São Dimas, o Bom Ladrão
ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade e respeito aqui nos reunimos, ó
Divino Jesus, para oferecer, todos os dias deste mês, as homenagens de nossa
devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós nos animais a recorrer com toda a confiança
aos vossos benditos Santos, pois que as honras que lhes tributamos revertem em
vossa própria glória. Com justos motivos, portanto, esperamos vos seja
agradável o tributo quotidiano que vimos prestar ao Esposo castíssimo de Maria,
vossa Mãe santíssima, a São José, vosso amado Pai adotivo. Ó meu Deus,
concedei-nos a graça de amar e honrar a São José como o amastes na terra e o
honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela vossa estreita união com
Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas fadigas e suores,
nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do Divino Padre
Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes devotos
exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
1ª Leitura (Ez 37,12-14): Assim
fala o Senhor Deus: «Vou abrir os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar,
ó meu povo, para vos reconduzir à terra de Israel. Haveis de reconhecer que Eu
sou o Senhor, quando abrir os vossos túmulos e deles vos fizer ressuscitar, ó
meu povo. Infundirei em vós o meu espírito e revivereis. Hei de fixar-vos na
vossa terra e reconhecereis que Eu, o Senhor, digo e faço».
Salmo Responsorial: 129
R. No Senhor está a misericórdia e abundante redenção.
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor, Senhor, escutai a
minha voz. Estejam os vossos ouvidos atentos à voz da minha súplica.
Se tiverdes em conta as nossas faltas, Senhor, quem poderá
salvar-se? Mas em Vós está o perdão, para Vos servirmos com reverência.
Eu confio no Senhor, a minha alma espera na sua palavra. A
minha alma espera pelo Senhor mais do que as sentinelas pela aurora.
Porque no Senhor está a misericórdia e com Ele abundante
redenção. Ele há de libertar Israel de todas as suas faltas.
2ª Leitura (Rom 8,8-11): Irmãos:
Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. Vós não estais sob o
domínio da carne, mas do Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.
Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não Lhe pertence. Se Cristo está
em vós, embora o vosso corpo seja mortal por causa do pecado, o espírito
permanece vivo por causa da justiça. E se o Espírito d’Aquele que ressuscitou
Jesus de entre os mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de
entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito
que habita em vós.
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor. Quem
acredita em Mim nunca morrerá.
Evangelho (Jo 11,1-45): Ora,
havia um doente, Lázaro, de Betânia, do povoado de Marta e de Maria, sua irmã.
Maria é aquela que ungiu o Senhor com perfume e enxugou seus pés com os
cabelos. Lázaro, seu irmão, é quem estava doente. As irmãs mandaram avisar
Jesus: «Senhor, aquele que amas está doente». Ouvindo isso, disse Jesus: «Esta
doença não leva à morte, mas é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus
seja glorificado por ela». Jesus tinha muito amor a Marta, à sua irmã Maria e a
Lázaro. Depois que ele soube que este estava doente, permaneceu ainda dois dias
no lugar onde estava. Depois, falou aos discípulos: «Vamos, de novo, à Judeia».
Os discípulos disseram-lhe: «Rabi, ainda há pouco os judeus queriam
apedrejar-te, e agora vais outra vez para lá?» Jesus respondeu: «O dia não tem
doze horas? Se alguém caminha de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo.
Mas, se caminha de noite, tropeça, porque lhe falta a luz». E acrescentou
ainda: «Nosso amigo Lázaro está dormindo. Mas, eu vou acordá-lo». Os discípulos
disseram: «Senhor, se está dormindo, vai ficar curado». Jesus falava da morte
de Lázaro, mas os discípulos pensaram que ele estivesse falando do sono mesmo.
Jesus então falou abertamente: «Lázaro morreu! E, por causa de vós, eu me
alegro por não ter estado lá, pois assim podereis crer. Mas vamos a ele». Tomé
(cujo nome significa Gêmeo) disse aos companheiros: «Vamos nós também, para
morrermos com ele!». Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro já sepultado, havia
quatro dias. Betânia ficava a uns três quilômetros de Jerusalém. Muitos judeus
tinham ido consolar Marta e Maria pela morte do irmão. Logo que Marta soube que
Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada, em casa. Marta,
então, disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria
morrido. Mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá». Jesus
respondeu: «Teu irmão ressuscitará». Marta disse: «Eu sei que ele vai
ressuscitar, na ressurreição do último dia». Jesus disse então: «Eu sou a
ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo
aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês nisto?». Ela respondeu:
«Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele
que deve vir ao mundo». Tendo dito isso, ela foi chamar Maria, sua irmã, dizendo
baixinho: «O Mestre está aí e te chama». Quando Maria ouviu isso, levantou-se
depressa e foi ao encontro de Jesus. Jesus ainda estava fora do povoado, no
mesmo lugar onde Marta o tinha encontrado. Os judeus que estavam com Maria na
casa consolando-a, viram que ela se levantou depressa e saiu; e foram atrás
dela, pensando que fosse ao túmulo para chorar. Maria foi para o lugar onde
estava Jesus. Quando o viu, caiu de joelhos diante dele e disse-lhe: «Senhor,
se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido». Quando Jesus a viu
chorar, e os que estavam com ela, comoveu-se interiormente e perturbou-se. Ele
perguntou: «Onde o pusestes?» Responderam: «Vem ver, Senhor!» Jesus derramou
lágrimas. Os judeus então disseram: «Vede como ele o amava!» Alguns deles,
porém, diziam: «Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito
com que Lázaro não morresse?». De novo, Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao
túmulo. Era uma gruta fechada com uma pedra. Jesus disse: «Tirai a pedra!»
