ORAÇÃO PREPARATÓRIA - Com humildade
e respeito aqui nos reunimos, ó Divino Jesus, para oferecer, todos os dias
deste mês, as homenagens de nossa devoção ao glorioso Patriarca S. José. Vós
nos animais a recorrer com toda a confiança aos vossos benditos Santos, pois
que as honras que lhes tributamos revertem em vossa própria glória. Com justos
motivos, portanto, esperamos vos seja agradável o tributo quotidiano que vimos
prestar ao Esposo castíssimo de Maria, vossa Mãe santíssima, a São José, vosso
amado Pai adotivo. Ó meu Deus, concedei-nos a graça de amar e honrar a São José
como o amastes na terra e o honrais no céu. E vós, ó glorioso Patriarca, pela
vossa estreita união com Jesus e Maria; vós que, à custa de vossas abençoadas
fadigas e suores, nutristes a um e outro, desempenhando neste mundo o papel do
Divino Padre Eterno; alcançai-nos luz e graça para terminar com fruto estes
devotos exercícios que em vosso louvor alegremente começamos. Amém.
LECTIO DIVINA
Evangelho (Lc 16,19-31): Naquele tempo, Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho
finíssimo, e que todos os dias se banqueteava e se regalava. Havia também um
mendigo, por nome Lázaro, todo coberto de chagas, que estava deitado à porta do
rico. Ele avidamente desejava matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do
rico... Até os cães iam lamber-lhe as chagas. Ora, aconteceu morrer o mendigo e
ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe,
Abraão e Lázaro no seu seio. Gritou, então: - Pai Abraão, compadece-te de mim e
manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua,
pois sou cruelmente atormentado nestas chamas. Abraão, porém, replicou: -
Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por
isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento. Além de tudo, há
entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui
para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá. O rico disse: - Rogo-te
então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para
lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de
tormentos. Abraão respondeu: - Eles lá têm Moisés e os profetas; ouçam-nos! O
rico replicou: - Não, pai Abraão; mas se for a eles algum dos mortos, arrepender-se-ão.
Abraão respondeu-lhe: - Se não ouvirem a Moisés e aos profetas, tampouco se
deixarão convencer, ainda que ressuscite algum dos mortos.
Jesus,
crucificado e ressuscitado, é o autêntico “Lázaro”.
Bento XVI
Hoje consideramos o final da "Parábola do
rico guloso e o pobre Lázaro". O homem rico diz a Abraão desde o Hades o
que muitos homens, como agora, dizem o lhes gostaria de dizer a Deus: se queres
que acreditemos em ti, então deves ser mais claro; manda-nos alguém desde o
além que nos possa dizer que isso é realmente assim.
A petição de provas aparece durante todo o
Evangelho. A resposta de Abraão, assim como a de Jesus, é clara: quem não crê
na palavra da Escritura tampouco crerá a qualquer um que venha do além. As
verdades supremas não podem submeter-se à evidência empírica. Pensemos na
ressurreição de Lázaro de Betânia: o milagre não conduz à fé, e sim ao
endurecimento.
— Jesus — crucificado às portas da cidade,
exposto à burla— é o verdadeiro Lázaro enviado pelo Padre: crer Nele e segui-lo
é o convite desta parábola, que é mais que uma parábola.
A doutrina do purgatório na “Parábola do rico Epulão
e do pobre Lázaro”
Bento XVI
Hoje, Jesus apresentou, para nossa
advertência, a imagem de tal alma devastada pela arrogância e opulência, que
criou, ela mesma, um fosso intransponível entre si e o pobre: o fosso do
encerramento dentro dos prazeres materiais; o fosso do esquecimento do outro,
da incapacidade de amar.
Nesta parábola, não fala do destino definitivo
depois do Juízo universal, mas retoma a concepção do judaísmo antigo de uma
condição intermédia entre morte e ressurreição, um estado em que falta ainda a
última sentença. Lá as almas não se encontram simplesmente numa espécie de
custódia provisória, mas já padecem um castigo, ou, ao contrário, gozam já de
formas provisórias de bem-aventurança.
