Fiéis
Defuntos da Ordem do Carmo
Santo
Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja
1ª
Leitura (Ap 3,1-6.14-22): Eu, João, ouvi o Senhor que me dizia: «Ao Anjo
da Igreja de Sardes, escreve: ‘Eis o que diz Aquele que tem os sete Espíritos
de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras. És considerado vivo, mas
estás morto. Desperta e reanima esses restos de vida moribunda, pois verifico
que as tuas obras não são perfeitas aos olhos do meu Deus. Lembra-te como
aceitaste a palavra que ouviste; guarda-a e arrepende-te. Se não despertares,
virei como o ladrão, sem que saibas a hora em que virei ao teu encontro. Todavia,
tens em Sardes algumas pessoas que não mancharam as suas vestes: elas Me
acompanharão, vestidas de branco, porque são dignas. O vencedor será revestido
de vestes brancas; não apagarei o seu nome do livro da vida, mas
reconhecê-lo-ei diante de meu Pai e dos seus Anjos’. Quem tem ouvidos ouça o
que o Espírito diz às Igrejas. Ao Anjo da Igreja de Laodiceia, escreve: ‘Assim
fala o Amém a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio das criaturas de Deus:
Conheço as tuas obras: não és frio nem quente; antes fosses frio ou quente. Mas
porque és morno, isto é, nem frio nem quente, estou quase a vomitar-te da minha
boca. Tu dizes: “Sou rico, tenho fortuna e não preciso de nada”, e não sabes
que és infeliz, pobre, cego e nu. Aconselho-te a comprar de Mim ouro purificado
pelo fogo para te enriqueceres, roupas brancas para te cobrires e ocultares a
tua vergonhosa nudez e colírio para ungires os olhos e recuperares a vista. Eu
repreendo e castigo aqueles que amo. Sê zeloso e arrepende-te. Eu estou à porta
e chamo. Se alguém ouvir a minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua casa,
cearei com ele e ele comigo. Ao vencedor fá-lo-ei sentar-se comigo no meu
trono, como Eu também fui vencedor e estou sentado com meu Pai no seu trono’.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas».
R. O vencedor sentar-se-á comigo no meu trono.
Aleluia. Deus amou-nos e
enviou o seu Filho, como vítima de expiação pelos nossos pecados. Aleluia.
«O Filho do Homem veio
procurar e salvar o que estava perdido»
Rev. D. Enric RIBAS i Baciana
(Barcelona, Espanha)
Hoje, Zaqueu sou eu. Esse
personagem era rico e chefe dos publicanos; eu tenho mais do que necessito e
também muitas vezes atuo como um publicano e esqueço-me de Cristo. Jesus, entre
a multidão, procura Zaqueu; hoje, no meio deste mundo, precisamente procura-me
a mim: «Desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa»(Lc 19,5).
Zaqueu deseja ver a Jesus; não o
conseguirá sem esforçar-se e sobe a árvore. Quisera eu ver tantas vezes a ação
de Deus! Mas não sei se estou verdadeiramente disposto a fazer o ridículo
obrando como Zaqueu. A disposição do chefe de publicanos de Jericó é necessária
para que Jesus possa agir; se não se apressa, pode perder a única oportunidade
de ser tocado por Deus e assim, ser salvado. Possivelmente, eu tive muitas
ocasiões de encontrar-me com Jesus, e talvez vendo que já era hora de ser
corajoso, de sair de casa, de encontrar-me com Ele e de convidá-lo a entrar no
meu interior, para que Ele possa dizer também de mim: «Hoje aconteceu a
salvação para esta casa, porque também este é um filho de Abraão. Com efeito, o
Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido» (Lc 19,9-10).
