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sexta-feira, 14 de junho de 2024

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - Domingo XI do Tempo Comum

Bto. Donizetti Tavares de Lima, presbítero

ORAÇÃO PREPARATÓRIA
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à divina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos séculos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem-aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afetos e desejos, todas as minhas obras e palavras. Amém.
 
LECTIO DIVINA
 
1ª Leitura (Ez 17,22-24): Eis o que diz o Senhor Deus: «Do cimo do cedro frondoso, dos seus ramos mais altos, Eu próprio arrancarei um ramo novo e vou plantá-lo num monte muito alto. Na excelsa montanha de Israel o plantarei e ele lançará ramos e dará frutos e tornar-se-á um cedro majestoso. Nele farão ninho todas as aves, toda a espécie de pássaros habitará à sombra dos seus ramos. E todas as árvores do campo hão de saber que Eu sou o Senhor; humilho a árvore elevada e elevo a árvore modesta, faço secar a árvore verde e reverdeço a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço».
 
Salmo Responsorial: 91
R. É bom louvar-Vos, Senhor.
 
É bom louvar o Senhor e cantar salmos ao vosso nome, ó Altíssimo, proclamar pela manhã a vossa bondade e durante a noite a vossa fidelidade.
 
O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro do Líbano; plantado na casa do Senhor, florescerá nos átrios do nosso Deus.
 
Mesmo na velhice dará o seu fruto, cheio de seiva e de vigor, para proclamar que o Senhor é justo: n’Ele, que é o meu refúgio, não há iniquidade.
 
2ª Leitura (2Cor 5,6-10): Irmãos: Nós estamos sempre cheios de confiança, sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo, vivemos como exilados, longe do Senhor, pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara. E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo, para irmos habitar junto do Senhor. Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis, quer continuemos a habitar no corpo, quer tenhamos de sair dele. Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que receba cada qual o que tiver merecido, enquanto esteve no corpo, quer o bem, quer o mal.
 
Aleluia. A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo: quem O encontrar permanecerá para sempre. Aleluia.
 
Evangelho (Mc 4,26-34): Naquele tempo, Jesus dizia-lhes: «O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra. Quer ele esteja dormindo ou acordado, de dia ou de noite, a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra produz o fruto por si mesma: primeiro aparecem as folhas, depois a espiga e, finalmente, os grãos que enchem a espiga. Ora, logo que o fruto está maduro, mete-se a foice, pois o tempo da colheita chegou». Jesus dizia-lhes: «Com que ainda podemos comparar o Reino de Deus? Com que parábola podemos apresentá-lo? É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes. Mas, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças, com ramos grandes a tal ponto que os pássaros do céu podem fazer seus ninhos em sua sombra». Jesus lhes anunciava a palavra usando muitas parábolas como estas, de acordo com o que podiam compreender. Nada lhes falava sem usar parábolas. Mas, quando estava a sós com os discípulos, lhes explicava tudo.
 
«O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra e a terra produz o fruto por si mesma»
 
Fr. Faust BAILO (Toronto, Canadá)
 
Hoje, Jesus nos oferece duas imagens de grande intensidade espiritual: a parábola do crescimento da semente e a parábola do grão de mostarda. São imagens da vida ordinária que resultavam familiares aos homens e mulheres que o escutavam, acostumados como estavam a semear, regar e colher. Jesus utiliza algo que lhes era conhecido —a agricultura—para lhes ilustrar sobre algo que não lhes era conhecido: O Reino de Deus.
 
Efetivamente, o Senhor lhes revela algo de seu reino espiritual. Na primeira parábola lhes disse: «O Reino de Deus é como quando alguém lança a semente na terra» (Mc 4,26) e introduz a segunda dizendo: «Com que ainda podemos comparar o Reino de Deus (…)? É como um grão de mostarda » (Mc 4,30).
 
A maior parte de nós temos já pouco em comum com os homens e mulheres do tempo de Jesus e, porém, estas parábolas continuam ressoando nas nossas mentes modernas, porque detrás do semear, do regar e da colheita, intuímos o que Jesus nos está dizendo: Deus enxertou algo divino nos nossos corações humanos.
 