— Neste estado, sejam possíveis também
purificações e curas, que tornam a alma madura para a comunhão com Deus. A
Igreja primitiva assumiu tais ideias, a partir das quais, se desenvolveu aos
poucos a doutrina do purgatório.
Reflexões de Frei
Carlos Mesters, O.Carm
S. José Gabriel do Rosário Brochero Presbítero |
* Lucas 16,19-21:
A situação do rico e do pobre. Os
dois extremos da sociedade. De um lado, a riqueza agressiva. Do outro, o pobre
sem recurso, sem direitos, coberto de úlceras, impuro, sem ninguém que o
acolhe, a não ser os cachorros que lambem suas feridas. O que separa os dois é
a porta fechada da casa do rico. Da parte do rico não há acolhimento nem
piedade pelo problema do pobre à sua porta. Mas o pobre tem nome e o rico não
tem. Ou seja, o pobre tem o seu nome inscrito no livro da vida, o rico não. O
pobre se chama Lázaro. Significa Deus ajuda. É através do pobre que Deus ajuda
o rico e que o rico poderá ter o seu nome no livro da vida. Mas o rico não
aceita ser ajudado pelo pobre, pois mantém a porta fechada. Este início da
parábola que descreve a situação, é um espelho fiel do que estava acontecendo
no tempo de Jesus e no tempo de Lucas. É espelho do que acontece até hoje no
mundo!
* Lucas 16,22: A
mudança que revela a verdade escondida. O pobre morreu e foi levado pelos anjos ao
seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na parábola, o pobre
morre antes do rico. Isto é um aviso aos ricos. Enquanto o pobre está vivo à
porta, ainda tem salvação para o rico. Mas depois que o pobre morre, morre
também o único instrumento de salvação para o rico. Agora, o pobre está no seio
de Abraão. O seio de Abraão é a fonte de vida, de onde nasceu o povo de Deus.
Lázaro, o pobre, faz parte do povo de Abraão, do qual era excluído enquanto
estava à porta do rico. O rico que pensa ser filho de Abraão não vai para o
seio de Abraão! Aqui termina a introdução da parábola. Agora começa a revelação
do seu sentido, através de três conversas entre o rico e o pai Abraão.
* Lucas 16,23-26:
A primeira conversa. Na
parábola, Jesus abre uma janela sobre o outro lado da vida, o lado de Deus. Não
se trata do céu. Trata-se do lado verdadeiro da vida que só a fé enxerga e que
o rico sem fé não percebia. É só à luz da morte que a ideologia do império se
desintegra na cabeça do rico e que aparece para ele o que é valor real na vida.
No lado de Deus, sem a propaganda enganadora a ideologia, os papéis são
trocados. O rico vê Lázaro no seio de Abraão e pede para ele vir aliviá-lo no
sofrimento. O rico descobre que Lázaro é o seu único benfeitor possível. Mas
agora é tarde demais! O rico sem nome é piedoso, pois reconhece Abraão e o
chama de Pai. Abraão responde e o chama
de filho. Esta palavra de Abraão, na realidade, está sendo dirigida a todos os
ricos vivos. Enquanto vivos, eles ainda têm chance de se tornarem filhos e
filhas de Abraão, se souberem abrir a porta para Lázaro, o pobre, o único que
em nome de Deus pode ajudá-los. A salvação para o rico não é Lázaro trazer uma
gota de água para refrescar-lhe a língua, mas é ele, o próprio rico, abrir a porta
fechada para o pobre e, assim, transpor o grande abismo.
