ORAÇÃO
PREPARATÓRIA
Senhor,
todo poderoso e infinitamente perfeito, de quem procede todo o ser e para quem
todas as criaturas devem sempre se elevar, eu vos consagro este mês e os
exercícios de devoção que em cada um de seus dias praticar, oferecendo-os para
vossa maior glória em honra de Maria Santíssima. Concedei-me a graça de
santificá-lo com piedade, recolhimento e fervor.
Virgem
Santa e Imaculada, minha terna Mãe, volvei para mim vossos olhares tão cheios
de doçura e fazei-me sentir cada vez mais os benéficos efeitos de vossa valiosa
proteção.
Anjos
do céu dirigi meus passos, guardai-me à sombra de vossas asas, pondo-me ao
abrigo das ciladas do demônio, pedindo por mim a Jesus, Maria e José sua santa
bênção. Amém.
Textos: Atos 15, 1-2.22-29; Ap 21,
10-14.22-23; Jo 14, 23-29
Evangelho
(Jo 14,23-29): Jesus respondeu-lhe: «Se
alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e
faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E
a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito
estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o
Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu
vos tenho dito. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo
que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que
eu vos disse: ‘Eu vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres
porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora,
antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais».
«Se alguém me ama,
guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa
morada»
Rev. D. Francesc CATARINEU i Vilageliu (Sabadell,
Barcelona, Espanha)
Hoje,
antes de celebrar a Ascensão e Pentecostes, voltemos a ler as palavras do
chamado sermão da Última Ceia, na que devemos ver diversas maneiras de
apresentar uma única mensagem, já que tudo brota da união de Cristo com o Pai e
da vontade de Deus de associar-nos a este mistério de amor.
A
Santa Teresinha do Menino Jesus um dia lhe ofereceram diversos presentes para
que ela escolhesse, e ela —com uma grande decisão mesmo apesar de sua pouca
idade— disse: «Escolho tudo». Já depois entendeu que este escolher tudo deveria
se de concretizar em querer ser o amor na Igreja, pois um corpo sem amor não
teria sentido. Deus é este mistério de amor, um amor concreto, pessoal, feito
carne no Filho Jesus que chega a dar tudo: Ele mesmo, sua vida e seus atos são
a máxima e mais clara mensagem de Deus.
É
deste amor que abrange tudo de onde nasce a “paz”. Esta é hoje uma palavra
desejada: queremos paz e tudo são alarmes e violências. Só conseguiremos a paz
se nos voltamos a Jesus, já que é Ele quem nos dá a paz como fruto de seu amor
total. Mas não nos dá como o mundo faz. «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz.
Não é à maneira do mundo que eu a dou» (cf. Jo 14,27), pois a paz de Jesus não
é a tranquilidade e a despreocupação, pelo contrário: a solidariedade que se
transforma em fraternidade, a capacidade de ver-nos e de ver aos outros com
olhos novos como faz o Senhor, e assim perdoar-nos. Dai nasce uma grande
serenidade que nos faz ver as coisas tal e como são, e não como parecem.
Seguindo por este caminho chegaremos a ser felizes.
«Mas
o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará
tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito» (Jo 14,26). Nestes últimos
dias de Páscoa peçamos abrir-nos ao Espírito: O recebemos ao sermos batizados e
crismados, mas é necessário que — como dom ulterior — volte a brotar em nós e nos
faça chegar lá onde não ousaríamos.
Quem é o Espírito
Santo? O que produz na nossa alma?
Pe. Antonio Rivero, L.C
São José Operário |
Em
primeiro lugar, quem é o Espírito Santo? A teologia nos ensina que o Espírito
Santo é visto na vida íntima da Trindade como o que procede do Pai e do Filho,
e constitui a comunhão inefável entre o Pai e o Filho. Na vida do que crê o
Espírito Santo instalará a sua morada, transformando-se em luz, consolo e
mestre interior. Na vida da Igreja, o Espírito Santo será a testemunha vivente
de Jesus, a guia interior para o descobrimento de toda a verdade e força para
se opor ao mundo malvado, convencendo-o do pecado. O Espírito Santo guia a
Igreja nas suas máximas decisões e a ajuda a se manter unida (1ª leitura). E ao
longo dos séculos, com os hinos dedicados ao Espírito Santo, a Ele tem sido
dado atributos profundos: Mestre interior que nos ensina e nos explica as
verdades de Cristo; doce Hóspede da alma que nos consola nos momentos de
aflição; Escultor da santidade; Estratego nas batalhas que devemos travar com
os grandes inimigos da nossa santidade; ei-lo aí animando-nos e
fortalecendo-nos na luta.
