sexta-feira, 23 de maio de 2025

MÊS DE MARIA – VI Domingo da Páscoa

Sta. Maria Madalena de Pazzi, virgem de nossa Ordem
São Gregório VII, papa
São Beda Venerável, presbítero e doutor da Igreja
 
ORAÇÂO
Senhor, todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo ser e para quem todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor. Virgem Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa proteção. Anjos do céu, dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa bênção. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (At 15,1-2.22-29): Naqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia ensinavam aos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundo a Lei de Moisés, não podereis salvar-vos». Isto provocou muita agitação e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé tiveram com eles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns discípulos subissem a Jerusalém, para tratarem dessa questão com os Apóstolos e os anciãos. Os Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja, decidiram escolher alguns irmãos e mandá-los a Antioquia com Barnabé e Paulo. Eram Judas, a quem chamavam Barsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos. Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos vossos, saúdam os irmãos de origem pagã residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia. Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos, de comum acordo, escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a sua vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judas e Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma obrigação, além destas que são indispensáveis: abster-vos da carne imolada aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais. Procedereis bem, evitando tudo isso. Adeus».
 
Salmo Responsorial: 66
R. Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra.
 
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto. Na terra se conhecerão os vossos caminhos e entre os povos a vossa salvação.
 
Alegrem-se e exultem as nações, porque julgais os povos com justiça e governais as nações sobre a terra.
 
Os povos Vos louvem, ó Deus, todos os povos Vos louvem. Deus nos dê a sua bênção e chegue o seu louvor aos confins da terra.
 
2ª Leitura (Ap 21,10-14.21-23): Um Anjo transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus, resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino. Tinha uma grande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinha também nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel: três portas a nascente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas a poente. A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro. Na cidade não vi nenhum templo, porque o seu templo é o Senhor Deus omnipotente e o Cordeiro. A cidade não precisa da luz do sol nem da lua, porque a glória de Deus a ilumina e a sua lâmpada é o Cordeiro.
 
Aleluia. Se alguém Me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada. Aleluia.
 
Evangelho (Jo 14,23-29): Jesus respondeu-lhe: «Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: ‘Eu vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais».
 
«Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada»
 
Rev. D. Francesc Catarineu i Vilageliu (Sabadell, Barcelona, Espanha)
 
Hoje, antes de celebrar a Ascensão e Pentecostes, voltemos a ler as palavras do chamado sermão da Última Ceia, na que devemos ver diversas maneiras de apresentar uma única mensagem, já que tudo brota da união de Cristo com o Pai e da vontade de Deus de associar-nos a este mistério de amor.
 
A Santa Teresinha do Menino Jesus um dia lhe ofereceram diversos presentes para que ela escolhesse, e ela — com uma grande decisão mesmo apesar de sua pouca idade — disse: «Escolho tudo». Já depois entendeu que este escolher tudo deveria se de concretizar em querer ser o amor na Igreja, pois um corpo sem amor não teria sentido. Deus é este mistério de amor, um amor concreto, pessoal, feito carne no Filho Jesus que chega a dar tudo: Ele mesmo, sua vida e seus atos são a máxima e mais clara mensagem de Deus.
 
É deste amor que abrange tudo de onde nasce a “paz”. Esta é hoje uma palavra desejada: queremos paz e tudo são alarmes e violências. Só conseguiremos a paz se nos voltamos a Jesus, já que é Ele quem nos dá a paz como fruto de seu amor total. Mas não nos dá como o mundo faz. «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou» (cf. Jo 14,27), pois a paz de Jesus não é a tranquilidade e a despreocupação, pelo contrário: a solidariedade que se transforma em fraternidade, a capacidade de ver-nos e de ver aos outros com olhos novos como faz o Senhor, e assim perdoar-nos. Dai nasce uma grande serenidade que nos faz ver as coisas tal e como são, e não como parecem. Seguindo por este caminho chegaremos a ser felizes.
 
«Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito» (Jo 14,26). Nestes últimos dias de Páscoa peçamos abrir-nos ao Espírito: O recebemos ao sermos batizados e crismados, mas é necessário que — como dom ulterior — volte a brotar em nós e nos faça chegar lá onde não ousaríamos.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Se fechares a porta da tua alma, deixas fora a Cristo. Embora tenha o poder de entrar, não quer ser inoportuno, não quer obrigar à força» (Santo Ambrósio)
 
«Ao longo da história da salvação, na qual Deus se fez próximo de nós e espera pacientemente os nossos tempos, incluindo as nossas infidelidades, encoraja os nossos esforços e guia-nos. Na oração aprendemos a ver os sinais deste plano misericordioso» (Bento XVI)
 