O que é o Reino de Deus? «É Jesus mesmo», nos lembra Bento XVI. E nossa alma «é o lugar essencial onde se encontra o Reino de Deus»- Deus quer viver e crescer no nosso interior! Procuremos a sabedoria de Deus e obedeçamos a suas insinuações interiores; se o fazemos, então nossa vida aquirirá uma força e intensidade difíceis de imaginar.
 
Se correspondermos pacientemente a sua graça, sua vida divina crescerá na nossa alma como a semente cresce no campo, tal como o místico medieval Mestre Eckhart expressou belamente: «A semente de Deus está em nós». Se o agricultor é inteligente e trabalhador, crescerá para ser Deus, cuja semente é, seus frutos serão da natureza de Deus. «A semente da pêra se transforma em árvore da pêra; a semente da noz; em árvore de nogueira, a semente de Deus, se transforma em Deus».
 
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O homem sem Cristo é pó e sombra» (São Paulino de Nola)
 
«A mensagem de Jesus sobre o "Reino" mostra que ele tem pouca importância como poder temporal, embora exerça uma "soberania" real e profunda nas almas» (Bento XVI)
 
«Sendo próprio do estado dos leigos viverem a sua vida no meio do mundo e dos assuntos profanos, eles são chamados por Deus a exercer o seu apostolado no mundo à maneira de fermento (Concilio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 940)
 
A semente que cresce…
 
Pe. Gonçalo Diniz, da Diocese de Leiria-Fátima
 
* Vivemos numa sociedade que se rege por lógicas de produção e eficácia.
Frequentemente, olhamos para a nossa vida, para os outros e para os acontecimentos que nos rodeiam desde essa perspectiva. A força, a beleza, o poder, e tantas outras realidades, dominam a nossa escala de valores. Aonde nos leva essa lógica? Que mundo construímos quando assim pensamos e agimos?
 
* Deus apresenta-nos uma ‘lógica’ diferente. Esta alcança a sua revelação plena no acontecimento da cruz, onde Deus se manifesta como fraco e impotente, sucumbindo ao mal e à morte. Mas sabemos que é daí que brota a vida na manhã de Páscoa. A força da ressurreição nasce da fragilidade da cruz, a beleza da vida plena só é possível graças ao escândalo da cruz. A eucaristia que nos alimenta, porque é Corpo e Sangue de Cristo, é feita de grãos triturados e de uvas esmagadas.
 
* Nas parábolas que hoje meditamos, numa linguagem simples e acessível, Jesus apresenta-nos esta nova ‘lógica’, a ‘lógica do Seu Reino. E assim, convida-nos a pôr a nossa confiança, não nas nossas forças e capacidades humanas, mas sim em Deus, que tudo pode.
 
* A primeira parábola descreve algo simples e comum na vida do campo: a lançar semente à terra. Mas, imediatamente, quem escuta é levado a refletir sobre algo que frequentemente parece óbvio: a semente germina e cresce de forma natural. O semeador continua a sua vida, o que é expresso nas imagens do dormir e do levantar. Assim também todas as outras realidades seguem o seu percurso, simbolizado pela referência à noite e ao dia, mas, no escondido da terra, no silêncio da profundidade, a semente vai germinando. Graças à terra que a envolve, ela vai-se desenvolvendo naturalmente até chegar a produzir o trigo maduro, que é então ceifado.
 
* A segunda parábola também está centrada numa semente, mas, desta vez, já não é uma semente de trigo, mas sim um grão de mostarda que é semeado. Aqui, o enfoque está na dimensão: o grão de mostarda é algo mínimo, mas que, crescendo, se torna na maior das plantas da horta. Para além da capacidade de produzir fruto, que é dada por suposto, Jesus acentua que o alcance daquele grão vai ainda mais longe, podendo servir inclusive de abrigo para as aves do céu.
 
* Na passagem de uma parábola para a outra e depois no final da segunda, ressalta a preocupação que Jesus tem de falar de acordo com a capacidade dos seus ouvintes. É essa capacidade que determina o modo como fala, as parábolas que utiliza, etc. O Seu objetivo não é simplesmente o de falar, o de anunciar, mas sim que que eles O entendam, que possam deixar-se fascinar pela Sua mensagem e que a possam viver.
 
