sexta-feira, 3 de junho de 2016

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS – X Domingo do Tempo Comum

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.

Textos: 1 Re 17, 17-24; Gl 1, 11-19; Lc 7, 11-17

Evangelho (Lc 7,11-17): Naquele tempo, Jesus foi a uma cidade chamada Naim. Os seus discípulos e uma grande multidão iam com ele. Quando chegou à porta da cidade, coincidiu que levavam um morto para enterrar, um filho único, cuja mãe era viúva. Uma grande multidão da cidade a acompanhava. Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão por ela e disse: «Não chores!». Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Ele ordenou: «Jovem, eu te digo, levanta-te!». O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram tomados de temor e glorificavam a Deus dizendo: «Um grande profeta surgiu entre nós», e: «Deus veio visitar o seu povo». Esta notícia se espalhou por toda a Judeia e pela redondeza inteira.

«Não chores!»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje também gostaríamos enxugar todas as lágrimas deste mundo: «Não chores» (Lc 7,13). Os meios de comunicação nos mostram - hoje mais que nunca — as dores da humanidade. São tantas! Se pudéssemos, a tantos homens e mulheres lhes diríamos «levanta-te» (Lc 7,14). Mas…, não podemos, não podemos Senhor! Sai-nos da alma dizer: - Olha, Jesus, que nos vemos desbordados pela dor. Ajuda-nos!

Diante desta sensação de impotência, procuremos reagir com sentido sobrenatural e com sentido comum. Sentido sobrenatural, em primeiro lugar, para pormos imediatamente nas mãos de Deus: não estamos sós, «Deus visitou seu povo» (Lc 7,16). A impotência é nossa, não Dele. A pior de todas as tragédias é a moderna pretensão de edificar um mundo sem Deus e, inclusive, às costas de Deus. Logo, é possível edificar “algo” sem Deus, mas a historia nos tem mostrado sobradamente que este “algo” é frequentemente inumano. Aprendamos de una vez por todas: «Sem mim não poderás fazer nada» (Jo 15,5).

Em segundo lugar, sentido comum: a dor não podemos eliminá-la. Todas as “revoluções” que nos têm prometido o paraíso nesta vida, acabou semeando a morte. E mesmo o hipotético caso (um impossível!) de que algum dia se poderá eliminar toda a dor, não deixaríamos de sermos mortais... (por certo, uma dor que só Cristo-Deus tem dado resposta real).

O espírito cristão é “realista” (não esconde a dor), e ao mesmo tempo “otimista”: podemos “gerenciar” a dor. Más, ainda: a dor é uma oportunidade para manifestar amor e para crescer no amor. Jesus Cristo – o “Deus abrangente” percorreu este caminho. Em palavras do Papa Francisco, “comover-se com (“mover-se com”), compadecer (“padecer”com”) do que está caído, são atitudes de quem sabe reconhecer no outro sua própria imagem [de fragilidade]. As feridas que cura no irmão são unguento para as próprias. A compaixão de converte em comunhão, em ponte estreita sobre os laços”.

Dois cortejos deambulam pelo nosso mundo

Pe. Antonio Rivero, L.C.

Dois cortejos deambulam pelo nosso mundo: o cortejo ou comitiva da morte, representado por esses filhos mortos da liturgia deste domingo (1ª leitura e evangelho), e o cortejo ou comitiva da vida, representado por Cristo, que é a vida e que tem o poder sobre a morte. A qual caravana queremos nos juntar?

As leituras de hoje nos colocam de frente com um tema trágico, o da morte. Na primeira leitura, do livro dos Reis, escutamos como o profeta Elias ressuscitou, ou melhor, fez reviver, com o poder de Deus o filho da viúva de Sarepta. O evangelho nos apresenta outra viúva, nascida em Naim, cujo filho era conduzido ao cemitério para ser enterrado. Cristo, cheio de compaixão e ternura, aproxima-se dessa pobre mulher e lhe diz: “Não chores”; depois, detém o cortejo e ordena com a força do seu amor e poder: “Jovem, levanta-te!”. Comitiva da morte e comitiva da vida frente a frente. Quem ganhará?

Em primeiro lugar, aí está o cortejo e a caravana ou comitiva da morte, representados nesses filhos mortos e nos que os acompanham. Mas também em muitíssimos que estão em tantas esquinas, praças, bairros, favelas, vilas miseráveis. Basta abrir os olhos e dar uns passos para ver esta comitiva da morte e tristeza: tantos desempregados em cujos olhos se refletem a angústia e a desesperança; tantos drogados, que buscaram paraísos psicodélicos e evasivos, e agora se encontram numa rua sem saída devido ao lucro de alguns; tantos analfabetos e marginalizados, que estão discriminados para tantas coisas belas da vida; tantos sem teto que não têm lar, porque as casas e apartamentos estão nas nuvens; tantos terroristas que semeiam a morte por onde for; tantos doentes ou anciões jogados em casas ou hospitais, e ninguém os visita, pois já não são úteis para a sociedade; tantas mulheres que gritam sobre o direito do seu corpo ou que o oferecem aos que passam pelas calçadas dessas áreas vermelhas; tantos pobres que nada têm para levar à boca e estão no chão deixando-se lamber pelos cachorros ou comidos pelos vermes. Que imensa e longa comitiva da morte! E aí vão, lamentando-se, chorando, maldizendo e talvez blasfemando. Terão a graça de se encontrar com a comitiva da vida, encabeçada por Cristo e pelos seus autênticos seguidores?       

