quinta-feira, 8 de março de 2018

VIA SACRA COM OS SANTOS CARMELITAS.


Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Comentário inicial: Estamos reunidos em nome do Senhor. Ele está aqui conosco, como prometeu. Vamos percorrer na fé o trajeto que Jesus fez desde o Pretório de Pôncio Pilatos até ao cimo do Calvário, onde Ele deu a vida pela salvação do mundo. Conosco está também a Virgem Santa Maria. Ela esteve no cimo do Gólgota. Mulher da dor, Mãe de misericórdia, Ela inclina-Se sobre os seus filhos, para ver os seus sofrimentos, para levar conforto e reavivar a esperança.

1ª Estação: Jesus é condenado à morte

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Marcos (15,14-15): Pilatos insistiu: «Que fez Ele de mal?». Mas eles gritaram ainda mais: «Crucifica-o!». Pilatos, desejando agradar à multidão, soltou-lhes Barrabás; e, depois de mandar flagelar Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Quando a alma chega a não prestar atenção aos louvores, cada vez menos presta atenção às críticas. A crítica fortalece a alma, a qual vai adquirindo um particular e terno amor cada vez maior para com os seus perseguidores. (Santa Teresa de Jesus).

Senhor, a minha alma está diante de ti. Tu conheces-me profundamente, sabes tudo sobre mim, lês o mais profundo da minha intimidade. Tu recolhes cada lágrima e respondes aos meus sorrisos. Na minha vida não há nenhum espaço ou tempo que tu não visites com o teu amor e com a tua amizade. Dou-te graças por tudo isto, meu Deus. O meu caminho nesta vida está já decidido: quero estar contigo em cada momento, na alegria e no cansaço, na paz e na incompreensão, na companhia e na solidão. A tua presença, ó Jesus, fortalece a minha alma, mesmo na debilidade.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

2ª Estação: Jesus carrega com a cruz

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Marcos (15, 20): Depois de o terem escarnecido, tiraram-lhe o manto de púrpura e revestiram-no das suas vestes. Depois o levaram dali, para o crucificarem.

Jesus prodigaliza as suas cruzes como o sinal mais seguro da sua ternura, porque deseja fazer-te semelhante a Ele. Por que ter medo de não ser capaz de levar a cruz sem desfalecer?  (Santa Teresa do Menino Jesus).

Senhor, muitas vezes na minha vida experimentei a tua ternura, sobretudo nos momentos de dor, quando não encontrei palavras para pronunciar, quando me era impossível orar, quando sozinho se fazia presente a noite… Tu estavas a meu lado, talvez no silêncio, com um toque apenas perceptível. Ó Jesus, muitas vezes te vi assim e pude olhar-te nos olhos. Quando voltava para a luz, quando as lágrimas tinham secado, sentia-me um pouco mais igual a ti.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

3ª Estação: Jesus cai pela primeira vez sob o peso da cruz

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do livro do Profeta Isaías (53, 4-6): Na verdade, ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado. Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas suas chagas. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas perdidas, cada um seguindo o seu caminho. Mas o Senhor carregou sobre ele todos os nossos crimes.

A coragem em sofrer muito ou sofrer pouco está sempre na proporção do amor. (Santa Teresa de Jesus).

Senhor, sei que não te conheço como deveria nem como desejaria. Sei que me falta muito caminho por andar indo atrás de ti, seguindo as tuas pisadas à sombra da cruz. Do que unicamente posso presumir é das minhas debilidades e dos meus erros. Humanamente falando, ó Jesus, sou pouca coisa, mas tendo-te a ti no coração e na vida, sinto-me rico e feliz. Não quero esconder-me de ti; abro as minhas mãos e o meu coração para que possas entrar na minha pobreza com a verdadeira riqueza, que é a tua Cruz. Sim, meu Salvador, este é o sinal do Amor.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

4ª Estação: Jesus encontra sua Mãe

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Lucas (2, 34-35.51): Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; uma espada trespassará a tua alma. Assim hão de revelar-se os pensamentos de muitos corações». Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.

