terça-feira, 25 de junho de 2024

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Quinta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

 Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
São Cirilo, bispo e doutor da Igreja
 
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (2Re 24,8-17): Jeconias tinha dezoito anos quando subiu ao trono e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe, chamada Neústa, era filha de Elnatã e natural de Jerusalém. Ele praticou o que desagradava ao Senhor, como tinha feito seu pai. Nesse tempo, os homens de Nabucodonosor, rei de Babilónia, marcharam contra Jerusalém e cercaram a cidade. Nabucodonosor, rei de Babilónia, veio em pessoa atacar a cidade, que os seus homens tinham cercado. Então, Jeconias, rei de Judá, com sua mãe, seus oficiais, seus chefes e funcionários, rendeu-se ao rei de Babilónia, que os fez prisioneiros. Era o oitavo ano do seu reinado. Nabucodonosor levou consigo todos os tesouros do templo do Senhor, bem como os tesouros do palácio real, e despedaçou todos os objetos de ouro que Salomão, rei de Israel, tinha feito para o templo, como o Senhor tinha anunciado. Levou para o exílio toda a gente de Jerusalém, todos os dignitários e oficiais do exército – cerca de dez mil exilados – bem como todos os ferreiros e serralheiros. Só ficou a gente humilde do povo. Nabucodonosor deportou Jeconias para Babilónia; deportou também de Jerusalém para Babilónia a rainha mãe e as esposas reais, os funcionários e os nobres do país. Todos os homens de valor, em número de sete mil, os ferreiros e serralheiros, em número de mil, e todos os homens de armas foram deportados para Babilónia. E o rei de Babilónia, em lugar de Jeconias, nomeou rei seu tio Matanias, mudando-lhe o nome para Sedecias.
 
Salmo Responsorial: 78
R. Salvai-nos, Senhor, para glória do vosso nome.
 
Senhor, as nações invadiram a vossa herança, profanaram o vosso santo templo, fizeram de Jerusalém um montão de ruínas. Deram o corpo dos vossos servos em alimento às aves do céu, as carnes de vossos fiéis aos animais da selva.
 
Derramaram seu sangue em torno de Jerusalém e não houve quem lhes desse sepultura. Tornámo-nos o opróbrio dos nossos vizinhos, a irrisão e o escárnio dos que nos rodeiam. Até quando, Senhor, Vos mostrareis sempre irritado e se reavivará, como fogo, a vossa indignação?
 
Não recordeis, Senhor, contra nós as culpas dos nossos pais. Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia, porque somos tão miseráveis. Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do vosso nome. Salvai-nos e perdoai os nossos pecados, para glória do vosso nome.
 
Aleluia. Se alguém Me ama, guardará as minhas palavras, diz o Senhor; meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada.
 
Evangelho (Mt 7,21-29): «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?’ Então, eu lhes declararei: ‘Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade’. Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!». Quando ele terminou estas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas.
 
«Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus»
 
Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez (Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
 
Hoje ficamos impressionados com a rotunda afirmação de Jesus: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus» (Mt 7,21). Pelo menos esta afirmação pede-nos responsabilidade perante a nossa condição de cristãos, ao mesmo tempo que sentimos a urgência de dar bom testemunho da fé.
 
Edificar a casa sobre rocha é uma imagem clara, que nos convida a valorizar o nosso compromisso de fé, que não se pode limitar apenas a belas palavras, mas que se deve fundamentar na autoridade das obras, impregnadas pela caridade. Um destes dias de Junho, a Igreja recorda a vida de S. Pelágio, mártir da castidade, no umbral da sua juventude. S. Bernardo ao recordar a vida de Pelágio, diz-nos no seu tratado sobre os costumes e mistérios dos bispos: «A castidade, por muito bela que seja, não tem valor nem mérito sem a caridade. Pureza sem amor é como lâmpada sem azeite; mas diz a sabedoria: Que formosa é a sabedoria com amor! Com aquele amor de que nos fala o Apostolo: o que procede de um coração limpo, de uma consciência reta e de uma fé sincera».
 
A palavra clara, com a firmeza da caridade, manifesta a autoridade de Jesus que desperta o assombro dos seus concidadãos: «As multidões ficaram admiradas com o seu ensinamento. De fato, ele ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas» (Mt 7,28-29). A nossa prece e contemplação de hoje, deve ir acompanhada por uma séria reflexão: como falo e atuo na minha vida de cristão? Como concretizo o meu testemunho? Como concretizo o mandamento do amor na minha vida pessoal, familiar, laboral, etc.? Não são as palavras nem as orações sem compromisso que contam, mas, o trabalho por viver segundo o Projeto de Deus. A nossa oração deveria expressar sempre o nosso desejo de obrar o bem e o nosso pedido de ajuda, uma vez que reconhecemos a nossa debilidade.
 
— Senhor, que a nossa oração esteja sempre acompanhada pela força da caridade.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Não construamos torres sem alicerces, pois o Senhor não olha tanto para a grandeza das obras, mas sim para o amor com que se fazem» (Santa Teresa de Jesus)
 
«Na história sagrada temos numerosos exemplos de santos que construíram as suas vidas sobre a Palavra de Deus. Estar enraizado em Cristo significa responder concretamente à chamada de Deus, confiando n'Ele e pondo em prática a Sua Palavra» (Bento XVI)
 
«Além dos seus preceitos, a nova Lei comporta os conselhos evangélicos. «A santidade da Igreja é especialmente favorecida pelos vários conselhos que o Senhor propõe no Evangelho aos seus discípulos (Concílio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.986)
 
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
 
* O Evangelho de hoje traz a parte final do Sermão da Montanha:
(1) não basta falar e cantar, é preciso viver e praticar (Mt 7,21-23). (2) A comunidade construída em cima do fundamento da nova Lei do Sermão da Montanha ficará em pé na hora da tempestade (Mt 7,24-27). (3) O resultado das palavras de Jesus nas pessoas é uma consciência mais crítica com relação aos líderes religiosos, os escribas (Mt 7,28-29).
 
* Este final do Sermão da Montanha desenvolve algumas oposições ou contradições que continuam atuais até nos dias de hoje: (1) Há pessoas que falam continuamente de Deus, mas se esquecem de fazer a vontade de Deus; usam o nome de Jesus, mas não traduzem em vida sua relação com o Senhor (Mt 7,21). (2) Há pessoas que vivem na ilusão de estarem trabalhando para o Senhor, mas no dia do encontro definitivo com Ele, descobrem, tragicamente, que nunca o conheceram (Mt 7,22-23). As duas parábolas finais do Sermão da Montanha, da casa construída sobre a rocha (Mt 7,24-25) e da casa construída sobre a areia (Mt 7,26-27), ilustram estas contradições. Por meio delas Mateus denuncia e, ao mesmo tempo, tenta corrigir a separação entre fé e vida, entre falar e fazer, entre ensinar e praticar.
 
