Sto.
Alberto, Patrirca de Jerusalém e Legislador da nossa Ordem.
São Roberto Belarmino, bispo e doutor da greja.
Santa
Hildegarda de Bingen, virgem e doutora da Igreja
Impressão das Chagas de Jesus em São Francisco
1ª
Leitura (1Tim 3,14-16): Caríssimo: Escrevo-te estas coisas na esperança
de ir ter contigo muito em breve. Mas se eu tardar, já sabes como deves
proceder na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da
verdade. É realmente grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na
carne, justificado pelo Espírito, contemplado pelos Anjos, anunciado entre os
gentios, acreditado no mundo, exaltado na glória.
Salmo
Responsorial: 110
R. São grandes as obras do
Senhor.
Louvarei o Senhor de todo o
coração no conselho dos justos e na assembleia. São grandes as obras do Senhor,
admiráveis para os que nelas meditam.
A sua obra é esplendor e
majestade e a sua justiça permanece eternamente. Instituiu um memorial das suas
maravilhas: o Senhor é misericordioso e compassivo.
Deu sustento àqueles que O temem
e jamais se esquecerá da sua aliança. Fez ver ao seu povo a força das suas
obras, para lhe dar a herança das nações.
Aleluia. As vossas palavras,
Senhor, são espírito e vida: Vós tendes palavras de vida eterna. Aleluia.
Evangelho
(Lc 7,31-35): Naquele tempo, disse Jesus: «Com quem, então, vou comparar
as pessoas desta geração? Com quem são parecidas? São parecidas com crianças
sentadas nas praças, que gritam umas para as outras: Tocamos flauta para vós e
não dançastes! Entoamos cantos de luto e não chorastes!. Veio João Batista, que
não come, nem bebe vinho, e dizeis: Tem um demônio!. Veio o Filho do Homem, que
come e bebe, e dizeis: É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de
pecadores!. Ora, a sabedoria é reconhecida graças a todos os seus filhos».
«Com quem, então, vou comparar
as pessoas desta geração?»
Rev. D. Xavier SERRA i Permanyer (Sabadell,
Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus constata a dureza de
coração das pessoas de seu tempo, especialmente os fariseus, tão seguros de si
mesmos que não há quem os converta. Não se calam nem diante de João Batista,
«que não comia pão, nem bebia vinho» (Lc 7,33), e o acusavam de possuir um
demônio; tampouco se calam diante do Filho do homem, «que come e bebe»,
acusando-o de comilão e bêbedo e, «amigo de publicanos e pecadores» (Lc 7,34).
Atrás dessas acusações se escondem seu orgulho e arrogância: ninguém lhes vai
dar lições; não aceitam a Deus, senão que fazem seu próprio Deus, um Deus que
não os mova de suas comodidades, privilégios e interesses.
Nós também temos esse perigo.
Quantas vezes criticamos tudo: se a Igreja diz isso, porque diz isso, se diz o
contrário... E até mesmo, poderíamos criticar nos referindo a Deus ou aos
outros. No fundo, talvez inconscientemente, queremos justificar nossa preguiça
e falta de desejo de uma verdadeira conversão, justificar nossa comodidade e
falta de docilidade. Disse São Bernardo: «Há algo mais lógico que não ver as
próprias chagas, especialmente se as tapou com a finalidade de não poder
vê-las? Disso resulta que, ainda que outro as ache, defenda com teimosia que
não são chagas, deixando que seu coração se abandone a palavras falsas».
Deixemos que a Palavra de Deus
chegue ao nosso coração e nos converta, nos mude, nos transforme com sua força.
Mas para isso, peçamos o dom da humildade. Somente o humilde pode aceitar a
Deus; e permitir que se aproxime de nós, que como publicanos e pecadores
necessitamos que nos cure. Ai daquele que creia que não necessita do médico! O
pior para um doente é acreditar-se sadio, porque o mal avançará e nunca será
medicado. Todos estamos doentes de morte, e somente Cristo pode nos salvar,
sejamos ou não conscientes disso. Demos graças ao Salvador, acolhendo-o como
tal!
