São
seis as coisas que se devem meditar na Paixão de Cristo, segundo São Pedro de
Alcântara:
A grandeza das dores de Jesus, para nos compadecermos delas.
A gravidade do nosso pecado, que é causa destas dores, para o detestarmos.
A grandeza do benefício que recebemos desta Paixão, para agradecer.
A excelência da Divina bondade e caridade, que se descobre nela, para amá-lo.
A conveniência do mistério, para nos maravilharmos dele.
A multidão das virtudes de Jesus, que resplandecem nela, para imitá-lo.
Considerar nesta meditação:
1. Quem padece? - Deus.
2. O que padece? - física, moral e espiritualmente.
3. Por quem padece? - por mim, pecador.
4. Por que motivo padece? - não para seu próprio proveito, nem por nosso merecimento e sim por amor e misericórdia.
1ª
Leitura (Is 52,13–53,12): Vede como vai prosperar o meu servo: subirá,
elevar-se-á, será exaltado. Assim como, à sua vista, muitos se encheram de
espanto, tão desfigurado estava o seu rosto que tinha perdido toda a aparência
de um ser humano, assim se hão de encher de assombro muitas nações e, diante
dele, os reis ficarão calados, porque hão de ver o que nunca lhes tinham
contado e observar o que nunca tinham ouvido. Quem acreditou no que ouvimos
dizer? A quem se revelou o braço do Senhor? O meu servo cresceu diante do
Senhor como um rebento, como raiz numa terra árida, sem distinção nem beleza
para atrair o nosso olhar, nem aspecto agradável que possa cativar-nos.
Desprezado e repelido pelos homens, homem de dores, acostumado ao sofrimento,
era como aquele de quem se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem valor para
nós. Ele suportou as nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores. Mas
nós víamos nele um homem castigado, ferido por Deus e humilhado. Ele foi
trespassado por causa das nossas culpas e esmagado por causa das nossas
iniquidades. Caiu sobre ele o castigo que nos salva: pelas suas chagas fomos
curados. Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, cada qual seguia o seu
caminho. E o Senhor fez cair sobre ele as faltas de todos nós. Maltratado,
humilhou-se voluntariamente e não abriu a boca. Como cordeiro levado ao
matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosquiam, ele não abriu a boca.
Foi eliminado por sentença iníqua, mas quem se preocupa com a sua sorte? Foi
arrancado da terra dos vivos e ferido de morte pelos pecados do seu povo.
Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios e um túmulo no meio de malfeitores,
embora não tivesse cometido injustiça, nem se tivesse encontrado mentira na sua
boca. Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo sofrimento. Mas se oferecer a
sua vida como sacrifício de expiação, terá uma descendência duradoira, viverá
longos dias e a obra do Senhor prosperará em suas mãos. Terminados os
sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria. O justo, meu servo,
justificará a muitos e tomará sobre si as suas iniquidades. Por isso, Eu lhe
darei as multidões como prémio e terá parte nos despojos no meio dos poderosos;
porque ele próprio entregou a sua vida à morte e foi contado entre os malfeitores,
tomou sobre si as culpas das multidões e intercedeu pelos pecadores.
Salmo
Responsorial: 30
R. Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito.
Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido, pela vossa justiça, salvai-me. Em vossas mãos entrego
o meu espírito, Senhor, Deus fiel, salvai-me.
Tornei-me o escárnio dos meus
inimigos, o desprezo dos meus vizinhos e o terror dos meus conhecidos: todos
evitam passar por mim. Esqueceram-me como se fosse um morto, tornei-me como um
objecto abandonado.
Eu, porém, confio no Senhor:
Disse: «Vós sois o meu Deus, nas vossas mãos está o meu destino». Livrai-me das
mãos dos meus inimigos e de quantos me perseguem.
Fazei brilhar sobre mim a vossa
face, salvai-me pela vossa bondade. Tende coragem e animai-vos, vós todos que
esperais no Senhor.
2ª
Leitura (Heb 4,14-16; 5,7-9): Irmãos: Tendo nós um sumo sacerdote que
penetrou os Céus, Jesus, Filho de Deus, permaneçamos firmes na profissão da
nossa fé. Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote incapaz de Se compadecer
das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa
semelhança, exceto no pecado. Vamos, portanto, cheios de confiança, ao trono da
graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça de um auxílio
oportuno. Nos dias da sua vida mortal, Ele dirigiu preces e súplicas, com
grandes clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte, e foi atendido
por causa da sua piedade. Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no
sofrimento. E, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se, para todos os que Lhe
obedecem, causa de salvação eterna.