* Mateus 7,21: Não basta falar, é preciso praticar. O importante não é falar bonito sobre Deus ou saber explicar bem a Bíblia para os outros, mas é fazer a vontade do Pai e, assim, ser uma revelação do seu rosto e da sua presença no mundo. A mesma recomendação foi dada por Jesus àquela mulher que elogiou Maria, sua mãe. Jesus respondeu: “Felizes os que ouvem a Palavra e a põem em prática” (Lc 11,28).
 
* Mateus 7,22-23: Os dons devem estar a serviço do Reino, da comunidade. Havia pessoas com dons extraordinários como, por exemplo, o dom da profecia, do exorcismo, das curas, mas elas usavam os dons para si mesmas, fora do contexto da comunidade. No julgamento, elas ouvirão uma sentença dura de Jesus: "Afastem-se de mim vocês que praticam a iniquidade!". Iniquidade é o oposto de justiça. É fazer com Jesus o que alguns doutores faziam com a lei: ensinavam, mas não praticavam (Mt 23,3). Paulo dirá a mesma coisa com outras palavras e argumentos: “Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse o amor, nada disso me adiantaria”. (1Cor 13,2-3).
 
* Mateus 7,24-27: A parábola da casa na rocha. Ouvir e praticar, esta é a conclusão final do Sermão da Montanha. Muita gente procurava sua segurança nos dons extraordinários ou nas observâncias. Mas a segurança verdadeira não vem do prestígio nem das observâncias, não vem de nada disso. Ela vem de Deus! Vem do amor de Deus que nos amou primeiro (1Jo 4,19). Seu amor por nós, manifestado em Jesus ultrapassa tudo (Rom 8,38-39). Deus se torna fonte de segurança, quando procuramos praticar a sua vontade. Aí, Ele será a rocha que nos sustenta na hora das dificuldades e das tempestades.
 
* Mateus 7,28-29: Ensinar com autoridade. O evangelista encerra o Sermão da Montanha dizendo que a multidão ficou admirada com o ensinamento de Jesus, porque "ele ensinava com autoridade, e não como os escribas". O resultado do ensino de Jesus é a consciência mais crítica do povo com relação às autoridades religiosas da época. Suas palavras simples e claras brotavam da sua experiência de Deus, da sua vida entregue ao Projeto do Pai. O povo estava admirado e aprovava os ensinamentos de Jesus.
 
* Comunidade: casa na rocha. No livro dos Salmos, frequentemente encontramos a expressão: “Deus é a minha rocha e a minha fortaleza... Meus Deus, rocha minha, meu refúgio, meu escudo, força que me salva...”(Sl 18,3). Ele é a defesa e a força de quem nele acredita e busca a justiça (Sl 18,21.24). As pessoas que confiam neste Deus, tornam-se, por sua vez, uma rocha para os outros. Assim, o profeta Isaías faz um convite ao povo que estava no cativeiro: "Vocês que estão à procura da justiça e que buscam a Deus! Olhem para a rocha da qual foram talhados, para a pedreira da qual foram extraídos. Olhem para Abraão, seu pai, e para Sara, sua mãe” (Is 51,1-2). O profeta pede para o povo não esquecer o passado. O povo deve lembrar como Abraão e Sara pela fé em Deus se tornaram rocha, começo do povo de Deus. Olhando para esta rocha, o povo devia criar coragem para lutar e sair do cativeiro. Do mesmo modo, Mateus exorta as comunidades para que tenham como alicerce a mesma rocha (Mt 7,24-25) e possam, dessa maneira, elas mesmas ser rocha para fortalecer os seus irmãos e irmãs na fé. Este é o sentido do nome que Jesus deu a Pedro: “Você é Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja” (Mt 16,18). Esta é a vocação das primeiras comunidades, chamadas a unir-se a Jesus, a pedra viva, para tornarem-se, também elas, pedras vivas pela escuta e pela prática da Palavra (Pd 2,4-10; 2,5; Ef 2,19-22).
 
Para um confronto pessoal
1) Como a nossa comunidade equilibra oração e ação, louvor e prática, falar e fazer, ensinar e praticar? O que deve melhorar na nossa comunidade, para que ela seja rocha, casa segura e acolhedora para todos?
2) Qual a rocha que sustenta a nossa Comunidade? Qual o ponto em que Jesus mais insiste?
 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

 
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
 
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
 
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
 
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
 
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
 
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

26 de junho

 
Maria Josefina de Jesus Crucificado
Virgem de nossa Ordem.
 
Josefina Caetana nasceu em Nápoles em 18 de fevereiro de 1894. Entrou na Comunidade Carmelita de Santa Maria de Ponti Rossi, da qual foi eleita priora, cargo mantido até a morte. Suportou as provações da doença e perseguição abandonando-se à vontade de Deus. Contagiava todos aqueles que se aproximavam dela por sua profunda espiritualidade, humildade e simplicidade, incutindo esperança e confiança em Deus e na Virgem Maria. Morreu em Nápoles no dia 14 de março de 1948.
 
Salmodia, leitura, responsório breve e preces do dia corrente.
 
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, que quisestes conformar a Cristo crucificado a Beata Maria Josefina, virgem, como vítima pelos pecadores, concedei-nos, por sua intercessão e exemplo, abraçar sempre a nossa cruz e cumprir humildemente vossa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
 
No mesmo dia 26.
São Josemaría Escrivá de Balaguer
Presbítero e Terceiro Carmelita
 
O Fundador do Opus Dei, S. Josemaria Escrivá, era terceiro carmelita desde 2 de outubro de 1932, no Sodalício da OTCD de Madri. «Duas coisas (além do Amor) me movem a fazer-me terciário carmelita: ‘obrigar’ mais a minha Mãe Imaculada, agora que me vejo mais fraco que nunca; e proporcionar sufrágios às ‘minhas boas amigas, as Almas benditas do Purgatório’». Em fevereiro de 1933, escreveu aos membros do Opus Dei: «Quero que todos – eles e elas – levem o Santo Escapulário do Carmo. Pedi escapulários da Ssma. Virgem do Carmo: nós os enviaremos pelo correio. Não deixeis de levar sobre vosso peito esse sinal de filhos prediletos de Santa Maria».
 
