sábado, 29 de junho de 2013

UM RETRATO DE SÃO PEDRO

Pedro de pescador de peixes se transformou em pescador de homens (Mc 1.7). Era casado (Mc 1, 30). Homem bondoso, muito humano. Era levado naturalmente a liderar seus companheiros, os doze primeiros discípulos de Jesus. Jesus respeito esta tendência natural e fez de Pedro o animador de sua primeira comunidade (Jo 21.17).
Antes de entrar na comunidade de Jesus, Pedro se chamava Simão bar Jonas (Mt 16, 17), isto Simão filho de Jonas. Jesus lhe deu o apelido de Cefas ou Pedra, que depois se tornou Pedro (L 6, 14).
Por natureza, Pedro podia ser tudo, menos pedra. Era corajoso no falar, mas na hora do perigo deixava-se levar pelo medo e fugia. Por exemplo, certa vez quando Jesus chegou caminhando sobre as águas, Pedro pediu: “Jesus, posso também eu vir contigo sobre as águas?” Jesus lhe respondeu: “Pode vir, Pedro!” Pedro, deixando o barco, começou a caminhar sobre as águas. Mas quando veio uma onda mais alta do normal, ficou com medo, começou a afundar e gritou: “Salva-me, Senhor!” Jesus o agarrou e o salvou (Mt 14,28-31).
Na última ceia, Pedro disse a Jesus “Eu nunca vou te renegar, Senhor!” (Mc 14, 31); mas poucas horas depois, no palácio do sumo sacerdote, diante de uma empregada, quando Jesus já tinha sido preso, Pedro negou com juramento de ter alguma relação com Jesus (Mc 14,66-72).
No jardim das Oliveiras, quando Jesus foi preso, ele chegou mesmo a pegar uma espada (Jo 18.10), mas depois fugiu, deixando Jesus sozinho (Mc 14,50). Por natureza, Pedro não era pedra! No entanto, este Pedro tão fraco e tão humano, tão igual a nós, tornou-se pedra, porque Jesus rezou por ele dizendo: “Eu, porém, orei por ti, para que tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos” (Lc 22,32). Por isso, Jesus podia dizer: “Tu é Pedra e sobre esta pedra eu construirei a minha Igreja” (Mt 16,18). Jesus o ajudou a ser pedra.
Após a ressurreição, na Galileia, Jesus apareceu a Pedro e lhe perguntou duas vezes: “Pedro, tu me amas?” E Pedro respondeu duas vezes: “Senhor, tu sabes que eu te amo” (Jo 21,15.16). Quando Jesus a mesma pergunta pela terceira vez, Pedro ficou triste. Deve ter lembrado o fato de ter renegado o Mestre por três vezes. À terceira pergunta, ele respondeu: “Senhor, tu sabes tudo! Tu sabes que te amo!” E foi naquele momento que Jesus lhe confiou o cuidado de suas ovelhas, dizendo: “Pedro, apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21, 17).
Com a ajuda de Jesus a firmeza da pedra ia crescendo em Pedro e se revelou no dia de Pentecostes. No dia de Pentecostes, depois da descida do Espírito santo, Pedro abriu a porta da sala, onde todos estavam reunidos, a portas fechadas por medo dos judeus (Jo 20, 19), animou-se de coragem e começou o anúncio da Boa Nova de Jesus ao povo (At 2,14-40). E não parou mais! Por causa deste anúncio corajoso da ressurreição, dói preso (At 4,3). As autoridades religiosas lhe proibiram de anunciar a boa nova (At 4,18), ma, Pedro nem ligou. Ele dizia: “Nós pensamos que devemos obedecer mais a Deus que aos homens!” (At 4,19; 5,29). Foi novamente preso (At 5,18.26). Foi chicoteado (At 5,40). Mas ele disse: “Muito obrigado! Mas nós continuaremos!” (cfr. At 5,42).

A tradição conta que, no final da vida, quando morava em Roma, teve ainda um momento de medo. Mas depois voltou atrás; foi preso e condenado a morrer na cruz. Ele pediu, porém, para ser crucificado com a cabeça para baixo. Pensava que não era digno de morrer igual a Jesus. Pedro foi fiel a si mesmo até o fim! 

Oração pelo Papa
Ó Jesus, Rei e Senhor da Igreja: renovo, na vossa presença, a minha adesão incondicional ao vosso Vigário na terra, o Papa Francisco. Nele, quisestes mostrar o caminho seguro e certo que devemos seguir, em meio à desorientação, à inquietude e ao desassossego. Creio firmemente que, por meio dele, vós nos govemais, ensinais e santificais, e que, sob o seu cajado, formamos a verdadeira Igreja: una, santa, católica e apostólica.

Concedei-me a graça de amar, viver e propagar, como filho fiel, os seus ensinamentos. Cuidai de sua vida, iluminai a sua inteligência, fortalecei o seu espírito, defendei-o das calúnias e da maldade. Aplacai os ventos erosivos da infidelidade e da desobediência, e concedei que, em tomo a ele, a vossa Igreja se conserve unida, firme na fé e nas obras, e seja assim o instrumento da vossa redenção. Assim seja.

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