sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Domingo XXXIII (C) do Tempo Comum

Evangelho (Lc 21,5-19): Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: «Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído».  Mas eles perguntaram: «Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?» Ele respondeu: «Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu!, e ainda: O tempo está próximo. Não andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim».  E Jesus continuou: «Há de se levantar povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares; acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu. Antes disso tudo, porém, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e jogados na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Será uma ocasião para dardes testemunho. Determinai não preparar vossa defesa, porque eu vos darei palavras tão acertadas que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. A alguns de vós matarão. Sereis odiados por todos, por causa de meu nome. Mas nem um só fio de cabelo cairá da vossa cabeça. É pela vossa perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!».

«Cuidado para não serdes enganados»

Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach (Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos fala da última vinda do Filho do homem. Aproxima-se o final do ano litúrgico e a Igreja nos apresenta a parusia e, ao mesmo tempo quer que pensemos em nosso postimeiro: morte, juízo, inferno ou céu. O fim de uma viagem condiciona sua realização. Se quer ir ao inferno, poderá se comportar de uma maneira determinada de acordo com o término de sua viagem. Se escolhe o céu, deverá ser coerente com a Glória que quer conquistar. Sempre, livremente. Ao inferno não vai ninguém pela força; nem ao céu. Deus é justo e dá a cada pessoa o que ganhou, nem mais nem menos. Não castiga nem premia arbitrariamente, movido por simpatias ou antipatias. Respeita nossa liberdade. No entanto, devemos considerar que ao sair deste mundo a liberdade já não se poderá escolher. A árvore permanecerá estendida pelo lado em que ela caiu.

«Morrer em pecado mortal sem estar arrependidos nem acolher o amor misericordioso de Deus, significa permanecer separados Dele para sempre por nossa própria e livre escolha» (Catecismo da Igreja n. 1033).

Imagina a grandiosidade do espetáculo? Os homens e as mulheres de todas as raças e de todos os tempos com nosso corpo ressuscitado e nossa alma compareceremos diante de Jesus Cristo, que presidirá o ato com grande poder e majestade. Virá julgar-nos em presença de todo o mundo. Se a entrada não fosse gratuita, valeria a pena... Então se saberia a verdade de todos nossos atos interiores e exteriores. Então veremos de quem são os dinheiros, os filhos, os livros, os projetos e as demais coisas: «Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído» (Lc 21,6). Dia de alegria e de glória para uns; dia de tristeza e de vergonha para outros. O que não quer que apareça publicamente, agora é possível eliminá-lo com uma confissão bem feita. Não se pode improvisar um ato tão solene e comprometedor. Jesus nos o adverte: «Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles, Olhai, não os deixeis enganar» (Lc 21,8). Está preparado agora?

“Os sinais são evidentes”

Helena Serpa

Neste Evangelho Jesus nos fala claramente, de coisas, fatos e acontecimentos que fazem parte do nosso cotidiano e que são para nós, sinais de que os Seus prognósticos já se manifestam no mundo. Guerras, revoluções, terremotos, fome, peste, miséria, violência, fazem parte das manchetes dos jornais e das edições extraordinárias dos noticiários da TV. Jesus, porém, nos esclarece que ainda não é o fim, mas que é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. O objetivo primeiro da nossa meditação hoje, no entanto, é fazer uma avaliação da influência que temos dentro desse cenário que se apresenta assim tão sombrio.

Imaginamos que as guerras são apenas aquelas que acontecem longe de nós, entre os povos distantes, porém Jesus vem nos falar de perseguições dentro da nossa própria casa, entre pais, irmãos, parentes e amigos. É, justamente aí, que podemos estar situados como colaboradores das desgraças que acontecem no mundo, atualmente.

Os nossos relacionamentos dentro da nossa família e da própria comunidade cristã, muitas vezes, ocorrem dentro de um clima de disputas e rivalidades, que constituem os germes da violência e da agressão.

Nenhum de nós, nem as nossas famílias, estamos dispensados “dessas coisas pavorosas” de que nos fala o Evangelho. Os sinais são evidentes e são facilmente detectados na maneira como tratamos uns aos outros, com grosseria ou ainda pior, com indiferença e desprezo. A nossa vida é um “salve-se quem puder” e, se pensarmos bem, nós não estamos aproveitando os seus desafios para testemunhar a nossa fé, como nos sugere Jesus.

“É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida”, esse é o conselho de Jesus para nós, hoje. Portanto, mesmo diante de tantos sinais de destruição, nós poderemos ter um coração tranquilo e, na reta final de mais um ano de aprendizado, ter plena confiança de que não perderemos nem um só fio de cabelo da nossa cabeça e que, a nossa perseverança nos fará ganhar uma vida nova, no final de tudo. 

Para refletir
1 - Qual a mensagem pessoal que você tira desse Evangelho?
2 - Você tem percebido no mundo essas coisas pavorosas de que fala o Evangelho?
3 - Como estão acontecendo, as coisas dentro da sua casa?
4 - As dificuldades pelas quais você tem passado, o (a) fazem mais confiantes ainda nas promessas do Senhor?

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