ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó
Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Mt 23,1-12): Depois, Jesus falou às multidões e aos
discípulos: «Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para
ensinar. Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não
imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. Amarram fardos pesados e
insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem
movê-los, nem sequer com um dedo. Fazem todas as suas ações só para serem
vistos pelos outros, usam faixas bem largas com trechos da Lei e põem no manto
franjas bem longas. Gostam do lugar de honra nos banquetes e dos primeiros
assentos nas sinagogas, de serem cumprimentados nas praças públicas e de serem
chamados de ‘Rabi’. Quanto a vós, não
vos façais chamar de ‘Rabi’, pois um só é vosso Mestre e todos vós sóis irmãos.
Não chameis a ninguém na terra de ‘pai’, pois um só é vosso Pai, aquele que
está nos céus. Não deixeis que vos chamem de ‘guia’, pois um só é o vosso Guia,
o Cristo. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve.
Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado».
«Um só é vosso Mestre; um só é vosso Pai;
um só é o vosso Guia»
Pbro.
Gerardo GÓMEZ (Merlo, Buenos Aires, Argentina)
Hoje, mais do que nunca, devemos
trabalhar pela nossa salvação pessoal e comunitária, como diz São Paulo, com
respeito e seriedade, já que «É agora o momento favorável, é agora o dia da
salvação» (2Cor 6,2). O tempo quaresmal é uma oportunidade sagrada dada pelo
nosso Pai para que, numa atitude de profunda conversão, revitalizemos nossos
valores pessoais, reconheçamos nossos erros e nos arrependamos de nossos
pecados, de maneira que nossa vida se transforme — pela ação do Espírito Santo —
numa vida mais plena e madura.
Para adequar nossa conduta à do Senhor
Jesus é fundamental um gesto de humildade, como diz o Papa Bento XVI:
«Reconheço-me por aquilo que sou, uma criatura frágil, feita de terra e
destinada à terra, mas também feita à imagem de Deus e destinada a Ele».
Na época de Jesus, havia muitos
“modelos" que oravam e agiam para serem vistos, para serem reverenciados:
pura fantasia, personagens de papelão, que não podiam estimular o crescimento e
a madurez dos seus vizinhos. Suas atitudes e condutas não mostravam o caminho
que conduz a Deus; «Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai,
mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam» (Mt 23,3).
A sociedade atual também nos apresenta
uma infinidade de modelos de conduta que abocam a uma existência vertiginosa,
aloucada, debilitando o sentido de transcendência. Não deixemos que esses
falsos referentes nos façam perder de vista o verdadeiro Mestre: «Um só é vosso
Mestre; (...) um só é vosso Pai; (...) um só é o vosso Guia: Cristo» (Mt
23,8.9.10).
Aproveitemos a quaresma para fortalecer
nossas convicções como discípulo de Jesus Cristo. Procuremos ter momentos
sagrados de “deserto”, onde nos reencontremos com nós mesmos e, com o
verdadeiro modelo e mestre. E diante às situações concretas nas que muitas
vezes não sabemos como reagir poderíamos nos perguntar: Que diria Jesus? Como
agiria Jesus?
«Mas não imiteis suas ações! Pois eles
falam e não praticam»
Rev.
D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje Jesus chama-nos a dar testemunho de
vida cristã com o exemplo, da coerência de vida e da retitude da intenção. O
Senhor, referindo-se aos mestres da Lei e aos fariseus, diz-nos: «Não imiteis
suas ações. Pois eles falam e não praticam» (Mt 23,3). É uma acusação terrível!
Todos temos experiência do mal e do
escândalo — desorientação das almas — que causa o “anti-testemunho” quer dizer, o
mau exemplo. À vez também todos lembramos o bem que nos fizeram os bons
exemplos que vimos ao largo de nossas vidas. Não esqueçamos o que afirma a dita
popular «vale mais uma imagem que mil palavras». Em definitiva, «hoje mais do
que nunca, a Igreja tem consciência de que a sua mensagem social será aceite
pelo testemunho das obras, mais do que pela sua coerência e lógica interna»
(João Paulo II).
Uma modalidade do mau exemplo
especialmente perniciosa para a evangelização é a falta de coerência de vida.
