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sábado, 19 de junho de 2021

Segunda-feira da 12ª semana do Tempo Comum

 MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

São Luís Gonzaga, religioso

Oração preparatória: Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.

1ª Leitura (Gn 12,1-9): Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que Eu te indicar. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei; engrandecerei o teu nome e serás uma bênção. Abençoarei a quem te abençoar, amaldiçoarei a quem te amaldiçoar; por ti serão abençoadas todas as nações da terra». Abrão partiu, como o Senhor lhe tinha ordenado, e levou consigo Lot. Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Tomou consigo Sarai sua esposa, seu sobrinho Lot, todos os bens que possuía e os servos que reunira em Harã, e partiram em direção à terra de Canaã. Tendo chegado à terra de Canaã, Abrão atravessou o país até ao lugar de Siquém, até ao Carvalho de Moré. Os cananeus viviam então naquela terra. O Senhor apareceu a Abrão e disse-lhe: «Darei esta terra à tua descendência». E Abrão ergueu ali um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido. Subindo dali até ao monte situado ao oriente de Betel, armou lá a sua tenda, entre Betel ao ocidente e Hai ao oriente, ergueu um altar ao Senhor e invocou o seu nome. Depois foi prosseguindo de acampamento em acampamento, até chegar ao Negueb.

Salmo Responsorial: 32

R. Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança.

Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus, o povo que Ele escolheu para sua herança. Do Céu o Senhor contempla e observa todos os homens.

Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem, para os que esperam na sua bondade, para libertar da morte as suas almas e os alimentar no tempo da fome.

A nossa alma espera o Senhor: Ele é o nosso amparo e protetor. Venha sobre nós a vossa bondade, porque em Vós esperamos, Senhor.

Aleluia. A palavra de Deus é viva e eficaz: conhece os pensamentos e intenções do coração. Aleluia.

Evangelho (Mt 7,1-5): «Não julgueis, e não sereis julgados. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão».

«Com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós»

Rev. D. Jordi POU i Sabater (Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho recordou-me as palavras da Mariscala em O cavaleiro da Rosa, de Hug von Hofmansthal: «Como é grande a diferença». Como mudar uma coisa mudará muito o resultado em muitos aspectos da nossa vida, sobretudo, a espiritual.

Jesus disse: «Não julgueis, e não sereis julgados» (Mt 7,1). Mas, Jesus também tinha dito que temos de corrigir o irmão que está em pecado, e para isso é necessário ter feito antes algum tipo de juízo. O próprio São Paulo nos seus escritos julga a comunidade de Corinto e São Pedro condena Ananias e a sua esposa por falsidade. Por causa disso, São João Crisóstomo justifica: «Jesus não disse que não temos de evitar que um pecador deixe de pecar, temos que o corrigir sim, mas não como um inimigo que busca a vingança, mas como o médico que aplica um remédio». O juízo, pois, parece que deveria fazer-se, sobretudo com ânimo de corrigir, nunca com ânimo de vingança.

Ainda mais interessante é o que diz Santo Agostinho: «O Senhor previne-nos de julgar rápida e injustamente (...). Pensemos primeiro, se nós não tivemos também algum pecado semelhante; pensemos que somos homens frágeis, e [julguemos] sempre com a intenção de servir a Deus e não a nós». Se quando vemos os pecados dos irmãos pensamos em nós, não nos passará, como diz o Evangelho, que com uma trave no olho queiramos tirar o cisco do olho do nosso irmão (cf Mt 7,3).

Se estivermos bem formados, veremos as coisas boas e as más dos outros, quase de maneira inconsciente: disso faremos juízo. Mas o fato de ver as faltas dos outros desde os pontos de vista citados nos ajudará na forma como julgamos: ajudará a não julgar por julgar, ou por dizer alguma coisa, ou para cobrir as nossas deficiências ou, simplesmente, porque toda a gente o faz. E, para terminar, sobretudo tenhamos em conta as palavras de Jesus: «a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós» (Mt 7,2).

Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.

* No evangelho de hoje continuamos a meditação sobre o Sermão da Montanha que se encontra nos capítulos 5 a 7 do evangelho de Mateus. Nas duas semanas anteriores, vimos os capítulos 5 e 6. Nesta semana, veremos o capítulo 7. Estes três capítulos 5, 6 e 7 oferecem uma ideia de como era a catequese nas comunidades dos judeus convertidos na segunda metade do primeiro século lá na Galileia e Síria. Mateus juntou e organizou as palavras de Jesus para ensinar como devia ser a nova maneira de viver a Lei de Deus.

