quarta-feira, 14 de junho de 2017

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.

LECTIO DIVINA
Textos: Dt 8, 2-3.14-16; 1 Co 10, 16-17; Jo 6, 51-59
Evangelho (Jo 6,51-58): «Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo». Os judeus discutiam entre si: «Como é que ele pode dar a sua carne a comer?». Jesus disse: «Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem consome a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem consome a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por meio do Pai, assim aquele que me consome viverá por meio de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram — e, no entanto morreram. Quem consome este pão viverá para sempre».

«Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente»

Mons. Agustí CORTÉS i Soriano Bispo de Sant Feliu de Llobregat (Barcelona, Espanha)

Hoje, toda a mensagem que ouviremos e viveremos está contida no "o pão". O sexto capítulo do Evangelho segundo são João, relata o milagre da multiplicação dos pães, e segue com um grande discurso de Jesus, um desses fragmentos ouvimos hoje. Interessa-nos muito entendê-lo, não só para viver a festa do “Corpus” e o sacramento da Eucaristia, senão também para compreender uma das mensagens centrais do seu Evangelho.

Há multidões famintas que precisam pão. Há toda uma humanidade próxima à morte e ao vazio, carente de esperança, que necessita de Jesus Cristo. Há um Povo de Deus crente e caminhante que precisa encontrá-lo visivelmente para seguir vivendo Dele e alcançar a vida. Há três tipos de fome e três experiências de sacies, que correspondem a três formas de pão: o pão material, o pão que é a pessoa de Jesus Cristo e o pão eucarístico.

Sabemos que o pão mais importante é Jesus Cristo. Sem Ele não podemos viver de nenhuma maneira. «Pois sem mim, nada podeis fazer» (Jô 15,5). Mas Ele mesmo quis dar de comer ao faminto e, além do mais, fez disso um imperativo evangélico fundamental. Certamente pensava que era uma boa forma de revelar e verificar o amor de Deus que salva. Mas também quis fazer-se acessível a nós em forma de pão, para os que ainda caminhamos na historia, permaneçamos nesse amor e alcancemos assim a vida.

Ele queria, antes de tudo, ensinar-nos que devemos buscá-lo e viver Dele? Quis demonstrar seu amor dando de comer ao faminto, oferecendo-se constantemente na Eucarística: «Quem consome este pão viverá para sempre» (Jô 6,58). Santo Agostinho comentava este Evangelho com frases atrevidas e figurativas: «Quando se come a Cristo, se come a vida (...). Se vos separais até o ponto de não comer o Corpo e não beber o Sangue do Senhor, é de temer-se que morrais».

Cristo é o Pão vivo com sabor de vida eterna.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

O homem, durante o seu peregrinar na terra, é um ser radical e espiritualmente faminto (primeira leitura). E Deus na Eucaristia veio para satisfazer essa fome interior humana (evangelho). Ao comer a Eucaristia, não só alimentamos a nossa alma, mas também formamos um só corpo com Cristo (segunda leitura).

Em primeiro lugar, temos muitos quilômetros para percorrer nesta terra até chegar à eternidade. Temos que levar suficientes provisões na nossa mochila, senão desfalecemos irremediavelmente no caminho. Se existe algo que não deve faltar é o Pão da Eucaristia, sem o qual não teríamos forças para avançar e cantar, e morreríamos de fome. Durante a nossa travessia somos seduzidos por tantos restaurantes que vemos na esquerda e na direita, tentando-nos e oferecendo-nos um cardápio suculento que satisfaz o nosso ventre e os nossos sentidos.

Em segundo lugar, Deus, sabendo da nossa fome radical, nos prepara um banquete para a nossa alma com o Corpo e o Sangue do seu Filho. Este Pão é remédio da imortalidade, como diz são Inácio de Antioquia, isto é, o Pão que nos garante a ressurreição, inclusive do nosso corpo. Mas também este Pão neste dia de Corpus Christi é pão no só para ser comido no banquete da missa, mas também para ser contemplado e adorado. Por isso, passeamos pelas ruas dos povoados e das cidades, assentado na custódia, esse Pão consagrado que é Cristo. Podemos vê-lo, contemplá-lo e adorá-lo com gozo. É a presença de Cristo oferecida para alento nas nossas tristezas, e para que também nós nos convertamos em pão fresco para os nossos irmãos; pão que se parte; pão que se reparte e se comparte; e assim os nossos irmãos tenham vida e ninguém morra de fome.

Finalmente, na sequência, que foi composta por santo Tomás de Aquino, cantamos hoje: Este Pão “comem Dele bons e maus, com proveito diferente; para uns é vida; para outros, morte”. Para comer este Pão com dignidade e respeito, a nossa alma tem que estar limpa, o nosso coração bem decente. Não podemos jogar este Pão dos anjos aos cachorros das nossas paixões. É para os filhos que se aproximam do banquete com o traje de gala da graça e da amizade com Deus. Para Santo Agostinho de Hipona, a Eucaristia tem como finalidade ultima a união dos cristãos com Cristo e entre si. É o que são Paulo na segunda leitura de hoje nos diz: “formamos um só corpo, porque todos comemos do mesmo pão”. A Eucaristia é o meio privilegiado para edificar a Igreja. Por isso podemos dizer com santo Agostinho que a Eucaristia é “sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade”.

Para refletir: Tenho fome do Pão de vida eterna, ou tenho o estômago cheio de manjares mundanos? Noto que a Eucaristia me transforma em Jesus, e me faz pensar, sentir e amar como Cristo? Comungo em estado de amizade com o Senhor? Procuro tempo para contemplar e adorar a Cristo Eucaristia na Igreja uma vez por semana?

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de Jesus, de majestade infinita,
Coração de Jesus, templo santo de Deus,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências,
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração de Jesus, atravessado pela lança,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta Margarida Maria)
Eu...(nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer, nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

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