sexta-feira, 14 de novembro de 2025

16 de novembro

Terceiro carmelita, penitente
 

Louis passou quase toda a sua vida em Bolonha onde nasceu em 1433. Até aos 30 anos foi grande jogador e bebedor, muito licencioso - mesmo após o seu casamento - e a sua "liberdade de vida" escandalizava a muitos. Uma doença séria fê-lo pensar e levou-o a converter-se radicalmente. Separou-se da sua mulher, vestiu-se de uma roupa de penitência e começou a percorrer a cidade, praticando rudes austeridades e convidando os seus concidadãos a pensar na morte e no seu encontro eterno com Deus, pregando o arrependimento, a penitência e mortificação. Tornou-se terceiro carmelita, ocupou-se do ensino dos jovens e distribuiu aos pobres tudo o que recebeu em esmolas. Morreu em Bolonha em 9 de novembro de 1485 e foi enterrado na catedral de são Pedro de Bolonha. Martirológio Romano diz: deixando o caminho dos vícios, voltou-se -se para Deus, escolheu uma vida muito dura de penitente e levou os seus concidadãos à piedade com a sua palavra e o seu exemplo. O seu culto começou imediatamente após a sua morte devido à devoção popular de que estava rodeado em Bolonha e foi confirmado em 1842.
 
Oração
Deus de misericórdia, que nos fortaleceis com o exemplo e a proteção dos vossos Santos para avançarmos no caminho da salvação, humildemente Vos pedimos que, celebrando a memória do Beato Luís Morbioli, imitemos a sua vida de contrição e penitência para chegarmos à glória do vosso reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

OMITE-SE ESTA MEMÓRIA, NESTE ANO, POR COINCIDIR COM A PÁSCOA SEMANAL.

XXXIII Domingo do Tempo Comum

Beato Luís Morbioli, terceiro carmelita, penitente
 
1ª Leitura (Mal 3,19-20a):
Há de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha; e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores. O dia que há de vir os abrasará – diz o Senhor do Universo – e não lhes deixará raiz nem ramos. Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação.
 
Salmo Responsorial: 97
R. O Senhor virá governar com justiça.
 
Cantai ao Senhor ao som da cítara, ao som da cítara e da lira; ao som da tuba e da trombeta, aclamai o Senhor, nosso Rei.
 
Ressoe o mar e tudo o que ele encerra, a terra inteira e tudo o que nela habita; aplaudam os rios e as montanhas exultem de alegria.
 
Diante do Senhor que vem, que vem para julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com equidade.
 
2ª Leitura (2Tes 3,7-12): Irmãos: Vós sabeis como deveis imitar-nos, pois não vivemos entre vós na ociosidade, nem comemos de graça o pão de ninguém. Trabalhámos dia e noite, com esforço e fadiga, para não sermos pesados a nenhum de vós. Não é que não tivéssemos esse direito, mas quisemos ser para vós exemplo a imitar. Quando ainda estávamos convosco, já vos dávamos esta ordem: quem não quer trabalhar, também não deve comer. Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazerem trabalho algum, mas ocupados em futilidades. A esses ordenamos e recomendamos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que trabalhem tranquilamente, para ganharem o pão que comem.
 
Aleluia. Erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Aleluia.
 
Evangelho (Lc 21,5-19): Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: «Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído». Mas eles perguntaram: «Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?» Ele respondeu: «Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu!, e ainda: O tempo está próximo. Não andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». E Jesus continuou: «Há de se levantar povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares; acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu. Antes disso tudo, porém, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e jogados na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Será uma ocasião para dardes testemunho. Determinai não preparar vossa defesa, porque eu vos darei palavras tão acertadas que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. A alguns de vós matarão. Sereis odiados por todos, por causa de meu nome. Mas nem um só fio de cabelo cairá da vossa cabeça. É pela vossa perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!».
 
«Cuidado para não serdes enganados»
 
Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach (Vilamarí, Girona, Espanha)
 
Hoje, o Evangelho fala-nos da última vinda do Filho do homem. Aproxima-se o final do ano litúrgico e a Igreja apresenta-nos a Parusia e, ao mesmo tempo, quer que pensemos nos novíssimos: morte, juízo, inferno ou paraíso. O fim de uma viagem condiciona a sua realização. Se queremos ir para o inferno, podemos comportar-nos de determinada maneira, de acordo com o termo da nossa viagem. Se escolhermos o céu, devemos ser coerentes com a Glória que queremos conquistar. Sempre, livremente. Ninguém vai para o inferno à força; nem para o céu. Deus é justo e dá a cada pessoa o que ganhou, nem mais nem menos. Não castiga nem recompensa arbitrariamente, movido por simpatias ou antipatias. Respeita a nossa liberdade. No entanto, devemos considerar que ao sair deste mundo a liberdade já não poderá escolher. A árvore permanecerá caída do lado em que tombou.
 
«Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d’Ele para sempre, por nossa própria livre escolha» (Catecismo da Igreja nº 1033).
 