Salmodia, leitura, responsório breve e preces do dia corrente.
 
Oração
Senhor, nosso Deus, que, na Igreja, escolhestes São Josemaría, sacerdote, para anunciar a vocação universal à santidade e ao apostolado, concedei-nos, por sua intercessão e exemplo, que, através do trabalho quotidiano, nos identifiquemos com Cristo, vosso Filho, e sirvamos com amor ardente a obra da Redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
 

segunda-feira, 24 de junho de 2024

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Quarta-feira da 12ª semana do Tempo Comum

São Paio (Pelágio), mártir
São Josemaria Escrivá y Balaguer, presbítero
Mª Josefina de Jesus Crucificado, Virgem de nossa Ordem.
 
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (2Re 22,8-13;23,1-3): Naqueles dias, o sumo sacerdote Helcias disse ao secretário Safã: «Encontrei no templo do Senhor o Livro da Lei». E Helcias entregou o livro a Safã, que o leu. O secretário Safã foi ter com o rei Josias e deu-lhe contas da missão recebida, dizendo: «Os teus servos juntaram o dinheiro que estava no templo e entregaram-no aos empreiteiros encarregados das obras no templo do Senhor». Depois o secretário Safã informou o rei, dizendo: «O sacerdote Helcias entregou-me um livro». E Safã leu-o diante do rei. Quando ouviu ler as palavras do Livro da Lei, o rei Josias rasgou as suas vestes e deu esta ordem ao sacerdote Helcias, a Aicam, filho de Safã, a Acbor, filho de Miqueias, ao secretário Safã e a Asaías, ministro do rei: «Ide consultar o Senhor em meu nome, em nome do povo e de todo o reino de Judá, acerca das palavras deste livro que foi encontrado. A ira do Senhor deve ser grande contra nós, porque os nossos pais não obedeceram às palavras deste livro, cumprindo tudo o que nele está escrito». Então o rei convocou todos os anciãos de Judá e de Jerusalém. Depois subiu ao templo do Senhor, com todos os homens de Judá e todos os habitantes de Jerusalém: os sacerdotes, os profetas e todo o povo, crianças e adultos. Leu-lhes as palavras do Livro da Aliança, encontrado no templo do Senhor. Em seguida, o rei, de pé sobre o estrado, renovou a Aliança diante do Senhor, comprometendo-se a seguir o Senhor e a guardar os seus mandamentos, ordens e preceitos, com todo o coração e com toda a alma, para cumprir as palavras da Aliança escritas no livro. E todo o povo aderiu à Aliança.
 
Salmo Responsorial: 118
R. Mostrai-me, Senhor, o caminho da vossa lei.
 
Ensinai-me, Senhor, o caminho dos vossos decretos para ser fiel até ao fim. Dai-me entendimento para guardar a vossa lei e para a cumprir de todo o coração.
 
Conduzi-me pela senda dos vossos mandamentos, pois nela estão as minhas delícias. Inclinai o meu coração para as vossas ordens e não para o vil interesse.
 
Desviai os meus olhos das vaidades e fazei-me viver nos vossos caminhos. Vede como amo os vossos preceitos, fazei-me viver segundo a vossa justiça.
 
Aleluia. Permanecei em Mim e Eu em vós, diz o Senhor: quem permanece em Mim dá muito fruto. Aleluia.
 
Evangelho (Mt 7,15-20): «Cuidado com os falsos profetas: eles vêm até vós vestidos de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos seus frutos os conhecereis. Acaso se colhem uvas de espinheiros, ou figos de urtigas? Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis».
 
«Pelos seus frutos os conhecereis»
 
Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret (Vic, Barcelona, Espanha)
 
Hoje, apresenta-se perante o nosso olhar um novo contraste evangélico, entre as arvores boas e as más. As afirmações de Jesus a este respeito são tão simples que parecem quase simplistas. E é justo dizer-se que não o são em absoluto! Não o são como não o é a vida real de cada dia.
 
Esta ensina-nos que há bons que degeneram e acabam dando frutos maus e que, pelo contrário, há maus que acabam dando frutos bons. O que significa pois, em definitiva, que «toda árvore boa produz frutos bons (Mt 7,17)»? Significa que aquele que é bom o é na medida em que não desanima obrando bem. Obra bem e não se cansa. Obra o bem e não cede perante a tentação de obrar mal. Obra bem e persevera até ao heroísmo. Obra o bem e, se por acaso chega a ceder frente ao cansaço de atuar assim, de cair na tentação de obrar o mal, ou de assustar se perante a exigência inegociável, reconhece-o sinceramente, confessa-o de veras, arrepende-se de coração e… volta a começar.
 
Ah! E o faz, entre outras razões, porque sabe que se não dá bom fruto será cortado e deitado ao fogo (o santo temor a Deus guarda a vinha e as boas vides!), e porque, conhecendo a bondade dos outros através das boas obras, sabe, não apenas por experiência individual, mas também por experiência social, que ele só é bom e pode ser reconhecido como tal através dos feitos e não apenas das palavras.
 
Não basta dizer: «Senhor, Senhor!». Como nos recorda Santiago, a fé acredita-se através das obras: «Mostra-me a tua fé sem as obras que eu pelas obras te farei ver a minha fé» (Sant 2,18).
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Ver Jesus na pessoa espiritualmente mais pobre requer um coração puro. Quanto mais desfigurada estiver a imagem de Deus numa pessoa, maior deve ser a fé e a veneração na nossa busca do rosto de Jesus» (Santa Teresa de Calcutá)
 
«Recebemos [do Espírito] uma nova forma de ser; a vida de Cristo torna-se também nossa: podemos pensar como Ele, agir como Ele, ver o mundo e as coisas com os olhos de Jesus» (Francisco)
 
«Quando vier; no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso há de revelar a disposição secreta dos corações, e dará a cada um segundo as suas obras e segundo tiver aceite ou recusado a graça» (Catecismo da Igreja Católica, nº 682)
 
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
 
* Estamos chegando às recomendações finais do Sermão da Montanha.
Comparando o evangelho de Mateus com o de Marcos percebe-se uma grande diferença na maneira de os dois apresentarem o ensinamento de Jesus. Mateus insiste mais no conteúdo do ensinamento e o organizou em cinco grande discursos, dos quais o Sermão da Montanha é o primeiro (Mt 5 a 7). Marcos, por mais de quinze vezes, diz que Jesus ensinava, mas raramente diz o que ele ensinava. Apesar destas diferenças, os dois concordam num ponto: Jesus ensinava muito. Ensinar era o que Jesus mais fazia (Mc 2,13; 4,1-2; 6,34). Era o costume dele (Mc 10,1). Mateus se interessava pelo conteúdo. Será que Marcos não se interessava pelo conteúdo? Depende do que entendemos por conteúdo! Ensinar não é só uma questão de comunicar verdades para o povo aprender de memória. O conteúdo não está só nas palavras, mas também nos gestos e no próprio jeito de Jesus se relacionar com as pessoas. O conteúdo nunca está desligado da pessoa que o comunica. Ela, a pessoa, é a raiz do conteúdo. A bondade e o amor que transparecem nas palavras e gestos de Jesus fazem parte do conteúdo. São o seu tempero. Conteúdo bom sem bondade é como leite derramado. Não convence e não à conversão.
 