Marta, a irmã do morto, disse-lhe: «Senhor, já cheira mal: é o quarto dia».
Jesus respondeu: «Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?».
Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o alto, disse: «Pai,
eu te dou graças porque me ouviste! Eu sei que sempre me ouves, mas digo isto
por causa da multidão em torno de mim, para que creia que tu me enviaste». Dito
isso, exclamou com voz forte: «Lázaro, vem para fora!» O morto saiu, com as
mãos e os pés amarrados com faixas e um pano em volta do rosto. Jesus, então,
disse-lhes: «Desamarrai-o e deixai-o ir!».
Muitos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera,
creram nele.
«Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda
que tenha morrido, viverá»
Dr. Johannes VILAR (Köln, Alemanha)
A ressurreição de Lázaro é “tipo” a de Cristo, que iremos
comemorar proximamente. Jesus diz a Maria que Ele é a «ressurreição» e a vida
(cf. Jo 11,25). A todos nos pergunta: «Acreditas nisto?» (Jo 1,26). Acreditamos
que no batismo Deus nos ofereceu uma nova vida? Diz S. Paulo que nós somos uma
nova criatura (cf 2Cor 5,17). Esta ressurreição é o fundamento da nossa
esperança, que se baseia não numa utopia futura, incerta e falsa, mas num fato:
«É verdade! O Senhor ressuscitou» (Lc 24,34).
Jesus manda «Desamarrai-o e deixai-o ir» (Jo 11, 34). A
redenção libertou-nos das cadeias do pecado, que todos padecíamos. Dizia o Papa
Leão Magno: «Os erros foram vencidos, as potestades subjugadas e o mundo ganhou
um novo começo. Porque se padecemos com Ele, também reinaremos com Ele (cf Rom
8,17). Este lucro não só está preparado para os que em nome do Senhor são
triturados pelos sem deus. Pois todos os servem a Deus e vivem Nele estão
crucificados em Cristo, e em Cristo conseguirão a coroa».
Os cristãos estamos chamados, já nesta terra, a viver esta
nova vida sobrenatural que nos torna capazes de dar crédito da nossa sorte:
sempre dispostos a der resposta a todos os que nos peçam a razão da nossa
esperança! (cf 1Pe 3,13). É lógico que nestes dias procuremos seguir de perto
Jesus o Mestre. Tradições como a Via Crucis, a meditação dos Mistérios do
Rosário, os textos dos Evangelhos, tudo… podem e devem ser-nos uma ajuda.
A nossa esperança está também posta em Maria, Mãe de Jesus
Cristo e nossa Mãe, que é por sua vez um ícone da esperança: ao pé da Cruz
esperou contra toda a esperança e foi associada à obra do seu Filho.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Para se confessar, Deus dá uma grande voz, Ele te chama com
uma graça extraordinária. E assim como o morto saiu ainda amarrado, igualmente
aquele que vai se confessar continua preso. Para que ele seja libertado dos
seus pecados, o Senhor disse aos ministros: ‘Desamarre-o e deixe-o andar. O que
significa desamarrai-o e deixai-o andar? O que você desatar na terra também
será desatado no céu» (Santo Agostinho)
«Cristo não se resigna aos túmulos que construímos para nós
mesmos com as nossas escolhas do mal e da morte, com os nossos erros, com os
nossos pecados. Ele nos convida a sair do sepulcro: 'Sai'. É um belo convite à
verdadeira liberdade» (Francisco)
«As palavras ligar e desligar significam: aquele que vós
excluirdes da vossa comunhão, ficará também excluído da comunhão com Deus;
aquele que de novo receberdes na vossa comunhão, também Deus o acolherá na sua.
