terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quarta-feira da 25ª semana do Tempo Comum


Evangelho (Lc 9,1-6): Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças. Ele os enviou para anunciar o Reino de Deus e curar os enfermos. E disse-lhes: «Não leveis nada pelo caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas. Na casa onde entrardes, permanecei ali, até partirdes daí. Quanto àqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, para que sirva de testemunho contra eles». Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas por toda parte.

Comentário: Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala (Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)

Jesus convocou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças

Hoje vivemos tempos em que novas doenças mentais alcançam difusões inesperadas, como nunca tinha havido no curso da história. O ritmo de vida atual impõe estresse às pessoas, corrida para consumir e aparentar mais do que o vizinho, tudo isso acompanhado de fortes doses de individualismo, que constroem uma pessoa isolada do resto dos mortais. Essa solidão a que muitos se vêem obrigados por conveniências sociais, pela pressão laboral, por convenções escravizantes, faz com que muitos sucumbiam à depressão, às neuroses, às histerias, às esquizofrenias ou outros desequilíbrios que marcam profundamente o futuro daquela pessoa.
    «Reunindo Jesus os Doze apóstolos, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curar enfermidades» (Lc 9,1). Transtornos, esses, que podemos identificar no mesmo Evangelho como doenças mentais.
    O encontro com Cristo, pessoa completa e realizada, dá um equilíbrio e uma paz capazes de serenar os ânimos e de fazer a pessoa se reencontrar com ela mesma, dando claridade e luz em sua vida, bom para instruir e ensinar, educar os jovens e os idosos e, encaminhar as pessoas pelo caminho da vida, aquela que nunca haverá de murchar-se.
    Os Apóstolos «partiram, pois, e percorriam as aldeias, pregando o Evangelho e fazendo curas por toda parte» (Lc 9,6). Essa é também nossa missão: viver e meditar o Evangelho, a mesma palavra de Jesus, a fim de permitir que ela penetre no nosso penetrar interior. Assim, pouco a pouco, poderemos encontrar o caminho a seguir e a liberdade a realizar. Como escreveu João Paulo II, «a paz deve realizar-se na verdade (...); deve realizar-se em liberdade».
    Que seja o próprio Jesus Cristo, que nos chamou à fé e à felicidade eterna, quem nos encha de sua esperança e amor, Ele que nos deu uma nova vida e um futuro inesgotável.

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm

Reflexão  Lucas 9,1-6
    *  O evangelho de hoje traz a descrição da missão que os Doze receberam de Jesus. Mais adiante, Lucas fala da missão dos setenta e dois discípulos (Lc 10,1-12). Os dois se completam e revelam a missão da igreja.

*  Lucas 9,1-2. Envio dos doze para a missão.
    “Jesus convocou os Doze, e lhes deu poder e autoridade sobre os demônios e para curar as doenças. E os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar”.  Chamando os doze, Jesus intensificou o anúncio da Boa Nova. O objetivo da missão é simples e claro: eles recebem poder e autoridade para expulsar os demônios, para curar as doenças e para anunciar o Reino de Deus. Assim como o povo ficava admirado diante da autoridade de Jesus sobre os espíritos impuros e diante da sua maneira de anunciar a Boa Nova (Lc 4,32.36), o mesmo deverá acontecer com a pregação dos doze apóstolos.

*  Lucas 9,3-5. As instruções para a Missão
   Jesus os enviou com as seguintes recomendações: não podem levar nada “nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas”.  Não podem andar de casa em casa mas “em qualquer casa onde entrarem, fiquem aí, até se retirarem do lugar”  Caso não forem recebidos, “sacudam a poeira dos pés, como protesto contra eles". Como veremos, estas recomendações estranhas para nós tem um significado muito importante.

*  Lucas 9,6. A execução da missão
    E eles foram. É o começo de uma nova etapa. Agora já não é só Jesus, mas é todo o grupo que vai anunciar a Boa Nova de Deus ao povo. Se a pregação de Jesus já dava conflito, quanto mais agora, com a pregação de todo o grupo.

*  Os quarto pontos básicos da missão
    No tempo de Jesus havia vários outros movimentos de renovação: essênios, fariseus, zelotes. Também eles procuravam uma nova maneira de conviver em comunidade e tinham os seus missionários (cf. Mt 23,15). Mas estes, quando iam em missão, iam prevenidos. Levavam sacola e dinheiro para cuidar da sua própria comida. Pois não confiavam na comida do povo que nem sempre era ritualmente “pura”. Ao contrário dos outros missionários, os discípulos e as discípulas de Jesus receberam recomendações diferentes que nos ajudam a entender os pontos fundamentais da missão de anunciar a Boa Nova:

    1) Devem ir sem nada (Lc 9,3; 10,4). Isto significa que Jesus os obriga a confiar na hospitalidade. Pois quem vai sem nada, vai porque confia no povo e acredita que vai ser recebido. Com esta atitude eles criticam as leis de exclusão, ensinadas pela religião oficial, e mostravam, pela nova prática, que tinham outros critérios de comunidade.

    2) Devem ficar hospedados na primeira casa até se retirar do lugar (Lc 9,4; 10,7). Isto é, devem conviver de maneira estável e não andar de casa em casa. Devem trabalhar como todo mundo e viver do que recebem em troca, “pois o operário merece o seu salário” (Lc 10,7). Com outras palavras, eles devem participar da vida e do trabalho do povo, e o povo os acolherá na sua comunidade e partilhará com eles casa e comida. Isto significa que devem confiar na partilha. Isto também explica a severidade da crítica contra os que recusavam a mensagem: sacudir a poeira dos pés, como protesto contra eles (Lc 10,10-12), pois não recusam algo novo, mas sim o seu próprio passado.