* As recomendações finais e o resultado do Sermão da Montanha na consciência do povo ocupam o evangelho de hoje (Mt 7,15-20) e o de amanhã (Mt 7,21-29). (A sequência dos evangelhos diários da semana nem sempre é a mesma dos próprios evangelhos.)
Mateus 7,13-14:    Escolher o caminho certo
Mateus 7,15-20:  O profeta se conhece pelos frutos
Mateus 7,21-23:  Não só falar, também praticar
Mateus 7,24-27:  Construir a casa na rocha
Mateus 7,28-29:  A nova consciência do povo

* Mateus 7,15-16ª : Cuidado com os falsos profetas.
No tempo de Jesus, havia profetas de todo tipo, pessoas que anunciavam mensagens apocalípticas para envolver o povo nos vários movimentos daquela época: essênios, fariseus, zelotes e outros (cf. At 5,36-37). No tempo em que Mateus escreve também havia profetas que anunciavam mensagens diferentes da mensagem proclamada pelas comunidades. As cartas de Paulo mencionam estes movimentos e tendências (cf 1Cor 12,3; Gal 1,7-9; 2,11-14;6,12). Não deve ter sido fácil para as comunidades fazerem o discernimento dos espíritos. Daí a importância das palavras de Jesus sobre os falsos profetas. A advertência de Jesus é muito forte: "Cuidado com os falsos profetas: eles vêm a vocês vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes”. A mesma imagem é usada quando Jesus envia os discípulos e as discípulas para a missão: “Mando vocês como cordeiros no meio de lobos” (Mt 10,16 e Lc 10,3). A oposição entre lobo voraz e manso cordeiro é irreconciliável, a não ser que o lobo se converta e perca a sua agressividade como sugere o profeta Isaías (Is 11,6; 65,25). O que importa aqui no nosso texto é o dom do discernimento. Não é fácil discernir os espíritos. Às vezes, acontece que interesses pessoais ou grupais levam as pessoas a proclamar como falsos aqueles profetas que anunciam a verdade que incomoda. Isto aconteceu com o próprio Jesus. Ele foi eliminado e morto como falso profeta pelas autoridades religiosas da época. De vez em quando, o mesmo aconteceu e continua acontecendo na nossa igreja.
 
* Mateus 7,16b-20 : A comparação da árvore e seus frutos. Para ajudar no discernimento dos espíritos, Jesus usa a comparação do fruto: “Vocês os conhecerão pelos frutos”. Um critério semelhante já tinha sido sugerido pelo livro do Deuteronômio (Dt 18,21-22). E Jesus acrescenta: “Uma árvore boa não pode dar frutos maus, e uma árvore má não pode dar bons frutos.  19Toda árvore que não der bons frutos, será cortada e jogada no fogo”. No evangelho de João, Jesus completa a comparação: “Todo ramo que não dá fruto em mim, o Pai o corta. Os ramos que dão fruto, ele os poda para que deem mais fruto ainda.  O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto. Esses ramos são ajuntados, jogados no fogo e queimados." (Jo 15,2.4.6)
 
Para um confronto pessoal
1) Falsos profetas! Conhece algum caso em que uma pessoa boa e honesta que proclamava uma verdade incômoda foi condenada como falso profeta?
2) A julgar pelos frutos da árvore da sua vida pessoal, como você se define: falso ou verdadeiro?
 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

 
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
 
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
 
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
 
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
 
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
 
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

domingo, 23 de junho de 2024

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Terça-feira da 12ª semana do Tempo Comum

Nossa Senhora Rainha da Paz de Medjugorje
 
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (2Re 19,9b-11.14-21.31-35.36): Naqueles dias, Senaquerib, rei da Assíria, enviou mensageiros a Ezequias, para lhe dizer: «Assim direis a Ezequias, rei de Judá: Não te deixes enganar pelo teu Deus, em quem confias, dizendo: ‘Jerusalém não cairá em poder do rei da Assíria’. Tu sabes, sem dúvida, o que os reis da Assíria fizeram a todas as nações, destruindo-as completamente. Como poderias tu escapar?». Ezequias recebeu a carta das mãos dos mensageiros e leu-a. Depois subiu ao templo e abriu-a diante do Senhor e orou na presença do Senhor, dizendo: «Senhor, Deus de Israel, que estais sentado no trono sobre os querubins, Vós sois o único Deus de todos os reinos do mundo; Vós fizestes o céu e a terra. Inclinai os vossos ouvidos, Senhor, e escutai, abri os vossos olhos e vede. Escutai as palavras de Senaquerib, que enviou mensageiros para insultar o Deus vivo. É verdade, Senhor, que os reis da Assíria devastaram as nações e os seus territórios; lançaram ao fogo os seus deuses, porque não eram deuses, mas obra das mãos do homem, feitos de madeira e de pedra, e assim os puderam destruir. Mas agora, Senhor, salvai-nos das mãos de Senaquerib, para que todos os reinos do mundo saibam, Senhor, que só Vós sois Deus». Então o profeta Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: «Assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘Eu ouvi a oração que Me dirigiste acerca de Senaquerib, rei da Assíria’. Eis as palavras que o Senhor pronunciou contra ele: ‘Despreza-te e ri-se de ti a virgem, filha de Sião; nas tuas costas abana a cabeça a filha de Jerusalém. Porque de Jerusalém sairá um resto e do monte Sião virão sobreviventes. O zelo do Senhor do Universo realizará tudo isto’. Portanto, assim fala o Senhor acerca do rei da Assíria: ‘Ele não entrará nesta cidade, não lançará contra ela nenhuma seta; não a enfrentará com o escudo, nem levantará contra ela rampas de ataque. Voltará por onde veio e não entrará nesta cidade. – Oráculo do Senhor. – Eu protegerei esta cidade e a salvarei, pela minha honra e pela honra do meu servo David’». Nessa mesma noite, o Anjo do Senhor foi ao acampamento assírio e feriu cento e oitenta mil homens. Senaquerib levantou o acampamento e partiu, voltou para Nínive e ali ficou.
 