Na Sagrada Escritura encontramos poucas palavras da Virgem, mas são como grãos de ouro puro: se os fundirmos com o fogo de uma amorosa contemplação, serão suficientes para irradiar sobre toda a nossa vida o esplendor luminoso das virtudes de Maria. (Santa Teresa Benedita da Cruz).

Senhor, neste momento eu também quero permanecer em silêncio, para captar o intercâmbio de amor infinito que te une à tua Mãe e a tua Mãe a ti. Ó Jesus, levanto os olhos e vejo-te, continuo a olhar o teu rosto, teus olhos de Filho, que refletem a figura da tua Mãe. Tu não falas, mas ofereces a tua Presença: entregas-te a ti mesmo e entregas a tua Mãe. Eu a recebo como minha Senhora, como minha Mãe dulcíssima.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

5ª Estação: O Cireneu ajuda Jesus a levar a cruz

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Marcos (15 21-22): Para lhe levar a cruz, requisitaram um homem que passava por ali ao regressar dos campos, um tal Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo. E conduziram-no ao lugar do Gólgota, que quer dizer “lugar do Crânio”.

Breve momento de silêncio.

Cada um tem a cruz que deve levar, ainda que cada cruz seja diferente das outras. Quem quiser conquistar a liberdade de espírito e não sentir-se continuamente atribulado, deve começar por não espantar-se da cruz. Então verá como o Senhor o ajuda a levá-la (S. João da Cruz).

Senhor, tenho medo. Desejaria fugir perante qualquer dor ou provação. Sobretudo, espanta-me e bloqueia-me a solidão. Cada vez que aparece na minha vida a sombra da cruz, custa-me continuar a esperar. Sinto-me cansado, ó Jesus. Não obstante, desejo aproximar-me do teu coração. Estendo a minha mão e tomo a tua; ofereço-te a pouca força que tenho, o nada que sou. Somente contigo poderei levar também a cruz.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

6ª Estação: A Verônica enxuga o rosto de Jesus

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do livro do Profeta Isaías (53, 2-3): O servo cresceu diante do Senhor como um rebento, como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspecto atraente, desprezado e abandonado pelos homens, como alguém cheio de dores, habituado ao sofrimento, diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desconsiderado.

Ao longo do caminho da cruz Jesus não está só. Hoje, como então, estão não só os adversários como também as pessoas que o ajudam. Representando a quantos o amam e desejam ajudá-lo está a Verônica. (Santa Teresa Benedita da Cruz).

Senhor, tenho um desejo no coração: ser teu amigo, caminhar contigo, compartilhar a vida contigo. Sei que estás a sofrer ao percorrer o caminho da dor. Vejo muitas pessoas à tua volta. Também eu te procuro, aproximo-me o mais que posso. Quero amar-te; já nada mais me importa. Junto à Verônica procuro o teu rosto, pois tu és a minha Luz.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

7ª Estação: Jesus cai pela segunda vez

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Livro das Lamentações (3, 1-2.9.16): Eu sou o homem que conheceu a miséria, sob a vara da sua ira. Conduziu-me e fez-me caminhar nas trevas e não na luz. Bloqueou-me o caminho com pedras, fez-me seguir por estrada errada. Quebrou-me os dentes com uma pedra, e mergulhou-me na cinza.

Quando caminhas na noite escura e no vazio da pobreza espiritual, pensas que te falta tudo e todos – inclusivamente Deus -. Contudo não te falta nada (S. João da Cruz).