* Depois de ter explicado como restabelecer a justiça (Mt 5,17 a 6,18) e como restaurar a ordem da criação (Mt 6,19-34), Jesus ensina como deve ser a vida em comunidade (Mt 7,1-12). No fim, ele traz algumas recomendações e conselhos finais (Mt 7,13-27). Aqui segue um esquema de todo o sermão da Montanha:

Mateus 5,1-12: As Bem-aventuranças: solene abertura da nova Lei
Mateus 5,13-16: A nova presença no mundo: Sal da terra e Luz do mundo
Mateus 5,17-19: A nova prática da justiça: relacionamento com a antiga lei
Mateus 5,20-48: A nova prática da justiça: observando a nova Lei.
Mateus 6,1-4: A nova prática das obras de piedade: a esmola
Mateus 6,5-15: A nova prática das obras de piedade: a oração
Mateus 6,16-18: A nova prática das obras de piedade: o jejum
Mateus 6,19-21: Novo relacionamento com os bens materiais: não acumular
Mateus 6,22-23: Novo relacionamento com os bens materiais: visão correta
Mateus 6,24: Novo relacionamento com os bens materiais: Deus ou dinheiro
Mateus 6,25-34: Novo relacionamento com os bens materiais: confiar na providência
Mateus 7,1-5: Nova convivência comunitária: não julgar
Mateus 7,6: Nova convivência comunitária: não desprezar a comunidade
Mateus 7,7-11: Nova convivência comunitária: confiança em Deus gera partilha
Mateus 7,12: Nova convivência comunitária: a Regra de Ouro
Mateus 7,13-14: Recomendações finais: escolher o caminho certo
Mateus 7,15-20: Recomendações finais: o profeta se conhece pelos frutos
Mateus 7,21-23: Recomendações finais: não só falar, também praticar
Mateus 7,24-27: Recomendações finais: construir a casa na rocha

* A vivência comunitária do evangelho (Mt 7,1-12) é a pedra de toque. É onde se define a seriedade do compromisso. A nova proposta da vida em comunidade aborda vários aspectos: não reparar no cisco que está no olho do irmão (Mt 7,1-5), não jogar as pérolas aos porcos (Mt 7,6), não ter medo de pedir as coisas a Deus (Mt 7,7-11). Estes conselhos vão culminar na Regra de Ouro: fazer ao outro aquilo que você gostaria que o outro fizesse a você (Mt 7,12). O evangelho de hoje traz a primeira parte: Mateus 7,1-5.

* Mateus 7,1-2: Não julguem, e vocês não serão julgados. A primeira condição para uma boa convivência comunitária é não julgar o irmão ou a irmã, ou seja, eliminar os preconceitos que impedem a convivência transparente. O que significa isto no concreto? O evangelho de João dá um exemplo de como Jesus vivia em comunidade com os discípulos. Jesus diz: “Eu não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai” (Jo 15,15). Jesus é um livro aberto os para os seus companheiros. Esta transparência nasce da sua total confiança nos irmãos e irmãs e tem a raiz na sua intimidade com o Pai que lhe dá a força para abrir-se totalmente aos outros. Quem assim convive com os irmãos e as irmãs, aceita o outro do jeito que o outro é, sem preconceitos, sem impor-lhe condições prévias, sem julgá-lo. Aceitação mútua sem fingimento e total transparência! Este é o ideal da nova vida comunitária, nascida da Boa Nova que Jesus nos trouxe de que Deus é Pai/Mãe e que, portanto, todos somos irmãos e irmãs uns dos outros. É um ideal tão difícil e tão bonito e atraente como aquele outro:” Ser perfeito como o Pai do céu é perfeito” (Mt 5,48).

* Mateus 7.3-5: Vê o cisco e não percebe a trave. Em seguida, Jesus dá um exemplo: “Por que você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção à trave que está no seu próprio olho? Ou, como você se atreve a dizer ao irmão: 'deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando você mesmo tem uma trave no seu? Hipócrita, tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então você enxergará bem para tirar o cisco do olho do seu irmão". Ao ouvir esta frase, costumamos pensar logo nos fariseus que desprezavam o povo como ignorante e se consideravam a si mesmos melhores que os outros (cf. Jo 7,49; 9,34). Na realidade, a frase de Jesus serve para todos nós. Por exemplo, hoje, muitos de nós católicos pensamos que somos melhores que os outros cristãos. Achamos até que os outros são menos fiéis ao evangelho do que nós católicos. Olhamos o cisco no olho dos nossos irmãos e não enxergamos a enorme trave de orgulho prepotente coletivo nos nossos olhos. Esta trave é a causa por que, hoje, muita gente tem dificuldade de crer na Boa Nova de Jesus.

Para um confronto pessoal

1) Não julgar o outro e eliminar os preconceitos: qual a experiência pessoal que eu tenho neste ponto?

2) Cisco e trave: qual a trave em mim que dificulta minha participação na vida em família e em comunidade?

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu,
tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, ...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas, ...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam, ...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, ...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança, ...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, ...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos, ...
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO: Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)

Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

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