Trânsito
de São Bento, abade
São Nicolau
de Flüe, leigo
ORAÇÃO
PREPARATÓRIA - Com humildade e
respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste
mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos
animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as
honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª
Leitura (Gen 37,3-4.12-13a.17b-28): Jacob gostava mais de José que dos
seus outros filhos, porque ele era o filho da sua velhice; e mandou fazer-lhe
uma túnica de mangas compridas. Os irmãos, vendo que o pai o preferia a todos
eles, começaram a odiá-lo e não eram capazes de lhe falar com bons modos. Um
dia foram para Siquém apascentar os rebanhos do pai. Jacob disse a José: «Os
teus irmãos apascentam os rebanhos em Siquém. vem cá, pois quero mandar-te ir
ter com eles». José partiu à procura dos irmãos e encontrou-os em Dotain. Eles
viram-no de longe e, antes que chegasse perto, combinaram entre si a sua morte.
Disseram uns aos outros: «Aí vem o homem dos sonhos. Vamos matá-lo e atirá-lo a
uma cisterna e depois diremos que um animal feroz o devorou. Veremos então em
que vão dar os seus sonhos». Mas Rúben ouviu isto e, querendo livrá-lo das suas
mãos, disse: «Não lhe tiremos a vida». Para o livrar das suas mãos e entregá-lo
ao pai, Rúben disse aos irmãos: «Não derrameis sangue. Lançai-o nesta cisterna
do deserto, mas não levanteis as mãos contra ele». Quando José chegou junto dos
irmãos, eles tiraram-lhe a túnica de mangas compridas que trazia, pegaram nele
e lançaram-no dentro da cisterna, uma cisterna vazia, sem água. Depois
sentaram-se para comer. Mas, erguendo os olhos, viram uma caravana de
ismaelitas que vinha de Galaad. Traziam camelos carregados de goma de traga
canto, resina aromática e láudano, que levavam para o Egipto. Então Judá disse
aos irmãos: «Que interesse haveria em matar o nosso irmão e esconder-lhe o
sangue? Vamos vendê-lo aos ismaelitas, mas não lhe ponhamos as mãos, porque é
nosso irmão, da mesma carne que nós». Os irmãos concordaram. Passando por ali
uns negociantes de Madiã, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte
moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito.
Salmo
Responsorial: 104
R. Recordai as maravilhas do
Senhor.
Deus chamou a fome sobre aquela
terra e privou-os do pão que dá o sustento. Adiante deles enviara um homem:
José vendido como escravo.
Apertaram-lhe os pés com
grilhões, lançaram-lhe ao pescoço uma coleira de ferro, até que se cumpriu a
profecia e a palavra do Senhor o mostrou inocente.
Então o rei mandou que o
soltassem, o soberano dos povos deu-lhe a liberdade; e fê-lo senhor da sua casa
e governador de todos os seus domínios.
Deus amou tanto o mundo que
entregou o seu Filho Unigénito; quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
Evangelho
(Mt 21,33-43.45-46): «Escutai esta outra parábola: Certo proprietário
plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou nela um lagar para pisar as
uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou
para o estrangeiro. Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou os seus
servos aos agricultores para receber seus frutos. Os agricultores, porém,
agarraram os servos, espancaram a um, mataram a outro, e a outro apedrejaram.
Ele ainda mandou outros servos, em maior número que os primeiros. Mas eles os
trataram do mesmo modo. Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu
filho respeitarão’. Os agricultores, porém, ao verem o filho, disseram entre
si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de sua herança! ’ Então
agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram. Pois bem, quando o dono da
vinha voltar, que fará com esses agricultores?». Eles responderam: «Dará triste
fim a esses criminosos e arrendará a vinha a outros agricultores, que lhe
entregarão os frutos no tempo certo». Então, Jesus lhes disse: «Nunca lestes
nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a
pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos’? Por
isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que produza
frutos». Os sumos sacerdotes e os fariseus ouviram as parábolas de Jesus e
entenderam que estava falando deles. Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo
das multidões, pois elas o tinham na conta de profeta.
«A pedra que os construtores
rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular»
Rev. D. Melcior QUEROL i Solà (Ribes
de Freser, Girona, Espanha)
Hoje, Jesus, por meio da parábola
dos vinhateiros homicidas, fala-nos da infidelidade; compara a vinha com Israel
e os vinhateiros com os chefes do povo escolhido. Foi a estes e a toda a
descendência de Abraão que tinha sido confiado o Reino de Deus, mas tinham
maltratado esta herança: «Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e
entregue a um povo que produza frutos» (Mt 21,43).