Faltas-me, Senhor! Como podes dizer que estás perto de mim, que compartilhas tudo comigo? Sinto a solidão, a dor, a angústia. Também tu caíste sob o peso de um infinito sofrimento. Como poderei encontrar-te de novo, meu Pastor? Eu, ovelha tresmalhada, tenho necessidade de ti. Levanta-te, aparece de novo, ó bom Pastor! Então seguir-te-ei todos os dias da minha vida.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

8ª Estação: Jesus consola as filhas de Jerusalém

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Lucas (23, 28-31): Jesus voltou-se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos; pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Hão de, então, dizer aos montes: ‘Caí sobre nós!’. E às colinas: ‘Cobri-nos!’. Porque se tratam assim a árvore verde, o que não acontecerá à seca?».

Ó Jesus, deixa que eu chore por mim mesmo, pois não sou senão uma árvore seca que só serve para ser lançada ao fogo. Porém tu dás nova vida à árvore seca enxertando-a na árvore da cruz (Beato Tito Brandsma).

Tu, Senhor, és o meu Fogo. Como árvore pobre e sem vida, só desejo lançar-me nos teus braços. Recebe-me, rogo-te. Não importa que isto signifique que terei de me abraçar à cruz da tua dor. Só contigo posso novamente ser feliz. As nossas lágrimas unir-se-ão num canto de alegria.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

9ª Estação: Jesus cai pela terceira vez

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Livro de Isaías (53, 6-7): Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas perdidas, cada um seguindo o seu caminho. Mas o Senhor carregou sobre ele todos os nossos crimes. Foi maltratado, mas humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador.

Ainda que caias cem vezes, levanta-te cada vez mais com maior presteza, demonstrando assim o teu amor por Ele (Santa Teresa do Menino Jesus).

Senhor, tenho vergonha de mim mesmo; caio e volto a cair, perco-me, afasto-me, encerro-me. Quando estou assim, no chão e sem forças, entendo que a única coisa que há que fazer, o único passo a dar, é voltar a entrar em mim mesmo, como o filho pródigo, e ali, no fundo da alma, voltar a descobrir o teu amor por mim. Agarrado a ele poderei ressurgir, movido somente por uma infinita confiança na tua ternura de Amigo, ó meu Salvador.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

10ª Estação: Jesus é despojado das suas vestes

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Marcos (15, 24): Depois, O crucificaram e repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para ver o que cabia a cada um.

A alma despojada de si mesma e revestida de Jesus Cristo não tem de temer nada do mundo exterior. Por isso, renuncio cada dia a mim mesma, a fim de que Cristo possa crescer em mim. (Sta Isabel da Trindade).

Senhor, muitas vezes senti-me despojado do que considerava valioso, indispensável para viver. Muitas experiências no mundo ajudaram-me a entender que no fim nada permanece, senão unicamente a tua presença, o teu amor fiel. Então pensei abandonar muitas coisas inúteis, inclusivamente muitas companhias que não me conduziam a ti. Aos poucos fui-me despojando e revesti-me do vestido mais formoso que és tu, ó Jesus.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

11ª Estação: Jesus é cravado na cruz

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Marcos (15, 25-27): Eram umas nove horas da manhã, quando o crucificaram. Na inscrição com a condenação, lia-se: «O rei dos judeus.» Com Ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e o outro à sua esquerda.

Decidi permanecer em espírito aos pés da cruz para receber aí o orvalho divino, o sangue que caía no chão, sem que ninguém se apressasse a recolhê-lo. Então compreendi que devia derramá-lo sobre as almas. (Santa Teresa do Menino Jesus).

Senhor, pela tua graça cheguei até aqui, até aos pés da tua cruz. Contemplo-te cravado no madeiro, cravado sobretudo à dor, ao amor, à vontade de nos salvar. Cada gota do teu sangue que cai é uma promessa de vida nova para cada um de nós, teus filhos, espalhados pelo mundo inteiro, ao longo da nossa pobre história humana. Como teu irmão, ó Jesus, desejo aprender em cada dia a recolher as gotas preciosas da tua palavra e quero entregá-la depois a quantos encontro no meu caminho, sem a guardar para mim.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

12ª Estação: Jesus morre na cruz

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Marcos (15, 33-34.37.39): Ao chegar o meio-dia, fez-se trevas por toda a terra, até às três da tarde. E às três da tarde, Jesus exclamou em alta voz: «Eloí, Eloí, lemá sabachtáni?», que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?». (…) Mas Jesus, com um grito forte, expirou. (…) O centurião que estava em frente dele, ao vê-lo expirar daquela maneira, disse: «Verdadeiramente este homem era Filho de Deus!».