Evangelho
(Jo 18,1—19,42): Dito isso, Jesus saiu com seus discípulos para o outro
lado da torrente do Cedron. Lá havia um jardim, no qual ele entrou com os seus
discípulos. Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus muitas
vezes ali se reunia com seus discípulos. Judas, pois, levou o batalhão romano e
os guardas dos sumos sacerdotes e dos fariseus, com lanternas, tochas e armas,
e chegou ali. Jesus, então, sabendo tudo o que ia acontecer com ele, saiu e
disse: «A quem procurais?» — «A Jesus de Nazaré!», responderam. Ele disse: «Sou
eu». Judas, o traidor, estava com eles. Quando Jesus disse «Sou eu», eles
recuaram e caíram por terra. De novo perguntou-lhes: «A quem procurais?»
Responderam: «A Jesus de Nazaré», Jesus retomou: «Já vos disse que sou eu. Se é
a mim que procurais, deixai que estes aqui se retirem». Assim se cumpria a
palavra que ele tinha dito: «Não perdi nenhum daqueles que me deste». Simão
Pedro, que tinha uma espada, puxou-a e feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a ponta da orelha direita. O nome do servo era Malco. Jesus disse
a Pedro: «Guarda a tua espada na bainha. Será que não vou beber o cálice que o
Pai me deu?». O batalhão, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus
e o amarraram. Primeiro, conduziram-no a Anás, sogro de Caifás, o sumo
sacerdote daquele ano. Caifás é quem tinha aconselhado aos judeus: «É
conveniente que um só homem morra pelo povo». Simão Pedro e um outro discípulo
seguiam Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote. Ele entrou com
Jesus no pátio do sumo sacerdote. Pedro ficou do lado de fora, perto da porta.
O outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu, conversou com a
empregada da porta e levou Pedro para dentro. A criada da porta disse a Pedro:
«Não pertences tu também aos discípulos desse homem?». Ele respondeu: «Não». Os
servos e os guardas tinham feito um fogo, porque fazia frio; estavam se
aquecendo, e Pedro estava com eles para se aquecer. O sumo sacerdote interrogou
Jesus a respeito dos seus discípulos e do seu ensinamento. Jesus respondeu: «Eu
falei abertamente ao mundo. Eu sempre ensinei nas sinagogas e no templo, onde
os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. Por que me interrogas? Pergunta
aos que ouviram o que eu falei; eles sabem o que eu disse». Quando assim falou,
um dos guardas que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: «É assim que
respondes ao sumo sacerdote?». Jesus replicou-lhe: «Se falei mal, mostra em que
falei mal; e se falei certo, por que me bates?». Anás, então, mandou-o,
amarrado, a Caifás. Simão Pedro continuava lá, aquecendo-se. Disseram-lhe: «Não
és tu, também, um dos discípulos dele?». Pedro negou: «Não». Então um dos servos
do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:
«Será que não te vi no jardim com ele?». Pedro negou de novo, e na mesma hora o
galo cantou. De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de
madrugada. Eles mesmos não entraram no palácio, para não se contaminarem e
poderem comer a páscoa. Pilatos saiu ao encontro deles e disse: «Que acusação
apresentais contra este homem?». Eles responderam: «Se não fosse um malfeitor,
não o teríamos entregue a ti!». Pilatos disse: «Tomai-o vós mesmos e julgai-o
segundo vossa lei». Os judeus responderam: «Não nos é permitido matar ninguém».
