sábado, 12 de novembro de 2011

Como atrair o ESPÍRITO SANTO?

Pe. María Egenio del Niño Jesús, OCD
Traduzido por Priscila Custódio Lopes

            Nos primeiros séculos da Igreja, a ação do ESPÍRITO SANTO nas almas e na Igreja adotava formas exteriores que se manifestavam em plena luz. No dia de Pentecostes o ESPÍRITO SANTO desce em forma de línguas de fogo, toma posse dos apóstolos e, por meio deles, da Igreja. Afirmou sua presença pela transformação que os apóstolos experimentaram, e seu poder por todas suas obras. Com frequência intervinha na vida da Igreja... Era uma Pessoa vivente no seio da Igreja e reconhecido como tal: "Nos pareceu a nós e ao ESPÍRITO SANTO", escreviam os apóstolos. Com isso faziam alusão a sua iluminação e a sua decisão, que se manifestavam exteriormente.

           Desde então parece que o ESPÍRITO SANTO se ocultou pregressivamente nas profundidades da Igreja e das almas. Não sai desta escuridão mais que em raras manifestações exteriores. Certamente, não há uma decadência de seu poder e atividade. A mudança não concerne mais que a seus modos de agir. Sempre está vivo em nós, prestes a difundir-se, e nós sempre temos seus dons para receber seu sopro. Mas seja porque se há ocultado ou, melhor dizendo, porque, menos fervorosa e inclinada desde a terra, a humanidade não há pensado em servir-se de Sua ação, é um fato fácil de comprovar que o ESPÍRITO SANTO se há convertido não só em um DEUS escondido, senão também em um DEUS desconhecido, e que a ciência espiritual que pode servir-se de seu poder pelos dons há sido ignorada durante longo tempo pela maioria dos cristãos.

          A ciência mística - pois tal é seu nome - há sido, inclusive, desacreditada, quando mesmo menosprezada, nos ambientes sinceramente cristãos. "Obra da imaginação!", "ilusões doentias!", se dizia.

          A esta ciência mística devolveu-se sua honra. O frio jansenismo desapareceu. O Espírito de amor pode soprar de novo nas almas. O Coração divinose  há manifestou. Santa Teresa do Menino Jesus nos ensinou um caminho de infância que conduz à chama de Amor e procura uma legião de almas pequenas, vítimas da misericórdia. O ESPÍRITO SANTO vive na Igreja, sua vida se difunde. Cristãos fervorosos, e inclusive incrédulos, procuram esta vida, uns com um amor esclarecido e já ardente, outros com sua dolorosa inquietude.

          Partindo do fato de que a perfeição está no Reinado perfeito de DEUS em nós pelo ESPÍRITO SANTO, toda a ciência mística está na solução deste problema prático: como atrair o sopro do ESPÍRITO e como entregar-se depois e cooperar com a sua ação invasora? É certo que o ESPÍRITO SANTO é soberanamente livre em seus dons e nada pode limitar ou diminuir sua liberdade divina. Contudo, há disposições que exercem uma atração quase irresistível sobre sua misericórdia, e outras que Ele exige como cooperação ativa a sua ação.

          Há três disposições que correspondem a três leis ou exigências de toda ação de DEUS na alma. Estas disposições fundamentais, que regulam toda a cooperação da alma e que irão aperfeiçoando-se a medida que a ação divina se desenvolva, são elas o dom de sim, a humildade e o silêncio.



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