Imaginamos a grandiosidade do espetáculo? Perante homens e mulheres de todas as raças e de todos os tempos, com o nosso corpo ressuscitado e a nossa alma compareceremos diante de Jesus Cristo, que presidirá com grande poder e majestade. Virá julgar-nos na presença de todo o mundo. Se a entrada não fosse gratuita, valeria a pena... Então se conhecerá a verdade de todos os nossos atos interiores e exteriores. Então veremos de quem são os dinheiros, os filhos, os livros, os projetos e demais coisas: «Dias virão em que de tudo isto que estais a contemplar não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído» (Lc 21,6). Dia de alegria e de glória para uns; dia de tristeza e de vergonha para outros. O que não queremos que apareça publicamente, é possível eliminá-lo agora com uma confissão bem-feita. Não se pode improvisar um ato tão solene e comprometedor. Jesus adverte-nos: «Cuidado para não serdes enganados.» (Lc 21,8). Estamos preparados agora?
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Toda fidelidade deve passar pela prova mais exigente: a da duração. É fácil ser consistente durante um dia ou alguns dias. Difícil e importante é ser coerente durante toda a vida inteira» (S. João Paulo II)
 
* «Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas´. Quanta esperança nestas palavras! São um chamamento à esperança e à paciência. O Senhor, mestre da história, leva tudo ao seu cumprimento. Apesar das desordens e desastres que perturbam o mundo, o plano de bondade e misericórdia de Deus será cumprido» (Francisco)
 
* «As virtudes humanas, adquiridas pela educação, por atos deliberados e por uma sempre renovada perseverança no esforço, são purificadas e elevadas pela graça divina. Com a ajuda de Deus, forjam o carácter e facilitam a prática do bem. O homem virtuoso sente-se feliz ao praticá-las» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.810)
 
É pela vossa perseverança que ganhareis as vossas vidas
 
Fr. Pedro Bravo, O.Carm.
 
* Estamos em Jerusalém, no átrio do Templo (v. 1; Mt 24,3 e Mc 13,3:
“monte das Oliveiras”) a poucos dias da paixão de Jesus. Tal como em Mt 24-25 e Mc 13, também Jesus conclui a sua pregação em Lucas com um “discurso escatológico” (do gr. éscaton, “último”), ou seja, relativo ao “tempo do fim” (Dn 8,17.19; 11,35; 12,4.9.13), o “tempo da realização” do desígnio de Deus, inaugurado pela paixão, morte e ressurreição de Cristo.
 
* Neste discurso escatológico conjugam-se três momentos da história da salvação: 1) a tomada do Templo e de Jerusalém; 2) o tempo da missão da Igreja e 3) a Vinda do Filho do Homem na glória, “o Dia" (“Dia do Senhor/de Cristo”) em que o tempo dará lugar à plenitude final.
 
 
v. 5. Estando alguns a comentar que o Templo estava ornado com belas pedras e ofertas votivas. (vv. 5-6: Mt 24,1-2; Mc 13,1-2). Restaurado de forma magnífica, por mandato de Herodes I, a partir do ano 19 a.C. e ornado “com ofertas votivas” dos fiéis (cf. 2Ma 2,13; 3Ma 3,17), o templo de Jerusalém – cujas obras foram oficialmente concluídas em 9 d.C., mas só terminaram em 63 d.C. –, encantava pela grandiosidade e beleza das suas construções.
 
v. 6. Jesus disse: «Dias virão em que, destas coisas que estais a contemplar, não ficará pedra sobre pedra que não venha a ser destruída». Aproveitando a conversa de “alguns” (subentende-se: 'dos seus discípulos'), Jesus profetiza a destruição do templo (o que acontecerá no ano 70 d.C.). Para os profetas, Jerusalém é o lugar onde deve irromper a salvação divina (cf. Is 4,5s; 54,12-17; 62; 65,18-25) e para onde hão de convergir as nações que dela quiserem participar (cf. Is 2,2s; 56,6ss; 60,3; 66,20ss). Mas ao rejeitar a oferta de salvação que Deus lhe fez em Jesus (cf. 13,34s), ela deixou de ser o lugar definitivo da salvação, sendo sinal disso a destruição do Templo. Dele assevera Jesus que não ficará “pedra sobre pedra” (19,44). Começa então uma nova etapa da história da salvação, “o tempo da Igreja”, durante o qual ela se deverá estender a toda a terra, levando a Boa-nova da salvação, o Evangelho, a todas as nações (cf. 24,47; At 1,8).
 
v. 7. Interrogaram-no então, dizendo: «Mestre, quando sucederão estas coisas e qual será o sinal de que elas estão para acontecer?» (vv. 7-19: Mt 24,3-14; 10,17-22; Mc 13,3-13). Os discípulos interrogam então Jesus sobre a ocasião em que isso deverá acontecer e sobre “o sinal” divino (vv. 11.25; 2,12.34; cf. Gn 9,17; Ex 3,12; 2Cr 32, 24; Sl 65,9; Sb 8,8; Is 7,14; 11,12; 66,19; Dn 4,37) que lho dará a conhecer.
 
v. 8. Ele disse: «Vede que não vos deixeis enganar. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: ‘sou Eu’; e: ‘o momento está próximo’. Não vades atrás deles. Jesus responde-lhes com uma exortação profética sobre “o tempo da Igreja” que culminará com a sua “Vinda” (gr. parusía, lat. adventus: 1Ts 3,13; 1Cor 15,23) na glória (v. 27). Como será este tempo e como vivê-lo?
 
