segunda-feira, 8 de setembro de 2014

SETENÁRIO DOS PASSOS

3º dia
Abri os meus lábios,
Divino Senhor,
Cante a minha boca,
O vosso louvor.

Sede em meu favor,
Deus Onipotente,
Vinde socorrer-me,
Sede diligente.

Glória ao Pai, ao Filho,
E ao Amor também,
Que são um só Deus,
Em Pessoas três.

Como no princípio,
Agora e sempre,
Por todos os séculos,
E sem fim. Amém.

HINO 

As garras lançaram,
Quais lobos sinistros,
No manso Cordeiro,
Os ímpios ministros.

Cruéis bofetadas
Em seu rosto deram,
Outros vilipêndios
Muitos lhe fizeram.

Para que com vida
Não lhes escapasse,
A Pilatos foram
Que o condenasse.

Pilatos, querendo
De sangue os fartar,
Com cruéis açoites
O fez derramar.

Sangue de Jesus
Por nós derramado,
Precioso óleo
É contra o pecado.

Bendito sejais,
Senhor Bom Jesus
Que o mundo remistes
Pela Santa Cruz.

Dos fiéis as almas,
Divino Senhor,
Convosco descansem
Em paz e amor.

Ouvi bom Jesus
minha oração.
Cheguem os meus brados
Ao vosso Coração.

Meditação – da Imitação de Cristo – cap 9 – Livro II

Quão poucos são os que amam a cruz de Jesus

3º Passo
Muitos encontram Jesus agora apreciadores de seu reino celestial; mas poucos que queiram levar a sua cruz. Tem muitos sequiosos de consolação, mas poucos da tribulação; muitos companheiros à sua mesa, mas poucos de sua abstinência. Todos querem gozar com ele, poucos sofrer por ele alguma coisa. Muitos seguem a Jesus até ao partir do pão, poucos até beber o cálice da paixão. Muitos veneram seus milagres, mas poucos abraçam a ignomínia da cruz. Muitos amam a Jesus, enquanto não encontram adversidades. Muitos O louvam e bendizem, enquanto recebem d’Ele algumas consolações; se, porém, Jesus se oculta e por um pouco os deixa, caem logo em queixumes e desânimo excessivo.

Aqueles, porém, que amam a Jesus por Jesus mesmo e não por própria satisfação, tanto O louvam nas tribulações e angústias, como na maior consolação. E posto que nunca lhes fosse dada a consolação, sempre O louvariam e Lhe dariam graças.

Oh! Quanto pode o amor puro de Jesus, sem mistura de interesse ou amor-próprio! Não são porventura mercenários os que andam sempre em busca de consolações? Não se amam mais a si do que a Cristo os que estão sempre cuidando de seus cômodos e interesses? Onde se achará quem queira servir desinteressadamente a Deus?

É raro achar um homem tão espiritual que esteja desapegado de tudo. Pois o verdadeiro pobre de espírito e desprendido de toda criatura - quem o descobrirá? Tesouro precioso que é necessário buscar nos confins do mundo (Prov 31,10). Se o homem der toda a fortuna, não é nada. E se fizer grande penitência, ainda é pouco. Compreenda embora todas as ciências, ainda estão muito longe. E se tiver grande virtude de devoção ardente, muito ainda lhe falta, a saber: uma coisa que lhe é sumamente necessária. Que coisa será esta? Que, deixado tudo, se deixa a si mesmo e saia totalmente de si, sem reservar amor-próprio algum, e, depois de feito tudo que soube fazer, reconheça que nada fez.

Não tenha em grande conta o pouco que nele possa ser avaliado por grande: antes, confesse sinceramente que é um servo inútil, como nos ensina a Verdade. Quando tiverdes cumprido tudo que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis (Lc 17,10). Então, sim, o homem poderá chamar-se verdadeiramente pobre de espírito e dizer com o profeta: Sou pobre e só neste mundo (Sl 24,16). Entretanto, ninguém é mais poderoso, ninguém mais livre que aquele que sabe deixar-se a si e a todas as coisas e colocar-se no último lugar.

Oração
Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ponde os méritos da Vossa Paixão e morte de Cruz entre o Vosso juízo e a minha alma, agora e na hora da minha morte.  Concedei-me benignamente a vossa graça e misericórdia; aos vivos o perdão, aos mortos o descanso eterno; à vossa igreja a paz e a santidade, e a nós todos pecadores, a vida e bem aventurança eterna, vós que sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, para sempre. Amém.

OFERECIMENTO

A Vós, Bom Jesus,
Com toda atenção,
Dedico a memória
Da vossa Paixão.

Para que por ela,
Como o bom ladrão,
Mereça das culpas
Plena remissão.

Glória ao Pai, ao Filho
e ao Espírito Santo!
Como era no princípio,
agora e sempre, Amém


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