Bto
Tiago Retouret, Presbítero e Mártir da nossa Ordem
Transverberação
do Coração de S. Teresa de Jesus
1ª
Leitura (1Cor 1,17-25): Irmãos: Cristo não me enviou para batizar, mas
para anunciar o Evangelho, não, porém, com a sabedoria da linguagem, a fim de
não se desvirtuar a cruz de Cristo. Porque a linguagem da cruz é loucura para
aqueles que estão no caminho da perdição, mas é poder de Deus para aqueles que
seguem o caminho da salvação, isto é, para nós. Na verdade, assim está escrito:
«Hei de arruinar a sabedoria dos sábios e frustrar a inteligência dos
inteligentes». Onde está o sábio? Onde está o homem culto? Onde está o que
discute sobre as coisas deste mundo? Porventura Deus não tornou louca a
sabedoria do mundo? Uma vez que o mundo, por meio da sua sabedoria, não
reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os crentes pela
loucura da mensagem que pregamos. Os judeus pedem milagres e os gregos procuram
a sabedoria. Quanto a nós, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os
judeus e loucura para os gentios. Mas para aqueles que são chamados, tanto
judeus como gregos, Cristo é poder de Deus e sabedoria de Deus. A loucura de
Deus é mais sábia do que o homem e a fraqueza de Deus é mais forte do que o
homem.
R. A bondade do Senhor encheu a terra.
Justos, aclamai o Senhor, os corações retos devem louvá-lo. Louvai o Senhor com a cítara, cantai-Lhe salmos ao som da harpa.
A palavra do Senhor é reta, da fidelidade nascem as suas obras. Ele ama a justiça e a retidão: a terra está cheia da bondade do Senhor.
O Senhor frustrou os planos dos pagãos, fez malograr os projetos dos povos. O plano do Senhor permanece eternamente e os desígnios do seu coração por todas as gerações.
Aleluia. Vigiai e orai em todo
o tempo, para vos apresentardes sem temor diante do Filho do homem. Aleluia.
«Em verdade vos digo: não vos
conheço»
+ Rev. D. Joan Ant. MATEO i
García (Tremp, Lleida, Espanha)
Hoje, sexta-feira da XXI Semana
do Tempo Comum, o Senhor nos lembra, no Evangelho, que devemos sempre vigiar e
nos preparar para o encontro com Ele. À meia-noite, a qualquer momento, podem
bater à porta e convidar-nos a sair para receber o Senhor. A morte não marca
hora. Assim, “vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.” (Mt 25,13).
Vigiar não significa viver
amedrontado e angustiado. Quer dizer viver responsavelmente nossa vida de
filhos de Deus, nossa vida de fé, esperança e caridade. O Senhor espera
continuamente nossa resposta de fé e amor, constantes e pacientes, em meio das
ocupações e preocupações que vão tecendo o nosso viver.
E esta resposta só nós podemos
dá-la, você e eu. Ninguém pode fazer isso por nós. Isso é o significa a
negativa das virgens prudentes em ceder um pouco de seu azeite para as lâmpadas
apagadas das virgens ignorantes: “É melhor irdes comprar dos vendedores” (Mt
25,9). Assim, nossa resposta a Deus é pessoal e intransferível.
Não aguardemos um “amanhã” —que talvez não venha— para acender a lâmpada de nosso amor para o Esposo. Carpe diem! Há que viver cada segundo de nossa vida com toda a paixão que um cristão pode sentir pelo seu Senhor. O ditado é conhecido, mas não nos custa lembrá-lo: “Vive cada dia de tua vida como se fosse o primeiro dia de tua existência, como se fosse o único dia do qual dispomos, como se fosse o último de nossa vida”. Um chamado realista à necessária e sensata conversão que devemos alcançar.