Jesus começa por os exortar a não se deixarem “enganar”. O verbo grego aqui utilizado (gr. planáô, “seduzir”, “transviar”) é típico da literatura apocalíptica: tanto alude às seduções messiânicas ou dos falsos profetas (cf. Mt 24,4s.11.24; 2Pe 2,15; Ap 2,20), como às diabólicas, pecaminosas ou políticas (cf. Sr 15,12; Sb 11,15; 14,22; 2Tm 3,13; Ap 12,9; 13,14; 20,3.8.10) e às doutrinais (cf. Sb 5,6; Tg 5,19; 1Jo 2,26; 3,7).
 
Jesus adverte-os, dizendo que surgirão falsos messias – “sou Eu!” – e falsos profetas – “o momento (gr. kaipós, "momento/tempo oportuno") está próximo!” – (cf. At 5,36; 1Jo 2,18; 4,1s; Ap 19,20), que predirão o fim do mundo como estando iminente (cf. Ez 7,7; Sf 1,14; 2Ts 2,2), com discursos sensacionalistas, manipuladores (o que é típico de épocas de crise e de catástrofes), e exorta-os a não se deixarem transviar pelas palavras deles (cf. 1Cor 15,33), nem a andar atrás deles ou segui-los (17, 23; 2Tm 4,3; 2Pd 2,1).
 
v. 9. Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não fiqueis aterrorizados: pois é necessário que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Feita a advertência, Jesus anuncia o que deverá acontecer neste tempo de espera em que vivemos, “os últimos dias” (Dn 2,28). Não se trata de uma profecia depois dos acontecimentos (prophetia ex post facto), mas de um anúncio profético em que Jesus que recorre a imagens bíblicas apocalípticas (do gr. apokálypsis, “revelação”), muito usadas na época, para falar da queda do mundo velho (o mundo do pecado) e o despontar de uma nova era.
 
* Haverá “guerras e tumultos” (gr. akatastasía: 1Cor 14,33; 2Cor 6,5), ao longo da história e em diversos lugares, como Deus previamente anunciou (gr. deĩ). “Mas não será logo o fim” (gr. tó télos, “a realização”, a plenitude final: Dn 9,26; cf. Dn 12,13 LXX; Mt 28,20). O cerco de Jerusalém poderia levar alguns cristãos a ver aí o prenúncio da última vinda de Jesus. Mas Ele adverte-os que não se devem alarmar com as convulsões da história e as revoluções sociais, pensando que o fim de tudo é com elas que vai chegar.
 
v. 10. Disse-lhes então: «Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino. Jesus continua, fazendo uma resenha de passagens bíblicas: “Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino” (Is 19,2; 2 Cr 15,6).
 
v. 11. Haverá grandes terramotos e, por toda a parte, fomes e pestes; haverá fenómenos aterradores e também grandes sinais vindos do céu. Haverá “grandes terramotos” (Ez 38,19.22), “coisas aterradoras” (Is 19,17) e “grandes sinais” (Dn 3,32s; 4,34=4,2s.37 LXX) “vindos do céu” (cf. Is 7,11; Dn 6,28; Br 6,66).
 
* Com esta sequência de citações bíblicas, Jesus não quer dar uma ante prima do fim do mundo, mas ensinar os discípulos a fazer uma leitura profética dos acontecimentos, à luz da Palavra de Deus (12,56; Mt 16,3), de modo a aí eles poderem perceber o desígnio de Deus, a fim de viver neste mundo com esperança, fazendo a vontade do Pai.
 
v. 12. Mas antes de tudo isto, hão de deitar-vos as mãos e perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, levando-vos à presença de reis e de governadores, por causa do meu nome.
 
v. 12: cf. Dn 7,25; 8,24. Em terceiro lugar, Jesus adverte os discípulos das dificuldades e perseguições que assinalarão a caminhada da Igreja desde o início do seu percurso até ao fim dos tempos. Para isso, Lucas usa termos que serão repetidos nos Atos dos Apóstolos: “hão de deitar-vos as mãos”, ou seja, hão de prender-vos (20,19; At 4,3; 5; 12,1; Mt 26,30; Jo 7,30.44); “e perseguir-vos” (11,49; Jo 15,20; At 8,1.3), começando por Israel, “entregando-vos às sinagogas” – nas quais se reunia um pequeno sinédrio de vinte elementos para julgar os casos menores (cf. Mt 5,22; 10,17) –, “e às prisões”, quer de Israel, quer dos gentios (At 5,18; 12,4; 16,23), fazendo-vos comparecer perante “reis e governadores”, para serdes julgados por eles (At 23,24.26.33s; 24.1.10.25s; 26,1-30), não por algum crime que tenhais feito, mas “por causa do meu nome” (v. 16; At 9,16; Jo 15,21; 1Pd 4,14), da vossa fé em mim.
 