Assim se realizava o que Jesus tinha dito, indicando de que morte havia de
morrer. Pilatos entrou, de volta, no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: «Tu
és o Rei dos Judeus?». Jesus respondeu: «Estás dizendo isto por ti mesmo, ou
outros te disseram isso de mim?». Pilatos respondeu: «Acaso sou eu judeu? Teu
povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?». Jesus respondeu:
«O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus
guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, o meu reino
não é daqui». Pilatos disse: «Então, tu és rei?». Jesus respondeu: «Tu dizes
que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da
verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz». Pilatos lhe disse:
«Que é a verdade?». Dito isso, saiu ao encontro dos judeus e declarou: «Eu não
encontro nele nenhum motivo de condenação. Mas existe entre vós um costume de
que, por ocasião da Páscoa, eu vos solte um preso. Quereis que eu vos solte o
Rei dos Judeus?». Eles, então, se puseram a gritar: «Este não, mas Barrabás!». Ora,
Barrabás era um assaltante. Pilatos, então, mandou açoitar Jesus. Os soldados
trançaram uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça de Jesus e o vestiram com
um manto de púrpura. Aproximavam-se dele e diziam: «Viva o Rei dos Judeus!».; e
batiam nele. Pilatos saiu outra vez e disse aos judeus: «Olhai! Eu o trago aqui
fora, diante de vós, para que saibais que eu não encontro nele nenhum motivo de
condenação».. Então, Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o
manto de púrpura. Ele disse-lhes: «Eis o homem».! Quando o viram, os sumos
sacerdotes e seus guardas começaram a gritar: «Crucifica-o! Crucifica-o!». Pilatos
respondeu: «Levai-o, vós mesmos, para o crucificar, porque eu não encontro nele
nenhum motivo de condenação».. Os judeus responderam-lhe: «Nós temos uma Lei, e
segundo esta Lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus». Quando Pilatos
ouviu isso, ficou com mais medo ainda. Entrou no palácio outra vez e perguntou
a Jesus: «De onde és tu?». Jesus ficou calado. Então Pilatos disse-lhe: «Não me
respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar e poder para te
crucificar?». Jesus respondeu: «Tu não terias poder algum sobre mim, se não te
fosse dado do alto. Por isso, quem me entregou a ti tem maior pecado». Por
causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus continuavam
gritando: «Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz
rei, declara-se contra César». Ouvindo estas palavras, Pilatos trouxe Jesus
para fora e sentou-se no tribunal, no lugar conhecido como Pavimento ( em
hebraico: Gábata). Era o dia da preparação da páscoa, por volta do meio-dia.
Pilatos disse aos judeus: «Eis o vosso rei». Eles, porém, gritavam: «Fora!
Fora! Crucifica-o!». Pilatos disse: «Vou crucificar o vosso rei?». Os sumos
sacerdotes responderam: «Não temos rei senão César». Pilatos, então, lhes
entregou Jesus para ser crucificado. Eles tomaram conta de Jesus. Carregando a
sua cruz, ele saiu para o lugar chamado Calvário (em hebraico: Gólgota). Lá,
eles o crucificaram com outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio.
Pilatos tinha mandado escrever e afixar na cruz um letreiro; estava escrito
assim: «Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus». Muitos judeus leram o letreiro,
porque o lugar onde Jesus foi crucificado era perto da cidade; e estava escrito
em hebraico, em latim e em grego. Os sumos sacerdotes disseram então a Pilatos:
«Não escrevas: ‘O Rei dos Judeus’, e sim: ‘Ele disse: Eu sou o Rei dos Judeus’.
Pilatos respondeu: «O que escrevi, escrevi». Depois que crucificaram Jesus, os
soldados pegaram suas vestes e as dividiram em quatro partes, uma para cada
soldado. A túnica era feita sem costura, uma peça só de cima em baixo. Eles
combinaram: «Não vamos rasgar a túnica. Vamos tirar sorte para ver de quem
será». Assim cumpriu-se a Escritura: «Repartiram entre as minhas vestes e
tiraram a sorte sobre minha túnica». Foi isso que os soldados fizeram. Junto à
cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e
Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele
amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!». Depois disse ao discípulo: «Eis
a tua mãe!». A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. Depois
disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a
Escritura até o fim, disse: «Tenho sed!». Havia ali uma jarra cheia de vinagre.
Amarraram num ramo de hissopo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua
boca. Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito. Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene.
Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos
que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. Os
soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e
depois ao outro. Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe
quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e
imediatamente saiu sangue e água. (Aquele que viu dá testemunho, e o seu testemunho
é verdadeiro; ele sabe que fala a verdade, para que vós, também, acrediteis.)
Isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura que diz: «Não quebrarão nenhum
dos seus ossos». E um outro texto da Escritura diz: «Olharão para aquele que
traspassaram». Depois disso, José de Arimatéia pediu a Pilatos para retirar o
corpo de Jesus; ele era discípulo de Jesus às escondidas, por medo dos judeus.
Pilatos o permitiu. José veio e retirou o corpo. Veio também Nicodemos, aquele
que anteriormente tinha ido a Jesus de noite; ele trouxe uns trinta quilos de
perfume feito de mirra e de aloés. Eles pegaram o corpo de Jesus e o
envolveram, com os perfumes, em faixas de linho, do modo como os judeus
costumam sepultar. No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim e, no
jardim, um túmulo novo, onde ninguém tinha sido ainda sepultado. Por ser dia de
preparação para os judeus, e como o túmulo estava perto, foi lá que eles
colocaram Jesus.
