sábado, 24 de dezembro de 2011

FELIZ E SANTO NATAL PARA TODOS!
Anúncio do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo
Muitos séculos depois da criação do mundo,
quando no princípio Deus tinha criado o céu e a terra
e tinha feito o Homem à sua imagem;
E muitos séculos depois do dilúvio,
quando o Altíssimo tinha feito resplandecer o arco-íris, sinal da Aliança e da Paz;
Vinte e um séculos depois da partida de Abraão, nosso pai na fé, de Ur dos Caldeus;
Treze séculos depois da saída de Israel do Egito, conduzida por Moisés;
Cerca de mil anos depois da unção de David como rei de Israel;
Na sexagésima quinta semana, segundo a profecia de Daniel;
Na época da centésima nonagésima quarta Olimpíada;
No ano setecentos e cinquenta e dois da fundação da cidade de Roma;
No quadragésimo segundo ano do Império de César Otavio Augusto;
Quando em todo o mundo reinava a paz,
Jesus Cristo,
Deus Eterno e Filho do Eterno Pai, querendo santificar o mundo com a sua vinda,
foi concebido por obra do Espírito Santo
e tendo transcorrido nove meses,
nasce em Belém da Judeia da Virgem Maria, feito homem:
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Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo a natureza humana.

ENCONTRAREIS UM SINAL
O sinal de Deus é a simplicidade.
O sinal de Deus é o menino.
O sinal de Deus é que Ele faz-se pequeno por nós.
Este é o seu modo de reinar.
Ele não vem com poder e grandiosidades externas.
Ele vem como menino - inerme e necessitado da nossa ajuda.
Não nos quer dominar com a força.
Tira-nos o medo da sua grandeza.
Ele pede o nosso amor: por isto faz-se menino.
Nada mais quer de nós senão o nosso amor, mediante o qual aprendemos espontaneamente a entrar nos seus sentimentos, no seu pensamento e na sua vontade - aprendemos a viver com Ele e a praticar com Ele a humildade da renúncia que faz parte da essência do amor.
Deus fez-se pequeno a fim de que nós pudéssemos compreendê-lo, acolhê-lo, amá-lo.
(Bento XVI, dezembro, 2006)

«A GLÓRIA DO SENHOR REFULGIU EM VOLTA DELES»
São Bernardo (1091-1153), abade cisterciense do séc. XII, doutor da Igreja
5º Sermão para a Vigília de Natal
     Antes de surgir a verdadeira luz, antes do nascimento de Cristo, a noite envolvia o mundo por completo; a noite reinava também em cada um de nós, antes da nossa conversão e regeneração interior. Não era aquela a mais profunda das noites, e aquelas as trevas mais espessas à face da terra, naquele tempo em que nossos pais honravam falsos deuses? [...] E não houve depois em nós uma outra noite tenebrosa, nesse período em que sem Deus vivíamos neste mundo, apenas guiados pelas nossas paixões e por atrações mundanas, fazendo coisas que hoje nos fazem corar, por serem também obras das trevas? [...]
     Mas agora saístes do vosso sono, santificastes-vos, tornastes-vos filhos da luz, filhos do dia, e já não sois das trevas nem da noite (1 Ts 5,5) [...] «Amanhã vereis a majestade de Deus em vós.» Hoje, por nós, o Filho fez-Se justiça vinda de Deus; amanhã, manifestar-Se-á como vida nossa, para que nos pareçamos com Ele na glória. Hoje nasceu-nos um menino, para nos impedir de viver na vã glória, e para que, ao convertermo-nos, sejamos humildes como crianças (Mt 18,3).
     Amanhã Ele mostrar-Se-á na sua grandeza para nos incitar ao louvor e para que possamos também ser glorificados e louvados, quando a cada um Deus conceder a sua glória [...] «Seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é» (1 Jo 3,2).
     Hoje, com efeito, não O vemos em Si mesmo, mas como num espelho (1 Co 13,12); hoje Ele recebe aquilo que, dependendo de nós, lhe damos. Mas amanhã vê-Lo-emos em nós, quando nos der o que depende d'Ele, quando Se mostrar tal como é em Si mesmo, e nos tomar para nos elevar até Si.

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