Meditações Pascais - 5ª Meditação
Cristo ressuscitado, fornalha ardente de amor
Pe. Divino Antônio
Lopes FP.
“E disseram um ao outro: ‘Não ardia o nosso coração quando
ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?” (Lc 24, 32).
Como é consolador andar na presença de Deus, dialogar com o
Senhor do universo e receber o Seu carinho e amor: “Entre Jesus e certas almas
existe um amor tão grande que sempre a alma vive em presença do Amado. Não pode
permitir que nenhuma coisa criada o impeça, por isso, busca a solidão” (Santa
Teresa dos Andes).
Aquele que vive mergulhado em Cristo Jesus, numa união
verdadeira e totalmente separado das criaturas, vencerá todos os obstáculos com
vitória, porque o Piloto que governa a sua vida o ajudará: “Tudo posso naquele
que me fortalece” (Fl 4, 13).
A presença de Nosso Senhor muda completamente a nossa vida.
Os discípulos de Emaús diziam: “Não ardia o nosso coração quando ele nos
falava?” (Lc 24, 32). Quando Jesus Cristo está em nós, não somente o nosso
coração, mas todo o nosso ser arde de amor por Ele. Nosso Senhor é a fornalha
ardente que nos aquece.
Quando Cristo fala, o nosso coração arde de amor; quando o
mundo fala, a nossa alma sente-se enojada, porque ele é vazio e interesseiro.
Quando há abundância de sinais e de testemunhos, é menos meritório acreditar. [...] É por isso que Deus só realiza obras maravilhosas quando elas são absolutamente necessárias para a fé dos homens. Por este motivo, e a fim de que os Seus discípulos não fossem privados do mérito da fé por terem tido experiência direta da Sua ressurreição, antes de lhes aparecer, dispôs as coisas de modo a que eles acreditassem sem O terem visto.
A Maria Madalena, começou por lhe mostrar o túmulo vazio; em seguida, instruiu-a por meio dos anjos, porque «a fé vem da pregação», como diz São Paulo (Rm 10,17). O Senhor queria que ela cresse ouvindo e antes de ver; e, quando O viu, foi sob a aparência de um jardineiro, a fim de completar a sua instrução na fé.
Aos discípulos, começou por lhes enviar as santas mulheres, que lhes disseram que Ele tinha ressuscitado. Aos peregrinos de Emaús, começou por inflamar o coração na fé, antes de Se lhes revelar. Por fim, repreendeu os discípulos por não terem acreditado. E a Tomé, que tinha querido tocar-Lhe nas chagas, disse: «Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditam» (Jo 20,29)!
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João da Cruz (1542-1591), Carmelita, Doutor da Igreja - A Subida ao Carmelo 3,31 (a partir da trad. OC, Cerf 1990, p. 869 rev.)
«Censurou-lhes a incredulidade»
Quando há abundância de sinais e de testemunhos, é menos meritório acreditar. [...] É por isso que Deus só realiza obras maravilhosas quando elas são absolutamente necessárias para a fé dos homens. Por este motivo, e a fim de que os Seus discípulos não fossem privados do mérito da fé por terem tido experiência direta da Sua ressurreição, antes de lhes aparecer, dispôs as coisas de modo a que eles acreditassem sem O terem visto.
A Maria Madalena, começou por lhe mostrar o túmulo vazio; em seguida, instruiu-a por meio dos anjos, porque «a fé vem da pregação», como diz São Paulo (Rm 10,17). O Senhor queria que ela cresse ouvindo e antes de ver; e, quando O viu, foi sob a aparência de um jardineiro, a fim de completar a sua instrução na fé.
Aos discípulos, começou por lhes enviar as santas mulheres, que lhes disseram que Ele tinha ressuscitado. Aos peregrinos de Emaús, começou por inflamar o coração na fé, antes de Se lhes revelar. Por fim, repreendeu os discípulos por não terem acreditado. E a Tomé, que tinha querido tocar-Lhe nas chagas, disse: «Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditam» (Jo 20,29)!
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