sábado, 28 de janeiro de 2017

IV Domingo do Tempo Comum

Textos: Sofonías 2, 3; 3, 12-13; 1 Coríntios 1, 26-31; Mateus 5, 1-12.

Evangelho (Mt 5,1-12): Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e ele começou a ensinar: «Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós».

«Felizes os pobres no espírito»

Rev. D. Pablo CASAS Aljama (Sevilla, Espanha)

Hoje lemos este Evangelho tão conhecido para todos nós, mas sempre tão surpreendente. Com este fragmento das bem-aventuranças, Jesus oferece-nos um modelo de vida, uns valores, que segundo Ele são os que nos podem fazer felizes de verdade.

A felicidade, seguramente, é a meta principal que todos procuramos na vida. E se perguntássemos à gente como procuram ser felizes, ou onde procuram a sua própria felicidade, nos encontraríamos com respostas muito diferentes. Alguns diriam que na vida da família bem fundamentada; outros que em ter saúde e trabalho; outros, que em gozar da amizade e do lazer..., e os mais influenciados talvez por esta sociedade tão consumista, nos diriam que em ter dinheiro, em poder comprar o maior número possível de coisas e, sobretudo, em ascender a níveis sociais mais altos.

Estas bem-aventuranças que nos propõe Jesus, não são, precisamente, as que nos oferece o nosso mundo de hoje. O Senhor nos diz que serão «felizes» os pobres de espírito, os mansos, os que choram, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que promovem a paz, os perseguidos por causa da justiça... (cf. Mt 5,3-11).

Esta mensagem do Senhor é para os que querem viver na atitude do desprendimento, da humildade, do desejo de justiça, de preocupação e interesse pelos problemas do próximo, e tudo o resto o deixa em segundo término.

Quanto bem podemos fazer rezando, ou praticando alguma correção fraterna, quando nos critiquem por crer em Deus e por pertencer à Igreja! Nos os diz claramente Jesus na sua última bem-aventurança: «Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim» (Mt 5,11).

São Basílio nos diz que «não se deve ter ao rico por ditoso só pelas suas riquezas; nem ao poderoso pela sua autoridade e dignidade; nem ao forte pela saúde de seu corpo... Todas essas coisas são instrumentos da virtude para os que as usam retamente, mas elas, em si mesmas não contêm a felicidade».

As bem-aventuradas são o retrato do cristão e do seguidor de Cristo.

Pe. Antônio Riveiro, L.C.

Bta Arcângela Girlani
Virgem de nossa Ordem
Aos colaboradores que chamou no domingo passado e a todos os que queiram livremente segui-lo e amar-lhe, deixa as bem-aventuranças como carteira de identidade e mapa como guia (Evangelho). Estas impressões digitais, para muitos deste mundo, são um escândalo e os portadores de tal carteira serão considerados nécios e desprezíveis (segunda leitura).

Em primeiro lugar, Jesus deixa bem claro aos que querem segui-lo e acompanhá-lo na sua missão universal salvadora (domingo passado) como devem ser, seguindo o seu exemplo, gravando nas suas frontes a palavra: “Bem-aventurados”. Pobres, porque elegeram ser pobres para pôr a confiança plena em Deus, a verdadeira riqueza imarcescível. Sofridos, perseguidos, caluniados e insultados por causa de Jesus, pois estes justos são incômodos para a sociedade. Famintos e sedentos de vontade de Deus e não de pratos mundanos: êxitos, ambições, prazeres. Misericordiosos, que saibam ser portadores do amor e ternura de Deus, como tantas vezes nos diz com amor o Papa Francisco. Os humildes, que colocam a Deus em primeiro lugar. Puros, que tem o coração livre de armadilhas, de cálculos e intenções torcidas; coração transparente, sincero, não hipócrita. Mansos e pacificadores, que não atuam com ira, mas sim com bondade, criando paz ao seu redor e não aprovam nenhuma classe de corrida armamentista, nem violência agressiva, física, psicológica nem afetiva.

Em segundo lugar, o mundo de hoje propõe outro tipo de identidade, totalmente contrário ao programa de Cristo. As bem-aventuranças deste mundo estão em contraste com as de Cristo. Este mundo, ainda não convertido a Cristo, chama de felizes aos ricos, à custa dos pobres; felizes aos violentos que conquistam a qualquer preço terras para engrandecer-se. O mundo aplaude aos que tem êxito, ainda que tenham que mentir; aos vingativos sem piedade; não aos que choram, mas aos que ridicularizam aos que vivem as virtudes e os valores mais elementares, como a honestidade, a honra e a pureza; o mundo os chama de hipócritas, tontos e retardados. Mas Cristo os chama de felizes.

Finalmente, Qual preferimos: as bem-aventuranças de Cristo ou as do mundo? Se são as de Cristo, então preparemos os ombros porque a cruz será pesada nesta vida, mas com a alegria no coração. Se optamos pelas do mundo, então, tudo é permitido, “comamos, bebamos, façamos banquetes”, pois a vida é breve e temos que aproveitar ao máximo o que o mundo nos oferece.

Para refletir: As portas do grande comercio do céu só se abrirão aos que seguiram e viveram as bem-aventuranças de Jesus (primeira leitura e Evangelho). Você é quem sabe.

Quaisquer sugestões ou dúvidas podem comunicar-se com o Pe. Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

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