Santo Enrique de Ossó y Cervelló, Presbítero
e fundador da Companhia de Santa Teresa
Bto Marcolino de Forli, presbítero da OP
Ven Madre Patrocício, OIC
Salmo Responsorial: 131
R. O Senhor Deus lhe
dará o trono de seu pai David.
Lembrai-Vos de David, Senhor, e da sua grande piedade, como
fez um voto ao Senhor, um voto ao Deus de Jacob:
«Não entrarei na minha tenda, nem repousarei no meu leito,
não deixarei dormir os meus olhos, nem descansar as minhas pálpebras, enquanto
não encontrar um lugar para o Senhor, um santuário para o Deus de Jacob».
O Senhor fez um juramento a David e não voltará atrás:
«Colocarei no teu trono um descendente da tua família.
Se os teus filhos guardarem a minha aliança e forem fiéis às
minhas ordens, também os filhos deles se sentarão para sempre no teu trono».
O Senhor escolheu Sião, preferiu-a para sua morada: «É este
para sempre o lugar do meu repouso, aqui habitarei, porque o escolhi».
Aleluia. A vossa palavra, Senhor, é farol para os meus passos e luz
para os meus caminhos. Aleluia.
Evangelho (Mc 4,21-25): Jesus dizia-lhes: «Será
que a lâmpada vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da cama? Pelo
contrário, não é ela posta no candelabro? De fato, nada há de escondido que não
venha a ser descoberto; e nada acontece em segredo que não venha a se tornar
público. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!» Jesus dizia-lhes: «Considerai bem
o que ouvis! A medida que usardes para os outros, servirá também para vós, e
vos será acrescentado ainda mais. A quem tem, será dado; e a quem não tem, será
tirado até o que tem».
«Será que a lâmpada vem para ficar debaixo de uma caixa ou debaixo da
cama?»
Rev. D. Àngel CALDAS i
Bosch (Salt, Girona, Espanha)
Por acaso podemos imaginar a estupidez humana que seria
colocar a vela acesa embaixo da cama? Cristãos com a luz apagada ou com a luz
acesa com a proibição de iluminar! Isto sucede quando não pomos ao serviço da
fé a plenitude de nossos conhecimentos e de nosso amor. Quão antinatural
resulta o egoísmo sobre nós mesmos, reduzindo nossa vida ao limite de nossos
interesses pessoais! Viver sob a cama! Ridícula e tragicamente imóveis:
“ausentes” do espírito.
O Evangelho — pelo contrário — é um santo arrebato de Amor
apaixonado que quer comunicar-se, que necessita “dizer”, que leva em si uma
exigência de crescimento pessoal, de maturidade interior, e de serviço aos
outros. «Se dizes: Basta! “Estás morto», diz Santo Agostinho. E São Josémaria:
«Senhor: que tenha peso e medida em tudo..., menos no Amor».
«‘Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça.’ Lhes dizia
também: ‘Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com a medida com que medirdes,
vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará.’» (Mc 4,23-24). Mas, que queres
dizer com escutar?; Que devemos escutar? É a grande pergunta que devemos fazer.
É o ato de sinceridade para com Deus que nos exige saber realmente que queremos
fazer. E para saber o que devemos escutar: é necessário estar atento às
insinuações de Deus. Devemos nos introduzir no diálogo com Ele. E a conversa
põe fim às “matemáticas da medida”: «Ele prosseguiu: Atendei ao que ouvis: com
a medida com que medirdes, vos medirão a vós, e ainda se vos acrescentará.
Pois, ao que tem, se lhe dará; e ao que não tem, se lhe tirará até o que tem»
(Mc 4,24-25). Os interesses acumulados de Deus nosso Senhor são imprevisíveis e
extraordinários. Esta é uma maneira de excitar nossa generosidade.
Pensamentos para o
Evangelho de hoje
« Me concede, Senhor, um amor que nunca diminua, para que
com ele brilhe sempre minha luminária e não se apague nunca, e suas chamas
sejam para mim fogo ardente e para os demais luz brilhante» (São Columbano,
Abade)
«Dos obstáculos, que perduram em nosso tempo, nos
limitaremos em citar a falta de fervor, tanto mais grave quanto que vem de
adentro. Esta falta de fervor se manifesta na fatiga e desilusão, na acomodação
no ambiente, e sobretudo na falta de alegria e de esperança» (São Paulo VI)
«Toda a vida de Cristo foi um contínuo ensinamento: seus
silêncios, seus milagres, seus gestos, sua oração seu amor ao homem, sua
predileção pelos pequenos e pelos pobres, a aceitação do sacrifício total na
cruz, pela redenção do mundo, sua ressurreição, constituem a atuação de sua
palavra e o cumprimento da revelação» (Catecismo da Igreja Católica, n° 561).
Reflexões de Frei Carlos Mesters, O.Carm
* Prestar atenção aos
preconceitos. Jesus pede aos discípulos para tomar consciência dos
preconceitos com que escutam o ensinamento que ele oferece. Devemos prestar
atenção nas idéias com que olhamos para Jesus! Se a cor dos óculos é verde,
tudo aparece verde. Se for azul, tudo será azul! Se a idéia com que eu olho
para Jesus for errada, tudo o que penso sobre Jesus estará ameaçado de erro. Se
eu acho que o messias deve ser um rei glorioso, não vou entender nada do que
Jesus ensina e vou entender tudo errado.
* Parábolas: um novo
jeito de ensinar e de falar sobre Deus. O jeito de Jesus ensinar era,
sobretudo, através de parábolas. Ele tinha uma capacidade muito grande de
encontrar imagens bem simples para comparar as coisas de Deus com as coisas da
vida que o povo conhecia e experimentava na sua luta diária pela sobrevivência.
Isto supõe duas coisas: estar por dentro das coisas da vida, e estar por dentro
das coisas do Reino de Deus.
* O ensino de Jesus
era diferente do ensino dos escribas. Era uma Boa Nova para os pobres,
porque Jesus revelava um novo rosto de Deus, no qual o povo se re-conhecia e se
alegrava. “Pai, eu te agradeço, porque escondeste estas coisas aos sábios e
entendidos, e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, assim foi do teu agrado! (Mt
11,25-28)”.
Para um confronto
pessoal
1) Palavra de
Deus, lâmpada que ilumina. Qual o lugar que a Bíblia ocupa em minha vida? Qual
a luz que dela recebo?
2) Qual a imagem
de Jesus que está em mim? Quem é Jesus para mim, e quem sou eu para Jesus?
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