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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Domingo XII do Tempo Comum

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Oração preparatória: Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.

1ª Leitura (Jó 38, 1.8-11): Então, do seio da tempestade, o Senhor deu a Jó esta resposta: “Quem fechou com portas o mar, quando brotou do seio maternal, quando lhe dei as nuvens por vestimenta, e o enfaixava com névoas tenebrosas; quando lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos, dizendo: ‘Chegarás até aqui, não irás mais longe; aqui se deterá o orgulho de tuas ondas?’”

Salmo Responsorial 106/107

R. Daí graças ao Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia!

Os que sulcam o alto-mar com seus navios, para ir comerciar nas grandes águas, + testemunharam os prodígios do Senhor e as suas maravilhas no alto-mar.

Ele ordenou, e levantou-se os furação, arremessando grandes ondas para o alto; + aos céus subiam aos abismos, seus corações desfaleciam de pavor.

Mas gritaram ao Senhor na aflição, e ele os libertou daquela angústia. + Transformou a tempestade em bonança, e as ondas do oceano se calaram.

Alegraram-se ao ver o mar tranquilo, e ao porto desejado os conduziu. + Agradeçam ao Senhor por seu amor e por suas maravilhas entre os homens!

2ª Leitura (2 Cor 5,14-17): O amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram. Sim, ele morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu. Por isso, nós daqui em diante a ninguém conhecemos de um modo humano. Muito embora tenhamos considerado Cristo dessa maneira, agora já não o julgamos assim. Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!

Aleluia. Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou; é Deus que seu povo visita, seu povo meu Deus visitou. Aleluia.

Evangelho (Mc 4,35-41): Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos discípulos: «Passemos para a outra margem!» Eles despediram as multidões e levaram Jesus, do jeito como estava, consigo no barco; e outros barcos o acompanhavam. Veio, então, uma ventania tão forte que as ondas se jogavam dentro do barco; e este se enchia de água. Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram-lhe: «Mestre, não te importa que estejamos perecendo? » Ele se levantou e repreendeu o vento e o mar: «Silêncio! Cala-te! » O vento parou, e fez-se uma grande calmaria. Jesus disse-lhes então: «Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Eles sentiram grande temor e comentavam uns com os outros: «Quem é este, a quem obedecem até o vento e o mar?».

«Mestre, não te importa que estejamos perecendo?»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje ― nestes tempos de «forte ventania» ― nos encontramos interpelados pelo Evangelho. A humanidade viveu dramas que, como ondas violentas, irromperam sobre homens e povos inteiros, particularmente durante o século XX e o início do XXI. E, às vezes, sai do fundo da alma perguntar-lhe: «Mestre, não te importa que pereçamos?» (Mc 4,38); se Tu verdadeiramente existes, se Tu és Pai, por que ocorrem estes episódios?

Ante a lembrança dos horrores dos campos de concentração da II Guerra Mundial, o Papa Bento se pergunta: «Onde estava Deus nesses dias? Por que permaneceu calado? Como pôde tolerar este excesso de destruição?». Uma pergunta que Israel, ainda no Antigo Testamento, se fazia: «Por que dormes? (...). Por que escondes teu rosto e esqueces nossa desgraça» (Sal 44,24-25).

Deus não responderá a estas perguntas: podemos pedir tudo a Ele, menos o porquê das coisas; não temos o direito de pedir-Lhe contas. Na realidade, Deus está e está falando; somos nos quem não estamos [na sua presença] e, portanto, não ouvimos a sua voz. «Nos ― diz Bento XVI ― não podemos escrutar o segredo de Deus e da história. Neste caso, não defenderíamos ao homem, mas contribuiríamos somente à sua destruição».

Efetivamente, o problema não é que Deus não exista ou que não esteja, porém que os homens vivamos como se Deus não existisse. Aqui está a resposta de Deus: «Por que estais com tanto medo? Como não tens fé?» (Mc 4,40). Isso disse Jesus aos Apóstolos, e o mesmo lhe disse a Santa Faustina Kowalska: «Minha filha, não tenhas medo de nada, Eu sempre estou contigo, ainda que te pareça que não esteja»

Não lhe perguntemos, melhor rezemos e respeitemos a sua vontade e, então haverá menos dramas... E, assombrados, exclamaremos: «Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem» (Mc 4,41). ―Jesus, em vos confio!

A barca é a Igreja e pode ser considerada também como figura da nossa própria vida.

D. Henrique Soares da Costa

Hoje, o Evangelho nos apresenta Jesus na barca, dormindo, cansado, ao anoitecer. Tão doce, essa imagem… Essa barca é a Igreja e pode ser considerada também como figura da nossa própria vida. Como quer que seja, o cenário é desolador e apavorante: é noite, no meio do Mar da Galileia, e, de repente, levanta-se uma tempestade de vento muito forte, com as ondas lançando-se barco a dentro.

Pensemos, caríssimos, que muitas vezes é assim que percebemos, seja a realidade da Igreja, seja a realidade de nossa própria existência. Tanta vez é noite e nada podemos enxergar com clareza; tanta vez as ondas parecem agitar tudo, e as torrentes ameaçam nossa pobre barquinha, de modo que nos sentimos pequenos e impotentes, como os navegadores descritos pelo Salmo de hoje: “Ele ordenou, e levantou-se o furacão, arremessando grandes ondas para o alto; aos céus subiam e desciam aos abismos, seus corações desfaleciam de pavor”. Ai! Que tantas vezes encontramo-nos nessa situação, tantas vezes vemos a Igreja encontrar-se assim! E o Senhor, como no Evangelho de hoje, parece dormir, parece alheio à nossa aflição, distante da nossa angústia, incapaz de nos salvar… quantas vezes temos de dizer: “Senhor, por que dormes? Por que não respondes? Por que parece que não vês a dor e o sofrimento?