No início do Evangelho segundo
São Mateus, a Boa Nova parece ser dirigida unicamente a Israel. O povo
escolhido, já na Antiga Aliança, tem a missão de anunciar e de levar a salvação
a todas as nações. Mas Israel não foi fiel à sua missão. Jesus, o mediador da
Nova Aliança, congregará à sua volta os doze Apóstolos, símbolo do “novo”
Israel, chamado a dar frutos de vida eterna e a anunciar a todos os povos a
salvação.
Este novo Israel é a Igreja,
todos os batizados. Nós temos recebido, na pessoa de Jesus e na Sua mensagem,
uma graça única que temos que fazer frutificar. Não podemos conformar–nos com
uma vivência individualista e fechada à nossa fé; há que comunicá-la e
oferecê-la a cada pessoa que está próxima de nós. Daqui decorre que o primeiro
fruto é viver a nossa fé no calor da nossa família, bem como no da comunidade
cristã. Tal será simples pois «onde estiverem dois ou três reunidos em meu
nome, Eu estou no meio deles» (Mt 18,20).
Mas trata-se de uma comunidade
cristã aberta, o que quer dizer que é eminentemente missionária (segundo
fruto). Pela força e pela beleza do Ressuscitado “no meio de nós”, a comunidade
atrai através todos os seus gestos e atos, e cada um dos seus membros goza da
capacidade de envolver homens e mulheres na nova vida do Ressuscitado. E um
terceiro fruto consiste em que vivamos na convicção e na certeza de que no
Evangelho encontramos a solução para todos os problemas.
Vivamos no santo temor de Deus,
para que não aconteça que o Reino de Deus nos seja tirado e dado a outros.
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«Deus não precisa dos nossos
trabalhos, mas da nossa obediência» (São João Crisóstomo)
«O mau trato aos servos reflete a
história dos profetas, o seu sofrimento ... Embora o" filho" tenha o
mesmo destino, o "Mestre" não abandonará a vinha: a arrendará a
outros... Não é isto uma descrição do nosso presente?» (Bento XVI)
«A Igreja é a agricultura ou o
campo de Deus. Nesse campo cresce a oliveira antiga, de que os patriarcas foram
a raiz santa e na qual se realizou e realizará a reconciliação de judeus e gentios
(Rm 11,13-26). Ela foi plantada pelo celeste Agricultor como uma vinha eleita.
A verdadeira Videira é Cristo: é Ele que dá vida e fecundidade aos sarmentos,
isto é, a nós que, pela Igreja, permanecemos n'Ele, e sem o Qual nada podemos
fazer» (Catecismo da Igreja Católica, nº 755)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm
* O texto do evangelho de hoje faz parte de um
conjunto mais amplo que engloba Mateus 21,23-46. Os chefes dos sacerdotes e
os anciãos tinham perguntado a Jesus com que autoridade ele fazia as coisas (Mt
21,23). Eles se consideravam os donos de tudo e achavam que ninguém podia fazer
nada sem a licença deles. A resposta de Jesus consta de três partes: 1) Ele faz
uma contra pergunta e quer saber deles se João Batista era do céu ou da terra (Mt 21,24-27). 2) Conta a
parábola dos dois filhos (Mt 21,28-32). 3) Conta a parábola da vinha (Mt
21,33-46) que é o evangelho de hoje.
* Mateus 21,33-40: A parábola da vinha. Jesus
começa assim: "Escutem essa outra parábola: Certo proprietário plantou uma
vinha, cercou-a, fez um tanque para pisar a uva, e construiu uma torre de
guarda”. A parábola é um resumo bonito da história de Israel, tirado do profeta
Isaías (Is 5,1-7). Jesus se dirige aos chefes dos sacerdotes, aos anciãos (Mt
21,23) e aos fariseus (Mt 21,45) e dá uma resposta à pergunta que eles tinham
feito sobre a origem da sua autoridade (Mt 21,23). Por meio desta parábola,
Jesus esclarece várias coisas: (1) Revela
qual a origem da sua autoridade: ele é o filho, o herdeiro. (2) Denuncia o abuso da autoridade dos vinhateiros,
isto é, dos sacerdotes e anciãos que não cuidavam do povo de Deus. (3) Defende
a autoridade dos profetas, enviados por Deus, mas massacrados pelos sacerdotes
e anciãos. (4) Desmascara as autoridades que manipulam a religião e matam o
filho, porque não querem perder a fonte de renda que conseguiram acumular para
si, ao longo dos séculos.