«A forma tradicional de pedir o Espírito é invocar o Pai, por Cristo, nosso Senhor, para que nos dê o Espírito Consolador. Jesus insiste nesta petição em seu Nome no próprio momento em que promete o dom do Espírito de Verdade. Mas também é tradicional a oração mais simples e mais direta: ‘Vinde, Espírito Santo’» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.671)
 
«O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas»
 
Pe. José Henrique
 
O texto do Evangelho deste domingo situa-se no decorrer da última Ceia.
Jesus prepara os discípulos para o que irá acontecer em breve: Ele vai partir para o Pai, mas garante que aqueles que O amam e guardam a sua palavra, não ficarão sós, pois, neles, Jesus e o Pai farão a sua morada, e «com eles estará sempre o Espírito Santo, o Paráclito, que os apoiará na missão de levar o Evangelho ao mundo inteiro. Na língua original grega, o termo “Paráclito” significa Aquele que se põe ao lado, para apoiar e consolar. Jesus volta ao Pai, mas continua a instruir e a animar os seus discípulos mediante a ação do Espírito Santo» (Papa Francisco, Angelus 26 de maio 2019).
 
A missão do Espírito será a de ensinar e recordar tudo o que Jesus disse. É na abertura ao Espírito Santo que os discípulos podem discernir o caminho a seguir. Se Jesus é a revelação plena, a Palavra definitiva de Deus, agora é necessário «fazer compreender plenamente e levar a praticar de maneira concreta os ensinamentos de Jesus» (Idem), e esse caminho é feito na presença do Paráclito. Por isso, os discípulos devem viver a partida de Jesus para o Pai envolvidos pela paz, serenidade, confiança e alegria, na certeza de que o Ressuscitado não deixará nunca de os acompanhar e fortalecer no Amor.
 
«Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada».
Tudo, na fé, parte do amor. O amor de Deus, que toma a iniciativa e se faz próximo, e convida a humanidade a responder com amor. Deixar-se amar e amar é o caminho da fé. A revelação de Deus em Jesus Cristo, a sua vida e a sua palavra, são a expressão máxima deste amor. Por isso, Jesus convida a amar como Ele, a ser Ele a medida do amor. Deixar-se amar e habitar por Deus, abrir o coração, a mente e a vida toda para que em nós Deus faça a sua morada, é o caminho da fé.
 
«O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse».
«Nós não estamos sozinhos: Jesus está ao nosso lado, no meio de nós, dentro de nós! A sua nova presença na história verifica-se mediante o dom do Espírito Santo, por meio do qual é possível instaurar uma relação viva com Ele, crucificado e Ressuscitado. O Espírito guia o nosso modo de pensar, agir, distinguir o que é bom e o que é mau» (Papa Francisco, Angelus, 1 maio 2016). É no Espírito que a Igreja pode continuar o seu caminho sinodal, na resposta aos desafios de hoje, na missão de anunciar e testemunhar o Evangelho de Jesus.
 
«Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração».
No momento da sua partida, Jesus transmite confiança, serenidade e paz aos discípulos. Perante os medos, incertezas e contrariedades de todos os tempos, Jesus continua a transmitir esta paz que é também sinal da presença do Espírito Santo. «Ela é diversa da que os homens desejam ou procuram realizar. A paz de Jesus brota da vitória sobre o pecado, sobre o egoísmo que nos impede de nos amarmos como irmãos. É dom de Deus e sinal da sua presença. Cada discípulo, chamado hoje a seguir Jesus carregando a cruz, recebe em si a paz do crucificado, morto e ressuscitado na certeza da sua vitória e na expectativa da sua vinda definitiva» (Idem).
 
MEDITAÇÃO:
1) Vivo a fé como uma resposta ao amor de Deus por mim? Como alimento esta relação com Deus? O que faço para guardar a palavra de Jesus? Sinto-me verdadeiramente morada de Deus?
2) Procuro aprofundar o meu conhecimento, vivência e celebração da fé para ler os sinais e desafios do tempo presente à luz do Espírito Santo? Tenho a capacidade de me deixar libertar dos meus pontos de vista, estratégias ou objetivos pessoais para procurar a vontade de Deus? Qual o meu contributo para que a minha comunidade viva e caminhe em espírito sinodal de “comunhão, participação e missão”?
3) Diante das dificuldades e contrariedades no anúncio e testemunho do Evangelho, procuro acolher esta paz de Jesus para vencer os medos e alimentar a esperança? Cultivo um ambiente de paz nas minhas relações próximas e na minha comunidade?
 