v. 13. Isto será para vós ocasião de dar testemunho. A atitude dos discípulos perante as perseguições não deve ser de uma resignação passiva, mas proativa. Em vez de se amedrontar com elas e desanimar perante as adversidades, eles deverão ver aí o apelo de Deus a exercer a missão que Jesus lhes confiou: dar testemunho (gr. martyrion: Mt 8,4) dele e do Evangelho (24,48; At 1,8; 23,11; 26,22; 28,23; 2Tm 4,17).
 
v. 14. Assentai, pois, nos vossos corações: não preparareis a vossa defesa.
v. 14: 12,11s; Mt 10,17-20. Jesus assegura-lhes (9,44) que nunca os deixará sós. Eles não deverão preparar a sua defesa, porque Ele estará sempre com eles, assistindo-os (At 18,9; 2Tm 4,17).
 
v. 15. Porque Eu vos darei uma boca e uma sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Jesus assisti-los-á com a sabedoria (At 6,10) e a força do seu Espírito (Jo 14,26; 15,26s), para poderem enfrentar os adversários, falar em Seu nome (cf. Ef 6,19) e resistir à prisão, à tortura e à morte.
 
v. 16. Sereis entregues até pelos pais, irmãos, parentes e amigos e matarão alguns de entre vós. Nesses tempos difíceis, que são os últimos, até as relações pessoais e as amizades mais sagradas serão violadas (12,52s; Jr 9,4; 12,6; Mq 7,5s), devendo alguns discípulos ser mortos (11,49; At 7,60; 9,24; 12, 2; 26,10s; 1Ts 2,15).
 
v. 17. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Serão “odiados por todos” (6,22; Jo 15, 19; 17,14) “por causa do Seu nome” (v. 12), ou seja, por serem “cristãos” (cf. At 11,26).
 
v. 18. Mas nem um só cabelo da vossa cabeça se perderá. Os seus discípulos não deverão, porém, temer os adversários, porque Deus os guardará e “nem um só cabelo da vossa cabeça se perderá” (cf. 12,7; Dn 3,27).
 
v. 19. É pela vossa perseverança que ganhareis as vossas vidas». E conclui: “É pela vossa perseverança que ganhareis as vossas vidas”. A perseverança (cf. 8,15; Sl 27,13; Rm 2,7; 2Ts 1,4; 3,5; Hb 10, 36; 12,1) é a firmeza, paciência e constância nas dificuldades, sofrimentos e perseguições. Nasce da esperança (cf. Rm 5,3s; 8,25; 15,4; 1Ts 1,3). Quem permanecer fiel até ao fim “ganhará a sua vida” (gr. psyquê, “alma”), pois alcançará a verdadeira vida, a vida eterna, que ninguém lhe poderá arrebatar (cf. Jo 12,24s; Rm 6,8; 2Tm 2,11; Sb 3,1-9).
 
MEDITAÇÃO
1. Tenho medo do fim do mundo? Por quê? Que significa ele para mim? Que ganho ou perco com ele?
2. Que sinais de esperança diviso nos nossos dias, anunciando-me a irrupção do Reino? Que posso eu (que podemos nós) fazer no meu (no nosso) dia a dia para apressar a sua vinda sobre a terra?

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

15 de novembro

 Comemoração de todos os Defuntos da nossa Ordem
 
O amor de Cristo e a comum vocação ao serviço da Virgem Maria, que unem os carmelitas entre si, nesta terra em que peregrinamos, levam-nos a interceder com amor fraterno pelos carmelitas que terminaram a sua peregrinação nesta vida e ainda esperam a gloriosa visão do Senhor. A oração comum da Ordem implora do Senhor a misericórdia para todos os seus membros, para que, por intercessão de Maria, sinal de esperança segura e de consolação, se associem nos Céus à restante família carmelita que já contempla a Deus face a face. Esta comemoração foi introduzida em 1683.
 
Tudo como no dia 2 de novembro, exceto:
 
Oração
Senhor, glória dos fiéis, concedei o descanso eterno aos nossos irmãos e irmãs defuntos, a quem nos une o mesmo Batismo e a mesma vocação no Carmelo, para que, tendo seguido a Cristo e sua Mãe, possam contemplar-Vos para sempre como seu Criador e Redentor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.        

15 de novembro - FIÉIS DEFUNTOS DA ORDEM DO CARMO

Santo Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja
 
1ª Leitura (Sab 18,14-16; 19,6-9):
Quando um silêncio profundo envolvia todas as coisas e a noite estava no meio do seu curso, a vossa palavra omnipotente, Senhor, veio do alto dos Céus, do seu trono real. Como implacável guerreiro, para o meio duma terra de ruína, trazia, como espada afiada, o vosso decreto irrevogável. Parou e encheu de morte o universo; tocava o céu e caminhava sobre a terra. Toda a criação, obedecendo às vossas ordens, tomava novas formas segundo a sua natureza, para guardar sãos e salvos os vossos filhos. Viu-se a nuvem cobrir de sombra o acampamento, a terra enxuta surgir do que antes era água, o Mar Vermelho tornar-se um caminho livre e as ondas impetuosas uma planície verdejante. Por ali passou um povo inteiro, protegido pela vossa mão, contemplando prodígios admiráveis. Expandiram-se como cavalos na pradaria e saltavam como cordeiros, cantando a vossa glória, Senhor, seu libertador.
 
