quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

V CENTENÁRIO TERESIANO

PARA VÓS NASCI

O Lema do V Centenário do Nascimento de Santa Teresa - Para Vós Nasci - está tomado de uma de suas poesias, onde os dois primeiros versos dizem assim:

Vossa sou, para Vós nasci:
Que mandais fazer de mim?

Este poema, é expressão de uma vida que se compreende como dom do amor de Deus e oferenda a Ele; essa vida é a de Santa Teresa de Jesus. Ela experimentou as verdades da fé: em Cristo, o ser humano criado por Deus a sua imagem, é redimido; por ele, cada pessoa é chamada e esperada; com ele somos conduzidos à salvação; à sua semelhança, a vida do ser humano se realiza na obediência ao plano do Pai.

Essa experiência espiritual da Madre Teresa de Jesus não fica reduzida, porém, a um conhecimento pessoal que somente influenciou na sua vida. Depois de ter saboreado bens tão altos, ela botou o experimentado no seu interior em uma série de escritos magistrais, que passaram à história da literatura universal, com a finalidade de “engolosinar” (= adoçar), usando sua própria terminologia, a seus leitores e leitoras, de convidar-lhes a recorrer seu próprio caminho de cura, de liberdade, de plenitude, de entrega.

Tendo em conta tudo isso, a celebração do Centenário não pode ter outro objetivo principal que convidar-nos a todos a um encontro profundo com Teresa. Não ir ao encontro dela por curiosidade ou por obrigação, mas sim tomando consciência de que nos envolve, de que nos conta coisas que sentimos, de alguma maneira, como nossas; o que ela nos conta, de certa forma está dentro de nós e nos acontece.

A Madre Teresa nos propõe sua história pessoal com um caminho de experiência para cada um de nós. O modo de como ela se conduziu, aliás, como foi conduzida, é um guia adequado para a ventura interior que nos leva ao pleno encontro com Deus.

Santa Teresa é uma mediadora de uma Presença ativa, a presença de Deus, e tem a eficácia de proporcionar o encontro pessoal, não só com ela, mas também com seu interlocutor divino, pois Teresa sempre que fala de Deus o faz diante Dele, de maneira que Ele apareça e se manifeste por si mesmo.

Um encontro, por tanto, receptivo e vibrante como o que fez seu primeiro editor, Frei Luís de Leão: “E assim, sempre que leio os [escritos Teresianos], fico admirado de novo, e em muitas partes deles, parece-me que não é engenho de homem o que ouço; e não duvido que falava o Espírito Santo nela e em muitos lugares, e que a guiava a pena e a mão, que assim o descobrimos na luz que coloca nas coisas escuras e o fogo que acende com suas palavras não coração que as lê”.

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