“Quem me ama guardará a minha palavra”
 
Do site da Ordem do Carmo em Portugal
 
* Vir a morar.
O céu não tem melhor lugar do que o coração humano enamorado. Porque no coração dilatado, os limites alargam-se e toda a barreira de espaço e de tempo são anulados. Viver no amor equivale a viver no céu, a viver n'Aquele que é o Amor, Amor eterno.
 
* v. 23: Quem me ama guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Na origem de toda a experiência espiritual há sempre um movimento para diante. Partindo de um pequeno passo, depois tudo se move com harmonia. E o passo a dar é somente este: Quem me ama. Pode-se amar verdadeiramente Jesus? Por que é que o seu rosto não se reflete nas pessoas? Amar: o que significa realmente? No geral, amar, significa para nós querer-se, estar juntos, tomar decisões para construir o futuro, dar-se... mas para Jesus não é a mesma coisa. Amá-lo significa fazer como Ele fez, não se retrair diante da dor e da morte; amar como Ele significa pôr-se aos pés dos irmãos, para responder às suas necessidades vitais; amar como Ele pode levar-nos longe... é neste amor que a palavra se converte em pão quotidiano do qual nos alimentamos e a vida se converte em céu pela presença do Pai.
 
* vv. 24-25: Quem não me ama não guarda as minhas palavras. E a palavra não é minha mas do Pai que me enviou... Se não há amor as consequências são desastrosas. As palavras de Jesus só podem ser observadas se há amor no coração, de outro modo parecem propostas absurdas. Aquelas palavras não são de um homem, nascem do coração do Pai que propõe a cada um de nós para ser como Ele. Não se trata de fazer coisas na vida, mesmo que sejam boas. É necessário ser homens, ser filhos, ser imagem semelhante a Quem não cessa de dar-se a Si mesmo.
 
* vv. 25-26: Fui-vos revelando estas coisas enquanto tenho permanecido convosco; mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse. Recordar é obra do Espírito Santo; quando durante as nossas jornadas diárias o passado desliza como algo irremediavelmente perdido e o futuro se apresenta ameaçador para nos tirar a alegria de hoje, somente o sopro divino pode fazer-nos recordar. Fazer memória do que se disse, de cada palavra saída da boca de Deus e dirigida a ti, e esquecida pelo facto de que o tempo passou.
 
* v. 27: Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou. Não se perturbe o vosso coração nem se acobarde. A paz que Cristo nos dá não é a ausência de problemas, serenidade na vida, saúde... mas plenitude de todo o bem, ausência de medo diante do que pode acontecer. O Senhor não nos assegura o bem-estar, mas a plenitude da filiação numa adesão amorosa aos seus projetos de bem para nós. Possuiremos a paz quando aprendermos a confiar no que o Pai escolhe para nós.
 
* v. 28: Ouvistes o que Eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós.' Se me tivésseis amor, havíeis de alegrar-vos por Eu ir para o Pai, pois o Pai é mais do que Eu. Voltamos à questão do amor. Se me amasseis, alegrar-vos-ias. Que sentido tem esta expressão nos lábios do Mestre? Poderíamos completar a frase e dizer: se me amasseis, alegrar-vos-ias por eu ir para o Pai... mas como somente pensais em vós, estais tristes porque eu vou partir. O amor dos discípulos ainda é um amor egoísta. Não amam Jesus porque não pensam n'Ele mas em si próprios. O amor que Jesus nos pede é este: um amor que se alegra porque o outro é feliz. Um amor que não pensa em si mesmo como o centro do universo, mas como um lugar em que ouvir se converte em abertura para dar e poder receber: não em troca mas como “efeito” do dom entregue.
 
* v. 29: Digo-vo-lo agora, antes que aconteça, para crerdes quando isso acontecer. Jesus ensina os seus porque sabe que ficarão confusos e terão dificuldade em compreender. As suas palavras não desaparecem mas ficam presentes no mundo, como tesouros de compreensão para a fé. Um encontro com o Absoluto que está desde sempre e para sempre em favor do homem.
 
* Amor.
Palavra mágica e antiga como o mundo, palavra familiar que nasce no horizonte de cada homem no momento em que é chamado à existência. Palavra escrita nas fibras humanas como origem e como fim, como instrumento e paz, como pão e dom, como a si mesmo, como outros, como Deus. Palavra confiada à história através da nossa história diária. Amor: um pacto que sempre tem uma só denominação: homem. Sim, porque o amor coincide com o homem: amor é o ar que se respira, amor é o alimento que se nos dá, o descanso de quem confia, amor é o vínculo que faz com que a terra seja um lugar de encontro. O amor através do qual Deus contemplou a criação e disse. “E era tudo muito bom”. Não retrocedeu no seu compromisso quando o homem fez de si mesmo uma rejeição, mais do que um dom, um desprezo, mais do que uma carícia, uma pedra lançada, mais do que uma lágrima enxugada. Amou ainda mais com os olhos e o coração do Filho, até ao extremo. Este homem que se tornou chama ardente do pecado, foi redimido pelo Pai, única e exclusivamente por amor, no fogo do Espírito.
 
