sábado, 11 de novembro de 2017

XXXII Domingo do Tempo Comum

Textos: Sab 6, 12-16; 1 Tess 4, 13-18; Mateus 25, 1-13

Evangelho (Mt 25,1-13): Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos esta parábola: «O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e as outras cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: O noivo está chegando. Ide acolhê-lo! Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às previdentes: Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando. As previdentes responderam: De modo algum, pois o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou.  Por fim, chegaram também as outras e disseram: Senhor! Senhor! Abre-nos a porta! Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo: não vos conheço! Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora».

«O noivo está chegando. Ide acolhê-lo»

Rev. P. Anastásio URQUIZA Fernández MCIU (Monterrey, México)

Hoje somos convidados a refletir sobre o fim da existência; trata-se de uma advertência do Bom Deus ao respeito do nosso fim último; não brinquemos, portanto, com nossa vida. «O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo» (Mt 25,1). O Fim de cada pessoa, dependerá do caminho que escolha; a morte é uma consequência da vida -prudente ou descuidada- que tenha levado neste mundo. As moças descuidadas são as que têm escutado a mensagem de Jesus, mas não a praticaram. As moças previdentes, são as que têm traduzido a mensagem em sua vida, por isso entraram ao banquete do Reino.

A parábola, é uma chamada de atenção muito importante. «Vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora» (Mt 25,13). Não deixem nunca a lâmpada da fé se apagar, porque qualquer momento pode ser o último. O Reino já está aqui. Acendam as lâmpadas com o óleo da fé, da fraternidade, e da caridade mutua. Nossos corações, cheios de luz, nos permitirão viver na autêntica alegria aqui e agora. Os que moram ao nosso redor ver-se-ão também iluminados e conhecerão o gozo da presença do Noivo esperado. Jesus nos pede que nunca nos falte esse óleo em nossas lâmpadas.

Por isso, quando o Concílio Vaticano II, que escolhe na Bíblia as imagens da Igreja, refere-se a esta comparação do noivo e da noiva, e pronuncia estas palavras: «A Igreja, também é descrita como esposa imaculada do Cordeiro imaculado, a quem Cristo amou e entregou-se por ela para santificá-la, a uniu com Ele num pacto eterno, e incessantemente alimenta e cuida dela. Livre de toda mácula, quis ela unida a Ele e submissa pelo amor e a fidelidade».

«Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora.»

Pe. Antonio Rivero L. C.

S. Josafat, bispo e mártir
Dado que é incerto o dia em que chegará o Senhor para nos pedir contas da nossa vida é de prudentes e sábios viver em vigilância perene agora, com a lâmpada da fé acesa, cheia do azeite da nossa caridade ou boas obras.

O ano litúrgico se encaminha ao seu fim e a Palavra de Deus nos convida neste domingo a dirigir o olhar da fé “às coisas últimas”. É coisa de sábios meditar nas coisas que vão vir (primeira leitura). Esta dimensão do além (escatológica) tem que estar sempre no nosso orçamento existencial: teremos na hora da morte a lâmpada da nossa fé acesa, as contas exatas e saldadas, e com o azeite da caridade a tope para alimentar a lâmpada? Depois da morte, já não podemos encher a lâmpada.

Em primeiro lugar, olhemos estas virgens do evangelho de hoje. São ignorantes e desprevenidas. Por isso fazem quatro coisas inúteis: pedem às outras que as salvem – já não é tempo-; saem de noite para buscar vendedores -é um absurdo-; chegam quando a porta já está fechada -obvio- e gritam – sem ser escutadas-: “Senhor, Senhor, abre-nos”. Resultado? “Não vos conheço”. Moral da história? Temos que estar preparados para a segunda vinda de Cristo e não estar perdendo azeite da nossa lâmpada durante o caminho da vida por negligencia, por estar brincando no carrossel da fortuna e com os dados do prazer. Eu, como são Paulo, sim creio na segunda vinda (segunda leitura). E por isso quero estar preparado e acordado. E quero ajudar os outros a preparar-se comigo. Desta maneira, quando vier o Senhor nos encontrará com a lâmpada da fé acesa, com o azeite da caridade derramando-se por essa lâmpada, com a consciência tranquila e com a paz na alma esperando o abraço de Deus.

Em segundo lugar, olhemos a Cristo, aqui apresentado como o Esposo, pois o que lá teremos e saborearemos serão as bodas eternas com o nosso Salvador e os seus amigos que se mantiveram fiéis à aliança. A metáfora das bodas simboliza a relação de amor, de índole nupcial, que se realiza entre Deus e cada um de nós. Por que este Esposo Cristo chega tarde, de improviso? Por que esse grito na noite? Cristo abre a porta às virgens sensatas que estavam acordadas e tinham tudo preparado e entram na festa de bodas. E a porta se fecha detrás delas. Puderam entrar porque encheram de azeite os seus frascos, e assim impediram que a caridade, que é a chama da alma, se extinguisse. Não podemos dormir. Um automobilista não pode permitir-se o luxo de dirigir dormindo; um médico não pode se ausentar de uma operação delicada e ir embora para dormir; um piloto de avião não pode converter a sua cabina num salão dormitório. Um só instante de sono seria fatal para tais pessoas e causaria um desastre nunca justificável. Assim na nossa vida cristã.

Finalmente, o que está dizendo para nós esta parábola tão repleta de lições? Justamente isto: primeiro que estamos na vida para ir para a eternidade, isto é, esse encontro com Cristo que está já preparando esse banquete de bodas definitivo, pois aqui na terra o banquete da Eucaristia é através do sinal e do véu do sacramento; não percamos a rota; segundo, que temos que encher sempre a lâmpada da nossa fé com o azeite da caridade e do amor, pois só assim Jesus nos reconhecerá e daremos com a porta no meio da escuridão do caminho; finalmente, que se não fazemos isto entraremos desgraçadamente dentro do grupo dos ignorantes e fátuos e seremos excluídos do banquete e escutaremos de Cristo: “Não te conheço”. Com isto, o Senhor nos está alertando que junto com a possibilidade da salvação final, existe a possibilidade da condenação eterna, que muitos hoje querem negar, tendo como escudo este sofisma: “Deus é tão bom, que não permitirá que ninguém se condene”. Deus é sério. “De Deus ninguém zomba. O que o homem semear, isso colherá” (cf. Gal 6,7). Se estivemos brincando com a lâmpada da fé comprando outras velas no supermercado das seitas, talvez se quebre. Quem não alimentar essa lâmpada com a caridade, se apagará.

Para refletir: As minhas malas estão prontas para a última viagem a Deus? Cuido a lâmpada da minha fé cristã e católica, íntegra e incontaminada? Levo o azeite da caridade para repor durante o trajeto à eternidade?

Para rezar: Senhor, fazei-me sensato. Senhor, ajudai-me para não tropeçar durante o caminho e deixar cair a minha lâmpada. Senhor, que caminhe feliz e radiante durante o trajeto a Vós, ajudando os meus irmãos que precisam de mim, compartilhando o azeite da minha fé e do meu amor, antes que seja tarde demais. Vinde, Senhor Jesus!        

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

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