Salmo Responsorial: 104
R. Recordai as maravilhas do Senhor.
 
Cantai salmos e hinos ao Senhor, proclamai todas as suas maravilhas. Gloriai-vos no seu nome santo, exulte o coração dos que procuram o Senhor.
 
Feriu de morte todos os primogénitos do Egipto, as primícias da sua raça e fez sair o seu povo carregado de prata e ouro e não havia enfermo nas suas tribos.
 
Não Se esqueceu da palavra sagrada que dera a Abraão, seu servo; e fez sair o povo com alegria, os seus eleitos com gritos de júbilo.
 
Aleluia. Deus chamou-nos por meio do Evangelho, para alcançarmos a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aleluia.
 
Evangelho (Lc 18,1-8): Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de orar sempre, sem nunca desistir: «Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, e lhe pedia: Fazei-me justiça contra o meu adversário! Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: Não temo a Deus e não respeito ninguém. Mas esta viúva já está me importunando. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha, por fim, a me agredir!». E o Senhor acrescentou: «Escutai bem o que diz esse juiz iníquo! E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar fé sobre a terra?».
 
«A necessidade de orar sempre, sem nunca desistir»
 
Rev. D. Joan FARRÉS i Llarisó (Rubí, Barcelona, Espanha)
 
Hoje, nos últimos dias do tempo litúrgico, Jesus exorta-nos a orar, a dirigir-nos a Deus. Podemos pensar como aqueles pais e mães de família que esperam -todos os dias!- que os seus filhos lhes digam algo, que lhes demonstrem o seu afeto amoroso.
 
Deus, que é Pai de todos, também o espera, Jesus nos diz muitas vezes no Evangelho, e sabemos que falar com Deus é fazer oração. A oração é a voz da fé, da nossa crença nele, também da nossa confiança, e tomara fosse sempre manifestação do nosso amor.
 
Para que a nossa oração seja perseverante e confiada, diz São Lucas, que «Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de orar sempre, sem nunca desistir» (Lc 18,1). Sabemos que a oração se pode fazer louvando o Senhor ou dando graças, ou reconhecendo a própria debilidade humana -o pecado-, implorando a misericórdia de Deus, mas na maioria das vezes será pedindo alguma graça ou favor. E, mesmo que no momento não se consiga o que se pede, só o fato de se poder dirigir a Deus, o fato de poder contar a esse Alguém a pena ou a preocupação, já é a obtenção de algo, e seguramente, -mesmo que não de imediato, mas no tempo-, obterá resposta, porque «Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18,7).
 
São João Clímaco, a propósito desta parábola evangélica, diz que «aquele juiz que não temia a Deus, cede frente à insistência da viúva para não ter mais o peso de a ouvir. Deus fará justiça à alma, viúva dele pelo pecado, frente ao Corpo, o seu primeiro inimigo, e frente aos demônios, os seus adversários invisíveis. O Divino Comerciante saberá intercambiar bem as nossas boas mercadorias, pôr à disposição os seus grandes bens com amorosa solicitude e estar pronto para acolher as nossos súplicas».
 
Perseverança na oração, confiança em Deus. Dizia Tertuliano que «só a oração vence a Deus».
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O traidor sabe que tem perdida a alma que tem oração perseverante» (Santa Teresa de Jesus)
 
«A criação foi feita para ser um espaço de oração. A criação está aí para que nós adoremos a Deus. Disse são Bento em sua regra: “Nada seja preferido ao serviço de Deus”» (Bento XVI)
 
«Quando começamos a orar, mil trabalhos e preocupações, julgados urgentes, apresentam-se nos como prioritários. É mais uma vez o momento da verdade do coração e do seu amor preferencial.» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2732)
 
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
 
* O Evangelho de hoje traz um outro assunto muito caro a Lucas, a saber, a  oração.
É a segunda vez que Lucas traz palavras de Jesus para ensinar como rezar. Na primeira vez (Lc 11,1-13), ensinou o Pai-Nosso e, por meio de comparações e parábolas, ensinou que devemos rezar com insistência sem esmorecer. Agora, nesta segunda vez (Lc 18,1-8), ele recorre novamente a uma parábola tirada da vida para ensinar a insistência na oração. É a parábola da viúva que incômoda o juiz sem moral.  A maneira de apresentar a parábola é muito didática. Primeiro, Lucas dá uma breve introdução que serve como chave de leitura. Em seguida, Jesus conta a parábola. No fim, o próprio Jesus faz a aplicação.
 