* Mateus 21,41: A sentença
dada por eles mesmos. No fim da parábola, Jesus pergunta: “Pois bem: quando
o dono da vinha voltar, o que irá fazer com esses agricultores?” Eles não se
deram conta de que a parábola estava falando deles mesmos. Por isso, pela
resposta dada eles decretaram sua própria condenação: “Os chefes dos sacerdotes
e os anciãos do povo responderam: É claro que mandará matar de modo violento
esses perversos, e arrendará a vinha a outros agricultores, que lhe entregarão
os frutos no tempo certo". Várias vezes Jesus usa esse mesmo método. Ele
leva a pessoa a dizer a verdade sem ela se dar conta de que está se
condenando-se a si mesma. Por exemplo, no caso do fariseu que condenou a moça
como pecadora (Lucas 7,42-43) e no caso da parábola dos dois filhos Mt
21,28-32).
* Mateus 21,42-46: A sentença
dada por eles mesmos é confirmada pelo comportamento deles. Pelo
esclarecimento de Jesus, os sacerdotes, os anciãos e os fariseus entenderam que
a parábola falava deles mesmos, mas eles não se converteram. Pelo contrário!
Mantiveram o seu projeto de matar Jesus. Rejeitaram “a pedra fundamental”. Mas
não tiveram a coragem de fazê-lo abertamente porque tinham medo do povo.
* Os vários grupos no poder no
tempo de Jesus. No evangelho de hoje apareceram alguns dos grupos que,
naquele tempo, exerciam o poder junto ao povo: sacerdotes, anciãos e fariseus.
Segue aqui uma breve informação sobre o poder de cada um destes e de alguns
outros grupos:
1.
Sacerdotes: Eram os encarregados
do culto no Templo. Era para o Templo que o povo levava o dízimo e as outras
taxas e ofertas para pagar suas promessas. O sumo sacerdote ocupava um lugar
muito importante na vida da nação, sobretudo depois do exílio. Era escolhido ou
nomeado entre as três ou quatro famílias aristocratas, que detinham mais poder
e maior riqueza.
2.
Anciãos ou Chefes do povo: Eram
os líderes locais nas várias aldeias e cidades. Sua origem vinha das chefias
das tribos de antigamente.
3.
Saduceus: Eram a elite leiga aristocrata da sociedade. Muitos deles eram
ricos comerciantes ou latifundiários. Do ponto de vista religioso eram
conservadores. Não aceitavam as mudanças defendidas pelos fariseus, como por
exemplo, a fé na ressurreição e a existência de anjos.
4.
Fariseus: Fariseu significa:
separado. Eles lutavam para que, através da observância perfeita da lei da
pureza, o povo chegasse a ser puro, separado e santo como o exigiam a Lei e a
Tradição! Por causa do testemunho exemplar da sua vida dentro das normas da
época, eles tinham uma liderança moral muito grande nas aldeias da Galileia.
5.
Escribas ou doutores da lei: Eram
os encarregados do ensino. Dedicavam sua vida ao estudo da Lei de Deus e
ensinavam ao povo como fazer para observar em tudo a Lei de Deus. Nem todos os
escribas eram da mesma linha. Uns estavam ligados aos fariseus, outros, aos
saduceus.
Para um confronto pessoal
1. Alguma vez, você já se
sentiu controlado/a, indevidamente, em casa, no trabalho, na igreja? Qual foi a
sua reação? Como Jesus?
2. Se Jesus voltasse hoje
e contasse a mesma parábola, como eu iria reagir?
ORAÇÃO
- Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível,
e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca
se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os
dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro;
Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se
apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e
morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo
de Maria. Amém.
LADAINHA
DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de
nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende
piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo,
...
Deus Espírito Santo Paráclito,
...
Santíssima Trindade, que sois um
só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono
de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas
as suas possessões.
ORAÇÃO:
Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o
bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós
vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos
na terra como nosso protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na
unidade do Espírito Santo. Amém.
LEMBRAI-VOS
Lembrai-vos ó puríssimo Esposo
de Maria Virgem, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado a vossa
proteção, implorado vosso socorro, não fosse por vós consolado e atendido. Com
esta confiança venho à vossa presença e a vós fervorosamente me recomendo. Não
desprezeis a minha súplica ó Pai virginal do Redentor, mas dignai-vos acolhê-la
piedosamente. Amém.
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