Em
segundo lugar, o efeito que este divino Espírito deixa na alma é a paz
(evangelho). Os romanos desejavam a saúde (“salus”), os gregos a alegria da
vida (“Xaire”), os judeus a paz “schalom alechem” (paz para nós), que era a
prosperidade material e religiosa, pessoal, tribal e nacional. Por isso nos
seus livros sagrados é a palavra que mais aparece: 239 no Antigo Testamento, e
89 no Novo. Esta paz que nos dá o Espírito Santo é a paz de Cristo. Não é a paz
dos cemitérios. Nem a paz que deixa as armas que se calam. Nem a paz que as
nações assinam com concordados com canetas de ouro e nas poltronas de luxo. A
paz do Espírito Santo é a paz pessoal, íntima, insubornável. A serenidade do
lago da consciência e a sua honradez de vida; o gozo do coração e as bondades
humanas; a alma de Deus com as suas vivências divinas, que é tanto como dizer a
vida de cara ao sol e as estrelas. Esta paz ninguém pode tirar de nós; nem uma
doença nem a vizinha do lado, nem o negócio, nem o meu chefe de trabalho.
Ninguém pode tirá-la de nós, simplesmente porque nenhum de todos eles nos deu
essa paz, e porque é divina. Perguntemos, se não, a Edith Stein, judia conversa
ao cristianismo e depois freira carmelita, e hoje santa Benedita da Cruz,
detida pela polícia alemã no dia 2 de agosto de 1942, e que terminou no campo
de Auschwitz, morrendo na câmara de gás. Nunca perdeu esta paz divina. Ou a paz
de Teresa de Jesus, que nunca perdeu nem sequer entre as panelas sujas da cozinho
do seu convento nem no carroças das fundações pelas terras da Espanha e quando
teve que estar cara a cara com o rei mais poderoso do mundo, Felipe II. A paz
de João da Cruz nas noites toledanas jogado na sua cela de 3X4, com os piolhos
por todos lados e as migalhas de pão duro com uma sardinha; e assim, nove meses
até o dia da sua fuga!
Finalmente,
e com a paz o Espírito Santo nos proporciona também o gosto pelas coisas
espirituais. O homem natural preza as coisas e as vantagens materiais: saúde, dinheiro
e amor… mas não é capaz de prezar as coisas espirituais: a fé em Cristo, a vida
de união com Ele, inclusive através dos sofrimentos da vida, o amor autêntico.
Ajuda-nos a compreender a relatividade e a fugacidade das coisas, comparadas
com as coisas divinas. Ele nos ensina a docilidade interior à vontade divina,
como manifestação concreta do nosso amor real a Deus. Não fechemos a porta a
este Doce Hóspede interior com a nossa surdez. Não tapemos a boca deste
maravilhoso Mestre interior com as nossas rebeldias. Não machuquemos este
maravilhoso Escultor divino com as nossas resistências. Escutemos os seus
gemidos inenarráveis, quando o ofendemos, e procuremos estar sempre à sua
escuta, na hora de discernir na nossa vida pessoal e comunitária (1ª leitura).
Deixemos que seja o Espírito Santo quem eleve o nosso pensamento e afeto
continuamente à cidade santa, o céu, para deixar-nos envolver pelo fulgor
divino e o transmitamos ao nosso redor (2ª leitura).
Para
refletir: Como
trato o Espírito Santo na minha alma? Escuto-o? Sou dócil ao que Ele me pede?
Deixo-me modelar por Ele? O que estou fazendo com a paz que Cristo me deixou,
como fruto do Espírito Santo: sei saboreá-la, defendê-la ou a pisoteio?
Para
rezar: Rezemos as
estrofes do famoso hino ao Espírito Santo:
Vinde,
Espírito Santo
Mandai
a vossa luz desde o céu.
Pai
amoroso do pobre;
Dom,
nos vossos dons esplêndidos;
Luz
que penetra as almas;
Fonte
do maior consolo.
Vinde,
doce hóspede da alma,
Descanso
do nosso esforço,
Trégua
no duro trabalho,
Brisa
nas horas de fogo,
Gozo
que enxuga as lágrimas
E
reconforta nos duelos.