* Lucas 18,1: A introdução. Lucas introduz a parábola com a seguinte frase: "Contou-lhes ainda uma parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais desanimar". A recomendação para “orar sem desanimar” aparece muitas vezes no Novo Testamento (1 Tes 5,17; Rm 12,12; Ef 6,18; etc). Este é um traço característico da espiritualidade das primeiras comunidades cristãs.
 
* Lucas 18,2-5: A parábola. Em seguida, Jesus traz dois personagens da vida real: um juiz sem consideração por Deus e sem consideração para com as pessoas, e uma viúva que luta pelos seus direitos junto do juiz. O simples fato de Jesus trazer estes dois personagens revela a consciência crítica que ele tinha da sociedade do seu tempo. A parábola apresenta o povo pobre lutando no tribunal pelos seus direitos. O juiz resolve atender à viúva e fazer-lhe justiça. O motivo é este: ficar livre da chateação da viúva e não ser esbofeteado por ela. Motivo bem interesseiro. Mas a viúva conseguiu o que ela queria! Este é o fato da vida diária, usado por Jesus para ensinar como rezar.
 
* Lucas 18,6-8: A aplicação. Jesus aplica a parábola: "Escutem o que está dizendo esse juiz injusto. E Deus não faria justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu lhes declaro que Deus fará justiça para eles, e bem depressa”. Se não fosse Jesus, nós não teríamos tido a coragem de comparar Deus com um Juiz ateu sem moral! No fim, Jesus expressa uma dúvida: "Mas, o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra?" Ou seja, será que vamos ter a coragem de esperar, de ter paciência, mesmo que Deus demore em atender?
 
* Jesus orante. Os primeiros cristãos conservaram uma imagem de Jesus orante, em contato permanente com o Pai. De fato, a respiração da vida de Jesus era fazer a vontade do Pai (Jo 5,19). Jesus rezava muito e insistia, para que o povo e seus discípulos também rezassem. Pois é no confronto com Deus, que a verdade aparece e que a pessoa se encontra consigo mesma em toda a sua realidade e humildade.  Lucas é o evangelista que mais nos informa sobre a vida de oração de Jesus. Ele apresenta Jesus em constante oração. Eis alguns dos momentos em que Jesus aparece rezando. Você pode completar a lista:
* Aos doze anos de idade, ele vai no Templo, na Casa do Pai (Lc 2,46-50).
* Na hora de ser batizado e de assumir a missão, ele reza (Lc 3,21).
* Na hora de iniciar a missão, passa quarenta dias no deserto (Lc 4,1-2).
* Na hora da tentação, ele enfrenta o diabo com textos da Escritura (Lc 4,3-12).
* Jesus tem o costume de participar das celebrações nas sinagogas aos sábados (Lc 4,16)
* Procura a solidão do deserto para rezar ( Lc 5,16; 9,18).
* Na véspera de escolher os doze Apóstolos, passa a noite em oração (Lc 6,12).
* Reza antes das refeições (Lc 9,16; 24,30).
* Na hora de fazer levantamento da realidade e de falar da sua paixão, ele reza (Lc 9,18).
* Na crise, sobe o Monte para rezar e é transfigurado enquanto reza (Lc 9,28).
* Diante da revelação do Evangelho aos pequenos, ele diz: “Pai eu te agradeço!” (Lc 10,21)
* Rezando, desperta nos apóstolos vontade de rezar (Lc 11,1).
* Rezou por Pedro para ele não desfalecer na fé (Lc 22,32).
* Celebra a Ceia Pascal com seus discípulos (Lc 22,7-14).
* No Horto das Oliveiras, ele reza, mesmo suando sangue (Lc 22,41-42).
* Na angústia da agonia pede aos amigos para rezar com ele (Lc 22,40.46).
* Na hora de ser pregado na cruz, pede perdão pelos carrascos (Lc 23,34).
* Na hora da morte, ele diz: "Em tuas mãos entrego meu espírito!" (Lc 23,46; Sl 31,6)
* Jesus morre soltando o grito do pobre (Lc 23,46).
 
* Esta longa lista mostra o seguinte. Para Jesus, a oração estava intimamente ligada à vida, aos fatos concretos, às decisões que devia tomar. Para poder ser fiel ao projeto do Pai, ele buscava ficar a sós com ele. Escutá-lo. Nos momentos difíceis e decisivos de sua vida, Jesus rezava os Salmos. Como todo judeu piedoso, conhecia-os de memória. A recitação dos Salmos não matou nele a criatividade. Pelo contrário. Jesus chegou a fazer um salmo que ele transmitiu para nós. É o Pai Nosso. Sua vida era uma oração permanente: "Eu a cada momento faço o que o Pai me mostra para fazer!" (Jo 5,19.30) A ele se aplica o que diz o Salmo: "Eu sou oração!" (Sl 109,4)
 
Para um confronto pessoal
1. Tem gente que diz que não sabe rezar, mas conversa com Deus o dia todo. Você conhece pessoas assim? Conte. Há muitas maneiras do povo hoje expressar a sua devoção e oração. Quais?
2. O que estas duas parábolas nos ensinam sobre a oração? O que elas nos ensinam sobre a maneira de ver a vida e as pessoas?
 

