sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Festa das Teresas: Santa Teresa de Jesus e Santa Teresa do Menino Jesus Carmo Menor do Convento de São Cristóvão.
Homilia proferida por Frei Gilsimar, O.C Diretor Espiritual de nossa Ordem.
Tema: Santa Teresa, Mestra e Doutora.


Mestra, aquela que ensina com o conhecimento intelectual e espiritual: Mestra de Formação e Mestra de oração.

Doutora, aquela que é fonte e de pesquisa e referencial de conhecimento intelectual e espiritual.
Metra e Doutora na vivencia da fé e no conhecimento de Deus, centrada nas sagradas Escrituras e na Oração.
"As melhores palavras sobre a oração serão mudas, ditas ao vento, se quem as pronuncia e quem as escuta não são, num ou noutro grau, orantes.”
           O que nos ensina Sta. Teresa: Explicando as suas irmãs sobre a oração do Pai Nosso nos aponta dois elementos fundamentais e essenciais na Oração: Fazer a vontade de Deus e Resistir as tentações;
O caminho de oração é o meio e a meta do encontro de Teresa com o mistério do Deus vivo.
Falar de Santa Teresa é falar em oração. Célebres são suas obras: Livro da Vida, Caminho da Perfeição, Castelo Interior ou Moradas, suas Cartas, e o livro que faz o Histórico das Fundações;  transparece o eixo central que fez de Santa Teresa a Mestra da ORAÇÃO. 
Nada podemos saber, falar ou escutar da oração que não seja algo vivido ou experimentado. Em Teresa, mestra da oração, é estreita e forte a relação entre experiência e oração. As suas palavras não estão mudas, antes ecoam em nossos corações. É a partir de sua experiência que iremos refletir.
Falar de Santa Teresa d’Ávila é falar em uma amizade vivida e oferecida a quem sabia que a amava. Esse relacionamento é o desenvolvimento de um dom, de uma graça recebida do próprio Deus. É através deste trato de amizade que ela nos diz o que é ser amigo do Senhor e por onde andar para o ser.
“Orar é um trato de amizade com Aquele que sabemos que nos ama".
Um místico não fala sobre a oração. Ele narra a sua vida de diálogo com o Seu Amado. É uma autobiografia. Ele vai abrindo horizontes, derrubando barreiras. Não questiona, mas dá a solução. Incentiva.
Sobre a experiência com Deus, ela diz que poderia escrever um livro grande. Com o conhecimento da graça que recebia, podia analisar e selecionar as que tinham um maior valor doutrinal. Quanto ao poder comunicativo, confessa sua completa incapacidade de transmiti-la e a inteira intervenção de Deus que tudo lhe inspirava. Escrevia porque Ele dava a inspiração. “... muitas coisas das que escrevo aqui não são da minha cabeça, senão que, mas dizia este meu Mestre”.
Sua vida de oração foi determinada por grandes momentos: o encontro espontâneo com Deus, intercalando-se por um tempo de oração difícil e de relações tensas, e que se encerra em um encontro acalentador e plenificante.
O que reza Santa Teresa: Oficio Divino; Meditação; Contemplação; Oração espontânea, Oração mística, os grandes êxtases.
"A oração teresiana tem um sentido global de oração-vida e uma dimensão essencial de interioridade. É um caminho até as profundezas da alma e até as dimensões de uma vida concreta, traspassada de Deus; vida divina em abundancia que ressoa dentro e transborda fora. Descobrir as riquezas de sua oração é fazer uma viagem até o mais profundo do homem na busca de um Deus escondido bem além da superficialidade dos sentidos, presente e aberto à comunicação de amor".  Frei Osman de Morais, O.C.


“Nada te perturbe, nada te espante, Tudo passa, Deus não muda, A Paciência tudo alcança; Quem a Deus tem nada lhe falta, Só Deus Basta”. (Poesia nº 9 - Eficácia da Paciência)

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