sábado, 5 de janeiro de 2013

Festa da Epifania do Senhor



  No dia 6 de janeiro é celebrada a festa da Epifania do Senhor. Qual a sua origem e qual seu significado?

   História . As primeiras referências a esta Solenidade  vêm do séc II, do Egito, onde a seita gnóstica dos basilidianos celebrava o Batismo de Jesus.

   Nos princípios do séc. IV, a festa do Natal começou a ser celebrada pelos cristãos do Ocidente e do Oriente, como uma festa da “manifestação do Senhor na carne” e da “revelação de sua divindade”.

   Nesta única festa se celebrava Jesus que "manifestou a sua glória» (Jo 2.11) em diferentes eventos:
   - o nascimento em Belém,
   - a adoração dos Magos,
   - o Batismo no Jordão,
   - o primeiro sinal em Caná,
   - em algumas igrejas locais, celebrava-se também a Transfiguração e a multiplicação dos pães.

   No final do século IV, ocorre, no Ocidente a separação das festas da Epifania e do Natal, embora tenham permanecido unidas no Oriente. 

   Assim, no Ocidente Latino, 25 de dezembro concentrou-se sobre a Natividade de Jesus e 6 de janeiro, salientou a adoração dos Magos, o Batismo do Senhor e o milagre de Caná.

A realeza de Cristo

   O evangelho do dia é o da adoração dos Magos. Antigamente, pensava-se que, sempre que um personagem importante, especialmente um rei,  nascia, um astro novo aparecia no céu. Assim, os Magos, vendo a estrela, disseram: “Este é o sinal do grande rei;  Vamos ao seu encontro e lhe ofereçamos nossos presentes” . 

   Seguindo a estrela  até à terra de Israel, eles foram direto para a corte de Jerusalém, em busca do Rei recém-nascido. Ali descobrem que o Rei do mundo, ao qual todos os reis devem veneração é a Criança que nasceu na pobreza da gruta e, como foi anunciado pelos profetas: «esta estrela brilha como uma chama viva e revela o Senhor, o rei dos Reis; os  Magos a contemplaram e ofereceram seus presentes ao grande rei».

Os presentes dos Reis Magos.
 
   Desde tempos antigos foram interpretados como uma manifestação da identidade da Criança:
   - ouro oferecidos o Rei,
   - o incenso para Deus
   - a mirra para o Homem, pois era usado para ungir os corpos antes do enterro.

  “Lhe ofereceram: ouro, como soberano rei; incenso, como verdadeiro Deus; e mirra para o seu enterro.”

A universalidade da salvação.

    Os padres da Igreja viram nos Magos do Oriente uma antecipação dos povos não-judeus, chamados para encontrar a salvação em Cristo. Assim interpreta são Leão Magno: que «todos os povos venham  para se juntar à família dos patriarcas. Que todas as Nações, nas pessoas dos três Reis Magos, adorem o autor do universo, e que Deus seja conhecido em todo o mundo».  Os Magos são as primícias, às quais seguem muitos outros povos.  

   Porque se viu nestes personagens uma antecipação dos pagãos que se haviam de  converter ao Senhor, e indicar que a salvação é para todos, começou-se a apresentá-los como um negro (africano), outro de pele amarela (asiática) e um de raça branca (europeia), que representavam os três continentes conhecidos na Antiguidade. 

   A Epifania anuncia a universalidade da Igreja Católica, chamada para evangelizar todos os povos.

Uma celebração de extraordinária riqueza.
 
   Embora outros aspectos ficassem em segundo plano, nunca foram esquecidos completamente, como se pode ver nos textos litúrgicos até aos nossos dias: “Veneremos este dia Santo, honrado com três milagres: hoje a estrela conduziu os sábios à manjedoura; hoje a água foi transformada em vinho no casamento em Caná; hoje, Cristo foi batizado por João no Rio Jordão para nos salvar “. Esses outros acontecientos são momentos diferentes de uma única realidade: a manifestação de Jesus Cristo na nossa carne, na nossa história.

LEIA, ABAIXO, A LECTIO DIVINA PARA A SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR

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