A reconciliação com a Igreja é inseparável da reconciliação com Deus»
(Catecismo da Igreja Católica, nº 1445)
O Espírito de ressurreição e de vida
Por Celso Loraschi
* A revelação
plena de Deus se dá na pessoa de seu Filho, Jesus. Ele é o caminho da vida por
excelência. Pelo relato da ressurreição de Lázaro, a comunidade cristã afirma
que Jesus é a ressurreição. Quem vive e crê nele jamais morrerá
* A narrativa da ressurreição de Lázaro corresponde
ao último dos sete sinais de libertação realizados por Jesus no Evangelho de
João. Os relatos dos sete sinais procuram levar os cristãos a refletir sobre o
sentido profundo dos fatos da vida humana: a falta de vinho numa festa de
casamento (2,1-12), a doença do filho de um funcionário real (4,46-54), o
paralítico à beira da piscina de Betesda (5,1-18), a fome do povo (6,1-15), o
barco dos discípulos ameaçado pelas águas do mar (6,16-21), o cego de nascença
(9,1-41) e, finalmente, a morte de Lázaro. Todos eles visam apresentar Jesus
como o Messias que veio para resgatar a vida plena para os seres humanos. Em
cada sinal, percebe-se um propósito pedagógico: a representação de um caminho
novo apontado por Jesus para derrubar todas as barreiras que impedem a pessoa
de realizar-se plenamente.
* Jesus é o “Bom Pastor” que dá a vida por suas
ovelhas (Jo 10,11). Ele é o verdadeiro caminho para a vida com dignidade e
liberdade, vencendo as causas de todos os males. Vence a própria morte: é a
vida definitiva. Somente os que creem em Jesus, com convicção, compreendem e
acolhem essa verdade. Portanto, a finalidade principal dos sinais é levar os
discípulos à fé autêntica. Ao informar que Lázaro havia morrido e que, por
isso, iria ao seu encontro, Jesus diz aos discípulos: “É para que vocês creiam”
(v. 15). Também lemos no final do Evangelho: “Jesus fez ainda muitos outros
sinais, que não se acham escritos neste livro. Esses, porém, foram escritos
para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,
crendo, tenham a vida em seu nome” (Jo 20,30-31).
* As personagens que aparecem no relato – Marta,
Maria e os judeus – refletem diferentes concepções a respeito de Jesus.
Primeiramente, podemos observar o comportamento de Marta. Sabendo que Jesus
chegara a Betânia, “saiu ao seu encontro” e a ele se dirigiu, chamando-o pelos
títulos cristológicos de “Senhor” e “Filho de Deus”. Diante da promessa da
ressurreição, declara-lhe convictamente sua fé: “Sim, Senhor, eu creio que tu
és o Cristo, o Filho de Deus que vem ao mundo” (v. 27). E vai anunciar à sua
irmã Maria, que, por sua vez, imediatamente segue ao encontro de Jesus, mas não
consegue declarar a fé nele como fez Marta. Está ainda angustiada e paralisada
diante da realidade da morte. Já os judeus apenas seguem Maria, sem ter
consciência de ir ao encontro de Jesus, nem muito menos fazer-lhe alguma
confissão de fé.
* São três modos de comportar-se diante de Jesus. O
comportamento de Marta é o retrato das pessoas que têm fé em Jesus Cristo, o
Filho de Deus, Salvador da humanidade. Para os que acreditam nele, a
ressurreição é realidade não apenas para o futuro, mas para o presente. Toda
atitude em favor da vida é sinal de ressurreição e gesto de glorificação de
Deus, criador e libertador.
* O autor do IV Evangelho faze questão de mostrar o
rosto humano de Jesus. Ele participa da dor das pessoas que sofrem, comove-se e
chora. Sua comoção, porém, pode ser traduzida como impaciência com a falta de
fé tanto de Maria como dos judeus. Para além das lamentações, Jesus reza ao Pai
para que, diante desse sinal definitivo da ressurreição, “eles acreditem” nele
como enviado de Deus.
* Lázaro (cujo nome significa “Deus ajuda”) está
enterrado há quatro dias. O “quarto dia” refere-se ao tempo depois da morte de
Jesus; é o tempo das comunidades que creem em Jesus morto e ressuscitado.
Portanto, é o tempo da graça por excelência, que deve ser vivido de forma
totalmente nova. Lázaro e as comunidades cristãs são chamados a sair dos
túmulos do medo, da acomodação, do egoísmo e da tristeza; são chamados a
“desatar-se” das amarras dos sistemas que oprimem e matam. As pessoas de fé
autêntica, seguidoras de Jesus, são verdadeiramente livres. O “quarto dia” é o
tempo da ressurreição, dom de Deus.
ORAÇÃO - Ó glorioso
S. José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que
a piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as
vossas mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons
preciosíssimos da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos
criou para seu primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer
que vos invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem
ante vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO JOSÉ (atualizada)
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, ...
Deus Espírito Santo Paráclito, ...
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, ...
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Guardião do Redentor,
Guarda da puríssima Virgem,
Provedor do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Cristo,
Servo de Cristo,
Ministro da salvação,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos trabalhadores,
Honra da vida em família,
Guardião das virgens,
Sustentáculo das famílias,
Amparo nas dificuldades,
Socorro dos miseráveis,
Esperança dos enfermos,
Patrono dos exilados,
Consolo dos aflitos,
Defensor dos pobres,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas possessões.
ORAÇÃO: Deus, que
por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José
para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que
mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como
nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito
Santo. Amém.
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