Em segundo lugar, aí está também o cortejo e caravana ou comitiva da vida. Também encontramos esta comitiva por todas partes, graças a Deus. Quantos “Lares de Cristo”, fundados no Chile por São Alberto Hurtado! Quantos Lares das Irmãzinhas dos Anciãos desamparados, fundados pela Santa Teresa de Jesus Jornet e Ibars! E não digamos já as Servas de Maria, ministras dos enfermos, que cuidam a domicilio de tantos enfermos e cuja congregação foi fundada por Santa Soledad Torres Acosta. E Cotolengos, Orfanatos, Oratórios, Vicentinos. Sacerdotes dedicados à promoção humana e cristã de tantos pobres, construindo centros, casas, e até do que era uma estrumeira, construir uma cidade inteira, com a ajuda dos habitantes, como acontece em Madagascar, com trabalho, teto e pão para todos. Mas também são comitiva da vida esses monges e freiras de clausura que passam o dia inteiro orando, trabalhando nas suas hortas e tecendo ornamentos sagrados para a glória de Deus. Ou esses leigos que deixam a sua pátria e vão com toda a sua família para missionar em terras estrangeiras e necessitadas de evangelizadores a tempo completo, como fazem os Neocatecumenais ou o movimento Regnum Christi. Comitiva da vida em tantos colégios dos salesianos ou escolápios, onde ademais das letras injetam piedade e dignidade humana e cristã, ensinando-lhes artes e ofícios. Esta comitiva da vida teve a graça de se encontrar com Cristo que é a Vida, abriram o seu coração e os seus lares, e em muitos casos houve uma autêntica ressurreição da fé, esperança, amor, alegria, entusiasmo e sentido na vida. Bendita comitiva da vida! 

Finalmente, a qual comitiva queremos nos juntar: à da vida ou à da morte? Em qual estamos neste momento? Se nos invadem a tristeza e os remorsos por tantos pecados não confessados, o que estamos esperando para passar à comitiva da vida, onde Cristo está nos esperando para nos perdoar na confissão? Se estivermos carcomidos pelo ódio, pela inveja, pelos ressentimentos, pelas mentiras, pelos maus desejos… estamos na comitiva da morte. Se, ao contrário, repartirmos paz, perdão, magnanimidade, estamos na comitiva da vida. Se ajudarmos os nossos irmãos mais pobres e necessitados, estamos ressuscitando-os na sua dignidade e na sua esperança, repartindo por onde formos bilhetes para a comitiva da vida. Se fecharmos o bolso para garantir a nossa velhice, sem compartilhar o pouco ou o muito que possuímos, levamos em frente um título: “Comitiva da morte”. E assim, quem se aproximará de nós? Sim, diante das desgraças que Deus permite na nossa vida, gritamos aos profetas, como fez a mulher da primeira leitura a Elias, certamente vamos seguindo a comitiva da morte. Menos mal que Elias, confiado em Deus, devolveu a vida a esse filho morto, e a alegria a essa pobre viúva que estava de luto. Elias, homem de Deus. E todos nessa casa se colocaram na comitiva da vida.

Para refletir: Em que comitiva me encontro hoje: na comitiva da vida ou na comitiva da morte? O que estou esperando para passar à comitiva da vida? Mudaria por alguma coisa está comitiva da vida, onde está Cristo e os valores do evangelho? O que me atrai da comitiva da morte?

Para rezar: Senhor, quero vos pedir que cruzeis todos os dias pela minha vida e que me digais a mesma coisa que a esse jovem: “Jovem, levanta-te”. Quero escutar dos vossos lábios as mesmas palavras que dissestes a essa pobre viúva: “Não chores”. Que os que estão do meu lado, vejam-me feliz e radiante porque me encontro na comitiva da vida e possa convidá-los com o meu testemunho e a minha palavra a juntarem-se a Vós, que sois a Vida.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,
Coração de Jesus, de majestade infinita,
Coração de Jesus, templo santo de Deus,
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor,
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações,
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência,
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências,
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,
Coração de Jesus, paciente e misericordioso,
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados,
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos,
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,
Coração de Jesus, feito obediente até a morte,
Coração de Jesus, atravessado pela lança,
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,
Coração de Jesus, vítima dos pecadores,
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam,
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram,
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta Margarida Maria)
Eu...(nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para honrá-lo, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer, nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

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