Um apóstolo do terceiro milênio, que está chamado à santidade no meio da gestão
dos assuntos temporais, deve de ter presente que «só a relação entre uma
verdade consequente consigo mesma e seu cumprimento na vida pode fazer brilhar
aquela evidência da fé esperada pelo coração humano; só através desta porta (da
coerência) entrará o Espírito no mundo» (Bento XVI).
Por fim, Jesus lamenta aqueles que «fazem
todas as suas ações só para serem vistos pelos outros» (Mt 23,5). A
autenticidade da nossa vida de apóstolos de Cristo exige a retidão de intenção.
Temos de agir, sobretudo por amor a Deus, para a glória do Pai. Assim como o
podemos ler no Catecismo da Igreja, «Deus criou tudo para o homem, mas o homem
foi criado para servir e amar a Deus e para oferecer-lhe toda a criação». Esta
é a nossa grandeza: servir a Deus como filhos seus!
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
* O evangelho de hoje traz uma crítica de
Jesus contra os escribas e fariseus do seu tempo. No começo da atividade
missionária de Jesus, os doutores de Jerusalém já tinham ido até a Galileia
para observá-lo (Mc 3,22; 7,1). Incomodados pela pregação de Jesus, tinham
espalhado a calúnia de que ele era um possesso (Mc 3,22). Ao longo dos três
anos a popularidade de Jesus cresceu. Cresceu também o conflito dele com as
autoridades religiosas. A raiz deste conflito estava na maneira de eles se
colocarem frente a Deus. Os fariseus buscavam sua segurança não tanto no amor
de Deus para com eles, mas mais na observância rigorosa da Lei. Confrontado com
esta mentalidade, Jesus acentua a prática do amor que relativiza a observância
da lei e lhe dá o seu verdadeiro sentido.
* Mateus 23,1-3: A raiz da crítica: “Eles dizem,
mas não fazem”. Jesus reconhece
a autoridade dos escribas e fariseus. Eles ocupam a cátedra de Moisés e ensinam
a lei de Deus, mas eles mesmos não observam o que ensinam. Daí a advertência de
Jesus ao povo: “Fazei e observai tudo quanto vos disserem. Mas não imiteis suas
ações, pois dizem, mas não fazem! ” É uma crítica arrasadora! Em seguida, como
num espelho, Jesus faz ver alguns aspectos da incoerência das autoridades
religiosas.
* Mateus 23,4-7: Olhar no espelho para fazer uma
revisão de vida. Jesus chama a
atenção dos discípulos para o comportamento incoerente de alguns doutores da
lei. Ao meditar estas incoerências, convém pensar não nos fariseus e escribas
daquele longínquo passado, mas sim em nós mesmos e nas nossas incoerências:
amarrar pesos pesados nos outros e nós mesmos não os carregamos; fazer as
coisas para sermos vistos e elogiados; gostar dos lugares de honra e de sermos
chamados de doutor. Os escribas gostavam de entrar nas casas das viúvas e fazer
longas preces em troca de dinheiro! (Mc 12,40).
* Mateus 23,8-10: Vocês todos são irmãos. Jesus
manda ter atitude contrária. Em vez de usar a religião e a comunidade como meio
de autopromoção para aparecer mais importante diante dos outros, ele pede para
não usar o título de Mestre, Pai ou Guia, pois um só é o guia, o Cristo; só
Deus no céu é Pai; e o próprio Jesus é o mestre. Todos vocês são irmãos. Esta é
a base da fraternidade que nasce da certeza de que Deus é nosso Pai.
* Mateus 23,11-12: O resumo final: o maior é o menor. Esta frase final é o que caracteriza tanto o
ensino como o comportamento de Jesus: “O maior de vocês deve ser aquele que
serve a vocês. Quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”
(cf. Mc 10,43; Lc 14,11; 18,14).
Para um confronto pessoal
1) O que Jesus
criticou nos doutores da Lei, e em que os elogiou? O que ele critica em mim e o
que elogiaria em mim?
2) Você já olhou no
espelho?
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! Que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende
piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de
nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua
casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo. Amém.
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