Entra
até no fundo da alma,
Divina
luz e enriquecei-nos.
Olhai
o vazio do homem,
Se
Vós não estais dentro dele;
Olhai
o poder do pecado,
Quando
não enviardes o vosso sopro.
Regai
a terra seca,
Sanai
o coração enfermo,
Lavai
as manchas, infunde
Calor
de vida no gelo,
Domai
o espírito indômito,
Guia
o que está fora do caminho.
Reparti
os vossos sete dons,
Segundo
a fé dos vossos servos;
Pela
vossa bondade e graça,
Dai-lhe
ao esforço o seu mérito;
Salvai
o que busca se salvar
E
dai-nos o vosso gozo eterno. Amém.
Qualquer
sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:
arivero@legionaries.org
ORAÇÃO
COMPOSTA POR SANTO AFONSO DE LIGÓRIO
Ó
Maria, filha predileta do Altíssimo, pudesse eu oferecer-vos e consagrar-vos os
meus primeiros anos, como vós vos oferecestes e consagrastes ao Senhor no
templo! Mas é já passado esse período de minha vida!
Todavia,
antes começar tarde a vos servir do que ser sempre rebelde. Venho, pois, hoje,
oferecer-me a Deus. Sustentai minha fraqueza, e por vossa intercessão alcançai-me
de Jesus a graça de lhe ser fiel e a vós até a morte, a fim de que, depois de
vos haver servido de todo o coração na vida, participe da glória e da
felicidade eterna dos eleitos. Amém.
LADAINHA
DE NOSSA SENHORA
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor,
tende piedade de nós.
Jesus
Cristo ouvi-nos.
Jesus
Cristo atendei-nos.
Deus
Pai dos céus tende piedade de nós.
Deus
Filho, Redentor do mundo,
Deus
Espírito Santo,
Santíssima
Trindade, que sois um só Deus,
Santa
Maria rogai por nós.
Santa
Mãe de Deus,
Santa
Virgem das virgens,
Mãe
de Jesus Cristo,
Mãe
da divina graça,
Mãe
puríssima,
Mãe
castíssima,
Mãe
imaculada,
Mãe
intacta,
Mãe
amável,
Mãe
admirável,
Mãe
do bom conselho,
Mãe
do Criador,
Mãe
do Salvador,
Mãe
da Igreja,
Virgem
prudentíssima,
Virgem
venerável,
Virgem
louvável,
Virgem
poderosa,
Virgem
benigna,
Virgem
fiel,
Espelho
de justiça,
Sede
da sabedoria,
Causa
da nossa alegria,
Vaso
espiritual,
Vaso
honorífico,
Vaso
insigne de devoção,
Rosa
mística,
Torre
de Davi,
Torre
de marfim,
Casa
de ouro,
Arca
da aliança,
Porta
do Céu,
Estrela
da manhã,
Saúde
dos enfermos,
Refúgio
dos pecadores,
Consoladora
dos aflitos,
Auxílio
dos cristãos,
Esperança
dos carmelitas,
Rainha
dos anjos,
Rainha
dos patriarcas,
Rainha
dos profetas,
Rainha
dos apóstolos,
Rainha
dos mártires,
Rainha
dos confessores,
Rainha
das virgens,
Rainha
de todos os santos,
Rainha
concebida sem pecado original,
Rainha
assunta ao céu,
Rainha
do sacratíssimo Rosário,
Rainha
das famílias,
Rainha
e esplendor do Carmelo,
Rainha
da paz,
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos,
Senhor.
Cordeiro
de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende
misericórdia de nós.
V.
– Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. – Para que sejamos
dignos das promessas de Cristo.
OREMOS - Infundi, Senhor, como vos pedimos,
vossa graça em nossas almas, para que nós que pela anunciação do Anjo viemos ao
conhecimento da encarnação de Jesus Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e
morte de cruz, sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus
Cristo, nosso Senhor. Amém.
O
“LEMBRAI-VOS” DE SÃO BERNARDO
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
Lembrai-vos, ó piedosíssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que a vós têm recorrido, implorado vossa assistência e invocado o vosso socorro, tenha sido por vós abandonado. Animado de tal confiança, eu corro e venho a vós e, gemendo debaixo do peso dos meus pecados, me prostro a vossos pés, ó Virgem das virgens; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Verbo encarnado, mas ouvi-as favoravelmente e dignai-vos atender-me. Amém.
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