segunda-feira, 23 de julho de 2012


BEATO JOÃO SORETH (1394-147)
Presbítero da nossa Ordem
Fundador da Ordem Terceira do Carmo
24 de julho

Festa (para a OTC)
Comum dos pastores, exceto:
Oração: Senhor, que escolhestes o bem-aventurado João Soreth para renovar a vida religiosa e promover a fundação das carmelitas, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de uma fidelidade cada vez maior no seguimento de Cristo e da sua Mãe. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

1.   Instituiu a Ordem Terceira (hoje Ordem Secular) como já tinham os franciscanos e dominicanos. Em 7 de Outubro 1452 obteve do papa Nicolau V a Bula "Cum Nulla", pela qual se criava canonicamente a Segunda e Terceira Ordem de Carmelo.
Nasceu em Caen, cidade da Normandia, França, no ano de 1394. Desde criança floresceu na devoção a Nossa Senhora do Carmo, vindo a entrar na sua Ordem. Estudou na Universidade de Paris, depois de feita a Profissão na Ordem do Carmo. Ordenado sacerdote foi professor na sua Universidade. Eleito Prior Geral da Ordem, exerceu o cargo até à morte por mandato do Papa. É considerado o fundador das Irmãs Carmelitas e da Ordem Terceira do Carmo. A estas comunidades, já existentes, mas sem Regra, deu-lhes forma canônica. Levou pessoalmente a proposta ao Papa pedindo que a aprovasse, e, ao mesmo tempo, obteve a aprovação dos estatutos e leis e o reconhecimento da Ordem Terceira do Carmo, composta por homens e mulheres que no mundo vivem a sua vida normal, embora ligados espiritualmente à Ordem.
     2.  Contínua luta para que se guardasse a Regra e Constituições.
Empreendeu a renovação da vida das comunidades carmelitas as quais visitava frequentemente, animando a todos na santidade. De tal modo se fez querido que lhe chamavam «o Desejado», já que sempre que visitava algum convento nele infundia paz, serenidade, santidade e alegria. Era humilde em extremo e, mesmo sendo Prior Geral, nunca quis outras honras que as do hábito mais velho e mais gasto e a túnica mais áspera. Era manso e delicado, mas também firme e sem medo. Quis o Papa honrá-lo com a mitra de bispo e com a púrpura cardinalícia, mas Frei João Soreth resistiu, declarando que entrara no Carmelo e no Carmelo  queria morrer.
Entrou em disputa com a sua Universidade, a de Paris. Sustentavam os seus mestres que os frades mendicantes não podiam confessar, pelo que sem outra alternativa o nosso Santo se viu obrigado a recorrer ao Papa solicitando a sua intervenção. Foi-lhe concedida razão através da promulgação duma lei que autorizava a que os religiosos pertencentes a Ordens Mendicantes pudessem confessar. E na mesma lei o Papa consagrou um elogio a Frei João que começava assim: «O Padre Soreth, vigilantíssimo pastor das ovelhas a ele encomendadas, homem verdadeiro segundo o coração de Deus, dispenseiro fiel não somente da sua esclarecida Ordem e coluna da mesma, mas de todos os religiosos mendicantes, fundamento inamovível...».
Estando em certa ocasião, dois exércitos no campo de batalha, dispostos para o combate, interpôs-se Frei João Soreth, dizendo: «Se derramando o meu sangue estais dispostos a abandonar a luta, estou disposto a morrer pelo amor da paz». Os dois exércitos retiraram-se sem combate, mas ambos derrotados, abandonando o campo de batalha e instaurando a paz. O seu amor a Jesus eucaristia era tão grande que as suas imagens o representam com a Regra da Ordem numa mão, e na outra uma píxide com o Santíssimo Sacramento.
      3. Introduziu no maior número de conventos que foi possível a “observância” em seu significado específico com relação à pobreza e recolhimento interior. Lutou para que se rezasse dignamente o Oficio Divino e impôs severas medidas contra a ociosidade dos frades.
Fundou muitos conventos, tanto de religiosos como de religiosas, instaurando serenidade e paz em todas as comunidades. Quando estava de visita a certo convento que se dizia convertido às reformas do Santo e apaziguado pela sua entranhável bondade deram-lhe, na refeição, veneno a tomar. Sentindo-se gravemente doente e declarando-se a qualidade da enfermidade, afirmou diante dos irmãos e de Deus, que perdoava a quem o tinha envenenado voluntária ou involuntariamente. Apressou-se a viajar para o convento de Angers, onde morreu, repetindo serenamente aquela bela frase de S. Bernardo: «Ó bom Jesus, sede meu, Jesus». Era o dia 25 de Julho de 1471.

“Seja uma sua cela exterior e outra sua cela interior ... a porta da clausura exterior é sinal da clausura interior para que os sentidos sejam sempre orientados interiormente para Deus”.

1395 – Nasceu em Caen (França);
1417 – Ordenação (em Caen);
1437 – Teologia (Universidade de Paris);
1438 – Doutorado (Universidade de Paris);
1440 – Provincial da França;
1451 – Eleito Prior Geral da Ordem (Capítulo de Avinhon), cargo que desem-penhou até sua morte.
1452 – Doutorado Honoris Causa (Universidade e Pádua);
1471 - Morte em Angers em 25 de Julho de 1471.
1866 - Beatificação pelo papa Pío IX en 1866.
  
Sua espiritualidade:
            Podemos ver em seu precioso livro "Expositio paraenetica in Regulam Carmelitarum" sua maravilhosa e rica espiritualidade.
            Em cada página ele nos convida a elevar-se acima das preocupações com coisas mundanas e aparência exterior para criar e desfrutar o ambiente contemplativo.
Insiste em afirmar que o objetivo do religioso e da perfeição do coração é alcançar a oração ininterrupta. E para isso considera sempre que a solidão, o silêncio, a vida em comum e a mortificação dos sentidos são meios eficazes para a vida interior.
Tinha grande amor pelo Santíssimo Sacramento, e, em certa ocasião, mesmo correndo perigo de vida, salvou um cálice com hóstias consagradas, de serem queimadas pelas chamas.

Sua Mensagem:

·         Que amemos e trabalhemos com zelo pelo nosso Carmelo;
·         que sejamos observantes assim como prometemos;
·         que nossas monjas e religiosas sejam muitas e santas;
·         que os carmelitas seculares vivam seu próprio carisma.

Dos seus escritos:

 “Aprende de CRISTO, irmão, como se ama a DEUS. Aprende a amá-lo com doçura e intensidade de coração, com sabedoria, com toda a alma, com fortaleza e com todas as energias...
...Não se deixar seduzir por lisonjas significa amar com todo o coração; não ser arrastado a enganos por insinuações é amar com toda a alma; não se deixar abater pelas ofensas é amar com todas as energias. Por isso, está escrito na Regra: 'Amai vosso próximo como a vós mesmos'. Quem ama a DEUS, ama também o seu próximo. 'Quem não ama o irmão que vê, como poderá amar a DEUS que não vê?” (Bto João Soreth OCarm)

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