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quinta-feira, 22 de março de 2012

M E D I T A Ç Õ E S    Q U A R E S M A I S
O SERVO SOFREDOR - A história da paixão de Cristo XXXI

Os que iam passando blasfemavam dele

     Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo:  Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!  De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam:  Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele.  Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus.  E os mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões que haviam sido crucificados com ele (Mateus 27.39-44).

     Os crucificados estão dependurados nas suas cruzes. Os inimigos jubilam. Finalmente alcançaram seu intento. Irrompem em zombarias. Interessante é observar que tipo de zombaria. Salvou os outros, salve-se a si mesmo. Eles lembram bem os muitos milagres de Jesus. Outra zombaria: Confiou em Deus! Diz-se Filho de Deus, que Deus venha salvá-lo agora. Imaginam. Eles lembram bem os sermões de Jesus. Com isso expressam o temor de seus corações. Temia que isso fosse verdade. E agora, crucificado, parece haver neles um alívio na consciência. Lembram talvez a hora em que queria apedrejá-lo e Jesus tornou-se invisível e se retirou. Temia, agora, que na última hora pudesse dar tudo errado. Mas agora ele estava na cruz. Venceram. O medo de seus corações se transformou em jubilosa zombaria.
     Ainda hoje, os inimigos ao pé da cruz são em número maior do que os fiéis, que o reconhecem como Filho de Deus e o adoram.
     Ainda hoje a cruz é escândalo para os judeus e loucura para os gentios (1 Coríntios 1.23). A razão não pode pensar diferente. Um homem sangrando na cruz, não pode ser Deus. Que pai judiaria assim o seu próprio filho? Como Deus que é amor, poderia martirizar assim seu próprio e unigênito Filho? De fato, todo o plano da salvação nos parece loucura e nos escandaliza. A razão não o pode compreender.
    Somente a quem o Espírito Santo abrir os olhos, iluminar e chamar, este verá, como o malfeitor na cruz, aqui está o Filho de Deus, sofrendo em lugar da humanidade, para reconciliar o mundo com Deus. Aqui Deus fez aquele que não conheceu pecado, pecado por nós, para que fossemos feitos filhos de Deus. Incompreensível, maravilhoso. E quem o crê tem o que a promessa de Deus lhe diz e sela: perdão dos pecados, vida e eterna salvação. 

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