Reflexão
Jesus fala em parábolas para que O possamos entender, para que a Sua palavra seja acolhida no nosso coração e produza frutos na nossa vida. - Estou aberto ao encontro com Ele, descobrindo a Sua bondade e o cuidado que tem por mim, estando receptivo à Sua palavra?
 
Em ambas as parábolas, Jesus utiliza a imagem da semente, num caso um grão de trigo, no outro um grão de mostarda. Ambos podem ser processados e consumidos de imediato, mas também podem ser enterrados para que venham a dar mais fruto. - Estou pronto a prescindir de outras coisas que me dão prazer e satisfação mais imediata para investir tempo na relação com Ele, na escuta da Sua palavra e na atenção aos outros?
 
A primeira parábola revela-nos que o Reino de Deus é um dom. A ação é, sobretudo, de Deus. É Ele o protagonista, que toma a iniciativa e que a leva a termo. Ao mesmo tempo, sabemos que Deus nos convida a colaborar com Ele. - Vivo numa atitude agradecida, com confiança e abandono n’Ele, ou vivo centrado em mim próprio, no que faço ou no que não consigo fazer, pensando, na prática, que tudo depende de mim? Sou consciente de que a obra é Sua e sou persistente ou deixo-me derrotar pelo desânimo e cansaço, esquecendo que é Ele o protagonista da história?
 
O minúsculo grão de mostarda cresce e torna-se numa planta que até pode abrigar as aves do céu. - Anseio por grandes manifestações extraordinárias de Deus ou sou capaz de reconhecer os pequenos ‘milagres’ que Deus vai realizando nas coisas simples do dia a dia? Sou paciente comigo e com os outros, sabendo esperar e confiar?
 
A Eucaristia é a expressão mais clara do modo simples e silencioso de atuar de Deus. - Deixo-me maravilhar pela simplicidade da Eucaristia, através da qual o próprio Senhor vem a mim e me alimenta? Reconheço o ‘Deus escondido’, presente na Eucaristia? Tento viver com essa mesma simplicidade para ajudar a que os outros reconheçam o Senhor?
 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO


 
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
 
Deus Pai dos Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
 
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, ...
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, ...
Coração de Jesus, de majestade infinita, ...
Coração de Jesus, templo santo de Deus, ...
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,...
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, ...
Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, ...
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, ...
Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes, ...
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, ...
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, ...
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, ...
Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade, ...
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, ...
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, ...
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,...
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, ...
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,...
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, ...
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, ...
Coração de Jesus, saturado de opróbios, ...
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,...
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, ...
Coração de Jesus, atravessado pela lança,...
Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,...
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, ...
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, ...
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, ...
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, ...
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, ...
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos,...
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
 
V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
 
ORAÇÃO
Onipotente e eterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
 
CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS (composta por Sta. Margarida Maria)
Eu...(Nome), dou e consagro ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo a minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e dores, não querendo servir-me de parte alguma de meu ser, senão para o honrar, amar e glorificar É esta a minha vontade irrevogável - pertencer-lhe e fazer tudo por seu amor, renunciando completamente ao que não for do seu agrado.
Eu vos tomo, pois, ó Sagrado Coração, por único objeto de meu amor, protetor de minha vida, segurança da minha salvação, remédio da minha fragilidade e inconstância, reparador de todos os meus defeitos e asilo seguro na hora da morte.
Sede, ó Coração de bondade, minha justificação para com Deus, vosso Pai, e afastai de mim os castigos de sua cólera. Ó Coração de amor, ponho em vós toda a minha confiança, pois tudo receio de minha fraqueza e malícia, mas tudo espero da vossa bondade. Destruí em mim tudo o que vos possa desagradar ou resistir. Que o vosso puro amor se grave tão profundamente no meu coração, que eu não possa jamais me esquecer nem me separar de Vós.
Suplico-vos, também, por vossa suma bondade, que o meu nome seja escrito em vós, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e minha glória em viver e morrer convosco, na qualidade de vossa (o) escrava (o). Assim seja.

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