MEDITAÇÃO:
“Neste imenso texto (João 13,12-17,26), cujas linhas temáticas vêm e refluem e voltam a vir, à maneira das ondas do mar que vêm sobre a praia, refluem e voltam, assistimos hoje (Jo 14,26) ao segundo dos cinco dizeres de Jesus relativos à Vinda do Espírito Santo, Paráclito (paráklêtos), isto é, Defensor [Advogado de defesa], Consolador e Intérprete. Este último significado deriva do aramaico paráklita, dos rabinos, que não tem o significado usual do grego (Defensor e Consolador), mas Intérprete, aquele que traduz Deus para nós e nós para Deus, fonte permanente de comunicação, compreensão e comunhão. O Espírito Paráclito é assim o grande construtor de pontes entre nós uns com os outros e com Deus. É, por isso, que Ele é o Amor, que destrói todos os muros, preconceitos, ódios, divisões, incompreensões. Eis os cinco mencionados dizeres de Jesus sobre a Vinda do Espírito Santo, sempre dita no futuro: João 14,16; 14,26; 15,26; 16,7; 16,13-15” (António Couto).
 
1) Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Se olharmos para os nossos acampamentos  interiores encontramos a tenda da shekinah (presença) de Deus?
2) Quem não me tem amor não guarda as minhas palavras. As palavras que Cristo nos dirige, por causa da nossa falta de amor são palavras vazias ou, pelo contrário, observamo-las como orientadoras da nossa caminhada?
3) O Espírito Santo há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse. Jesus volta para o Pai mas tudo o que disse e fez permanece entre nós. Quando seremos capazes de recordar o que a graça divina realizou em nós? Acolhemos a voz do Espírito Santo que nos indica no mais íntimo de nós mesmos o significado de tudo o que aconteceu?
4) Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Até quando a inquietação e a mania pelo fazer, que nos afastam da fonte do ser, abandonarão o domicílio da nossa existência? Deus da paz, quando viveremos unicamente de ti, paz da nossa espera?
5) Digo-vo-lo agora, antes que aconteça, para crerdes quando isso acontecer. Antes que aconteça... Agrada a Jesus explicar-nos antecipadamente o que acontecerá, para que os acontecimentos não nos surpreendam e encontrem desprevenidos. Somos capazes de ler os sinais dos nossos acontecimentos com as palavras que escutamos d'Ele?
 
ORAÇÃO
Ó Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no templo! Mas é já passado esse período de minha vida! Todavia, antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje, oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da felicidade eterna dos eleitos. Amém.
 
LADAINHA DE NOSSA SENHORA
 
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
 
Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria,  rogai por nós.
Santa Mãe de Deus,...
Santa Virgem das virgens,...
Mãe de Jesus Cristo, ...
Mãe da Igreja, ...
Mãe da Misericórdia, ...
Mãe da Divina Graça, ...
Mãe da Esperança,...
Mãe puríssima, ...
Mãe castíssima, ...
Mãe imaculada,...
Mãe sempre virgem,...
Mãe amável,...
Mãe admirável,...
Mãe do bom conselho,...
Mãe do Criador,...
Mãe do Salvador,...
Virgem prudentíssima,...
Virgem digna de honra,...
Virgem digna de louvor,...
Virgem poderosa,...
Virgem clemente,...
Virgem fiel,...
Espelho de justiça,...
Sede da sabedoria,...
Causa da nossa alegria,...
Templo do Espírito Santo,...
Tabernáculo da eterna glória,...
Moradia consagrada a Deus,...
Rosa mística,...
Torre de Davi,...
Fortaleza inexpugnável,...
Santuário da divina presença,...
Arca da Aliança,...
Porta do Céu,...
Estrela da Manhã,...
Saúde dos enfermos,...
Refúgio dos pecadores,...
Conforto dos migrantes,...
Consoladora dos aflitos,...
Auxílio dos cristãos,...
Rainha dos anjos,...
Rainha dos patriarcas,...
Rainha dos profetas,...
Rainha dos apóstolos,...
Rainha dos mártires,...
Rainha dos confessores da fé,...
Rainha das virgens,...
Rainha de todos os santos,...
Rainha concebida sem pecado,...
Rainha assunta ao céu,...
Rainha do sacratíssimo Rosário,...
Rainha das famílias,...
Rainha da paz,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
 
V. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de uma tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.

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