A morte não pode resultar amarga para a alma que ama, já que nela encontra toda a doçura e o deleite do amor. A alma goza da morte como se estivesse a pensar no seu noivado ou no seu matrimonio, por isso deseja o dia e a hora da sua morte. (S. João da Cruz).

Senhor, a tua morte é para mim uma grande escola; nela posso aprender a amar, a viver de verdade; nela posso encontrar sentido para a minha vida. Diante de ti, Crucificado, descubro que o amor e a dor são uma mesma coisa e que por isso a morte foi anulada, e a partir de agora jamais poderá triunfar. Junto a ti, toda a pequena morte, converte-se em doce experiência de vida, porque agora sei que na dor posso encontrar o amor. Obrigado, Senhor Jesus.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

13ª Estação: Jesus é descido da cruz

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Marcos (15, 42-43.46): Ao cair da tarde, visto ser a Preparação, isto é, véspera do sábado, José de Arimateia, respeitável membro do Conselho, que também esperava o Reino de Deus, foi corajosamente procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.(…) Depois de comprar um lençol, desceu o corpo da cruz e envolveu-o nele. Em seguida, depositou-o num sepulcro cavado na rocha e rolou uma pedra sobre a entrada do sepulcro.

Seguindo os teus caminhos não poderás chegar aonde desejas, nem sequer através da mais alta contemplação, mas somente através de uma grande humildade e de uma total disponibilidade do coração. (Santa Teresa do Menino Jesus).

Senhor, eu sei que não tenho nada de grande, vistoso e importante para te oferecer. Não tenho nada, unicamente o meu coração. Depois deste longo caminho seguindo os teus passos na prova e na dor da cruz, somente desejo entregar-te o meu coração, o meu amor, a minha vida. Entrego-me ao teu abraço sabendo que me acolhes tal como sou.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

14ª Estação: o corpo de Jesus é colocado no túmulo

V. Nós vos adoramos, ó Cristo.
R Porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo.

Do Evangelho de S. Marcos (15, 46-47): José de Arimateia, depois de comprar um lençol, desceu o corpo da cruz e envolveu-o nele. Em seguida, depositou-o num sepulcro cavado na rocha e rolou uma pedra sobre a entrada do sepulcro. Maria de Magdala e Maria, mãe de José, observavam onde o depositaram.

Parece-me que o bom Deus lhe pede um abandono e confiança sem limites nas horas dolorosas em que sente esses terríveis vazios. Pense que, nessa altura, Ele está a escavar na sua alma maiores capacidades para O receber, de algum modo infinitas como Ele mesmo. Tente, então, pela vontade, ficar inteiramente feliz, mesmo sob a mão que a crucifica; dir-lhe-ei até que encare cada sofrimento, cada provação “como uma prova de amor”, que lhe vem diretamente da parte do bom Deus, para se unir a Ele. (Sta Isabel da Trindade).

Senhor, o último passo é uma descida profunda, é entrar na obscuridade do túmulo. Ao chegar ao cimo eu esperava ver uma luz mais clara, receber os benéficos raios do sol. No entanto, ainda não é o tempo. Quero permanecer contigo, baixar também até à solidão tenebrosa do túmulo. Não tenho medo, pois creio que o teu amor é mais forte; sei que ressuscitarás e também me farás viver.

C - Bendita e louvada seja a sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
T - Que quis padecer e morrer na cruz por nosso amor.

C - Santa Mãe, isto eu vos peço: que fiquem no meu peito, bem impressas,
R - As chagas de Jesus crucificado e as dores do vosso maternal Coração.

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