Não é ruim que gritemos ao Senhor, caríssimos, pois gritar-lhe, pedir-lhe e até queixar-se a ele é sinal de fé. Só quem crê e considera realmente Deus como Alguém e não como uma ideia abstrata, é que reza realmente! Então, gritemos, então, rezemos, então supliquemos! Só não o façamos com a atitude de descrença dos apóstolos. O mal deles não foi acordar o Senhor, não foi suplicar por socorro. Não! Seu mal foi duvidar do seu amor! Vede, caros meus, como eles dizem: “Não te importas que estejamos perecendo?” Duvidam da solicitude do Senhor, duvidam de seu cuidado por eles, duvidam do seu amor pela humanidade e por cada um de nós: “Não te importas?” Aconteça o que acontecer conosco, meus caros, não temos o direito de duvidar do amor de Cristo, da sua presença, do seu cuidado para conosco. Olhemos a Cruz! Conhecemos o amor de Deus para conosco, sabemos o quando Cristo nos quer bem, o quanto é nosso amigo, pois que não há maior prova de amor que dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13), e ele deu a sua vida por nós… São Paulo nos recorda, na segunda leitura de hoje, que “um só morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. E então, meus caros? Aquele que vai na nossa barca, na barca da Igreja e na barca da nossa vida, é o mesmo que se deu todo a nós e todo por nós; aquele que por nós morreu e ressuscitou! Gritar por ele, sim; clamar por ele, sim; suspirar pelo socorro dele, sim também; mas duvidar e reclamar com soberba descrença, não!

Será que não cremos de verdade que ele é o Senhor, que ele está vivo? Será que não sabemos com todo o nosso coração que ele é o Deus que domina o orgulho das ondas do mar? Vede como ele impera, como ordena: “Silêncio, mar! Cala-te!” E, que diz o Evangelho? “O vento cessou e houve uma grande calmaria”. E, então, Jesus perguntou aos Doze, e nos pergunta a nós: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” – Então, Senhor, por que tenho medo, se nada é impossível para ti? Por que me entristeço tanto, se nada é impossível para ti? Por que me sinto sozinho, abandonado na vida, inseguro, preso pelo destino, se podes tudo, se venceste a morte; se sei que nada é impossível para ti?

Para a mentalidade bíblica, era muito claro que somente Deus pode domar o mar. E ainda hoje, o homem da tecnologia, tão prepotente e metido a autossuficiente, treme de medo diante da potência do oceano. Por isso, a pergunta assustada dos Doze: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” Pois bem, este é o próprio Deus! Isso mesmo: Jesus é Deus, Jesus acalma o mar! Hoje, caríssimos, temos a ilusão que podemos controlar nossa vida e nosso destino. É mentira, é ilusão, é soberba! A barquinha de nossa vida, que atravessa o mar borrascoso deste mundo, está nas mãos do Senhor. Então, entreguemo-nos a ele, confiemo-nos em suas mãos! E, se ele parece dormir, não temamos, porque estará sempre conosco e, se olharmos bem a sua Cruz, saberemos com toda certeza que, venha o que vier, ele nos ama, ele faz conta de nós, ele não nos esquece! Aliás, esta é a grande diferença entre quem crê e quem não crê: para aquele que de verdade acredita no Senhor e nele coloca sua confiança, venha o que vier, ele espera e confia, ele sabe que está nas mãos de Alguém que nos ama. Afinal, o que sabemos da vida? Que sabemos do modo como Deus dirige o mundo e nossa existência? Será que não percebemos que o Senhor está presente no silêncio tanto quanto está presente quando nos fala? Será que não vemos que ele está ao nosso lado no sorriso como também no pranto? Será que esquecemos que mesmo a treva para ele não é escura? – Ele é a luz e, com ele, a própria noite resplandece como o dia! Pensemos ainda nas palavras do Salmista: “Gritaram ao Senhor na aflição, e ele os libertou daquela angústia. Transformou a tempestade em bonança, e as ondas do oceano se calaram. Alegraram-se ao ver o mar tranquilo, e ao porto desejado os conduziu. Agradeçam ao Senhor por seu amor e por suas maravilhas entre os homens!” – Senhor Jesus, perdoa porque ainda somos medrosos, ainda temos tantos temores! Quantas vezes juramos confiança em ti; quantas vezes dizemos que te amamos… Mas, na tempestade e na treva do mar bravio e profundo, tememos e duvidamos e, ainda, raivosos, temos queixas de ti e a ti acusamos… Perdoa nossa insensatez, perdoa nossa descrença, perdoa nossa cegueira! Conduze tu mesmo, como bem quiseres, a barquinha da Igreja, o barco pequenino da nossa vida! Dá-nos a confiança de que tu és o fiel condutor e o porto bendito, no qual um dia ancoraremos para sempre a pobre barca da nossa existência. Amém.

LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, ...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas, ...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam, ...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de sofrimentos, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, ...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança, ...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, ...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos, ...
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO: Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)

Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado. Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós. Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

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