Bto João Duns Scotus, presbítero
Sta
Elisabete da Trindade, virgem de nossa Ordem
Salmo Responsorial -
62/63
R. A minha alma tem sede de vós, e
vos deseja, ó Senhor.
Sois vós, ó
Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minha alma tem sede de
vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água!
Venho, assim,
contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais
do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam.
Quero, pois
vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! A minha alma será saciada,
como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios.
Penso em
vós no meu leito, de noite, nas vigílias suspiro por vós! Para mim fostes
sempre um socorro; de vossas asas à sombra eu exulto!
2a Leitura (1Tes
4,13-18): Irmãos, não queremos deixar-vos na
ignorância a respeito dos mortos, para que não fiqueis tristes como os outros,
que não têm esperança. Com efeito, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,
cremos igualmente que Deus, por meio de Jesus, com ele conduzirá os que
adormeceram. Eis o que temos a vos dizer, de acordo com a palavra do Senhor:
nós, os vivos, os que ficarmos em vida até a vinda do Senhor, não passaremos à
frente dos que tiverem morrido. Pois o Senhor mesmo, à voz do arcanjo e ao som
da trombeta de Deus, descerá do céu. E então ressuscitarão, em primeiro lugar,
os que morreram em Cristo; depois, nós, os vivos, que ainda estivermos em vida,
seremos arrebatados, junto com eles, sobre as nuvens, ao encontro do Senhor,
nos ares. E, assim, estaremos sempre com o Senhor. Reconfortai-vos, pois, uns
aos outros com estas palavras.
Aleluia. É preciso
vigiar e ficar de prontidão; pois não sabeis em que dia o Senhor há de vir!
Aleluia.
Evangelho (Mt
25,1-13): Naquele tempo, disse Jesus aos
discípulos esta parábola: «O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que,
levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas
eram descuidadas e as outras cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram
suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram
jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram
cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: O noivo está
chegando. Ide acolhê-lo! Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As
descuidadas disseram às previdentes: Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas
lâmpadas estão se apagando. As previdentes responderam: De modo algum, pois o
óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos
vendedores. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam
preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por
fim, chegaram também as outras e disseram: Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!
Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! Portanto, vigiai,
pois não sabeis o dia, nem a hora».
«O noivo está
chegando. Ide acolhê-lo»
Rev. P. Anastasio URQUIZA Fernández MCIU (Monterrey,
México)
A parábola,
é uma chamada de atenção muito importante. «Vigiai, pois não sabeis o dia, nem
a hora» (Mt 25,13). Não deixem nunca a lâmpada da fé se apagar, porque qualquer
momento pode ser o último. O Reino já está aqui. Acendam as lâmpadas com o óleo
da fé, da fraternidade, e da caridade mutua. Nossos corações, cheios de luz,
nos permitirão viver na autêntica alegria aqui e agora. Os que moram ao nosso
redor verão se também iluminados e conhecerão o gozo da presença do Noivo
esperado. Jesus nos pede que nunca nos falte esse óleo em nossas lâmpadas.
Por isso,
quando o Concílio Vaticano II, que escolhe na Bíblia as imagens da Igreja,
refere-se a esta comparação do noivo e da noiva, e pronuncia estas palavras: «A
Igreja, também é descrita como esposa imaculada do Cordeiro imaculado, a quem
Cristo amou e entregou-se por ela para santificá-la, a uniu com Ele num pacto
eterno, e incessantemente alimenta e cuida dela. Livre de toda mácula, quis ela
unida a Ele e submissa pelo amor e a fidelidade».
Dado que é incerto o
dia em que chegará o Senhor para nos pedir contas da nossa vida é de prudentes
e sábios viver em vigilância perene agora, com a lâmpada da fé acesa, cheia do
azeite da nossa caridade ou boas obras.
