sexta-feira, 13 de maio de 2016

MÊS DE MARIA – Domingo de Pentecostes

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.

Textos: At 2, 1-11; Rom 8, 8-17; 10, 19-23; Jo 14, 15-16.23b-26

Evangelho (Jo 20,19-23): Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, os discípulos estavam reunidos, com as portas fechadas por medo dos judeus. Jesus entrou e pôs-se no meio deles. Disse: «A paz esteja convosco». Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor. Jesus disse de novo: «A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio». Então, soprou sobre eles e falou: «Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, ficarão retidos».

«Recebei o Espírito Santo»

Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses Bispo de Terrassa. (Barcelona, Espanha)

Hoje, no dia de Pentecostes se realiza o cumprimento da promessa que Cristo fez aos Apóstolos. Na tarde do dia de Páscoa soprou sobre eles e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo» (Jo 20,22). A vinda do Espírito Santo o dia de Pentecostes renova e leva à plenitude esse dom de um modo solene e com manifestações externas. Assim culmina o mistério pascal.

O Espírito que Jesus comunica cria no discípulo uma nova condição humana e produz unidade. Quando o orgulho do homem lhe leva a desafiar a Deus construindo a torre de Babel, Deus confunde as suas línguas e não podem se entender. Em Pentecostes acontece o contrário: por graça do Espírito Santo, os Apóstolos são entendidos por pessoas das mais diversas procedências e línguas.

O Espírito Santo é o Mestre interior que guia ao discípulo até a verdade, que lhe move a obrar o bem, que o consola na dor, que o transforma interiormente, dando-lhe uma força, uma capacidade nova.

O primeiro dia de Pentecostes da era cristã, os apóstolos estavam reunidos em companhia de Maria e, estavam em oração. O recolhimento, a atitude orante é imprescindível para receber o Espírito. «De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles» (At 2,2-3).

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, puseram-se a predicar valentemente. Aqueles homens atemorizados tinham sido transformados em valentes predicadores que não temiam o cárcere, nem a tortura, nem o martírio. Não é estranho; a força do Espírito estava neles.

O Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é a alma da minha alma, a vida da minha vida, o ser de meu ser; é o meu santificador, o hóspede do meu interior mais profundo. Para chegar à maturação na vida de fé é preciso que a relação com Ele seja cada vez mais consciente, mais pessoal. Nesta celebração de Pentecostes abramos as portas de nosso interior de par em par.

As maravilhas que faz o Espírito Santo no mundo, na Igreja e em nossas almas.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

“Sempre que o Espírito Santo intervém, deixa-nos atônitos”, disse o cardeal Van Thuan quando pregou o retiro espiritual no ano 2000 para o Papa e para a cúria romana. E só quem tem fé descobre as secretas e clamorosas maravilhas do Espírito Santo.

Em primeiro lugar, as maravilhas que faz o Espírito Santo no cosmos e na natureza. Não é incrível a ação do Espírito que faz 15.000 milhões de anos apertou o botão e desencadeou o Bing Bang e, do estouro de um átomo milhares de vezes menor do que ponta de um alfinete, brotaram a matéria e a energia, o tempo e o espaço, as galáxias, as estrelas, os sois e os planetas, o céu e a terra com o mar, os dias e as noites, o homem e a mulher. Pois aquele Espírito era o Espírito Santo, o Espírito de Deus. Dizem os livros sagrados do Novo Testamento que o Espírito é o Espírito da verdade, do amor e da santidade, da unidade com a igualdade e a fraternidade universais, da esperança, da alegria e da paz. Ou seja, que tudo isso que buscamos e não encontramos, que os políticos prometem e não dão, que desejamos e com que nos frustramos, é, e nós sem dar-nos conta, o Espírito Santo de Deus e do homem.  

Em segundo lugar, as maravilhas que faz o Espírito Santo na igreja. Basta repassar as folhas da história da Igreja, desde os seus inícios. A Igreja, comunhão vivente na fé dos apóstolos que ela transmite, é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo: nas Escrituras que Ele inspirou; na Tradição que Ele conservou, e da qual os Padres da Igreja são testemunhas sempre atuais; no Magistério da Igreja, ao que Ele assiste; na liturgia sacramental- em cada sacramento-, através das suas palavras e dos seus símbolos, onde o Espírito Santo nos coloca em comunhão com Cristo; na oração na que Ele intercede por nós; nos carismas e ministérios mediante os quais se edifica a Igreja; nos sinais de vida apostólica e missionária; no testemunho dos santos, onde Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação. Aí está também o Espírito Santo em todos os Concílios que ao longo dos séculos se celebraram para explicar, esclarecer e aprofundar a doutrina, para condenar as heresias e para conservar intacta a fé da Igreja. Aí está o Espírito Santo assistindo o Papa quando fala “ex cathedra” em matéria de fé e de moral, e por isso é infalível. Ou quando o Espírito Santo inspira ao Papa iniciativas incríveis: Jornada Mundial da Juventude, Anos Santos, Anos Extraordinários. A Igreja não é uma sociedade como qualquer outra; não nasce porque os apóstolos tenham sido afins; nem porque tenham convivido juntos por três anos; nem sequer pelo seu desejo de continuar a obra de Jesus. O que faz e constitui como Igreja todos o que “estavam juntos no mesmo lugar” (Atos 2,1), é que “todos ficaram cheios do Espírito Santo” (Atos 2,4). Tudo o que a Igreja anuncia, testemunha e celebra é sempre graças ao Espírito Santo. São dois mil anos de trabalho apostólico, com tropeços e vitórias; acertos e erros, toda uma história de luta por fazer presente o Reino de Deus entre os homens, que não terminará até o fim do mundo, pois Jesus antes de partir nos prometeu: “… eu estarei com vocês, todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28.20).     