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

14 de novembro

 Todos os Santos Carmelitas
 
Os Santos do Carmelo constituem uma grande multidão de irmãos que consagraram a sua vida a Deus, seguindo os ensinamentos do seu Filho e imitando a sua vida, e se entregaram ao serviço da Virgem Maria na oração, na abnegação evangélica, no amor aos irmãos, a ponto de alguns terem derramado o seu sangue. Eremitas do monte Carmelo, mendicantes da Idade Média, mestres e pregadores, missionários e mártires, religiosas que enriqueceram o povo de Deus com a misteriosa fecundidade da sua vida contemplativa, apostólica e docente, leigos que na sua vida souberam encarnar o espírito da Ordem: esta é a grande família carmelita que, enquanto peregrina, se dedicou à prática assídua da oração e que, tendo terminado a sua prova no estádio deste mundo, e tendo-nos deixado o seu exemplo, agora celebra a liturgia celeste. Unidos a esta grande família, e na esperança de nos virmos associar a ela, celebramos e antegozamos, por meio desta festa, as alegrias eternas dos santos que Deus conduziu ao seu monte para introduzi-los na sua Casa de Oração. O exemplo e a intercessão destas almas de oração é para nós um estímulo a vivermos a nossa vocação carmelita em obséquio de Jesus Cristo e na imitação da nossa Mãe e Rainha, Flor do Carmelo, Padroeira e Esperança de todos os carmelitas. Esta festa, já mencionada por Inocêncio VIII em 16 de julho de 1492, estendeu-se à Ordem em 1672.
 
SOMOS DESCENDENTES DE SANTOS
"Por AMOR de Nosso Senhor lhes peço: lembrem-se quão depressa tudo se acaba, e da mercê que Nosso Senhor nos fez trazendo-nos a esta Ordem e das grandes penas que terá quem nela introduzir algum relaxamento. Mas que ponham sempre os olhos na Casta de onde vimos, naqueles Santos Profetas. Quantos SANTOS temos no Céu que trouxeram este hábito! Tenhamos a santa presunção, com a ajuda de DEUS, de ser como Eles. Pouco durará a batalha e o fim será eterno." (Das obras de Sta. Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja)
 
 
INVITATÓRIO
R. Ao Senhor Jesus, Filho de Maria, e fonte de toda santidade, vinde adoremos
 
LAUDES
Hino
Salve, falange florida do Carmelo,
nosso modelo, nossa glória, nossa alegria,
porque de Elias perpetuaste o zelo,
e a oração silenciosa de Maria.
 
Com um total desprendimento e pobreza
a alma virgem conservaste para o Amor:
fielmente o serviste com presteza,
amando a Igreja, povo eleito do Senhor.
 
Da solidão saindo, já bem transformados
em mártires fortes e testemunhas da paz,
embora ocultos nesses claustros sagrados,
fizestes no mundo o que o fermento faz.
 
Dai-nos a mão para também nos elevarmos
à contemplação daquele que é nosso encanto,
e convosco pra sempre glorificarmos
o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
 
Ant.1 Os vossos fiéis, Senhor, procuraram-vos na oração e viram o vosso poder e a vossa glória.
 
Salmos e cântico do domingo da I Semana.
 
Ant. 2 Santos e Santas do Senhor, bendizei para sempre o Senhor.
 
Ant. 3 Nem os olhos viram nem os ouvidos ouviram o que Deus tem preparado para aqueles que o amam!
 
Leitura breve - Sr 44,1-2.3b-4  
Vamos fazer o elogio dos homens gloriosos, nossos antepassados através das gerações! O Senhor concedeu-lhes a glória e com eles desde sempre repartiu a grandeza. Homens de grande virtude e dotados de prudência. Pelas suas predições adquiriram a grande dignidade de profetas. Com o poder da sua sabedoria deram ao povo instruções muito santas.
 
Responsório breve
R. Vi a grande multidão dos Santos * revestidos de branco.
R. Vi a grande.
V. Estes são os santos, os amigos de Deus. R. * Revestidos
Glória ao Pai. R. Vi a grande.
 
Cântico evangélico - cf. Hb 12,1
Ant. Rodeados de uma nuvem tão grande de testemunhas, corramos com persistência de encontro ao combate, que nos é proposto, com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da nossa fé.
 
Preces
Demos graças a Deus Pai, que nos concede a alegria de celebrarmos a festa dos Santos Carmelitas, nossos irmãos e irmãs; com os sentimentos da Virgem Maria, Flor do Carmelo, digamos:
 
R. As nossas almas vos glorifiquem, Senhor!
 
Vós, que conduzistes o vosso povo ao deserto, para estabelecerdes com ele uma aliança de amor,
- renovai em Cristo a nossa Aliança convosco. R.
 
Vós, que nos escolhestes como irmãos de Maria, para recebermos e guardarmos a vossa Palavra, animados pelo espírito da nossa Mãe,
- fazei que, servindo a Jesus e ao seu Evangelho, sejamos no mundo a sua imagem. R.
 
