, e a recebemos como um dom, como um presente imerecido. De aí que a nossa aclamação da alegria neste Natal tem de ser uma profunda e sincera ação de graças.

MISSA DO DIA

Evangelho (Jo 1,1-18): No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio, junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina. Ela estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não a reconheceu. Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus: são os que creem no seu nome. Estes foram gerados não do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que recebe do seu Pai como filho único, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho dele e proclama: «Foi dele que eu disse: ‘Aquele que vem depois de mim passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia». De sua plenitude todos nós recebemos, graça por graça. Pois a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer».

«E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós»

Mons. Jaume PUJOL i Balcells, Arcebispo Emérito de Tarragona (Tarragona, Espanha)

Hoje, com a simplicidade das crianças, consideramos o grande mistério de nossa fé. O nascimento de Jesus marca a chegada da “plenitude dos tempos”. Desde o pecado de nossos primeiros pais, a linhagem humana se havia afastado do Criador. Mas Deus, compadecido de nossa triste situação, enviou o seu Filho eterno, nascido da Virgem Maria, para resgatar-nos da escravidão do pecado.

O apóstolo João o explica usando expressões de grande profundidade teológica: «No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.» (Jo 1,1). João chama “Palavra” ao Filho de Deus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. E Complementa: «E o verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o filho único recebe do seu pai, cheio de graça e de verdade» (Jo 1,14).

Isto é o que celebramos hoje, por isso fazemos festa. Maravilhados, contemplamos Jesus acabado de nascer. É um recém-nascido… E, ao mesmo tempo, Deus onipotente; sem deixar de ser Deus, agora é também um de nós.

Veio à terra para devolver-nos a condição de filhos de Deus. Mas é necessário que cada um acolha em seu interior a salvação que Ele nos oferece. Tal como explica São João, «Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12). Filhos de Deus! Ficamos admirados ante este mistério inefável: «O Filho de Deus se fez filho do homem para fazer aos homens filhos de Deus» (São João Crisóstomo).

Acolhamos Jesus, busquemos: somente Nele encontraremos a salvação, a verdadeira solução para nossos problemas; só Ele dá o último sentido da vida e das contrariedades e da dor. Por isto, hoje lhes proponho: vamos ler mais o Evangelho, vamos meditá-lo; vamos procurar viver verdadeiramente de acordo com os ensinamentos de Jesus, ele Filho de Deus que veio a nós. E então veremos como será verdade que, entre todos, faremos um mundo melhor.

O motivo profundo da nossa alegria está aqui: O Verbo se fez carne e habitou entre nós.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

Natal é o cumprimento do velho sonho de Deus: conviver com o homem. Já desde o Paraíso, quando o Senhor visitava os nossos primeiros pais no cair da tarde, assim como na tenda da reunião durante a travessia do deserto. E depois no Templo de Jerusalém, lugar privilegiado da presença de Deus no meio do seu povo. Sempre é a mesma tentativa: habitar entre os homens. E agora isto chega à sua plenitude: Deus planta a sua tenda na história. É Emanuel, isto é, Deus conosco. Alegremo-nos, porque hoje é Natal!

Em primeiro lugar, por muito preocupados que estejamos pelos problemas da vida- que existem -, e por preto que vejamos o panorama social ou eclesial- que aí está e nos ameaça!-… Escutemos a voz da Igreja mensageira que anuncia esta grande notícia na santa missa: Deus visitou o seu povo e nos traz o seu consolo e a sua paz (1ª leitura). Uma paz sem limites, feita de justiça e direito. Alegremo-nos, porque hoje é Natal, e com o Natal recuperamos o sentido da vida e a força para enfrentar esses problemas da vida diária, familiar laboral, porque Deus em Cristo caminha do nosso lado, que para isso se fez homem! Contagiemos o espírito do Natal!

Em segundo lugar, por muitas palavras que escutemos de sereias enganadoras que nos assobiam prometendo-nos a libertação, o êxito, a supressão da dor e das angustias, ou palavras tentadoras do inimigo da nossa alma para que claudiquemos na nossa fé e confiança em Deus ao ver tantos excessos e desastres naturais e humanos… Deus Pai hoje pronunciou a sua última e definitiva Palavra que é o seu Filho. E essa Palavra encarnada nos purificou dos nossos pecados e nos libertou das nossas ataduras, morrendo voluntariamente por nós, revestindo-nos da filiação divina (evangelho) para que levemos uma vida digna e nobre (2ª leitura). Alegremo-nos, porque hoje é Natal, e com o Natal renasce a esperança que não defrauda e nos salva! Contagiemos o espírito do Natal!

Finalmente, por muitas e espessas trevas que nos querem envolver por onde for- ideologias de cunho liberal, marxista, hedonista e pragmático-, hoje uma Luz brilhou para nós (evangelho), e graças a esta Luz podemos ver tudo a partir de uma nova perspectiva, a perspectiva da eternidade: as sãs e humanas alegrias, e também as tristezas e as dores; os êxitos conquistados com garra e honestidade, e também os fracassos injustos; os trabalhos bem remunerados, e também as demissões; a saúde transbordante e a doença que nos carcome; os momentos de plenitude radiante e os instantes de dúvidas e perplexidades; a aceitação entre os nossos amigos e familiares, e também o desengano e o esquecimento nos quais estamos prostrados. Tudo desde a luz de Belém se ilumina, se esclarece, retoma sentindo. Por quê? Porque o Filho de Deus se fez homem para experimentar na sua própria carne e redimir todas estas situações humanas. Alegremo-nos, porque hoje é Natal, e com o Natal renasce a fé que dissipa toda a treva do coração e da mente! Contagiemos o espírito do Natal!

Para refletir: Vivo os sete dias da semana, as quatro semanas do mês e os doze meses do ano o espírito do Natal: alegria, paz, vitória, liberação, justiça, filiação divina? Quem quer me roubar o espírito do Natal: este mundo anticristão, o demônio tentador ou as minhas paixões baixas? O que vou pedir para o Menino Jesus que nasce em Belém? E o que vou oferecer em troca? Contagio o espírito do Natal?

Para rezar: Com toda a Igreja rezemos o grande pregão de Natal e enchamo-nos de alegria profunda: “Anunciamo-vos, irmãos e irmãs, uma grande notícia, / uma grande alegria para todo o povo. / Escutai com um coração cheio de gozo: / Tinham passado milhares e milhares de anos / desde que, no princípio, Deus criou o céu e a terra / e fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. / Milhares e milhares de anos tinham sido transcorridos / desde que cessou o dilúvio / e o Altíssimo fez resplandecer o arco íris, / sinal de aliança e de paz. / No ano 752 da fundação de Roma; / no ano 42 do império do Otávio Augusto, / quando sobre toda a terra reinava a paz, / na sexta idade do mundo, / faz muitos anos, / em Belém de Judá, povo humilde de Israel, / ocupado então pelos romanos, / num presépio, porque eles não encontraram hospedagem, / da Santa Maria a Virgem, esposa de José, / da casa e da família de Davi, / nasceu Jesus, chamado Messias e Cristo, / que é o Salvador que o povo esperava. / Alegrai-vos, irmãos. / Esta é a boa notícia do anjo: / “Nasceu-vos um Salvador: o Messias, o Senhor”.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:  arivero@legionaries.org

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