quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Sexta-feira da 21ª semana do Tempo Comum

Evangelho (Mt 25,1-13): Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas, saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e as outras cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. As previdentes, porém, levaram jarros com óleo junto com as lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio da noite, ouviu-se um alvoroço: ‘O noivo está chegando. Ide acolhê-lo!’. Então todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. As previdentes responderam: ‘De modo algum, pois o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores’. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram também as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’. Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’. Portanto, vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora».

Comentário: Rev. D. Joan Ant. MATEO i García (La Fuliola, Lleida, Espanha)

Em verdade vos digo: não vos conheço

Hoje, sexta-feira da XXI Semana do Tempo Comum, o Senhor nos lembra, no Evangelho, que devemos sempre vigiar e nos preparar para o encontro com Ele. À meia-noite, a qualquer momento, podem bater à porta e convidar-nos a sair para receber o Senhor. A morte não marca hora. Assim, “vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.” (Mt 25,13).

Vigiar não significa viver amedrontado e angustiado. Quer dizer viver responsavelmente nossa vida de filhos de Deus, nossa vida de fé, esperança e caridade. O Senhor espera continuamente nossa resposta de fé e amor, constantes e pacientes, em meio das ocupações e preocupações que vão tecendo o nosso viver.

E esta resposta só nós podemos dá-la, você e eu. Ninguém pode fazer isso por nós. Isso é o significa a negativa das virgens prudentes em ceder um pouco de seu azeite para as lâmpadas apagadas das virgens ignorantes: “É melhor irdes comprar dos vendedores” (Mt 25,9). Assim, nossa resposta a Deus é pessoal e intransferível.

Não aguardemos um “amanhã” —que talvez não venha— para acender a lâmpada de nosso amor para o Esposo. Carpe diem! Há que viver cada segundo de nossa vida com toda a paixão que um cristão pode sentir pelo seu Senhor. O ditado é conhecido, mas não nos custa lembrá-lo: “Vive cada dia de tua vida como se fosse o primeiro dia de tua existência, como se fosse o único dia do qual dispomos, como se fosse o último de nossa vida”. Um chamado realista à necessária e sensata conversão que devemos alcançar.

Que Deus nos dê a graça em sua grande misericórdia de que não ouçamos, na hora final: “Em verdade vos digo: não vos conheço!" (Mt 25,12), quer dizer, “nunca tivestes nenhuma relação nem convivência comigo”. Tratemos com o Senhor nesta vida de modo que sejamos conhecidos e seus amigos no tempo e na eternidade.

Reflexão de Frei Carlos Mesters, Ocarm

• Mateus 25,1: O COMEÇO: “ENTÃO”.
A parábola começa com esta palavra: “Então”. Trata-se da vida do Filho do Homem. Ninguém sabe quando virá esse dia, “nem os anjos, nem mesmo o filho, mas sim somente o Pai” (Mt 24,36). Não importa que os adivinhos queiram fazer cálculos. O Filho do Homem virá de surpresa, quando a gente menos espera (Mt 24,44). Pode ser hoje, pode ser amanhã. Por isto, o recado final da parábola das dez virgens é “Vigiai!”. As dez jovens devem estar preparadas para qualquer eventualidade. Quando a polícia nazista chamou à porta do monastério das Carmelitas em Echt na província de Limburgia nos Paises Baixos, Edith Stein, a irmã Teresa da Cruz, estava preparada. Assumiu a Cruz e seguiu para o martírio no campo de extermínio por amor a Deus e a sua gente. Era uma das virgens prudentes da parábola.

• Mateus 25,1b-4: AS DEZ VIRGENS PREPARADAS PARA AGUARDAR O NOIVO.
A parábola começa assim: “O Reino do Céu é como dez virgens que prepararam suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo”. Trata-se de jovens que deviam acompanhar o noivo para a festa de boda. Para isto, elas deviam levar consigo as lâmpadas, seja para iluminar o caminho, seja para iluminar a festa. Cinco delas eram prudentes e cinco eram imprudentes. Esta diferença aparece com clareza na maneira em que se preparam para a função que receberam. Junto com as lâmpadas acesas, as previdentes também levaram consigo uma vasilha de azeite de reserva. Prepararam-se para qualquer eventualidade. As virgens imprudentes levaram apenas as lâmpadas, não pensaram em levar um pouco de azeite de reserva.

• Mateus 25,5-7: O ATRASO NÃO PREVISTO PARA A CHEGADA DO NOIVO.
O noivo demora. Não havia uma hora determinada para sua chegada. Na espera, o sono se apodera das jovens, todavia, as lâmpadas continuam gastando azeite e vão se apagando pouco a pouco. De repente, no meio da noite, ouve-se um grito: “O noivo já está aqui. Saiam em seu encontro!”. Todas elas despertam e começam a preparar as lâmpadas que já estavam quase no final. Deviam colocar o azeite de reserva para evitar que as lâmpadas se apagassem.

• Mateus 25,8-9: AS DIVERSAS REAÇÕES DIANTE DA CHEGADA ATRASADA DO NOIVO.
Somente agora as imprudentes se dão conta de que esqueceram de levar o azeite de reserva. Foram pedir aceite as jovens prudentes: “Dá-nos de vosso azeite, que nossas lâmpadas estão se apagando!”. As prudentes não puderam atender este pedido, pois, naquele momento o que importava não era que as prudentes compartilhassem seu azeite com as outras, mas sim, que estivessem prontas para acompanhar o noivo até o lugar da festa. Por isto aconselham: “é melhor que irem aos vendedores para comprar o azeite!”.

• Mateus 25,10-12: O DESTINO DAS VIRGENS PRUDENTES E DAS IMPRUDENTES.
As imprudentes seguem o conselho das prudentes e vão comprar o azeite. Durante esta breve ausência da compra chega o noivo e as prudentes podem acompanhá-lo à festa de boda. E a porta se fecha atrás delas. Quando chegam as outras, chamam à porta e pedem: “Senhor, Senhor, abre a porta para nós!”. E recebem a resposta: “Em verdade vos digo que não as conheço”.

• Mateus 25,13: A RECOMENDAÇÃO FINAL DE JESUS PARA TODOS NÓS.
A história desta parábola é muito simples e a lição é evidente. “Vigiai, pois, porque não sabeis, nem o dia, nem a hora!”. Moral da história: não sejas superficial, olhe mais além do momento presente, procure descobrir o chamado de Deus até nas mínimas coisas da vida, até no azeite que falta para a lâmpada.

 PARA REFLEXÃO PESSOAL
• Já te aconteceu de pensar no azeite de reserva para tua lâmpada?

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