Vós, que nos convidastes para uma vida de intimidade convosco,
-fazei que, como Elias, nosso pai, vivamos sempre na vossa presença e nos abrasemos de um zelo ardente na vossa presença e pela vossa Glória. R.
 
Vós que suscitastes na Igreja a nossa Família do Carmelo, para que viva santamente para vós e aspire a mística união convosco pela oração e contemplação,
- fazei que, a exemplo dos nossos Santos, procuremos sempre a vossa face e possamos indicar a todos os irmãos o caminho da divina intimidade convosco. R.
 
Vós, que concedestes aos nossos Santos tal zelo apostólico e amor divino que os levaram a oferecer a sua vida pelos irmãos,
- fazei que, levando em nosso corpo a morte de Cristo, colaboremos generosamente na obra da Redenção com a doação da nossa vida aos irmãos. R.
 
(intenções livres)
 
Pai Nosso ...
 
Oração
Senhor, nosso Deus e nosso Pai, nós vos pedimos que sempre nos assistam com a sua proteção a Virgem Maria, nossa Mãe, e todos os Santos e Santas do Carmelo, para que, seguindo fielmente os seus exemplos, sirvamos à vossa Igreja com a oração e com obras dignas de Vós. Por N.S.J.C.
 
VÉSPERAS
Hino
Oh! Admirável visão!
A fé nos faz contemplar
uma imensa multidão,
que ninguém pode contar.
 
Donde vêm e quem são
os que em triunfo nos céus,
com belas palmas na mão,
cantam a glória de Deus?
 
Estes são os que vieram
da grande tribulação:
do Cordeiro receberam
a graça da Salvação.
 
Não mais choro nem dor:
tudo é alegria e luz;
às fontes vivas do amor
o próprio Deus os conduz.
 
Tributemos ao Senhor
com a Corte Celestial
honra, poder e louvor:
"Glória ao Deus Imortal!"
 
Ant. 1 "Em casa do meu Pai há muitas moradas!" - diz o Senhor.
 
Salmos e Cântico da Solenidade de Todos os Santos
 
Ant. 2 Já não vos chamo servos, mas amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi do meu Pai.
 
Ant. 3 Depois ouvi como que a voz de uma multidão, que dizia no Céu: “Aleluia! Ao nosso Deus a salvação, a honra, a glória e o poder! ”
 
Leitura breve - Rm 8,28-30
Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus, pois aqueles que Deus contemplou com o seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem do seu Filho, para que este seja o Primogênito numa multidão de irmãos. E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou.
 
Responsório breve
R. Eis a verdadeira fraternidade: * nenhuma dificuldade a destruirá.
R. Eis a verdadeira.
V. Seguindo a Cristo, chegaram ao Reino dos Céus.
* Nenhuma dificuldade. Glória ao Pai.
R. Eis a verdadeira.
 
Cântico evangélico
Ant.1 Vós, que tudo deixastes e me seguistes, cem vezes mais recebereis e, no mundo futuro, herdareis a vida eterna.
ou
Ant.2 Gloriosos companheiros de arma, através da vida religiosa alcançastes a felicidade dos Anjos: agora lembrai-vos de nós e socorrei-nos, para que nos alegremos com a vossa proteção e juntos nos gloriemos com a nossa vitória.
 
Preces
Invoquemos o Senhor Jesus, Nosso Redentor, e confiados na ajuda da Virgem Maria, nossa Mãe, e na intercessão dos nossos irmãos, os Santos Carmelitas, peçamos:
 
R. Santificai-nos na verdade, Senhor!
 
Vós, que chamastes muitos fiéis ao Carmelo para vos seguirem mais de perto pelos caminhos do amor,
- fazei que caminhemos na verdade por meio da prática da virtude do amor. R.
 
Vós, que concedestes aos nossos Santos a força da perseverança no amor fraterno,
- conservai as nossas comunidades na vossa Paz e fazei que tenhamos um só coração e uma só alma. R.
 
Vós, que chamastes os nossos Santos ao serviço e imitação da Virgem Maria,
- fazei que, sob a proteção da vossa e nossa Mãe, caminhemos numa vida nova e permaneçamos fiéis até o fim. R.
 
Vós, que suscitastes na Igreja a família do Carmelo, para cultivar a ciência da íntima união convosco por meio da oração,
- ensinai-nos a partilhar com os nossos irmãos os tesouros da contemplação. R.
 (intenções livres)
 
Vós, que sois a coroa eterna e a alegria perene de nossos Santos.
- pela intercessão de Nossa Senhora do Carmo, Mãe e Protetora dos que morreram, concedei aos irmãos e irmãs falecidos da nossa Família Carmelitana a alegria da vossa presença no Sábado eterno dos Céus. R.
 
Pai Nosso ...
 
Oração
Senhor, nosso Deus e nosso Pai, nós vos pedimos que sempre nos assistam com a sua proteção a Virgem Maria, nossa Mãe, e todos os Santos e Santas do Carmelo, para que, seguindo fielmente os seus exemplos, sirvamos à vossa Igreja com a oração e com obras dignas de Vós. Por N.S.J.C.