Hoje celebramos o primeiro dia do
Tríduo Pascal. Por tanto é o dia da Cruz vitoriosa, desde donde Jesus nos
deixou o melhor de Ele mesmo: Maria como mãe, o perdão —também os verdugos— e a
confiança total em Deus Pai.
Escutamos na leitura da Paixão
que nos transmite o testemunho de São João, presente no Calvário com Maria, a
Mãe do Senhor e as mulheres. É um relato rico em simbologia, onde cada pequeno
detalhe tem sentido. Mas também o silêncio e a austeridade da Igreja, hoje nos
ajudam a viver num clima de oração, atentos ao dom que celebramos.
Diante deste mistério tão grande,
estamos chamados —mais que tudo— a ver. A fé cristã não é a relação reverencial
a um Deus que está longe e abstrato que desconhecemos, senão a adesão a uma
Pessoa, verdadeiro homem como nós e também verdadeiro Deus. O “Invisível”
fez-se carne da nossa carne, e assumiu ser homem até a morte e morte de cruz.
Foi uma morte aceitada como resgate por todos, morte redentora, morte que nos
dá vida. Aqueles que estavam aí e o viram, nos transmitiram os fatos e ao mesmo
tempo, nos descobrem o sentido daquela morte.
Ante isto, sentimo-nos
agradecidos e admirados. Conhecemos o preço do amor: «Ninguém tem maior amor do
que aquele que dá a sua vida por seus amigos» (Jo 15,13). A oração cristã não é
só pedir, senão— e principalmente— admirar agradecidos.
Para nós, Jesus é modelo que
temos que imitar, quer dizer, reproduzir em nós as suas atitudes. Temos que ser
pessoas que amam até darmo-nos e que confiamos no Pai em toda adversidade.
Isto contrasta com a atmosfera
indiferente da nossa sociedade; por isso o nosso testemunho tem que ser mais
valente do que nunca, já que o dom é para todos. Como diz Melitão de Sardes,
«Ele nos fez passar da escravidão à liberdade, das trevas à luz, da morte à
vida. Ele é a Páscoa da nossa salvação».
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«A cruz é a inclinação mais profunda da Divindade para com o homem. A cruz é como um toque de amor eterno nas feridas mais dolorosas da existência terrena do homem» (São João Paulo II)
«O perdão custa algo, sobretudo a
quem perdoa (…). Deus só pode vencer a culpa e o sofrimento dos homens
intervindo pessoalmente, sofrendo Ele próprio no seu Filho, que carregou este
fardo e o superou dando-se a si mesmo» (Bento XVI)
«Este desejo de fazer seu o plano
do amor de redenção do seu Pai, anima toda a vida de Jesus. A sua paixão
redentora é a razão de ser da Encarnação: ‘Pai, salva-Me desta hora! Mas por
causa disto, é que Eu cheguei a esta hora’ (Jo 12, 27). ‘O cálice que o Pai Me
deu, não havia de bebê-lo?’ (Jo 18, 11). E ainda na cruz, antes de ‘tudo estar
consumado’ (Jo 19, 30), diz: ‘Tenho sede’» (Catecismo da Igreja Católica, nº
607)
A grandeza das dores de Jesus, para nos compadecermos delas.
A gravidade do nosso pecado, que é causa destas dores, para o detestarmos.
A grandeza do benefício que recebemos desta Paixão, para agradecer.
A excelência da Divina bondade e caridade, que se descobre nela, para amá-lo.
A conveniência do mistério, para nos maravilharmos dele.
A multidão das virtudes de Jesus, que resplandecem nela, para imitá-lo.
Considerar nesta meditação:
1. Quem padece? - Deus.
2. O que padece? - física, moral e espiritualmente.
3. Por quem padece? - por mim, pecador.
4. Por que motivo padece? - não para seu próprio proveito, nem por nosso merecimento e sim por amor e misericórdia.
R. Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito.
Cristo obedeceu até à morte e
morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de
todos os nomes.
«Ele tomou o vinagre e disse:
“Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito»
Rev. D. Francesc CATARINEU i
Vilageliu (Sabadell, Barcelona, Espanha)
«A cruz é a inclinação mais profunda da Divindade para com o homem. A cruz é como um toque de amor eterno nas feridas mais dolorosas da existência terrena do homem» (São João Paulo II)
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