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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

MÊS DE SÃO JOSÉ - Sábado VII do Tempo Comum

Madre Maria do Calvário (Villac), virgem
Fundadora do Instituto das Missionárias de Jesus Crucificado
 
ORAÇÃO PREPARATÓRIA
- Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
 
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (Si 17,1-13): O Senhor criou o homem da terra e à terra o faz voltar novamente. Concedeu-lhe dias contados e tempo medido e deu-lhe poder sobre tudo o que há na terra. Revestiu-o com a sua própria força e criou-o à sua imagem. Fê-lo temível por todos os seres vivos, para que ele domine sobre os animais e as aves. Deu aos homens discernimento, língua, olhos e ouvidos, e mente para pensar. Dotou-os de razão e inteligência e deu-lhes a conhecer o bem e o mal. Acendeu-lhes nos corações a sua própria luz e manifestou-lhes a grandeza das suas obras, para que louvem o seu santo nome e O glorifiquem pelas suas maravilhas, proclamando a magnificência das suas obras. Concedeu-lhes o dom do entendimento e deu-lhes como herança a lei da vida. Estabeleceu com eles uma aliança eterna e revelou-lhes a justiça dos seus mandamentos. Os olhos dos homens viram a grandeza da sua glória e os ouvidos ouviram a majestade da sua voz. E disse-lhes: «Guardai-vos de toda a injustiça» e a cada um impôs deveres para com o seu próximo. Os caminhos dos homens estão sempre diante do Senhor e não podem esconder-se aos seus olhos.
 
Salmo Responsorial: 102
R. A misericórdia do Senhor permanece para sempre sobre aqueles que O temem.
 
Como um pai se compadece dos seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem. Ele sabe de que somos formados e não Se esquece que somos pó da terra.
 
Os dias do homem são como o feno: ele desabrocha como a flor do campo; mal sopra o vento desaparece e não mais se conhece o seu lugar.
 
A bondade do Senhor permanece para sempre sobre aqueles que O temem, sobre aqueles que guardam a sua aliança e se lembram de cumprir os seus preceitos.

Aleluia. Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Aleluia.
 
Evangelho (Mc 10,13-16): Algumas pessoas traziam crianças para que Jesus as tocasse. Os discípulos, porém, as repreenderam. Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: «Deixai as crianças virem a mim. Não as impeçais, porque a pessoas assim é que pertence o Reino de Deus. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele!». E abraçava as crianças e, impondo as mãos sobre elas, as abençoava.
 
«Deixai as crianças virem a mim»
 
Rev. D. Josep Lluís SOCÍAS i Bruguera (Badalona, Barcelona, Espanha)
 
Hoje, as crianças são notícia. Mais que nunca, as crianças têm muito que dizer, porém que a palavra "criança" significa "aquele que não fala". O vemos nos meios tecnológicos: eles são capazes de fazê-los funcionar, de usá-los e, até, ensinar aos adultos sua correta utilização. Já dizia um articulista que, «apesar de que as crianças não falam, elas pensam».
 
No fragmento do Evangelho de Marcos encontramos várias considerações. «Algumas pessoas traziam crianças para que Jesus as tocasse. Os discípulos, porém, as repreenderam» (Mc 10,13). Mas o Senhor, a quem no Evangelho lido nos últimos dias o vimos fazer de tudo para todos, com maior certeza se faz com as crianças. Assim, «Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: ‘Deixai as crianças virem a mim. Não as impeçais, porque a pessoas assim é que pertence o Reino de Deus´» (Mc 10,14).
 
A caridade é ordenada: começa pelo mais necessitado. Quem está, pois, mais necessitado, mais "pobre" do que uma criança? Todo mundo tem direito a aproximar-se a Jesus; e a criança é a primeira que gozara deste direito: «Deixai as crianças virem a mim» (Mc 10,14).
 
Mas vejamos que, ao acolher aos mais necessitados, nós somos os primeiros beneficiados. Por isto, o Mestre adverte: «Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele!» (Mc 10,15). E, correspondendo ao talante simples e aberto das crianças, Ele as «abraçava (...) e, impondo as mãos sobre elas, as abençoava» (Mc 10,16).
 
Temos de aprender a arte de acolher o Reino de Deus. Quem for como uma criança — como os antigos "pobres de Yaveh"— percebe com facilidade que tudo é um dom, tudo é uma graça. E, para "receber" o favor de Deus, ouvir e contemplar com "silêncio receptivo". Segundo São Inácio de Antioquia, «vale mais calar e ser, do que falar e não ser (...). Aquele que possui a palavra de Jesus pode também, em verdade, escutar o silêncio de Jesus».
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«É mais fácil zangar-se do que aguentar, é mais cómodo castigar os rebeldes do que corrigi-los, suportando-os ao mesmo tempo com firmeza e suavidade. Recomendo que imitem a caridade que usava Paulo com os neófitos» (São João Bosco)
 
«Desde o ventre de sua Mãe, Jesus aceita correr todos os riscos do egoísmo. Hoje também as crianças e os nascituros são ameaçados pelo egoísmo. Também hoje a nossa cultura individualista se recusa a ser fértil, refugia-se numa permissividade que a nivela até abaixo, ainda que o preço dessa não fecundidade seja o sangue inocente» (Francisco)
 
«Mantém-te na simplicidade, na inocência, e serás como as criancinhas que ignoram o mal, destruidor da vida dos homens» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2517)
 
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm.
 
