M E D I T A Ç Õ E S
Q U A R E S M A I S
O SERVO SOFREDOR - A história da paixão de Cristo XXXII
Verdadeiramente,
este homem era justo.
Vendo
o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo:
Verdadeiramente, este homem era justo. E
todas as multidões reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido,
retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos (Lucas 23.47-48).
Eram aproximadamente três horas da tarde, quando Jesus entregou o seu
espírito e faleceu. Ao falecer aconteceram coisas estupendas. A terra tremeu.
Sepulcros se abriram e os mortos saíram e foram vistos em Jerusalém (Mateus
27.51-53). O véu do tempo se rasgou em duas partes de alto abaixo. Uma
convulsão da natureza frente ao grande pecado da humanidade. A criatura matou
seu Criador. Pecadores perdidos mataram seu Salvador. Ao mesmo tempo cumpriu-se
o que Jesus havia disse: E eu, quando for
levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo (João 12.32).
Ele salvou toda a humanidade, mas nem todos se deixam atrair a ele.
Muitos fariseus continuavam zombando, alguns, mais tarde, se converteram. Ao pé
da cruz aconteceram coisas impressionantes. O centurião romano, que comandou
toda a crucificação, de repente bate em seu peito e exclama: Verdadeiramente, este homem era justo. O
evangelista Mateus dá mais alguns detalhes e escreve: O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e
tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram:
Verdadeiramente este era Filho de Deus (Mateus 27.54). Que confissão. Tudo
o que presenciou e ouviu ao pé da cruz, teve um forte impacto em sua alma? Ele
sabia: Sob meu comando, o Filho de Deus foi morto. Como vou poder comparecer
diante de Deus Pai? Mas lemos: Vendo o
centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus. Como alguém, com
tamanha culpa na consciência, pôde dar glórias a Deus? Não deveria ele ter
desesperado diante desse reconhecimento? Eis que ele reconheceu não somente o
fato da morte de Cristo, mas também o proveito disso para ele e a humanidade.
Jesus morreu para salvar a humanidade, para reconciliá-la com Deus Pai. O
centurião, portanto, não só estremeceu diante do fato, mas também creu em
Cristo como seu Salvador e isso o levou a dar glórias a Deus.
O apóstolo escreve: Certamente, a
palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos
salvos, poder de Deus (1 Coríntios 1.18). Assim o é até hoje. Pela palavra
da cruz o Espírito Santo ilumina, chama e congrega, mas quem obstinada e
insistentemente lhe resiste, se perde.
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