sábado, 30 de novembro de 2019

I Domingo do Advento


1ª Leitura (Is 2, 1-5) - Visão de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém. Acontecerá, nos últimos tempos, que o monte da casa do Senhor estará firmemente estabelecido no ponto mais alto das montanhas e dominará as colinas. A ele acorrerão todas as nações, para lá irão numerosos povos e dirão: 'Vamos subir ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e nos ensine a cumprir seus preceitos'; porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a palavra do Senhor. Ele há de julgar as nações e argüir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate. Vinde, todos da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor.

Salmo Responsorial - Sl 121, 1-2.4-5.6-7.8-9
R. Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!

Que alegria, quando ouvi que me disseram: *'Vamos à casa do Senhor!'
E agora nossos pés já se detêm, *Jerusalém, em tuas portas. R.

Para lá sobem as tribos de Israel, *as tribos do Senhor.
Para louvar, segundo a lei de Israel, *o nome do Senhor. *
A sede da justiça lá está *e o trono de Davi. R.

Rogai que viva em paz Jerusalém, *e em segurança os que te amam!
Que a paz habite dentro de teus muros, *tranquilidade em teus palácios! R.

Por amor a meus irmãos e meus amigos, *peço: 'A paz esteja em ti!'
Pelo amor que tenho à casa do Senhor, *eu te desejo todo bem! R.

2ª Leitura (Rm 13,11-14a) - Irmãos: Vós sabeis em que tempo estamos, pois já é hora de despertar. Com efeito, agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noite já vai adiantada, o dia vem chegando; despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz. Procedamos honestamente, como em pleno dia; nada de glutonerias e bebedeiras, nem de orgias sexuais e imoralidades, nem de brigas e rivalidades. Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo.

Aleluia. Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade e a vossa salvação nos concedei! Aleluia.

Evangelho (Mt 24, 37-44): Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos: «A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. Nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, homens e mulheres casavam-se, até o dia em que Noé entrou na arca. E nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. «Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem».

«Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor»

Mons. José Ignacio ALEMANY Grau, Bispo Emérito de Chachapoyas (Chachapoyas, Peru)

Bto Charles de Foucauld
Hoje, «como no tempo de Noé», as pessoas comem e bebem, homens e mulheres casam-se, com a agravante de se “casarem” homem com homem e mulher com mulher (cf. Mt 24,37-38). Mas, como no tempo do patriarca Noé, também há santos no mesmo escritório e à mesma secretária que os outros. Um deles será levado e o outro deixado porque virá o Juiz Justo.

Devemos vigiar porque «só quem está acordado não será apanhado de surpresa» (Bento XVI). Devemos estar preparados com o amor aceso no coração, como a lamparina das virgens prudentes. Trata-se precisamente disto: chegará o momento em que se ouvirá: «Aí vem o noivo!» (Mt 25,6), Jesus Cristo!

A sua chegada é sempre motivo de alegria para quem leva a lamparina acesa no coração. A sua vinda é parecida com a de um pai de família que mora num país distante e escreve aos seus: - Quando menos esperarem, eu apareço por aí. A partir desse dia tudo é alegria naquele lar: Vem aí o Papai! Os nossos modelos, os Santos, viveram assim, “à espera do Senhor”.

O Advento é para aprender a esperar, com paz e com amor, o Senhor que vem. Nada do desespero ou impaciência que caracteriza o homem deste tempo. Santo Agostinho dá uma boa receita para esperar: «Como for a sua vida, assim será a sua morte». Se esperarmos com amor, Deus encherá o nosso coração e saciará a nossa esperança.

Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor (cf. Mt 24,42). Casa limpa, coração puro, pensamentos e afetos ao estilo de Jesus. Bento XVI explica: «Vigiar significa seguir o Senhor, escolher o que Cristo escolheu, amar o que Ele amou, ajustar a própria vida à sua». Então virá o Filho do homem... E o Pai acolher-nos-á em seus braços por nos parecermos com o seu Filho.

«Nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam (...)Vigiai, portanto, (...)também vós, ficai preparados!»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, neste Domingo, ao começar o tempo do Advento, inauguramos também um novo ano litúrgico. Podemos tomar esta circunstância como um convite a renovar-nos em algum aspecto de nossa vida (espiritual, familiar, etc.).

De fato, necessitamos viver a vida, dia a dia, mês a mês, com um ritmo e uma ilusão renovados. Assim, afastamos o perigo da rotina e do tédio. Este sentido de renovação permanente é a melhor maneira de ficar alerta[s]. Sim, devemos estar alerta[s]! É uma das mensagens que o Senhor nos transmite através das palavras do Evangelho de hoje.

Há que ficar alerta, em primeiro lugar, porque o sentido da vida terrena é o de uma preparação para a vida eterna. Este tempo de preparação é um dom e uma graça de Deus: Ele não quer impor-nos o seu amor nem o céu; quer-nos livres (que é o único modo de amar). Preparação que não sabemos quando acabará: «Anunciamos o advento de Cristo e, não somente um, senão também outro, o segundo (...), porque este mundo de agora acabará» (São Cirilo de Jerusalém). Há que se esforçar por manter a atitude de renovação e de ilusão.

Em segundo lugar, convém estar alerta porque a rotina e a acomodação são incompatíveis com o amor. No Evangelho de hoje, o Senhor lembra como nos tempos de Noé «comiam e bebiam» e «nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou todos» (Mt 24,38-39). Estavam “entretidos” e, — já o dissemos— que a nossa passagem pela terra há de ser um tempo de “namoro” para o amadurecimento de nossa liberdade: o dom que nos foi outorgado não para libertar-nos dos outros, mas para nos entregarmos aos outros.

«A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé» (Mt 24,37). A vinda de Deus é o grande acontecimento. Disponhamo-nos a acolhê-lo com devoção: “Vinde Senhor Jesus! ».

Levantai-vos e caminhai… se aproxima a luz da nossa salvação, Cristo.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

O Advento é como um grande relógio ou despertador de Deus que a Igreja nos coloca na nossa mesa de cabeceira para aqueles que estão meio sonolentos, anestesiados com as mil preocupações e ocupações diárias.

Em primeiro lugar, não é fácil despertar de tanta letargia e sonolência. O mundo nos convida a sestear na preguiça, na tibieza ou nos gostos e caprichos: preocupações na família, no trabalho, as mil tentações do mundo. Acordemos e caminhemos com os pés da alma (Santo Agostinho). É Cristo que nos espera novamente no Natal trazendo a salvação (Evangelho e a segunda leitura). O Advento é um caminho: subamos dignamente ao monte do Senhor (primeira leitura). Quem não sobe, desce, inevitavelmente. O que me impede subir até a montanha do Senhor: os pés atados, coração apegado, vontade desmotivada?

Em segundo lugar, uma vez que nós acordemos e despertemos, caminhemos com alegria ao encontro de Cristo, permaneçamos com um coração atento, pois no caminho há ladrões que querem roubar a nossa fé, nossa esperança e decência moral (Evangelho e a segunda leitura). Quais ladrões comumente estão à espreita na minha vida cristã: ladrões internos, ladrões externos?

Finalmente, depois de fazer a experiência de Cristo na oração e nos sacramentos, vamos experimentar os frutos deste encontro com Cristo: somos revestidos em Cristo (segunda leitura) e colheremos frutos abundantes (primeira e segunda leitura): seremos homens de luz, de paz e de moral em nossa casa, em nossos ambientes. Quais frutos estamos oferecendo aos outros da nossa experiência profunda de Cristo?

-Para refletir: Coloquemos as pilhas da graça em nosso despertador, no caso de que estejam gastas​​, e marquemos bem o horário de acordar cedo todos os dias para ir até a montanha de oração e progridamos nas virtudes ao longo do dia. Que neste Natal, Cristo nos encontre preparados com a lâmpada da fé acesa e em paz com todos! Confiemo-nos à Virgem do Advento que é também a Virgem da Vigília para que nos ajude a preparar os nossos corações para receber o seu Filho Jesus.

Qualquer sugestão ou dúvida entre em contato Padre Antonio neste e-mail:arivero@legionaries.org

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