Santa
Mônica, viúva
1ª
Leitura (1Cor 1,26-31): Irmãos: Vede quem sois vós, os que Deus chamou:
não há muitos sábios, naturalmente falando, nem muitos influentes, nem muitos
bem-nascidos. Mas Deus escolheu o que é louco aos olhos do mundo para confundir
os sábios; escolheu o que é fraco para confundir os fortes; escolheu o que é
vil e desprezível, o que nada vale aos olhos do mundo, para reduzir a nada
aquilo que vale, a fim de que nenhuma criatura se possa gloriar diante de Deus.
É por Ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual Se tornou para nós sabedoria
de Deus, justiça, santidade e redenção. Deste modo, conforme está escrito,
«quem se gloria deve gloriar-se no Senhor».
Salmo
Responsorial: 32
R. Feliz o povo que o Senhor
escolheu para sua herança.
Feliz a nação que tem o Senhor
por seu Deus, o povo que Ele escolheu para sua herança. Do Céu o Senhor
contempla e observa todos os homens.
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem, para os que esperam na sua bondade, para libertar da morte as suas almas e os alimentar no tempo da fome.
A nossa alma espera o Senhor: Ele é o nosso amparo e protetor. N’Ele se alegra o nosso coração, em seu nome santo pomos a nossa confiança.
Aleluia. Dou-vos um mandamento
novo, diz o Senhor: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Aleluia.
«Um homem que ia viajar para o
estrangeiro, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens»
Rev. D. Albert SOLS i Lúcia (Barcelona,
Espanha)
Hoje contemplamos a parábola dos
talentos. Em Jesus apreciamos uma mudança do estilo na sua mensagem: o anúncio
do Reino, já não se limita tanto em assinalar a sua proximidade, mas a
descrever seu conteúdo através de narrações: é hora das parábolas!
Um grande homem decide empreender
uma longa viagem, e confia todo seu patrimônio a seus servos. Podia tê-lo
distribuído em partes iguais, mas não o fez assim. Deu a cada um conforme a sua
capacidade (cinco, dois e um talentos). Com aquele dinheiro, cada criado podia
capitalizar o início de um bom negócio. Os dois primeiros se lançaram à
administração de seus depósitos, mas o terceiro —por medo ou por preguiça—
preferiu guardá-lo, eludindo todo investimento: se fechou na comodidade de sua
própria pobreza.
O senhor regressou e... Exigiu a
prestação de contas (cf. Mt 25,19). Premiou a valentia dos dois primeiros, que
duplicaram o depósito confiado. O trato com o criado “prudente” foi muito
diferente.
Santo Agostinho comenta: «Quem predica a palavra de Deus aos povos, não está tão longe da condição humana e da reflexão apoiada na fé, que não possa advertir os perigos. Porém, “consola saber que onde resida o perigo por causa do ministério, aí temos a ajuda de vossas orações».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Um pouco desse amor puro é mais precioso perante Deus e a alma, e é mais proveitoso para a Igreja, embora parecendo nada fazer, do que todas estas obras juntas» (S. João da Cruz)
«O Senhor não dá a todos as mesmas coisas nem da mesma maneira: conhece-nos pessoalmente e confia-nos aquilo que é justo para nós; mas a todos atribui a mesma imensa confiança. Não O defraudemos!» (Francisco)
«Estas diferenças fazem parte do plano de Deus que quer que cada um receba de outrem aquilo de que precisa e que os que dispõem de «talentos» particulares comuniquem os seus benefícios aos que deles precisam (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.937)
Reflexões de Frei Carlos
Mesters, O.Carm.
* O evangelho de hoje traz o
conflito em torno da observância do sábado. A observância do sábado era uma
lei central, um dos Dez Mandamentos. Lei muito antiga que foi revalorizada na
época do cativeiro. No cativeiro, o povo devia trabalhar sete dias por semana
de sol a sol, sem condições de se reunir para ouvir e meditar a Palavra de
Deus, para rezar juntos e para partilhar sua fé, seus problemas e sua
esperança. Daí apareceu a necessidade urgente de parar ao menos um dia por
semana para reunir e animar-se mutuamente naquela condição tão dura do
cativeiro. Do contrário, perderiam a fé. Foi aí que renasceu e foi
restabelecida com vigor a observância do sábado.
* Lucas 6,1-2: A causa do
conflito. Num dia de sábado, os discípulos passam pelas plantações e abrem
caminho arrancando espigas. Mateus 12,1 diz que eles estavam com fome (Mt
12,1). Os fariseus invocam a Bíblia para dizer que isto é transgressão da lei
do Sábado: "Por que vocês estão fazendo o que não é permitido em dia de
sábado?" (cf Ex 20,8-11).
* Lucas 6,5: A conclusão para todos nós. E Jesus termina com esta frase: O Filho do Homem é dono até do sábado! Jesus , como Filho do Homem que vive na intimidade com Deus, descobre o sentido da Bíblia não de fora para dentro, mas de dentro para fora, isto, ele descobre o sentido a partir da raiz, a partir da sua intimidade com o autor da Bíblia que é o próprio Deus. Por isso, ele se diz dono do sábado. No evangelho de Marcos, Jesus relativiza a lei do sábado dizendo: “O ser humano não existe para o sábado, mas o sábado existe para o ser humano” (Mc 2,27).
Para um confronto pessoal
1) Como você passa o Domingo, nosso “Sábado”? Você vai à missa por obrigação para evitar pecado ou para poder estar com Deus?
2) Jesus conhecia a Bíblia quase de memória. E eu, o que a Bíblia representa para mim?
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