MEDITAÇÕES PASCAIS - 10ª MEDITAÇÃO
Cristo ressuscitado, luz para os cegos
“Mas o Anjo,
dirigindo-se às mulheres, disse: Não tenhais medo, vós, pois sei que buscais a
Jesus, o crucificado. Não está aqui, porque ressuscitou como tinha dito. Vinde
ver o lugar onde jazia” (Mt 28, 5-6).
A ressurreição
de Nosso Senhor Jesus Cristo nos convida a ressuscitarmos todos os dias, isto
é, sairmos do túmulo do pecado e do apego às coisas terrenas.
Para que a
nossa ressurreição seja autêntica e contínua, é preciso que melhoremos
continuamente, que brilhemos com o exemplo e não deixemos nenhuma poeira
ofuscar-lhe o brilho. Jamais cruzemos os braços achando que estamos ótimos,
isso também é permanecer no túmulo... jamais digamos basta e nos esforcemos
para progredirmos na santidade.
O Anjo
mostrou-lhes o túmulo onde Nosso Senhor havia sido colocado e disse-lhes: “Não
está aqui, porque ressuscitou como tinha dito” (Mt 28, 6).
Precisamos
alegrar a tal ponto o nosso Anjo da Guarda buscando a santidade com empenho e
fervor, que se um dia o mesmo fosse falar da nossa vida para alguém, diria:
“Ele ressuscitou, vinde ver o lugar onde ele estava”.
Esse
“ressuscitou” significa: não cometer mais tais pecados, não buscar as coisas
passageiras da terra, não se apegar às criaturas, não ter mais apego ao pecado
venial, etc. Significa também: amar a Deus sobre todas as coisas buscando
sempre as do alto, viver a fé, a esperança, a caridade e colocar em prática a
prudência, a justiça, a temperança e a fortaleza.
Esse “lugar”
significa: não estar acomodado nos vícios, não cruzar os braços diante dos
defeitos, não viver abraçado com a tibieza, etc., e também: abandonar o homem
velho e se revestir do homem novo, sair em busca da santidade, não se conformar
com a mediocridade, etc., a ponto de muitos falarem: “Ele vivia no caminho
errado, na vida escura, e agora não ocupa mais esse “lugar”, saiu da escuridão
e agora vive na luz”.
Comentário ao Evangelho do dia (jo6,22-29) feito por Santo Hilário (315?-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja - Tratado sobre a Trindade
É de Vós, Deus Pai Onipotente, que depende conceder o que se pede, estar presente quando se procura, abrir a quem bate à porta (Lc 11,9). Quando se trata de compreender as verdades que se referem a Vós, vemo-nos impedidos por um certo entorpecimento preguiçoso da nossa natureza e sentimo-nos limitados pela nossa inevitável ignorância e debilidade; esperamos portanto que façais progredir o nosso tímido esforço inicial, que consolideis o seu desenvolvimento crescente e o leveis à união com o espírito dos Profetas e dos Apóstolos, para que compreendamos o sentido exato das suas palavras e interpretemos o seu verdadeiro significado.
Vamos falar do que eles pregaram no sacramento: que Vós sois o Deus eterno, Pai do Unigênito Deus eterno; que só Vós sois sem nascimento; e que há um só Senhor Jesus Cristo, que de Vós procede por nascimento eterno; não afirmamos que Ele seja outro Deus diverso de Vós, mas proclamamos que foi gerado de Vós que sois o único Deus; e confessamos que Ele é Deus verdadeiro, nascido de Vós que sois verdadeiro Deus e Pai.
Abri-nos, portanto, o significado autêntico das palavras, dai-nos a luz da inteligência, a perfeição da linguagem, a verdadeira fé. Fazei que sejamos capazes de exprimir a nossa fé: que Vós sois o único Deus Pai e que há um só Senhor Jesus Cristo, e fazei que saibamos afirmar que Vós sois Deus com o Filho e que proclamemos sem erro a Sua divindade.
Comentário ao Evangelho do dia (jo6,22-29) feito por Santo Hilário (315?-367), Bispo de Poitiers e Doutor da Igreja - Tratado sobre a Trindade
É de Vós, Deus Pai Onipotente, que depende conceder o que se pede, estar presente quando se procura, abrir a quem bate à porta (Lc 11,9). Quando se trata de compreender as verdades que se referem a Vós, vemo-nos impedidos por um certo entorpecimento preguiçoso da nossa natureza e sentimo-nos limitados pela nossa inevitável ignorância e debilidade; esperamos portanto que façais progredir o nosso tímido esforço inicial, que consolideis o seu desenvolvimento crescente e o leveis à união com o espírito dos Profetas e dos Apóstolos, para que compreendamos o sentido exato das suas palavras e interpretemos o seu verdadeiro significado.
Vamos falar do que eles pregaram no sacramento: que Vós sois o Deus eterno, Pai do Unigênito Deus eterno; que só Vós sois sem nascimento; e que há um só Senhor Jesus Cristo, que de Vós procede por nascimento eterno; não afirmamos que Ele seja outro Deus diverso de Vós, mas proclamamos que foi gerado de Vós que sois o único Deus; e confessamos que Ele é Deus verdadeiro, nascido de Vós que sois verdadeiro Deus e Pai.
Abri-nos, portanto, o significado autêntico das palavras, dai-nos a luz da inteligência, a perfeição da linguagem, a verdadeira fé. Fazei que sejamos capazes de exprimir a nossa fé: que Vós sois o único Deus Pai e que há um só Senhor Jesus Cristo, e fazei que saibamos afirmar que Vós sois Deus com o Filho e que proclamemos sem erro a Sua divindade.
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