Salmo Responsorial: 47
R. Guardai para sempre, Senhor, a vossa morada.
 
Grande é o Senhor e digno de louvor na cidade do nosso Deus. A sua montanha sagrada é a mais bela das montanhas, a alegria de toda a terra.
 
O monte Sião, no extremo norte, é a cidade do grande Rei. Deus Se mostrou em seus palácios um baluarte seguro.
 
Recordamos, ó Deus, a vossa misericórdia no interior do vosso templo. Como o vosso nome, ó Deus, assim o vosso louvor chega aos confins da terra.
 
Aleluia. Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor; quem Me segue terá a luz da vida. Aleluia.
 
Evangelho (Mt 7,6.12-14): «Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos. Pois estes, ao pisoteá-las se voltariam contra vós e vos estraçalhariam. Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles. Isto é a Lei e os Profetas. Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que o encontram!».
 
«Entrai pela porta estreita»
 
Diácono D. Evaldo PINA FILHO (Brasília, Brasil)
 
Hoje, o Senhor faz-nos três recomendações. A primeira, «Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos» (Mt 7,6), contrastes em que “bens” são associados a “pérolas” e ao “que é santo”; e “cães e porcos” ao que é impuro. São João Crisóstomo ensina que «os nossos inimigos são iguais a nós quanto à natureza, mas não quanto à fé». Apesar dos benefícios terrenos serem concedidos igualmente aos dignos e indignos, não é assim quanto às graças espirituais”, privilégio daqueles que são fiéis a Deus. A correta distribuição dos bens espirituais implica zelo pelas coisas sagradas.
 
A segunda é a chamada “regra de ouro” (cf. Mt 7,12) , que compendia tudo o que a Lei e os Profetas recomendaram, tal como ramos de uma única árvore: o amor ao próximo pressupõe o Amor a Deus, e dele resulta.
 
Fazer ao próximo o que se deseja seja feito conosco implica transparência de ações para com o outro, reconhecimento de sua semelhança com Deus, da sua dignidade. Por que razão desejamos o Bem para nós mesmos? Porque o meio de identificação para ser profundamente reconhecidos é a união com o Criador. Sendo o Bem, para nós, o único meio para a vida em plenitude, é inconcebível a sua ausência na nossa relação com o próximo. Não há lugar para o bem onde prevaleça a falsidade e prepondere o mal.
 
Por fim, a “porta estreita”... O Papa Bento XVI pergunta-nos: «O que significa esta ‘porta estreita’? Por que muitos não conseguem entrar por ela? Trata-se de uma passagem reservada a alguns eleitos?» Não! A mensagem de Cristo « é-nos dirigida no sentido de que todos podem entrar na vida. A passagem é ‘estreita’, mas aberta a todos; ‘estreita’ porque exigente, requer compromisso, abnegação, mortificação do próprio egoísmo».
 
Roguemos ao Senhor, que realizou a salvação universal com sua morte e ressurreição, que nos reúna a todos no Banquete da vida eterna.
 
«Entrai pela porta estreita»
 
Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué (Manresa, Barcelona, Espanha)
 
Hoje, Jesus nos faz três recomendações importantes. Não obstante, centraremos nossa atenção na última: «Entrai pela porta estreita!» (Mt 7,13), para conseguir a vida plena e sermos sempre felizes, para evitar cair na perdição e deparar-nos condenados para sempre.
 
Se der uma olhada ao seu redor e à sua própria existência, facilmente comprovará que tudo quanto vale, custa, e tendo certo nível elevado está sujeito à recomendação do Mestre: como disseram os Pais da Igreja, com grande profundidade, «pela cruz se cumprem todos os mistérios que contribuem à nossa salvação» (São Joao Crisóstomo). Uma vez, no leito da sua agonia, uma anciã que tinha sofrido muito em sua vida, me disse: «Padre, quem não saboreia a cruz, não deseja o céu; sem cruz não há céu».
 
Tudo o que foi dito contradiz a nossa natureza caída, mesmo que tenha sido redimida. Por isso, além de nos enfrentarmos com o nosso natural modo de ser, é preciso ir contra a corrente do ambiente do bem-estar, que se fundamenta no materialismo e no incontrolável gozo dos sentidos, que buscam —a preço de deixar de ser— ter mais e mais, obter o máximo prazer.
 
Seguindo a Jesus —que disse «Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8,12)—, nos damos conta que o Evangelho não nos condena a uma vida obscura, aborrecida e infeliz, ao contrário, pois nos promete e nos dá a felicidade verdadeira. É só repassar as Bem-aventuranças e olhar àqueles que, depois de entrar pela porta estreita, foram felizes e fizeram a outros afortunados, obtendo —pela sua fé e esperança Naquele que não decepciona—a recompensa da abnegação: «receberá muitas vezes mais no presente e, no mundo futuro, a vida eterna» (Lc 18,30). O “sim” de Maria está acompanhado da humildade, da pobreza, da cruz, mas também pelo prêmio à fidelidade e à entrega generosa.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Quando o sacerdote oferece Jesus no altar e o leva a algum lugar, todas as pessoas deviam de dobrar os joelhos e render ao Senhor, ao Deus vivo e verdadeiro, louvor, glória e devoção» (São Francisco de Assis)
 
«A liturgia é “obra de Deus”. Devemos nos dispor através de uma atitude orante, com disciplina, paz (sem pressa!) e reverência: estamos diante de Deus!» (Bento XVI)
 
«O caminho de Cristo ‘leva à vida’; um caminho contrário ‘leva à perdição’ (Mt 7, 13). A parábola evangélica dos dois caminhos está sempre presente na catequese da Igreja. E significa a importância das decisões morais para a nossa salvação (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1696)
 
Reflexão
 
*
Discernimento e sabedoria no oferecer coisas de valor. Nas suas relações com os outros, Jesus adverte contra algumas atitudes perigosas. A primeira é não julgar (7,1-5): trata-se de uma verdadeira proibição, "não julgueis", uma ação que impede que qualquer desprezo ou condenação dos outros. O julgamento final cabe unicamente a Deus; os nossos parâmetros e critérios são relativos; são condicionados por nossa subjetividade. Toda condenação dos outros torna-se também autocondenação, porque nos põe sob o julgamento de Deus e nos autoexclui do perdão. Se o teu olho está limpo, isto é, se ele está livre de todo o julgamento ao irmão, você pode se relacionar com ele de maneira sincera diante de Deus.
 
