domingo, 26 de fevereiro de 2012


M E D I T A Ç Õ E S    Q U A R E S M A I S
O SERVO SOFREDOR - A história da paixão de Cristo VI

Passa de mim este cálice
     Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.  Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava.  E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra (Lucas 22.42-44).

     Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo, (Hb 10.31) afirma o escritor de Hebreus. Basta acompanhar Jesus passo a passo em sua paixão para ver o quanto isso é verdade.
     Jesus está sozinho. Nesta obra da redenção da humanidade, ninguém pôde lhe ajudar. Ele mesmo afirma pelo profeta: O lagar, eu o pisei sozinho (Isaías 63.3). Com o rosto prostrado em terra, Jesus orou a seu Pai: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. Se possível, mas não era possível. Este era o único caminho para salvar a humanidade. Jesus era o único que poderia levar ao fim este duro empreendimento do amor divino. Pai se possível passa de mim este cálice. Mas o Pai, em profundo amor para com a humanidade, para contigo e comigo, não passou o cálice. Jesus orou três vezes. Sua agonia aumentou a ponto de suor gotas de sangue. Se há pouco estava triste até a morte por ter sido feito pecado por nós, agora está em agonia por a ira de Deus estar sendo derramado sobre ele, nosso irmão na carne, por causa de nossos pecados. Agora estava sentindo o abandono de Deus, as agonias da morte, os horrores infernais. Tudo isto arde em sua alma santa, a ponto de suar sangue. São nossos pecados que o fazem penar assim. Quão horrível é o pecado. Quão grande a ira de Deus sobre o pecado. Eis ali o nosso substituto. Sofre! Sofre por ti e por mim. Seu sofrimento foi tão grande que foi necessário vir um anjo do céu, para o animar e fortalecer. O que estava acontecendo a Jesus para que uma criatura viesse consolar o Criador? A Escritura não nos revela os detalhes. Provavelmente o sofrimento de Jesus foi tão grande, sua humilhação tão profunda que em sua natureza humana perdeu de vista o porquê desse seu sofrer. Foi necessário vir um anjo para o consolar. Para lhe mostrar a razão do seu sofrer que é a salvação da humanidade. Após esta luta com a morte, na qual experimentou o profundo abandono de Deus e os terrores infernais, Jesus se levantou e foi a seus discípulos.
     Os apóstolos não se cansam de falar sobre o sofrimento de Jesus. Paulo escreveu: Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? (Romanos 8.32) O apóstolo Pedro declarou: Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (1Pedro 1.18-19). Tudo isso Jesus suportou para que todo aquele que nele crê não precisa temer mais a morte. Nesta fé, Estevão ao ser apedrejado exclamou: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus (Atos 7.6). E o apóstolo Paulo afirma: Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro (Filipenses 1.21).
      A história nos mostra muitas pessoas que enfrentaram a morte corajosamente. Mas enfrentar a morte considerá-la lucro, enfrentá-la com confiança e esperança só aquele que está em Cristo.
      Tememos a morte por causa do pecado, porque não fomos criados para a morte e sim para a vida. A morte é castigo sobre o pecado, é uma intromissão em nossa vida. Mas Jesus venceu a morte, e nos diz: Não temais: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente (João 11.25-26). E ao malfeitor na cruz, Jesus disse: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lucas 23.43).

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