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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

V domingo do Tempo Ordinário

Textos: Job 7, 1-4.6-7; 1 Cor 9, 16-19.22-23; Mc 1, 29-39

Evangelho (Mc 1, 29-39) - «Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo lhe falaram dela. Jesus aproximou-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demônios. Mas não deixava que os demônios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã muito cedo, levantou-se e saiu. Retirou-se para um jardim ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura dele e, quando O encontraram, disseram-lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu: Vamos para outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que eu vim.» E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando demônios.»

«Todos Te procuram.»

O Evangelho deste Domingo leva-nos a olhar para Jesus como Aquele que não se limita a anunciar a salvação. De fato, S. Marcos, inicia o seu Evangelho, com alguns episódios da vida de Jesus ao longo de um dia. A intenção do Evangelista é mostrar a ação de Jesus em todos os seus aspectos: desde a pregação no templo, desde a cura de doentes, desde palavras de conforto dirigidas aos que mais sofrem, desde o expulsar demônios…

No Evangelho de hoje, Jesus reserva muito do seu tempo a situações e pessoas do seu tempo, dentro da sua realidade concreta e para todos tem um olhar, uma palavra, um gesto mais carinhoso e próximo. No meio de tudo isto, não descuida a parte espiritual, encontrando tempo para rezar. Aqui encontra a força para os encontros futuros, a força necessária para continuar a pregar e a salvar: «Vamos para outros lugares…»

Quanto temos de aprender ou reaprender com Jesus. Nos dias de hoje, o tempo foge-nos por entre os dedos e possivelmente faltar-nos-á o equilíbrio para conseguir dar sabor e espiritualidade às nossas ações, atitudes e situações de alegria e sofrimento quotidianas. O dia-a-dia de Jesus é pleno e fecundo de bem e o meu e o teu?

Um dia na vida de Jesus de Nazaré profeta, missionário e apóstolo.

Pe. Antonio Rivero, L.C.

Cristo diante de todas as misérias materiais e espirituais do homem se compadece, aproxima-se e trata de solucioná-las, se assim for a vontade do seu Pai. Em vez de se deprimir por tanta dor e lágrima, Ele se refugia na oração, de onde tira a força para sair adiante de todo sofrimento humano (primeira leitura e evangelho) e dar-lhe sentido com a sua pregação (segunda leitura).

Em primeiro lugar, de manhã rezava. Homem de oração. Prioridade na sua vida: Deus seu Pai. O que fazia na oração? Por que rezava e para que rezava? A quem rezava? Como rezava? A sua intimidade com Deus, o seu amante identificação com o seu Pai é a fonte da compaixão e compromisso com os demais. Por ser uma pessoa contemplativa também é uma pessoa compassiva e missionária. Na oração Jesus abria o seu coração ao seu Pai, contava-lhe os avanços do Reino, pedia força e ternura para depois derramá-la por todos os lados. Ali na oração solapava o seu coração ferido por tantas ingratidões de tantos homens, fechados à sua Palavra e obstinados no mal. Às vezes a sua oração era delícia, outras vezes era amargura, também desolação; mas sempre terminava em luz e força para o cumprimento da sua missão redentora.

Em segundo lugar, depois descansava e crescia nos seus laços humanos e afetivos na casa de Pedro, que também era casa de Jesus. Homem muito humano. Antes de sair para pregar, comia e alimentava os seus afetos na casa dos seus amigos íntimos. Com que carinho e ternura Cristo trataria a sogra de Pedro, que nesse dia estava doente com febre. Como abriria o seu coração aos seus amigos, como fazia na casa de Betânia. Ali repunha as suas forças físicas e psicológicas, pois era homem no final das contas. Que longe de Jesus está esse comportamento reservado, antissocial, envinagrado, esquivo. Jesus era rico em afetos humanos, mas ao mesmo tempo se sentia livre no seu coração e ao seu redor, e não atado às criaturas que tanta paz nos tiram, quando nos apegamos a elas.

Finalmente, de tarde, pregava na sinagoga, curava e expulsava demônios, pois todos o buscavam. Homem de Deus, apóstolo e médico. Jesus aparece como a resposta de Deus aos males deste mundo, à dor destes corações destroçados. Hoje cura a sogra de Pedro e outros vários enfermos, e liberta dos seus espíritos malignos os possuídos. Quanto tempo emprega Jesus, ao longo do evangelho, atendendo as pessoas que procuram, que sofrem, que estão desesperadas! Quer uma libertação integral e total, que inclui a cura dos males físicos, psíquicos e espirituais. É Mestre e Missionário, mas também Médico. Agora bem, não aceita ser monopolizado por um grupo de pessoas, um povo, uma área. A sua missão é pregar o Reino além dali. “Vamos aos vilarejos vizinhos para que eu possa proclamar a Boa Nova também ali”.

Para refletir:
1. De qual destas facetas da personalidade de Jesus gosto mais?
2. A minha vida parece em algo com a vida de Jesus? Em que?
3. Tenho compaixão para me aproximar do irmão que sofre e trato de curá-lo? Ou passo direto, insensível e indiferente?

Para rezar: Senhor, que eu saiba dar prioridade na minha vida à oração, e dali, saia para remediar os males dos meus irmãos. Que seja próximo do irmão, próximo com afeto sincero, com a ajuda desinteressada, com uma mão estendida, com uma cara acolhedora, com uma palavra oportuna. Que eu seja solidário com todos e que saiba acompanhá-los na sua Via Sacra, seja ela qual for.

Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail: arivero@legionaries.org

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