* Vamos às palavras de Jesus que o texto oferece: "Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem " (7,6). À primeira vista, este "dito" de Jesus parece estranho à sensibilidade leitor hodierno. Pode apresentar-se como um verdadeiro enigma. Na realidade, é uma maneira de dizer de uma língua semítica que requer interpretação. No tempo de Jesus, como na cultura antiga, os cães não eram muito valorizados porque eram considerados meio selvagens e de rua (U. Luz). Passemos agora para o aspecto positivo e didático-sapiencial das palavras de Jesus: não profanar as coisas sagradas é, afinal, um convite para usar a prudência e discernimento. No AT as coisas sagradas são a carne para o sacrifício (Lv 22.14, Ex 29,33 ss; Nm 18,8-19). Também a proibição de lançar pérolas aos porcos é incompreensível. Para os hebreus, os porcos são animais impuros, como a quintessência do repugnância. Pelo contrário, as pérolas são as coisas mais preciosas que se pode ter. A advertência de Jesus se refere àquele que dá aos cães vadios a carne consagrada e destinada ao sacrifício. Tal comportamento é mau e muitas vezes imprudente, porque aos cães geralmente não se dava de comer e, movidos por sua fome insaciável, poderiam se voltar e atacar a seus "benfeitores".
 
* A nível metafórico, as pérolas indicam os ensinamentos dos sábios e as interpretações da "Torah". No Evangelho de Mateus, a pérola é a imagem do reino de Deus (Mt 13,45 ss). A interpretação dada pelo evangelista para colocar este aviso de Jesus é essencialmente teológica. Seguramente a interpretação que nos parece mais de acordo com o texto é a leitura eclesial das palavras de Jesus: um advertência aos missionários cristãos para não pregar o evangelho a qualquer um (Gnilka).
 
* O caminho a seguir. No final do discurso (7,13-27) Mateus coloca, entre outras questões, uma exortação conclusiva de Jesus, que convida a fazer uma escolha decisiva para entrar no reino dos céus: a porta estreita (7,13-14). A palavra de Jesus não é apenas algo que se deve entender e interpretar, mas acima de tudo tem que ser parte da vida. Agora, para entrar no reino dos céus é necessário seguir um caminho e entrar na plenitude da vida através de uma "porta". O tema do "caminho" é muito popular no AT (Dt 11,26-28; 30,15-20; Jr 21,8; Sl 1,6; Sl 118,29-30; Sl 138,4, Sb 5 ,6-7, etc). O caminho mostrado nas duas portas conduz diferentes metas. Um significado coerente das advertências de Jesus seria que a porta larga se junta ao caminho largo que conduz à perdição, ou seja, percorrer um caminho largo é sempre agradável, mas isso não é dito em nosso texto. Pelo contrário, parece que Mateus concorda com a concepção judaica de "caminho": seguindo Dt 30,19 e Jr 21,8  há dois caminhos que se contrapõe, o de morte e o da vida. Saber escolher entre as duas formas diferentes de vida é fundamental para entrar no reino dos céus. Aquele que escolhe o caminho estreito, o da vida, deve saber que ele está cheio de aflições; estreito quer dizer provado no sofrimento pela fé.
 
Para um confronto pessoal
1) Qual é o impacto das palavras de Jesus em seu coração? Você a escuta para viver sob o olhar do Pai, e para mudar pessoalmente e em suas relações com os irmãos?
2) A palavra de Jesus, ou melhor, ou Jesus mesmo é a porta que introduz na vida filial e fraterna. Você se deixa guiar atraído pelo caminho estreito e exigente do evangelho? Ou segue o caminho largo e fácil, que consiste em fazer o que se gosta ou o que leva a realizar seus próprios desejos, e ignora as necessidades dos outros?
 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

 
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
 
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
 
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
 
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
 
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
 
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

sábado, 22 de junho de 2024

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Nascimento de São João Batista

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (Is 49,1-6): Terras de Além-Mar, escutai-me; povos de longe, prestai atenção. O Senhor chamou-me desde o ventre materno, disse o meu nome desde o seio de minha mãe. Fez da minha boca uma espada afiada, abrigou-me à sombra da sua mão. Tornou-me semelhante a uma seta aguda, guardou-me na sua aljava. E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel, por quem manifestarei a minha glória». E eu dizia: «Cansei-me inutilmente, em vão e por nada gastei as minhas forças». Mas o meu direito está no Senhor e a minha recompensa está no meu Deus. E agora o Senhor falou-me, Ele que me formou desde o seio materno, para fazer de mim o seu servo, a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob e reconduzir os sobreviventes de Israel. Eu tenho merecimento aos olhos do Senhor e Deus é a minha força. Ele disse-me então: «Não basta que sejas meu servo, para restaurares as tribos de Jacob e reconduzires os sobreviventes de Israel. Farei de ti a luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».
 
Salmo Responsorial: 138
R. Eu Vos dou graças, Senhor, porque maravilhosamente me criastes.
 
Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser: sabeis quando me sento e quando me levanto. De longe penetrais o meu pensamento: Vós me vedes quando caminho e quando descanso, Vós observais todos os meus passos.
 
Vós formastes as entranhas do meu corpo e me criastes no seio de minha mãe. Eu Vos dou graças por me terdes feito tão maravilhosamente: admiráveis são as vossas obras.
 
Vós conhecíeis já a minha alma e nada do meu ser Vos era oculto, quando secretamente era formado, modelado nas profundidades da terra.
 
2ª Leitura (At 13,22-26): Naqueles dias, Paulo falou deste modo: «Deus concedeu aos filhos de Israel David como rei, de quem deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade’. Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel. João tinha proclamado, antes da sua vinda, um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’. Irmãos, descendentes de Abraão e todos vós que temeis a Deus: a nós é que foi dirigida esta palavra de salvação».
 
Aleluia. Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, irás à frente do Senhor a preparar os seus caminhos. Aleluia.
 