* Lucas 16,27-29:
A segunda conversa. O rico
insiste: "Pai, eu te suplico: manda Lázaro para a casa do meu pai. Tenho
cinco irmãos!" O rico não quer que seus irmãos venham no mesmo lugar de
tormento. Lázaro, o pobre, é o único verdadeiro intermediário entre Deus e os
ricos. É o único, porque é só aos pobres que os ricos podem e devem devolver o
que roubaram e, assim, restabelecer a justiça prejudicada! O rico está
preocupado com os irmãos. Nunca esteve preocupado com os pobres! A resposta de
Abraão é clara: "Eles têm Moisés e os Profetas: que os ouçam!" Têm a
Bíblia! O rico tinha a Bíblia. Conhecia-a até de memória. Mas nunca se deu
conta de que a Bíblia tivesse algo a ver com os pobres. A chave para o rico
poder entender a Bíblia é o pobre sentado à sua porta!
* Lucas 16,30-31:
A terceira conversa.
"Não, pai, se alguém entre os mortos der um aviso, eles vão se
arrepender!" O próprio rico reconhece que ele está errado, pois fala em
arrependimento, coisa que durante a vida nunca sentiu. Ele quer um milagre, uma
ressurreição! Mas este tipo de ressurreição não existe. A única ressurreição é
a de Jesus. Jesus ressuscitado vem até nós na pessoa do pobre, dos sem-direito,
dos sem-terra, dos sem-comida, do sem-casa, dos sem-saúde. Na sua resposta
final, Abraão é curto e grosso: "Se não escutarem Moisés e os profetas,
mesmo que alguém ressuscitar dos mortos, eles não se convencerão!" Está
encerrada a conversa! Fim da parábola!
* A chave para
entender o sentido da Bíblia é o pobre Lázaro, sentado à porta! Deus vem até nós
na pessoa do pobre, sentado à nossa porta, para nos ajudar a transpor o abismo
intransponível que os ricos criaram. Lázaro é também Jesus, o Messias pobre e
servidor, que não foi aceito, mas cuja morte mudou radicalmente todas as
coisas. É à luz da morte do pobre que tudo se modifica. O lugar de tormento é a
situação da pessoa sem Deus. Por mais que o rico pense ter religião e fé, não
há jeito de ele estar com Deus, enquanto não abrir a porta para o pobre, como
fez Zaqueu (Lc 19,1-10).
Para um confronto
pessoal
1. Qual o
tratamento que nós damos aos pobres? Eles têm nome para nós? Nas atitudes que
tomo na vida, sou parecido com Lázaro ou com o rico?
2. Entrando em
contato conosco, os pobres percebem algo diferente? Percebem uma Boa Notícia? E
eu, para que lado tende o meu coração: para o milagre ou para a Palavra de
Deus?
ORAÇÃO - Ó glorioso S.
José, a bondade de vosso coração é sem limites e indizível, e neste mês que a
piedade dos fiéis vos consagrou mais generosas do que nunca se abrem as vossas
mãos benfazejas. Distribui entre nós, ó nosso amado Pai, os dons preciosíssimos
da graça celestial da qual sois ecônomo e o tesoureiro; Deus vos criou para seu
primeiro esmoler. Ah! que nem um só de vossos servos possa dizer que vos
invocou em vão nestes dias. Que todos venham, que todos se apresentem ante
vosso trono e invoquem vossa intercessão, a fim de viverem e morrerem
santamente, a vosso exemplo nos braços de Jesus e no ósculo beatíssimo de
Maria. Amém.
LADAINHA DE SÃO
JOSÉ
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, escutai-nos.
Deus Pai do Céu, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade
de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre Filho de Davi,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da mãe de Deus,
Guarda da puríssima Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das virgens,
Amparo das famílias,
Alívio dos sofredores,
Esperança dos doentes,
Consolador dos aflitos,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,
Patrono da Ordem Carmelita,
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade nós.
V. - O Senhor o constituiu dono de sua casa.
R. - E fê-lo príncipe de todas as suas
possessões.
ORAÇÃO: Deus, que por
vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem-aventurado São José para
Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter
como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor.
Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo. Amém.
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