* O evangelho de anteontem trazia conselhos de Jesus sobre o relacionamento dos adultos com os pequenos e excluídos (Mc 9,41-50).
O evangelho de ontem trazia conselhos sobre o relacionamento entre homem e mulher, marido e esposa (Mc 10,1-12). O evangelho de hoje traz conselhos sobre o relacionamento com as mães e as crianças. Com os pequenos e excluídos Jesus pedia o máximo de acolhimento. No relacionamento homem-mulher, pedia o máximo de igualdade. Agora, com as crianças e suas mães, ele pede o máximo de ternura.
 
* Marcos 10,13-16: Receber o Reino como uma criança. Trouxeram crianças para que Jesus as tocasse. Os discípulos tentam impedir. Por que impedem? O texto não diz. Talvez seja pelo fato de, conforme as normas rituais da época, crianças pequenas com suas mães, viverem quase constantemente na impureza legal. Tocar nelas significaria contrair impureza! Elas tocando em Jesus, ele também ficaria impuro! Mas Jesus não se incomoda com estas normas rituais da pureza legal. Ele corrige os discípulos e acolhe as mães com as crianças. Toca nelas, lhes dá um abraço dizendo: "Deixem as crianças vir a mim. Não lhes proíbam, porque o Reino de Deus pertence a elas”. E ele comenta: “Eu garanto a vocês: quem não receber como criança o Reino de Deus, nunca entrará nele." Então Jesus abraçou as crianças e abençoou-as, pondo a mão sobre elas. O que significa esta frase? 1) A criança recebe tudo dos pais. Ela não consegue merecer o que recebe, mas vive do amor gratuito. 2) Os pais recebem a criança como um dom de Deus e cuidam dela com todo carinho. A preocupação dos pais não é dominar a criança, mas sim amá-la e educá-la, para que cresça e se realize!
 
* Um sinal do Reino: Acolher os pequenos e os excluídos. Há muitos sinais da presença atuante do Reino na vida e na atividade de Jesus. Um deles é a sua maneira de acolher as crianças e os pequenos. Além do episódio do evangelho de hoje, eis uma lista de alguns outros momentos de acolhida aos pequenos e crianças:
1. Acolher e não escandalizar. Uma das palavras mais duras de Jesus é contra aqueles que causam escândalo nos pequenos, isto é, que são o motivo pelo qual os pequenos deixam de crer em Deus. Para estes, melhor seria ter uma pedra de moinho amarrada no pescoço e ser jogado nas profundezas do mar (Mc 9,42; Lc 17,2; Mt 18,6).
2. Identificar-se com os pequenos. Jesus abraça as crianças e identifica-se com elas. Quem recebe uma criança, é a "mim que recebe" (Mc 9,37). “E tudo que vocês fizerem a um destes mais pequenos foi a mim que o fizeram” (Mt 25,40).
3. Tornar-se como criança. Jesus pede que os discípulos se tornem como criança e aceitem o Reino como criança. Sem isso não é possível entrar no Reino (Mc 10,15; Mt 18,3; Lc 9,46-48). Ele coloca a criança como professor de adulto! O que não era normal. Costumamos fazer o contrário.
4. Defender o direito da criança de gritar. Quando Jesus, entrando no Templo, derruba as mesas dos cambistas, são as crianças as que mais gritam. “Hosana ao filho de Davi!” (Mt 21,15). Criticadas pelos chefes dos sacerdotes e escribas, Jesus as defende e, em sua defesa, invoca até as Escrituras (Mt 21,16).
5. Agradecer pelo Reino presente nos pequenos. A alegria de Jesus é grande, quando percebe que as crianças, os pequenos, entendem as coisas do Reino que ele anunciava ao povo. “Pai, eu te agradeço!” (Mt 11,25-26) Jesus reconhece que os pequenos entendem melhor as coisas do Reino do que os doutores!
6. Acolher e curar. São muitas as crianças e jovens que ele acolhe, cura ou ressuscita: a filha do Jairo de 12 anos (Mc 5,41-42), a filha da mulher cananeia (Mc 7,29-30), o filho da viúva de Naim (Lc 7, 14-15), o menino epilético (Mc 9,25-26), o filho do Centurião (Lc 7,9-10), o filho do funcionário público (Jo 4,50), o menino dos cinco pães e dois peixes (Jo 6,9).
 
Para um confronto pessoal
1) Na nossa sociedade e na nossa comunidade, quem são os pequenos e os excluídos? Como está sendo o acolhimento que nós damos a eles?
2) Na minha vida, o que já aprendi das crianças sobre o Reino de Deus?
 
ORAÇÃO - Ó glorioso S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de Maria. Amém.
 
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)

Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
 
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
 
Santa Maria, rogai por nós.
 
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade nós.
 
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
 
ORAÇÃO: Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.

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