Evangelho (Lc 1,57-66.80): Quando se completou o tempo da gravidez, Isabel deu à luz um filho. Os vizinhos e os parentes ouviram quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e alegravam-se com ela. No oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. A mãe, porém, disse: «Não. Ele vai se chamar João». Disseram-lhe: «Ninguém entre os teus parentes é chamado com este nome!». Por meio de sinais, então, perguntaram ao pai como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias pediu uma tabuinha e escreveu: «João é o seu nome!» E todos ficaram admirados. No mesmo instante, sua boca se abriu, a língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor, e a notícia se espalhou por toda a região montanhosa da Judéia. Todos os que ouviram a notícia ficavam pensando: «Que vai ser este menino?» De fato, a mão do Senhor estava com ele. O menino crescia e seu espírito se fortalecia. Ele vivia nos desertos, até o dia de se apresentar publicamente diante de Israel.
 
«O menino crescia e seu espírito se fortalecia»
 
Rev. D. Joan MARTÍNEZ Porcel (Barcelona, Espanha)
 
Hoje, celebramos solenemente o nascimento do Batista. São João é um homem de grandes contrastes: vive o silêncio do deserto, mas dai mesmo move as massas e as convida com voz convincente à conversão; é humilde para reconhecer que ele é tão somente é a voz, não a Palavra, mas não tem medo de falar e é capaz de acusar e denunciar as injustiças até aos mesmos reis; convida aos seus discípulos a ir até Jesus, mas não rejeita conversar com o rei Herodes enquanto está em prisão. Silencioso e humilde é também valente e decidido até derramar seu sangue. João Batista é um grande homem! O maior dos nascidos de mulher, assim o elogiará Jesus; mas somente é o precursor de Cristo.
 
Talvez o segredo de sua grandeza está em sua consciência de saber-se elegido por Deus; assim o expressa o evangelista: «O menino foi crescendo e fortificava-se em espírito, e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.» (Lc 1,80). Toda sua infância e juventude estiveram marcadas pela consciência de sua missão: dar testemunho; e o fez batizando a Cristo no Rio Jordão, preparando para o Senhor um povo bem-disposto e, ao final de sua vida, derramando seu sangue em favor da verdade. Com nosso conhecimento de João, podemos responder à pergunta de seus contemporâneos: «Todos os que o ouviam conservavam-no no coração, dizendo: Que será este menino? Porque a mão do Senhor estava com ele» (Lc 1,66).
 
Todos nós, pelo batismo, fomos escolhidos e enviados a dar testemunho do Senhor. Em um ambiente de indiferença, são João é modelo e ajuda para nós; são Agostinho nos diz: «Admira a João o quanto seja possível, pois o que admiras aproveita a Cristo. Aproveita a Cristo, repito, não porque lhe ofereces alguma coisa a Ele, e sim para que tu possas progredir Nele». Em João, suas atitudes de Precursor, manifestadas na sua oração atenta ao Espírito, em sua fortaleza e sua humildade, nos ajudam a abrir horizontes novos de santidade para nós e para nossos irmãos.
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«‘Eu sou a voz que clama no deserto’. João era a voz; mas o Senhor era a Palavra que no princípio já existia. João era uma voz passageira, Cristo o Verbo eterno desde o princípio (Santo Agostinho)
 
«Quantas pessoas pagam caro o preço do compromisso pela verdade! Quantos homens justos preferem ir contra a corrente, e não negar a voz da consciência, a voz da verdade!» (Francisco)
 
São João Batista é o precursor imediato do Senhor, enviado para lhe preparar o caminho. 'Profeta do Altíssimo' (Lc 1,76), supera todos os profetas, dos quais é o último, e inaugura o Evangelho. Do seio de sua mãe saúda a vinda de Cristo e encontra a sua alegria em ser "o amigo do esposo" (Jo 3,29) que indica como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29). Antecedendo Jesus "com o espírito e a força de Elias" (Lc 1,17), ele dá testemunho d'Ele através da sua pregação, do seu batismo de conversão e, finalmente, do seu martírio" (Catecismo da Igreja Católica, n. 523)
 
A missão de São João Batista é, de certo modo, a missão de todo o batizado: preparar a vinda do Senhor
 
Do site catequisar.com.br
 
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Celebramos nesta segunda-feira, a Solenidade da Natividade de São João Batista, o precursor. Aquele que anunciou o Batismo com água, antevendo que alguém – Jesus – batizaria com o Espírito Santo. Assim a temática fundamental desta solenidade é a Vocação. Todos nós somos chamados a sermos discípulos e missionários de Jesus Cristo, anunciando-O a todos os recantos e dando testemunho de nossa fé batismal. Desde o ventre materno, Deus nos escolheu para uma missão específica e cândida: ser luz para as nações, para que sua salvação chegue a todas as pessoas. A exemplo de São João Batista urge ter a consciência límpida da própria missão. A mão poderosa do Senhor estava sobre o recém-nascido João Batista, por isso, o povo hebreu se admira e se alegra com a criança, considerada um profeta de Deus.
 
* A Solenidade de São João Batista sempre foi celebrada na Igreja levando em conta o Natal de Jesus: exatamente seis meses antes. A vida e a missão de São João Batista estão intimamente unidas à vida e à missão de Jesus. O nascimento de João Batista em Ein Karem, hoje quase periferia de Jerusalém, vem envolto de mistério: filho de mãe estéril e de pai de idade avançada, é considerado desde a concepção um dom precioso de Deus e vem com uma missão divina. João Batista já não é só de sua família carnal. Ele pertence ao povo de Deus e pelo seu nome, já querido por Deus, tem uma missão de ser o arauto do Senhor Jesus. O nome do profeta é significativo, pois João significa que “Deus faz misericórdia”. A misericórdia de Deus, que tira o pecado do mundo, ou seja, a encarnação da divina misericórdia, o Filho de Deus.
 
* Batista, apelido que povo hebreu lhe deu e os Evangelhos canonizaram. Jesus o chama de Batista(cf. Mt 11,11), os discípulos de João o chamam de Batista(cf. Lc 7,20). Herodes Antipas o chama de Batista(cf. Mc 6,14). Herodíades o chama de Batista(cf. Mc 6,24). Batista porque percorria toda a região do Jordão anunciando o batismo de conversão e ele próprio batizou Jesus de Nazaré(cf. Mt 3,15) e contemplou no próprio Jordão a primeira epifania do Cristo: “Os céus se abriram, o Espírito de Deus desceu como uma pomba e pousou sobre ele, e do céu se ouviu uma voz que dizia ser Jesus o Filho muito amado do Pai”(cf. Mt 3,16-17).
 
* Muitas foram as maravilhas operadas por Deus em São João Batista: sua concepção inesperada, sua exultação no seio de Santa Isabel, sua mãe, quando a Virgem Maria, grávida de Jesus dela se aproximou, sua pregação no deserto, sua vida humilde e austeramente penitente, sua pregação profética nos caminhos do Rio Jordão, seu reconhecimento do Senhorio de Jesus e de sua missão de Messias, sua humildade e a sua profecia nos indicando os horizontes do Cristo Senhor. João, o maior nascido de mulher, nas palavras de Jesus, foi destacado pela santidade e pelo anúncio da chegada da plenitude dos tempos.
 
