S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir de nossa Ordem
Salmo Responsorial:
147
R. Jerusalém, louva o teu Senhor.
Glorifica,
Jerusalém, o Senhor, louva, Sião, o teu Deus. Ele reforçou as tuas portas e abençoou
os teus filhos.
Estabeleceu
a paz nas tuas fronteiras e saciou-te com a flor da farinha. Envia à terra a
sua palavra, corre veloz a sua mensagem.
Revelou a
sua palavra a Jacob, suas leis e preceitos a Israel. Não fez assim com nenhum
outro povo, a nenhum outro manifestou os seus juízos.
Aleluia. Deus
chamou-nos por meio do Evangelho, para tomar parte na glória de Nosso Senhor
Jesus Cristo. Aleluia.
Evangelho (Mt
17,22-27): Quando estava reunido com os discípulos
na Galileia, Jesus lhes disse: «O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos
homens, e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará». E os discípulos
ficaram extremamente tristes. Quando chegaram a Cafarnaum, os que cobravam o
imposto do templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: «O vosso mestre não
paga o imposto do templo?». Pedro respondeu: «Paga, sim!». Ao entrar em casa,
Jesus adiantou-se e perguntou: «Simão, que te parece: os reis da terra cobram
impostos ou tributos de quem, do próprio povo ou dos estranhos?». Ele
respondeu: «Dos estranhos!» — «Logo os filhos estão isentos», retrucou Jesus,
«mas, para não escandalizar essa gente, vai até o lago, lança o anzol e abre a
boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda valendo duas
vezes o imposto; pega-a e entrega a eles por mim e por ti».
«Quando estava reunido
com os discípulos na Galileia»
P. Joaquim PETIT Llimona, L.C. (Barcelona, Espanha)
Diz São
Mateus que Jesus «estava reunido com os discípulos na Galileia» (Mt 17,22).
Pareceria evidente, mas o fato de mencionar que estavam juntos demonstra a
proximidade de Cristo. Depois, abre-lhes seu Coração para confiar-lhes o
caminho de sua Paixão, Morte e Ressurreição, ou seja, algo que Ele tem no seu
interior e, não quer que aqueles que ama tanto, ignorem-no. Posteriormente, o
texto comenta o episódio do pagamento dos impostos, e o evangelista também nos
amostra o trato de Jesus que, coloca-se ao mesmo nível do que Pedro,
contrapondo aos filhos (Jesus e Pedro) isentos de pagar os impostos e dos
estranhos obrigados a pagá-los. Cristo, afinal, mostra-lhe como conseguir o
dinheiro necessário para pagar não só por Ele, mas por os dois e, evitar ser
motivo de escândalo.
Em todos
estes fatos descobrimos uma visão fundamental da vida cristã: é o afã de Jesus
por estar conosco. Diz o Senhor no livro dos Provérbios: «alegrando-me em estar
com os filhos dos homens» (Prov 8,31). Como muda, a nossa realidade, o nosso
enfoque da vida espiritual na qual às vezes pomos apenas a atenção nas coisas
que fazemos como se fosse o mais importante! A vida interior deve centrar-se em
Cristo, em seu amor por nós, em sua entrega até a morte por mim, na sua
persistente busca do nosso coração. Muito bem o expressava João Paulo II em um
dos seus encontros com os jovens: o Papa exclamou com voz forte: «Olhe Ele!».
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm.
* Mateus 17,22-23: O anúncio da
morte e ressurreição de Jesus. O
primeiro anúncio (Mt 16,21) havia provocado uma forte reação da parte de Pedro
que não quis saber de sofrimento nem de cruz. Jesus tinha respondido com a
mesma força: “Atrás der mim, satanás!” (Mt 16,23) Aqui, no segundo anúncio, a
reação dos discípulos é mais branda, menos agressiva. O anúncio provoca
tristeza. Parece que eles começam a compreender que a cruz faz parte do
caminho. A proximidade da morte e do sofrimento pesa neles, gerando desânimo.
Por mais que Jesus procurasse ajudá-los, a resistência de séculos contra a ideia
de um messias crucificado era maior.
* Mateus 17,24-25a: A pergunta dos
fiscais do imposto a Pedro. Quando
chegaram em Cafarnaum, os fiscais do imposto do Templo perguntaram a Pedro:
"O mestre de vocês não paga o imposto do Templo?" Pedro responde: “Paga sim!” Desde os tempos
de Neemias, (Séc V aC), os judeus que tinham voltado do cativeiro da Babilônia,
comprometeram-se solenemente em assembleia a pagar vários impostos e taxas para
poder manter funcionando o culto no Templo e para cuidar da manutenção tanto do
serviço sacerdotal como do prédio do Templo (Ne 10,33-40). Pelo que transparece
na resposta de Pedro, Jesus pagava este imposto como, aliás, todos os judeus
faziam.
* Mateus 17,25b-26: A pergunta de
Jesus a Pedro sobre o imposto. É
curiosa a conversa entre Jesus e Pedro. Quando eles chegam em casa, Jesus
pergunta: "O que é que você acha, Simão? De quem os reis da terra recebem
taxas ou impostos: dos filhos ou dos estrangeiros?" Pedro respondeu:
"Dos estrangeiros!" Então Jesus disse: "Isso quer dizer que os
filhos não precisam pagar!” Provavelmente, aqui se reflete uma discussão entre
os judeus cristãos anterior à destruição do Templo no ano 70. Eles se
perguntavam se deviam ou não continuar a pagar o imposto do Templo, como faziam
antes. Pela resposta de Jesus, eles descobrem que não há obrigação de pagar
esse imposto: “Os filhos não precisam pagar”. Os filhos são os cristãos. Mas
mesmo não havendo obrigação, a recomendação de Jesus é pagar para não provocar
escândalo.
* Mateus 17,27: A conclusão da
conversa sobre o pagamento do imposto. Mais curiosa do que a conversa é a solução que Jesus dá
à questão. Ele diz a Pedro: “Para não provocar escândalo, vá ao mar, e jogue o
anzol. Na boca do primeiro peixe que você pegar, vai encontrar uma moeda de
prata para pagar o imposto. Pegue-a, e pague por mim e por você". Milagre
curioso! Tão curioso como aquele dos 2000 porcos que se precipitaram no mar (Mc
5,13). Qualquer que seja a interpretação deste fato miraculoso, esta maneira de
solucionar o problema sugere que se trata de um assunto que não tem muita
importância para Jesus.
Para um confronto pessoal
1) O sofrimento e a cruz abateram e entristeceram os
discípulos. Isto já aconteceu na sua vida?
2) Como você entende o episódio da moeda encontrada na
boca do peixe?
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