quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Sexta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

S Teresa Margarida do Coração de Jesus
(Redi)
Virgem de nossa Ordem
Evangelho (Mt 25,1-13): Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e as outras cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: ‘O noivo está chegando. Ide acolhê-lo!’. Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. As previdentes responderam: ‘De modo algum, pois o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores’. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram também as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’. Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’. Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora».

«Em verdade vos digo: não vos conheço»

Rev. D. Joan Ant. MATEO i García (La Fuliola, Lleida, Espanha)

Hoje, sexta-feira da XXI Semana do Tempo Comum, o Senhor nos lembra, no Evangelho, que devemos sempre vigiar e nos preparar para o encontro com Ele. À meia-noite, a qualquer momento, podem bater à porta e convidar-nos a sair para receber o Senhor. A morte não marca hora. Assim, “vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.” (Mt 25,13).

Vigiar não significa viver amedrontado e angustiado. Quer dizer viver responsavelmente nossa vida de filhos de Deus, nossa vida de fé, esperança e caridade. O Senhor espera continuamente nossa resposta de fé e amor, constantes e pacientes, em meio das ocupações e preocupações que vão tecendo o nosso viver.

E esta resposta só nós podemos dá-la, você e eu. Ninguém pode fazer isso por nós. Isso é o significa a negativa das virgens prudentes em ceder um pouco de seu azeite para as lâmpadas apagadas das virgens ignorantes: “É melhor irdes comprar dos vendedores” (Mt 25,9). Assim, nossa resposta a Deus é pessoal e intransferível.

Não aguardemos um “amanhã” - que talvez não venha— para acender a lâmpada de nosso amor para o Esposo. Carpe diem! Há que viver cada segundo de nossa vida com toda a paixão que um cristão pode sentir pelo seu Senhor. O ditado é conhecido, mas não nos custa lembrá-lo: “Vive cada dia de tua vida como se fosse o primeiro dia de tua existência, como se fosse o único dia do qual dispomos, como se fosse o último de nossa vida”. Um chamado realista à necessária e sensata conversão que devemos alcançar.

Que Deus nos dê a graça em sua grande misericórdia de que não ouçamos, na hora final: “Em verdade vos digo: não vos conheço!" (Mt 25,12), quer dizer, “nunca tivestes nenhuma relação nem convivência comigo”. Tratemos com o Senhor nesta vida de modo que sejamos conhecidos e seus amigos no tempo e na eternidade.

Reflexão

Mateus 25,1b-4: As dez virgens dispostas a esperar o noivo.
A parábola começa assim: "O Reino dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo." Trata-se de virgens que deviam acompanhar o noivo para a festa de casamento. Para isso, elas deviam carregar as lâmpadas, seja para iluminar o caminho, seja para deixar mais luminosa a festa. Cinco delas eram prudentes e cinco tolas. Essa diferença aparece na forma como elas se preparam para a função a ser desenvolvida. Juntamente com as lâmpadas acesas, as prudentes tinha trazido consigo óleo de reserva, preparando-se para qualquer eventualidade. As tolas levaram apenas as lâmpadas e não pensaram em trazer um pouco de óleo de reserva.

• Mateus 25,5-7: O atraso inesperado à chegada do noivo.
O noivo atrasa. Não tinha especificado a hora da chegada. Durante a espera, as virgens adormecem. Mas as lâmpadas continuam a consumir o óleo e pouco a pouco se apagam. De repente, no meio da noite, alguém grita: “Eis o esposo, ide-lhe ao encontro”. Todas se acordam e começam a se preparar as lâmpadas que já tinham se apagado. Elas tinham que colocar óleo de reserva para evitar que as lâmpadas se apagassem.

• Mateus 25,8-9: As diferentes reações perante a demora do noivo.
Só agora as tolas percebem que deveriam ter trazido consigo óleo de reservas. Elas foram pedir às prudentes: “Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando”. As prudentes não poderiam responder a essa solicitação delas, porque naquele momento o mais importante não era que as prudentes partilhassem o seu óleo com as tolas, mas que elas estivessem prontas para acompanhar o noivo ao local da festa. Por isto aconselharam: “é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós.”

• Mateus 25,10-12: O destino das virgens prudentes e das tolas.
As tolas seguiram o conselho das prudentes e vão comprar o óleo. Durante a sua breve ausência chega o noivo e as prudentes podem acompanhá-lo e entrar com ele para a festa de casamento. Mas a porta se fecha por trás deles. Quando chegar as outras, bateram na porta e disseram: “Senhor, senhor, abre-nos!” Receberam a resposta: “Em verdade vos digo: não vos conheço!”.

• Mateus 25,13: A recomendação final de Jesus para todos nós.
A história desta parábola é muito simples e a lição é clara: “Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora”. Moral da história: Não sejais superficiais, olhai para além do momento presente, procurai descobrir o chamado de Deus, mesmo nas menores coisas da vida, até mesmo no óleo que pode faltar num lampejo.

Para um confronto pessoal
1. Já aconteceu algumas vezes na vida faltar o óleo de reserva de sua lâmpada?
2. Você costuma se precaver em relação a uma possível falta de óleo para sua lâmpada?

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