Que Deus nos dê a graça em sua grande misericórdia de que não ouçamos, na hora final: “Em verdade vos digo: não vos conheço!" (Mt 25,12), quer dizer, “nunca tivestes nenhuma relação nem convivência comigo”. Tratemos com o Senhor nesta vida de modo que sejamos conhecidos e seus amigos no tempo e na eternidade.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Minha alma, tens uma tarefa, uma grande tarefa, se quiseres. Examinar seriamente o teu interior, o teu ser, o teu destino, de onde vens e para onde vais; tentar saber se é a vida que vives ou se há outra coisa. Portanto, purifica a tua vida» (São Gregório de Nazianzo)
«Não basta que o cristão espere, ele deve “agir”» (Bento XVI)
«Cristo é o centro de toda vida cristã. O vínculo com Ele ocupa o primeiro lugar entre todos os demais vínculos, familiares o sociais. Desde os começos da Igreja houve homens e mulheres que renunciaram ao grande bem do matrimônio para seguir ao Cordeiro aonde quer vá (…), para ir ao encentro do Esposo que vem (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.618)
Reflexão
• Mateus 25,1b-4: As dez
virgens dispostas a esperar o noivo. A parábola começa assim: "O Reino
dos céus será semelhante a dez virgens, que saíram com suas lâmpadas ao
encontro do esposo." Trata-se de virgens que deviam acompanhar o noivo
para a festa de casamento. Para isso, elas deviam carregar as lâmpadas, seja
para iluminar o caminho, seja para deixar mais luminosa a festa. Cinco delas
eram prudentes e cinco tolas. Essa diferença aparece na forma como elas se
preparam para a função a ser desenvolvida. Juntamente com as lâmpadas acesas, as
prudentes tinham trazido consigo óleo de reserva, preparando-se para qualquer
eventualidade. As tolas levaram apenas as lâmpadas e não pensaram em trazer um
pouco de óleo de reserva.
• Mateus 25,5-7: O atraso
inesperado à chegada do noivo. O noivo atrasa. Não tinha especificado a
hora da chegada. Durante a espera, as virgens adormecem. Mas as lâmpadas
continuam a consumir o óleo e pouco a pouco se apagam. De repente, no meio da
noite, alguém grita: “Eis o esposo, ide-lhe ao encontro”. Todas se acordam e
começam a se preparar as lâmpadas que já tinham se apagado. Elas tinham que
colocar óleo de reserva para evitar que as lâmpadas se apagassem.
• Mateus 25,8-9: As diferentes reações perante a demora do noivo. Só agora as tolas percebem que deveriam ter trazido consigo óleo de reservas. Elas foram pedir à prudentes: “Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando”. As prudentes não poderiam responder a essa solicitação delas, porque naquele momento o mais importante não era que as prudentes partilhassem o seu óleo com as tolas, mas que elas estivessem prontas para acompanhar o noivo ao local da festa. Por isto aconselharam: “é preferível irdes aos vendedores, a fim de o comprardes para vós.”
• Mateus 25,10-12: O destino das virgens prudentes e das tolas. As tolas seguiram o conselho das prudentes e vão comprar o óleo. Durante a sua breve ausência chega o noivo e as prudentes podem acompanhá-lo e entrar com ele para a festa de casamento. Mas a porta se fecha por trás deles. Quando chegar as outras, bateram na porta e disseram: “Senhor, senhor, abre-nos!” Receberam a resposta: “Em verdade vos digo: não vos conheço!”.
• Mateus 25,13: A recomendação final de Jesus para todos nós. A história desta parábola é muito simples e a lição é clara: “Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora”. Moral da história: Não sejais superficiais, olhai para além do momento presente, procurai descobrir o chamado de Deus, mesmo nas menores coisas da vida, até mesmo no óleo que pode faltar num lampejo.
1. Já aconteceu algumas vezes na vida faltar o óleo de reserva de sua lâmpada?
2. Você costuma se precaver em relação a uma possível falta de óleo para sua lâmpada?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI SEU SUA SUGESTÃO