MEDITAÇÕES PASCAIS - 6ª Meditação
Cristo ressuscitado, amigo atencioso
Pe. Divino Antônio
Lopes FP.
Comentando ainda o trecho de Lc
24, 32, sobre o diálogo dos discípulos de Emaús: “Não ardia o nosso coração
quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?”
A voz de Nosso Senhor arde em
nosso coração, porque é a voz do amor eterno. Um coração que anda somente à
procura da vaidade do mundo não se sente aquecido ao ouvir a voz do amor
eterno.
Um coração apaixonado por Nosso
Senhor deve estar sempre em chamas, chamas que nascem daquela união perfeita da
alma com o Esposo celeste.
Cristo Jesus deve ser o nosso
Doce Hóspede. Quando estivermos em oração ou missionando, devemos permanecer
sempre unidos a Ele. Precisamos abastecer continuamente o nosso coração, e esse
abastecimento acontece através do diálogo com o Senhor; aquele diálogo
atencioso e cheio de amor.
Nosso Senhor se colocou entre os
discípulos de Emaús e foi bem acolhido. Devemos acolher as graças enviadas por
Nosso Senhor com o máximo de gratidão e transformar o coração em um belíssimo e
precioso vaso de cristal, para acolher as graças enviadas pelo bondoso
Salvador.
Doce Senhor, queremos caminhar
unidos a Ti, nada nos desviará da Vossa santa amizade.
Queremos ouvir sempre a Vossa
voz, porque a mesma aquece o nosso frio e indiferente coração; queremos que Tu
sejas o nosso único Amigo, porque em Ti não existe traição.
Jesus Querido, transforme o nosso
coração em uma brasa ardente... que ele esteja continuamente em chamas, e
assim, ficaremos saciados da sede de amor que sentimos por Ti.
Senhor, queremos Te acolher com
amor e atenção, assim como Tu foste acolhido pelos discípulos de Emaús. O nosso
coração deve estar fechado para as criaturas e completamente aberto para Ti.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja - A Subida do Monte Carmelo, livro 2, cap. 5
Lemos em São João: «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus». Renascer perfeitamente do Espírito Santo nesta vida é ter a alma muito parecida com Deus pela pureza, é não reter em si mesmo nenhuma mistura de imperfeição. É assim que se pode realizar a pura transformação da alma em Deus; ela participa da natureza de Deus pela sua união com Ele, embora essa união não seja a união das naturezas essenciais de ambos.
Para maior clareza, façamos uma comparação. Eis um raio de sol que cai sobre um vidro. Se o vidro estiver obscurecido por uma mancha ou embaciado, o raio não o poderá iluminar inteiramente nem transformá-lo totalmente na sua luz, como aconteceria se ele estivesse perfeitamente límpido e livre de toda a mancha. [...] A culpa não será do feixe de luz, mas do vidro. Se este estivesse totalmente puro e livre de manchas, iluminá-lo-ia e transformá-lo-ia de modo que pareceria ser o próprio raio de sol e daria a mesma claridade que ele. Continua a ser verdade que o vidro, ainda que muito parecido com o raio, manteria a sua natureza distinta. E, no entanto, poderíamos dizer que o vidro se tornou raio de luz, por participação.
Passa-se o mesmo com a alma. Está constantemente a ser invadida pela luz do ser de Deus, ou por outra, esta habita nela por natureza. Desde que consinta em desfazer-se das névoas e das manchas que os objetos criados nela imprimem, ou, por outras palavras, desde que tenha a sua vontade perfeitamente unida à de Deus - pois amar Deus é trabalhar, por Deus, para se despojar de tudo aquilo que não é Deus - encontra-se, desde logo, iluminada e transformada em Deus.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João da Cruz (1542-1591), carmelita, doutor da Igreja - A Subida do Monte Carmelo, livro 2, cap. 5
«Aquilo que nasce do Espírito é espírito»
Lemos em São João: «Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus». Renascer perfeitamente do Espírito Santo nesta vida é ter a alma muito parecida com Deus pela pureza, é não reter em si mesmo nenhuma mistura de imperfeição. É assim que se pode realizar a pura transformação da alma em Deus; ela participa da natureza de Deus pela sua união com Ele, embora essa união não seja a união das naturezas essenciais de ambos.
Para maior clareza, façamos uma comparação. Eis um raio de sol que cai sobre um vidro. Se o vidro estiver obscurecido por uma mancha ou embaciado, o raio não o poderá iluminar inteiramente nem transformá-lo totalmente na sua luz, como aconteceria se ele estivesse perfeitamente límpido e livre de toda a mancha. [...] A culpa não será do feixe de luz, mas do vidro. Se este estivesse totalmente puro e livre de manchas, iluminá-lo-ia e transformá-lo-ia de modo que pareceria ser o próprio raio de sol e daria a mesma claridade que ele. Continua a ser verdade que o vidro, ainda que muito parecido com o raio, manteria a sua natureza distinta. E, no entanto, poderíamos dizer que o vidro se tornou raio de luz, por participação.
Passa-se o mesmo com a alma. Está constantemente a ser invadida pela luz do ser de Deus, ou por outra, esta habita nela por natureza. Desde que consinta em desfazer-se das névoas e das manchas que os objetos criados nela imprimem, ou, por outras palavras, desde que tenha a sua vontade perfeitamente unida à de Deus - pois amar Deus é trabalhar, por Deus, para se despojar de tudo aquilo que não é Deus - encontra-se, desde logo, iluminada e transformada em Deus.
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