ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó
Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a
confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos
revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos
seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de
Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Lc 6,36-38): Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos:
«Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não
sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis
perdoados. Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e
transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois, a medida que usardes
para os outros, servirá também para vós».
«Dai e vos será dado»
+
Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret (Vic, Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho segundo São Lucas
proclama uma mensagem mais densa do que breve, e note-se que é mesmo muito
breve! Podemos reduzi-la a dois pontos: um enquadramento de misericórdia e um
conteúdo de justiça.
Em primeiro lugar, um enquadramento de
misericórdia. Com efeito, a máxima de Jesus sobressai como uma norma e
resplandece como um ambiente. Norma absoluta: se o nosso Pai do céu é
misericordioso, nós, como filhos seus, também o devemos ser. E como é
misericordioso, o Pai! O versículo anterior afirma: «(...) e sereis filhos do
Altíssimo, porque Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lc 6,35).
Em segundo lugar, um conteúdo de justiça.
Efetivamente, encontramo-nos perante uma espécie de “lei de talião”, nos
antípodas (oposta) da que foi rejeitada por Jesus («Olho por olho, dente por
dente»). Aqui, em quatro momentos sucessivos, o divino Mestre ensina-nos,
primeiro, com duas negações; depois, com duas afirmações. Negações: «Não
julgueis e não sereis julgados»; «Não condeneis e não sereis condenados».
Afirmações: «Perdoai e sereis perdoados»; «Dai e vos será dado».
Apliquemo-las fielmente à nossa vida de
todos os dias, atendendo especialmente à quarta máxima, como faz Jesus. Façamos
um corajoso e lúcido exame de consciência: se em matéria familiar, cultural,
econômica e política o Senhor julgasse e condenasse o nosso mundo como o mundo
julga e condena, quem poderia enfrentar esse tribunal? (Ao regressar a casa e
ao ler os jornais ou escutar as notícias, pensemos apenas no mundo da
política). Se o Senhor nos perdoasse como o fazem normalmente os homens,
quantas pessoas e instituições alcançariam a plena reconciliação?
Mas a quarta máxima merece uma reflexão
particular já que, nela, a boa lei de talião que estamos a considerar fica, de
alguma forma, superada. Com efeito, se dermos, nos darão na mesma proporção?
Não! Se dermos, receberemos — notemo-lo bem — «Uma medida boa, socada, sacudida
e transbordante» (Lc 6,38). É, pois, à luz desta bendita desproporção que somos
exortados a dar previamente. Perguntemo-nos: quando dou, dou bem, dou
procurando o melhor, dou com plenitude?
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
* Os três breves
versículos do Evangelho de hoje (Lc 6,36-38) são a parte final de um pequeno
discurso de Jesus (Lc 6,20-38). Na primeira parte deste discurso, ele se dirige
aos discípulos (Lc 6,20) e aos ricos (Lc 6,24) proclamando para os discípulos
quatro bem-aventuranças (Lc 6,20-23), e para os ricos quatro maldições (Lc
6,20-26). Na segunda parte, ele se dirige a todos que o escutam (Lc 6,27), a
saber, aquela multidão imensa de pobres e doentes, vinda de todos os lados (Lc
6,17-19). As palavras que ele diz a este povo e a todos nós, são exigentes e
difíceis: amar os inimigos (Lc 6,27), não amaldiçoar (Lc 6,28), oferecer a
outra face a quem bate no rosto e não reclamar quando alguém toma o que é nosso
(Lc 6,29). Como entender estes conselhos tão exigentes? A explicação nos é dada
nos três versículos do evangelho de hoje, nos quais atingimos o centro da Boa
Nova que Jesus nos trouxe.
* Lucas 6,36: Ser misericordioso como vosso Pai é
misericordioso. As
bem-aventuranças para os discípulos (Lc 6,20-23) e as maldições contra os ricos
(Lc 6,24-26) não podem ser interpretadas como uma ocasião para os pobres se
vingarem dos ricos. Jesus manda ter a atitude contrária. Ele diz: "Amai os
vossos inimigos!" (Lc 6,27). A mudança ou conversão que Jesus quer realizar
em nós não consiste em virar a mesa apenas para inverter o sistema, pois aí
nada mudaria. Ele quer é mudar o sistema. O Novo que Jesus quer construir vem
da nova experiência que ele tem de Deus como Pai/Mãe cheio de ternura que
acolhe a todos, bons e maus, que faz brilhar o sol para maus e bons e faz
chover sobre injustos e justos (Mt 5,45). O amor verdadeiro não depende nem
pode depender do que eu recebo do outro. O amor deve querer o bem do outro
independentemente do que ele ou ela faz por mim. Pois assim é o amor de Deus
por nós. Ele é misericordioso não só para com os bons, mas para com todos, até
“para com os ingratos e com os maus” (Lc 6,35). Os discípulos e as discípulas
de Jesus devem irradiar este amor misericordioso.
* Lucas 6,37-38: Não julgar para não ser julgado. Estas palavras finais repetem de maneira mais
clara o que ele tinha dito anteriormente: “Aquilo que vocês desejam que os
outros façam a vocês, vocês devem fazer a eles” (Lc 6,31; cf. Mt 7,12). Se você
não deseja ser julgado, não julgue! Se não deseja ser condenado, não condene!
Se quiser ser perdoado, perdoe! Se quiser receber uma boa medida, dê uma boa
medida aos outros! Não fique esperando até que o outro tome a iniciativa, mas
tome você a iniciativa e comece já! E verá que dará certo!
Para um confronto pessoal
1) Quaresma é tempo
de conversão. Qual a conversão que o evangelho de hoje pede de mim?
2) Você já tentou
ser misericordioso como o Pai do céu é misericordioso?
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! Que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende
piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de
nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua
casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo. Amém.
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