Pensamentos para o Evangelho
de hoje
«O que se faz com uma disposição de ânimo triste e forcado não merece gratidão nem nobreza. Assim, quando façamos o bem, devemos fazê-lo, não tristes, mas com alegria» (São Gregório de Nissa)
«O que se faz com uma disposição de ânimo triste e forcado não merece gratidão nem nobreza. Assim, quando façamos o bem, devemos fazê-lo, não tristes, mas com alegria» (São Gregório de Nissa)
«” Vida eterna” tenta de dar um nome a essa “desconhecida realidade conhecida”. Seria o momento de se submergir no oceano do Amor infinito. Podemos unicamente tentar de pensar que este momento é a vida em sentido pleno. Temos que pensar nesta línea se nos quisermos entender o objetivo da esperança Cristiana» (Bento XVI)
«A Comunhão afasta-nos do pecado. O corpo de Cristo que recebemos na Comunhão é “entregue por nós” e o sangue que nós bebemos é “derramado pela multidão, para remissão dos pecados”. É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem nos purificar, ao mesmo tempo, dos pecados cometidos, e nos preservar dos pecados futuros» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1393)
Reflexões de Frei Carlos Mesters,
O.Carm.
* No evangelho de hoje, estamos
chegando ao fim da longa viagem que começou no capítulo 9 (Lc 9,51). Durante a
viagem, não se sabia bem por onde Jesus andava. Só se sabia que ele ia em
direção a Jerusalém. Agora, no fim, a geografia fica clara e definida. Jesus
chegou em Jericó, a cidade das palmeiras, no vale do Jordão. Última parada dos
peregrinos, antes de subir para Jerusalém! Foi em Jericó, que terminou a longa
caminhada do êxodo de 40 anos pelo deserto. O êxodo de Jesus também está
terminando. Na entrada de Jericó, Jesus encontrou um cego que queria vê-lo (Lc
18,35-43). Agora, na saída da cidade, ele encontra Zaqueu, um publicano, que
também queria vê-lo. Um cego e um publicano. Os dois eram excluídos. Os dois
incomodavam o povo: o cego com seus gritos, o publicano com seus impostos. Os
dois são acolhidos por Jesus, cada um a seu modo.
* Lucas 19,1-2: A situação. Jesus
entrou em Jericó e atravessava a cidade. "Havia ali um homem, chamado
Zaqueu, muito rico, chefe dos publicanos". Publicano era a pessoa que
cobrava o imposto público sobre a circulação da mercadoria. Zaqueu era o chefe dos
publicanos da cidade. Sujeito rico e muito ligado ao sistema de dominação dos
romanos. Os judeus mais religiosos argumentavam assim: “O rei do nosso povo é
Deus. Por isso, a dominação romana sobre nós é contra Deus. Quem colabora com
os romanos peca contra Deus!” Assim, soldados que serviam no exército romano e
cobradores de impostos, como Zaqueu, eram excluídos e evitados como pecadores e
impuros.
* imorais: prostitutas e pecadores (Mt 21,31-32; Mc 2,15; Lc 7,37-50; Jo 8,2-11),
* hereges: pagãos e samaritanos (Lc 7,2-10; 17,16; Mc 7,24-30; Jo 4,7-42),
* impuras: leprosos e possessos (Mt 8,2-4; Lc 17,12-14; Mc 1,25-26),
* marginalizadas: mulheres, crianças e doentes (Mc 1,32; Mt 8,16;19,13-15; Lc 8,2-3),
* pelegos: publicanos e soldados (Lc 18,9-14;19,1-10);
* pobres: o povo da terra e os pobres sem poder (Mt 5,3; Lc 6,20; Mt 11,25-26).
1. Como nossa comunidade acolhe as pessoas desprezadas e marginalizadas? Somos capazes, como Jesus, de perceber os problemas das pessoas e dar atenção a elas?
2. Como percebemos a salvação entrando hoje na nossa casa e na nossa comunidade? A ternura acolhedora de Jesus provocou uma mudança total na vida de Zaqueu. A ternura acolhedora da nossa comunidade está provocando alguma mudança no bairro? Qual?
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