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
« Não todos podem perceber a
sabedoria em toda sua perfeição. A todos, não obstante, se lhes infunde,
segundo sua capacidade, o espírito de sabedoria, com tal que tenham fé. Se
acreditar, posse o espírito de sabedoria» (Santo Ambrósio)
«Fara bem nos perguntar_ como
quero ser salvado? Da minha forma? Ou do modo divino, ou seja, na via de
Jesus?» (Francisco)
«(...) A fé e a prática do
Evangelho conferem a cada qual uma experiencia da vida “em Cristo” que o
ilumina e o torna capaz de avaliar as realidades divinas e humanas, segundo o
Espírito de Deus. Assim, o Espírito Santo pode servir-Se dos mais humildes para
iluminar os sábios e os mais elevados em dignidade» (Catecismo da Igreja
Católica, n° 2038)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* No evangelho de hoje
veremos como a novidade da Boa Nova foi avançando de tal modo que as pessoas
agarradas às formas antigas da fé ficavam perdidas sem entenderem mais nada da
ação de Deus. Para esconder sua falta de abertura e de compreensão elas se defendiam
e buscavam pretextos infantis para justificar sua atitude de não aceitação.
Jesus reage com uma parábola para denunciar a incoerência dos seus adversários
"Vocês parecem crianças que não sabem o que querem!"
* Lucas 7,31: Com que vou
comparar vocês? Jesus estranha a reação do povo e diz: "Com quem eu
vou comparar os homens desta geração? Com quem se parecem eles?” Quando uma coisa é evidente e as pessoas, ou
por ignorância ou por má vontade, não o percebem nem querem perceber, é bom
encontrar uma comparação evidente que lhes revele a incoerência e a má vontade.
E Jesus é mestre em encontrar comparações que falam por si.
* Lucas 7,32: Com crianças sem
juiz. A comparação que Jesus encontrou é esta. Vocês se parecem com
“crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: Tocamos
flauta, e vocês não dançaram; cantamos música triste, e vocês não choraram”. No
mundo inteiro crianças mimadas têm a mesma reação. Reclamam quando os outros
não fazem e agem como elas querem. O motivo da queixa de Jesus é a maneira
arbitrária como, no passado, reagiram diante de João Batista e, agora no
presente, diante do próprio Jesus.
* Lucas 7,33-34: A opinião
deles sobre João e Jesus. “Pois veio João Batista, que não comia nem bebia,
e vocês disseram: 'Ele tem um demônio!' Veio o Filho do Homem, que come e bebe,
e vocês dizem: Ele é um comilão e beberrão, amigo dos cobradores de impostos e
dos pecadores!” Jesus foi discípulo de
João Batista, acreditava nele e se fez batizar por ele. Foi por ocasião do
batismo no Jordão, que ele teve a revelação do Pai a respeito da sua missão
como Messias Servo (Mc 1,10). Ao mesmo tempo, Jesus ressalta a diferença entre
ele mesmo e João. João era mais severo, mais ascético, não comia nem bebia.
Ficava no deserto e ameaçava o povo com os castigos do Juízo final (Lc 3,7-9).
Por isso diziam que ele tinha um demônio, era possesso. Jesus era mais
acolhedor, comia e bebia como todo mundo. Andava pelos povoados e entrava nas
casas do povo, acolhia cobradores de impostos e prostitutas. Por isso diziam
que era comilão e beberrão. Apesar de generalizar ao falar dos “homens desta
geração” (Lc 7,31), provavelmente, Jesus tem em mente a opinião das autoridades
religiosas que não acreditavam em Jesus (Mc 11,29-33).
* Lucas 7,35: A conclusão
óbvia a que Jesus chega. E Jesus termina tirando a conclusão: “Mas a
sabedoria foi justificada por todos os seus filhos” A falta de seriedade e de
coerência aparece claramente na opinião que emitem sobre Jesus e João. A má
vontade é tão evidente que não precisa de prova. Isto faz lembrar a resposta de
Jó aos amigos que pretendiam ser sábios: “Oxalá vocês ficassem calados! Seria o
melhor ato de sabedoria!” (Jó 13,5).
Para um confronto pessoal
1) Quando emito opinião
sobre os outros sou como os fariseus e escribas que opinavam sobre João e
Jesus? Eles apenas expressavam seus próprios preconceitos e nada informavam
sobre as pessoas que por eles eram julgados.
2) Você conhece grupos na
igreja de hoje que mereceriam a parábola de Jesus?
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