* O nascimento de João Batista significou para Isabel, que era tida publicamente como estéril, como uma remissão e era preciso que todos soubessem que ela, a velha Isabel, não era mais amaldiçoada, mas uma mulher privilegiadamente abençoada pela misericórdia de Deus. A alegria pelo nascimento do Batista é uma recompensa de Deus pela fidelidade de Zacarias, nas palavras do anjo: “Ficarás alegre e contente e todos se alegrarão como seu nascimento”(cf. Lc. 1,14). Para Zacarias o nascimento de seu filho João foi o cumprimento da promessa divina, principalmente ao recuperar a fala para confirmar o nome que o Anjo havia pedido: E o menino chamou-se João e neste momento o Pai começa a louvar a misericórdia insondável de Deus para com ele, para com Isabel e para com a sua casa.
 
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Assim, celebramos pela Palavra de Lucas, as duas dimensões de João Batista: a humana e a divina. A dimensão humana com a alegria da família, dos parentes e dos vizinhos. Esta família é abençoada. E a dimensão divina, quando o casal Isabel e Zacarias obedecem ao anjo Gabriel, voz de Deus, e dão ao menino o nome de João, nome de nenhum de seus parentes, mas indicativo da missão do menino, porque Deus está com João Batista para cumprir a sua missão. Missão, conduzida pela própria mão de Deus, que era de anunciar a chegada do Filho de Deus, o Messias esperado, o Salvador do Mundo.
 
* A Primeira Leitura(cf. Is 49,1-6) nos ensina que a Pertença a Deus faz de João uma nova realização do “Servo de Deus”, um homem cuja palavra é como uma espada afiada, incômoda para quem não quer saber de Deus em sua vida. A história de João prova isso. Hoje queremos cantar o nosso hino de louvor a Deus por nos ter concedido um homem decidido, João Batista. Isso, pois, são muitas vezes que as pessoas retas e intencionadas nos ajudam a modificar os rumos de nossas existências. As palavras incômodas de São João Batista nos fazem a ver com maior clarividência nossa situação. Neste Sentido, João é luz, uma luz poderosa, embora ele não seja a luz definitiva, mas antes, a testemunha da luz. João é luz, ou testemunha da luz, sobretudo por ter apontado Cristo no meio da escuridão da humanidade incrédula. João Batista encarna, por assim dizer, Elias, que era esperado voltar antes da “visita” de Deus.
 
* Como o Servo de Javé, João Batista foi chamado a uma especial missão, desde que foi concebido o seio de sua mãe. Como Ele, recebeu um nome, um chamamento e uma revelação. Como Ele, teve que enfrentar a dureza e o sofrimento no desempenho da missão. Por isso, a primeira leitura, retirado dos “Cânticos do Servo de Javé” adequa-se a João Batista. O verdadeiro profeta realiza a missão, confiando unicamente n’Aquele que o escolheu, chamou e enviou. E só d’Ele espera recompensa. Por isso cantemos o “Benedictus”, o canto de ação de graças de Zacarias quando do nascimento de seu filho João(cf. Lc. 1,68-79), pois a missão de João Batista continua necessária e atual, pois a luz que ele pregou ainda não surgiu em todos os lugares, e precisa ser anunciada nos lugares que carecem desta luz.
 
* A segunda leitura(cf. At 13,22-26) mostra que em Antioquia o discurso de Paulo, com explícita referência a João Batista, mostra a importância que o profeta tinha na primitiva comunidade cristã. São Paulo refere-se, também, a Davi. Davi e João foram dois profetas que, de modo diferente, e em tempos distintos, prepararam a vinda do Messias: Davi recebeu a promessa do Messias; João preparou a vinda do mesmo, pregando um batismo de penitência. Impressiona, nesta página, a clareza com que João identifica Jesus, e se define a si mesmo. É este o primeiro dever do verdadeiro profeta.
 
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O Evangelho desta Solenidade(cf. Lc 1,57-66.80) ensina que o nascimento de João preanuncia o de Jesus. João, ainda no ventre materno, anuncia um outro Menino. O nome de João é prelúdio do de Jesus. O extraordinário evento da maternidade de Isabel prepara outro, o da maternidade de Maria. A missão de João faz-nos pregustar a de Jesus. Trata-se de uma única missão, em dois tempos; dois tempos de uma única história que se desenrola em ritmos alternados, mas sincronizados. Não devemos contrapor a missão do Batista e a de Jesus.
 
* São João Batista foi um profeta austero, que pregou a penitência com uma linguagem pouco amável: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera que está para vir? Produzi, pois, frutos dignos de conversão e não vos iludais a vós mesmos, dizendo: ‘Temos por pai a Abraão!’” (cf. Mt 3, 7-8). O profeta exortava a uma penitência que se torna alegria, alegria da purificação, alegria da vinda do Senhor. A missão de São João Batista é, de certo modo, a missão de todo o batizado: preparar a vinda do Senhor, o que é mais do que simplesmente anunciar. É preciso por ao serviço de Jesus não só as nossas palavras, mas também a nossa vida toda.
 
* Em cada Santíssima Eucaristia, o anúncio da Palavra de Deus repete o tema que o Batista fazia ressoar às margens do Rio Jordão: “Convertei-vos!”. A narrativa da Ceia do Senhor, no centro da Oração Eucarística, é um trecho daquele evangelho que nos deve levar também a perguntar com fé à igreja que no-lo propõe: “Que devemos fazer?”(cf. At 2,37). A resposta de Cristo, corpo-dado e sangue derramado, é: “Fazei isto em memória de mim!”. A vida e o martírio de São João Batista são uma das inúmeras respostas-memorial que sempre sobem ao Pai por Cristo, com Cristo e em Cristo.
 
* Em nossa sociedade pós-moderna parece que a luz do Cristo está ofuscada. Mas com João Batista, vamos preparando os caminhos do Senhor, dando testemunho Dele pela vida e pela missão. Toda a Igreja e todos nós somos convidados a mostrar que o Cristo presente entre os homens e as mulheres é o mesmo que nos chama a viver a solidariedade, o amor e a alegria de servir e acolher a todos para o aprisco do Cristo. Amém!
 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

 
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
 
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
 
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
 
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
 
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
 
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.