Finalmente, as maravilhas que faz o Espírito Santo na nossa alma. Se um pecador se arrepende e se converte, é devido à ação secreta e interior do Espírito Santo. Se uma boa alma se lança a uma vida mais fervorosa e santa, e deixa a mediocridade, sem dúvida alguma que tem sido o Espírito Santo quem o inspirou e lhe deu a graça para essa mudança. E quando um santo está disposto ao martírio, não é pelas suas próprias forças. Só o Espírito Santo, com o dom de fortaleza, reveste esse homem da valentia necessária para enfrentar dito martírio. Confirma-nos isto o famoso filme baseado no drama do escritor francês Georges Bernanos “Diálogo de carmelitas”; freiras condenadas ao patíbulo e levadas à guilhotina no tempo da revolução francesa; subiam uma a uma cantando o hino do “Veni Creator Spiritus”, hino do século VIII dedicado ao Espírito Santo. Qual foi a surpresa nessa obra? Uma freira, da nobreza francesa, que por medo à morte foi embora do convento, que por medo à execução do martírio se escapou do convento… e agora foi a última em subir o cadafalso e terminar o hino, cheia de valentia do Espírito Santo. Quem inspira os homens e mulheres a fundar uma Congregação religiosa ou um Movimento ou Comunidade? O Espírito Santo que é luz para as mentes. Nos momentos de dor e de aflição, quem deveria nos consolar? Que nos confirme o cardeal Van Thuan, que esteve nos cárceres do Vietnam durante quatorze anos, nove dos quais isolado. Quando ele não tinha força para rezar, o Espírito Santo inspirava ao carcereiro comunista para que cantasse, todas as manhãs ao descer para fazer ginástica, o hino “Veni Creator Spiritus”, que o mesmo Van Thuan tinha ensinado para ela.  Só o Espírito Santo, que é o Divino Consolador, podia fazer essas coisas e deixar-nos atônitos. Nos momentos de decisões importantes na vida, quem devemos invocar? O Espírito Santo. Quando um matrimônio supera uma crise e se perdoam esposo e esposa, quem está detrás? O Espírito Santo que é Espírito de união e harmonia.       

Para refletir: “Sem o Espírito Santo, Deus está longe, Cristo permanece no passado, o Evangelho é letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade uma dominação, a missão uma propaganda, o culto uma evocação e o agir cristão uma moral de escravos. Mas Nele: o cosmos se subleva e geme nas dores do Reino. Cristo ressuscitado está presente, o Evangelho é potência de vida, a Igreja é comunhão trinitária, a autoridade é serviço libertador, a missão é Pentecostes, a liturgia é memória e antecipação, o agir humano se deifica” (Inácio de Laodicea).

Para rezar: rezemos com Santo Agostinho:
Espírito Santo, inspirai-nos, para pensarmos santamente.
Espírito Santo, incitai-nos, para agirmos santamente.
Espírito Santo, atrai-nos, para amarmos as coisas santas.
Espírito Santo, fortalecei-nos, para defender as coisas santas.
Espírito Santo, ajudai-nos, para não perder nunca as coisas santas.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

ORAÇÃO COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida!
Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.

LADAINHA DE NOSSA SENHORA
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Deus Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,

Santa Maria rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,
Santa Virgem das virgens,
Mãe de Jesus Cristo,
Mãe da divina graça,
Mãe puríssima,
Mãe castíssima,
Mãe imaculada,
Mãe intacta,
Mãe amável,
Mãe admirável,
Mãe do bom conselho,
Mãe do Criador,
Mãe do Salvador,
Mãe da Igreja,
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável,
Virgem poderosa,
Virgem benigna,
Virgem fiel,
Espelho de justiça,
Sede da sabedoria,
Causa da nossa alegria,
Vaso espiritual,
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística,
Torre de Davi,
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do Céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Esperança dos carmelitas,
Rainha dos anjos,
Rainha dos patriarcas,
Rainha dos profetas,
Rainha dos apóstolos,
Rainha dos mártires,
Rainha dos confessores,
Rainha das virgens,
Rainha de todos os santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do sacratíssimo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha e esplendor do Carmelo,
Rainha da paz,

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende misericórdia de nós.

V. – Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos, vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

O “LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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