    3) Devem tratar dos doentes e expulsar os demônios (Lc 9,1; 10,9; Mt 10,8). Isto é, devem exercer a função de “defensor” (goêl) e acolher para dentro do clã, dentro da comunidade, os excluídos. Com esta atitude criticam a situação de desintegração da vida comunitária do clã e apontam saídas concretas. A expulsão de demônios é sinal de que chegou o Reino de Deus (Lc 11,20).

   4) Devem comer o que o povo lhes dava (Lc 10,8). Não podem viver separados com sua própria comida mas devem aceitar a comunhão de mesa. Isto significa que, no contato com o povo, não devem ter medo de perder a pureza tal como era ensinada na época. Com esta atitude criticam as leis da pureza em vigor e mostram, pela nova prática, que possuem outro acesso à pureza, isto é, à intimidade com Deus.
     Estes eram os quatro pontos básicos da vida comunitária que deviam marcar a atitude dos missionários ou das missionárias que anunciavam a Boa Nova de Deus em nome de Jesus: hospitalidade, partilha, comunhão de mesa, e acolhida aos excluídos (defensor, goêl). Caso estas quatro exigências fossem preenchidas, eles podiam e deviam gritar aos quatro ventos: “O Reino chegou!” (cf. Lc 10,1-12; 9,1-6; Mc 6,7-13; Mt 10,6-16). Pois o Reino de Deus que Jesus nos revelou não é uma doutrina, nem um catecismo, nem uma lei. O Reino de Deus acontece e se faz presente quando as pessoas, motivadas pela sua fé em Jesus, decidem conviver em comunidade para, assim, testemunhar e revelar a todos que Deus é Pai e Mãe e que, portanto, nós, seres humanos, somos irmãos e irmãs uns dos outros. Jesus queria que a comunidade local fosse novamente uma expressão da Aliança, do Reino, do amor de Deus como Pai, que faz de todos irmãos e irmãs.

Para um confronto pessoal
1. A participação na comunidade tem ajudado você a acolher e a confiar mais nas pessoas, sobretudo nos mais simples e pobres?
2. Qual o ponto da missão dos apóstolos que tem maior importância para nós hoje? Por que?

PREPARANDO-NOS PARA A FESTA DE
SANTA TERESA DO MENINO JESUS

 QUARTA- FEIRA: Viver e morrer de Amor

1. Motivação
"Minha vocação é o amor! Jesus, quero amá-lo, amá-lo como nunca foi amado. Que Ele me dê um amor sem limites." (Santa Teresinha)
     Neste dia, vamos entrar no âmago da espiritualidade teresiana: o amor. Toda sua vida foi um ato de amor. Ela procurou viver o amor a cada insfante. Quis viver e morrer de amor. O amor de Deus é a fonte de energia que fecunda toda a sua vida espiritual. Coloquemo-nos diante de Deus e nos perguntemos: Nós O amamos sobre todas as coisas e desinteressadamente? Amamos o nosso próximo concretamente?

2. Leitura Bíblica: (Jo 15,14-17)
     Vós sois meus amigos se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo permanece na ignorância do que faz o seu senhor; chamo-vos amigos, porque tudo o que ouvi junto de meu Pai vo-lo fiz conhecer. Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi e designei para irdes produzir frutos e para que o vosso fruto permaneça, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vo-loconcederá. O que eu vos ordeno é que vos ameis uns aos outros.  (Momento de silêncio)

3. Oração
     Ó Deus todo-poderoso, que nos dais Santa Teresinha como modelo, vede nossos esforços em viver os nossos compromissos batismais e ponde em nossos corações o mesmo ardor de santidade que marcou a vida de Santa Teresa do Menino Jesus. Vós que cumulastes de graças vossa serva Santa Teresinha, derramai vossas bênçãos sobre todos nós, que exaltamos vossa misericórdia. Nós vos pedimos, atendei-nos em nossas necessidades e socorrei-nos, ouvindo-nos de modo especial na graça que esperamos alcançar de vós.... (faz-se o pedido). Isso vos pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém.

4. Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

5. Ladainha
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós
Santa Maria, Rainha e Esplendor do Carmelo,
São José,
Santa Teresa, oferecida ao Amor misericordioso, rogai por nós
Santa Teresa, que vos apresentastes diante de Deus com as mãos vazias,
Santa Teresa, feliz na impotência,
Santa Teresa, confiante até a audácia,
Santa Teresa, que encontrastes no abandono ao Pai um oceano de paz,
Santa Teresa, provada na fé,
Santa Teresa, que esperastes contra toda a esperança,
Santa Teresa, que nada recusastes a Deus,
Santa Teresa, rapidamente consumida pelo amor,
Santa Teresa, mártir do amor,
Santa Teresa, alimentada pela Palavra de Deus,
Santa Teresa, ardente de desejo pela Eucaristia,
Santa Teresa, amor no coração da Igreja,
Santa Teresa, Palavra de Deus para o mundo,
Santa Teresa, apóstola da Misericórdia,
Santa Teresa, de Lisieux e do mundo,
Santa Teresa, cujos desejos, são atendidos por Deus,
Santa Teresa, brinquedo do Menino Jesus,
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos Senhor
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós, Senhor
Rogai por nós, Santa Teresa do Menino Jesus da Santa Face, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém
Oremos
Ó Deus Todo-poderoso e eterno, que abris as portas do Vosso Reino aos pequeninos e aos humildes. Concedei-nos a graça de seguirmos os passos da nossa irmã S. Teresa do Menino Jesus e da Santa Face pelo caminho pequenino da confiança que ela nos assinalou e pelo qual ele nos deseja conduzir. E assim, pela sua oração e pela sua sabedoria alcançaremos a revelação da Vossa glória. Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

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