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Em primeiro
lugar, olhemos estas virgens do evangelho de hoje. São ignorantes e
desprevenidas. Por isso fazem quatro coisas inúteis: pedem às outras que as
salvem – já não é tempo-; saem de noite para buscar vendedores -é um absurdo-; chegam
quando a porta já está fechada -obvio- e gritam – sem ser escutadas-: “Senhor,
Senhor, abre-nos”. Resultado? “Não vos conheço”. Moral da história? Temos que
estar preparados para a segunda vinda de Cristo e não estar perdendo azeite da
nossa lâmpada durante o caminho da vida por negligencia, por estar brincando no
carrossel da fortuna e com os dados do prazer. Eu, como são Paulo, sim creio na
segunda vinda (segunda leitura). E por isso quero estar preparado e acordado. E
quero ajudar os outros a preparar-se comigo. Desta maneira, quando vier o
Senhor nos encontrará com a lâmpada da fé acesa, com o azeite da caridade
derramando-se por essa lâmpada, com a consciência tranquila e com a paz na alma
esperando o abraço de Deus.
Em segundo
lugar, olhemos a Cristo, aqui apresentado como o Esposo, pois o que lá teremos
e saborearemos serão as bodas eternas com o nosso Salvador e os seus amigos que
se mantiveram fieis à aliança. A metáfora das bodas simboliza a relação de
amor, de índole nupcial, que se realiza entre Deus e cada um de nós. Por que
este Esposo Cristo chega tarde, de improviso? Por que esse grito na noite?
Cristo abre a porta às virgens sensatas que estavam acordadas e tinham tudo
preparado e entram na festa de bodas. E a porta se fecha detrás delas. Puderam
entrar porque encheram de azeite os seus frascos, e assim impediram que a
caridade, que é a chama da alma, se extinguisse. Não podemos dormir. Um
automobilista não pode permitir-se o luxo de dirigir dormindo; um médico não
pode se ausentar de uma operação delicada e ir embora para dormir; um piloto de
avião não pode converter a sua cabina num salão dormitório. Um só instante de
sono seria fatal para tais pessoas e causaria um desastre nunca justificável.
Assim na nossa vida cristã.
Finalmente,
o que está dizendo para nós esta parábola tão repleta de lições? Justamente
isto: primeiro que estamos na vida para ir para a eternidade, isto é, esse
encontro com Cristo que está já preparando esse banquete de bodas definitivo,
pois aqui na terra o banquete da Eucaristia é através do sinal e do véu do
sacramento; não percamos a rota; segundo, que temos que encher sempre a lâmpada
da nossa fé com o azeite da caridade e do amor, pois só assim Jesus nos
reconhecerá e daremos com a porta no meio da escuridão do caminho; finalmente,
que se não fazemos isto entraremos desgraçadamente dentro do grupo dos
ignorantes e fátuos e seremos excluídos do banquete e escutaremos de Cristo:
“Não te conheço”. Com isto, o Senhor nos está alertando que junto com a
possibilidade da salvação final, existe a possibilidade da condenação eterna,
que muitos hoje querem negar, tendo como escudo este sofisma: “Deus é tão bom,
que não permitirá que ninguém se condene”. Deus é serio. “De Deus ninguém
zomba. O que o homem semear, isso colherá” (cf. Gal 6,7). Se estivemos
brincando com a lâmpada da fé comprando outras velas no supermercado das
seitas, talvez se quebre. Quem não alimentar essa lâmpada com a caridade, se
apagará.
Para refletir: As minhas malas estão prontas para a
última viagem a Deus? Cuido a lâmpada da minha fé cristã e católica, íntegra e
incontaminada? Levo o azeite da caridade para repor durante o trajeto à
eternidade?
Para rezar: Senhor, fazei-me sensato. Senhor,
ajudai-me para não tropeçar durante o caminho e deixar cair a minha lâmpada.
Senhor, que caminhe feliz e radiante durante o trajeto a Vós, ajudando os meus
irmãos que precisam de mim, compartilhando o azeite da minha fé e do meu amor,
antes que seja tarde demais. Vinde, Senhor Jesus!
Qualquer sugestão ou
dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org
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